Buscar

Teoria geral dos recursos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Teoria geral dos recursos (Processo Penal)
Conceito
 “o recurso é um meio processual de impugnação, voluntário ou obrigatório, utilizado antes da preclusão, apto a propiciar um resultado mais vantajoso na mesma relação jurídica processual, decorrente de reforma, invalidação, esclarecimento ou confirmação” 
Sua finalidade é reexaminar uma decisão por órgão jurisdicional superior ou, em certos casos, pelo mesmo órgão que a proferiu.
Fundamento
A existência dos recursos encontra fundamento no princípio do duplo grau de jurisdição. Contudo, salienta-se que não se trata de um princípio absoluto, ou seja, há decisões que são irrecorríveis, como a que recebe a denúncia ou queixa, que decide acerca do ingresso de assistente de acusação (artigo 273 do CPP), que denega a suspensão do processo em razão de questão prejudicial (artigo 93, § 2º, do CPP), etc. Nota-se, porém, que a parte que se julgar prejudicada poderá fazer o uso dos remédios constitucionais (habeas corpus e mandado de segurança).
Classificação dos recursos
Quando à fonte podem ser:
a) Constitucionais: são previstos no texto da Constituição Federal, como o recurso extraordinário, o recurso especial, o habeas corpus, o recurso ordinário. O regramento desses recursos estão em leis ordinárias, porém, sua existência emana do texto constitucional;
b) Legais: que emanam do Código de Processo Penal e de leis especiais. O diploma processual regula regulas os recursos de apelação, em sentido estrito, embargos de declaração, infringentes ou de nulidade, revisão criminal e a carta testemunhável. Em leis especiais há, por exemplo, o recurso de agravo em execução (artigo 197 da Lei de Execuções Penais).
Quanto à iniciativa serão:
a) Voluntários: a interposição do recurso fica a critério da parte que se sente prejudicada pela decisão (artigo 574 do CPP);
b) Necessários: hipóteses determinadas pelo legislador para que o juiz, de ofício, recorra da própria decisão.
Quanto aos motivos podem ser:
a) Ordinários: que não exigem requisito específico para seu cabimento, bastando o simples inconformismo da parte. Exemplo: recursos de apelação e em sentido estrito;
b) Extraordinários: exigem requisitos específicos para a interposição. Exemplo: recurso extraordinário, carta testemunhável, embargos de declaração, embargos infringentes.
Pressupostos recursais
O recurso só é admitido quando presentes os pressupostos recursais, que são classificados em objetivos e subjetivos. Vejamos:
Pressupostos objetivos
Os pressupostos objetivos são: previsão legal; observância das formalidades legais; e tempestividade.
I- Previsão legal (cabimento)
Para a interposição de recurso deve existir dispositivo legal prevendo seu cabimento. Alguns autores apontam também a adequação como pressuposto recursal autônomo, ou seja, a interposição do recurso correto pela parte no caso concreto.
II- Observância das formalidades legais
A apelação e o recurso em sentido estrito devem ser interpostos por petição ou por termo (manifestada oralmente pelo interessado e certificada por escrito por quem tenha fé pública). O recurso extraordinário, o recurso especial, os embargos infringentes, os embargos de declaração, a carta testemunhável, o habeas corpus e a correição parcial só podem ser interpostos por petição. Pode ocorrer de o oficial de justiça intimar o acusado da sentença e ele declarar que quer recorrer, hipótese em que o oficial irá elaborar uma certidão declarando o desejo do réu. Caso o acusado compareça ao Cartório Judicial para saber do andamento do feito e seja cientificado da sentença condenatória no próprio balcão, poderá declarar sua intenção de recorrer ao escrevente que reduzirá a termo tal manifestação de vontade, juntando-a aos autos. Quando a sentença é proferida em audiência, as partes podem declarar, imediatamente, sua intenção de recorrer, hipótese em que o juiz a reduzirá a termo na própria audiência.
III- Tempestividade
A interposição do recurso deve ser feita dentro do prazo legal. Nota-se que os prazos são peremptóriose a sua perda implica o não recebimento do recurso.
No processo penal não se computa no prazo o dia do começo, mas é incluído o do vencimento. (artigo 798, § 1º). Algumas observações devem ser feitas nesse sentido:
- Se a intimação for feita em uma sexta-feira ou véspera de feriado, o dia inicial da contagem será o primeiro dia útil subsequente;
- Se o último dia do prazo cair em um final de semana ou feriado, ficará automaticamente prorrogado até o primeiro dia útil seguinte (artigo 798, § 3º, do CPP);
- Os prazos são suspensos em recessos forenses;
- O prazo para o Ministério Público recorrer se inicia da data em que os autos ingressam na secretaria da Instituição;
- Defensor e réu devem ser intimados da sentença. Desta feita, o prazo começa a correr a partir da intimação do último. Se tiver sido determinada a intimação do acusado por edital, correrá também a partir do que ocorrer por último. Se a sentença for proferida em audiência e o réu estiver presente, o prazo se iniciará concomitantemente para acusado e seu defensor;
- A Lei nº 9.800/99 permite que as partes utilizem sistema de transmissão de dados e imagens do tipo fac-símile para a prática de atos processuais que dependam de petição. Nessa hipótese, os originais deverão ser entregues em juízo em até 5 dias após o término do prazo (artigos 1º e 2º).
Pressupostos subjetivos
Os pressupostos subjetivos são legitimidade e interesse.
I- Legitimidade
O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor (artigo 577 do Código de Processo Penal). Também pode recorrer o assistente de acusação.
Se o réu declara pessoalmente sua intenção de recorrer ao oficial de justiça ao ser intimado da sentença, não pode seu defensor desistir contra a sua vontade, devendo apresentar as razões do recurso. No entanto, se o acusado manifestar intenção de não recorrer, e seu defensor protocolar o recurso, este deve ser conhecido e julgado. Nesse sentido dispõe a Súmula nº 705 do Supremo Tribunal Federal: “A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta”. Ressalta-se que, se intimado o defensor e ele interpõe o recurso, ainda é necessária a intimação do réu.
II- Interesse
O artigo 577, parágrafo único, do Código de Processo Penal determina que só pode recorrer aquele que tenha algum interesse na reforma ou modificação da decisão. O interesse está ligado à ideia de sucumbência e prejuízo, isto é, refere-se àquele que não obteve com a decisão judicial tudo o que pretendia.
O Ministério Público possui regras próprias e pode recorrer em favor do réu, mas existindo recurso idêntico por parte da defesa, o interposto pelo órgão ficará prejudicado.
Juízo de admissibilidade (ou de prelibação)
O recurso somente é viável quando presentes todos os pressupostos objetivos e subjetivos. A análise destes pressupostos é chamada de juízo de admissibilidade, em regra, feito pelo próprio órgão jurisdicional que prolatou a decisão. Se o juiz entender presentes todos os pressupostos, recebe o recurso, manda processá-lo e, ao final, remete-o ao tribunal. Contra a decisão que não recebe um recurso sempre será cabível algum outro recurso. Nota-se que o tribunal, antes de julgar o mérito do recurso, também deve analisar se estão presentes os pressupostos recursais. Se entender ausente qualquer dos pressupostos, não conhecerá do recurso, mas se estiverem presentes, conhecerá deste e julgará o seu mérito, dando ou não provimento ao recurso (juízo de delibação).
Extinção anormal dos recursos
A extinção de um recurso normalmente ocorre com o julgamento do mérito pelo tribunal ad quem. No entanto, é possível que o recurso, após ser recebido, não chegue até o julgamento, havendo, nessas hipóteses, a extinção anormal das vias recursais. Vejamos:
I- Desistência: acontece quando, após a interposição e o recebimento do recurso pelo juízo a quo, o responsável
por sua interposição desiste formalmente do seu prosseguimento. Nota-se que o artigo 576 do CPP proíbe o Ministério Público de desistir do recurso por ele interposto.
II- Deserção decorrente da falta de preparo (artigo 806, § 2º, do CPP): o preparo só é exigível nos recursos interpostos pelo querelante, nos crimes de ação privada exclusiva ou personalíssima.
Efeitos dos recursos
São os possíveis efeitos recursais:
Devolutivo: a interposição reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, por meio de um novo julgamento;
Suspensivo: a interposição de determinado recurso impede a aplicabilidade da decisão recorrida. Salienta-se a regra no processo penal da não existência desse efeito, portanto, um recurso somente o terá quando a lei expressamente declarar;
Regressivo: a interposição faz com que o próprio juiz prolator da decisão tenha de reapreciar a matéria. Poucos recursos possuem o efeito, podendo ser citado como exemplo o recurso em sentido estrito e os embargos de declaração;
Extensivo: havendo dois ou mais réus com idêntica situação processual e fática, se apenas um deles recorrer e obtiver benefício, será este aplicado também aos demais que não impugnaram a sentença ou decisão (artigo 580 do Código de Processo Penal). O efeito não se aplica quando se trata de circunstância de caráter pessoal.
Reformatio in pejus
A denominada reformatio in pejus é vedada pelo artigo 617 do Código de Processo Penal. Assim, se houver recurso apenas por parte da defesa, o tribunal não pode proferir decisão que torne mais gravosa a situação do réu.
“Reformatio in pejus” indireta
Apesar de não haver previsão expressa, é pacífico na doutrina e jurisprudência que, se anulada uma decisão em decorrência de recurso exclusivo da defesa, no novo julgamento o juiz não poderá tornar a situação do acusado mais gravosa do que aquela proferida na decisão inicial tornada sem efeito. Há, contudo, uma exceção referente às decisões do Tribunal do Júri, situação em que havendo anulação do primeiro julgamento, no novo plenário os jurados poderão reconhecer crime mais grave.
Reformatio in mellius
Por fim, destaca-se que apesar de existirem divergências, entende-se que, sendo o recurso exclusivo da acusação, poderá o tribunal reconhecer e aplicar ao réu reprimenda mais benéfica, uma vez que o artigo 617 do Código de Processo Penal somente proíbe a reformatio in pejus.
 
EXERCÍCIO
	O recurso:
I- é um meio processual de impugnação, voluntário ou obrigatório. 
II- é utilizado antes da preclusão, apto a propiciar um resultado mais vantajoso na mesma relação jurídica processual, decorrente de reforma, invalidação, esclarecimento ou confirmação. 
III- reexamina uma decisão por órgão jurisdicional superior ou, em certos casos, pelo mesmo órgão que a proferiu.
	
	a) I.
	b) I e III.
	c) I, II e III.
	d) I e II.
	e) II e III.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Segundo os autores em estudo, “o recurso é um meio processual de impugnação, voluntário ou obrigatório, utilizado antes da preclusão, apto a propiciar um resultado mais vantajoso na mesma relação jurídica processual, decorrente de reforma, invalidação, esclarecimento ou confirmação” (p. 605). Sua finalidade é reexaminar uma decisão por órgão jurisdicional superior ou, em certos casos, pelo mesmo órgão que a proferiu. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	2
	É certo dizer que: 
I- A existência dos recursos encontra fundamento no princípio do duplo grau de jurisdição. 
II- Há decisões que são irrecorríveis, como a que recebe a denúncia ou queixa, que decide acerca do ingresso de assistente de acusação, que denega a suspensão do processo em razão de questão prejudicial. 
III- Além dos recursos, a parte que se julgar prejudicada poderá fazer o uso dos remédios constitucionais, como “habeas corpus” e mandado de segurança.
	 
	 
	a) I.
	b) I e II.
	c) II e III.
	d) I, II e III.
	e) I e III,
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A existência dos recursos encontra fundamento no princípio do duplo grau de jurisdição. Contudo, salienta-se que não se trata de um princípio absoluto, ou seja, há decisões que são irrecorríveis, como a que recebe a denúncia ou queixa, que decide acerca do ingresso de assistente de acusação (artigo 273 do CPP), que denega a suspensão do processo em razão de questão prejudicial (artigo 93, § 2º, do CPP), etc. Nota-se, porém, que a parte que se julgar prejudicada poderá fazer o uso dos remédios constitucionais (habeas corpus e mandado de segurança). (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	3
	Analise as alternativas acerca da classificação dos recursos e marque a que julgar correta.
	 
	 
	a) Quando à fonte os recursos podem ser constitucionais, previstos no texto da Constituição Federal, como o recurso extraordinário, o recurso especial, o “habeas corpus”, o recurso ordinário, mas o regramento desses recursos estão em leis ordinárias.
	b) Os recursos que emanam do Código de Processo Penal e de leis especiais são classificados quanto à fonte como legais, são exemplos os recursos de apelação, em sentido estrito, embargos de declaração, infringentes ou de nulidade, revisão criminal, a carta testemunhável e o de agravo em execução.
	c) Quanto à iniciativa os recursos serão voluntários, ficando a interposição a critério da parte que se sente prejudicada pela decisão e necessários nas hipóteses determinadas pelo legislador para que o juiz, de ofício, recorra da própria decisão.
	d) Os recursos, quanto aos motivos, podem ser ordinários, que não exigem requisito específico para seu cabimento, bastando o simples inconformismo da parte, e extraordinários, exigindo requisitos específicos para a interposição.
	e) Todas as alternativas estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra E. Quando à fonte os recursos podem ser classificados em:
a) Constitucionais: são previstos no texto da Constituição Federal, como o recurso extraordinário, o recurso especial, o habeas corpus, o recurso ordinário. O regramento desses recursos estão em leis ordinárias, porém, sua existência emana do texto constitucional; 
b) Legais: que emanam do Código de Processo Penal e de leis especiais. O diploma processual regula regulas os recursos de apelação, em sentido estrito, embargos de declaração, infringentes ou de nulidade, revisão criminal e a carta testemunhável. Em leis especiais há, por exemplo, o recurso de agravo em execução (artigo 197 da Lei de Execuções Penais). 
Quanto à iniciativa os recursos serão: 
a) Voluntários: a interposição do recurso fica a critério da parte que se sente prejudicada pela decisão (artigo 574 do CPP); 
b) Necessários: hipóteses determinadas pelo legislador para que o juiz, de ofício, recorra da própria decisão. 
Os recursos, quanto aos motivos, podem ser: 
a) Ordinários: que não exigem requisito específico para seu cabimento, bastando o simples inconformismo da parte. Exemplo: recursos de apelação e em sentido estrito; 
b) Extraordinários: exigem requisitos específicos para a interposição. Exemplo: recurso extraordinário, carta testemunhável, embargos de declaração, embargos infringentes. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	4
	Marque a alternativa certa no que se refere aos pressupostos objetivos dos recursos. 
I- Para a interposição de recurso deve existir dispositivo legal prevendo seu cabimento. Alguns autores apontam também a adequação como pressuposto recursal autônomo, ou seja, a interposição do recurso correto pela parte no caso concreto. 
II- A apelação e o recurso em sentido estrito devem ser interpostos
por petição ou por termo (manifestada oralmente pelo interessado e certificada por escrito por quem tenha fé pública), mas há recursos que só podem ser interpostos por petição, como o recurso extraordinário, especial, os embargos infringentes, os embargos de declaração, a carta testemunhável, o “habeas corpus” e a correição parcial. 
III- A interposição do recurso deve ser feita dentro do prazo legal, uma vez que os prazos são peremptórios, a sua perda implica o não recebimento do recurso. 
As afirmações I, II e III estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. Os pressupostos objetivos são: previsão legal; observância das formalidades legais; e tempestividade.
Previsão legal (cabimento): Para a interposição de recurso deve existir dispositivo legal prevendo seu cabimento. Alguns autores apontam também a adequação como pressuposto recursal autônomo, ou seja, a interposição do recurso correto pela parte no caso concreto. 
Observância das formalidades legais: A apelação e o recurso em sentido estrito devem ser interpostos por petição ou por termo (manifestada oralmente pelo interessado e certificada por escrito por quem tenha fé pública). O recurso extraordinário, o recurso especial, os embargos infringentes, os embargos de declaração, a carta testemunhável, o habeas corpus e a correição parcial só podem ser interpostos por petição. Pode ocorrer de o oficial de justiça intimar o acusado da sentença e ele declarar que quer recorrer, hipótese em que o oficial irá elaborar uma certidão declarando o desejo do réu. Caso o acusado compareça ao Cartório Judicial para saber do andamento do feito e seja cientificado da sentença condenatória no próprio balcão, poderá declarar sua intenção de recorrer ao escrevente que reduzirá a termo tal manifestação de vontade, juntando-a aos autos. Quando a sentença é proferida em audiência, as partes podem declarar, imediatamente, sua intenção de recorrer, hipótese em que o juiz a reduzirá a termo na própria audiência. 
Tempestividade: A interposição do recurso deve ser feita dentro do prazo legal. Nota-se que os prazos são peremptórios e a sua perda implica o não recebimento do recurso. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	5
	Aponte a alternativa INCORRETA.
	 
	 
	a) Se a intimação for feita em uma sexta-feira ou véspera de feriado, o dia inicial da contagem será o primeiro dia útil subsequente.
	b) Os prazos não são suspensos em recessos forenses.
	c) O prazo para o Ministério Público recorrer se inicia da data em que os autos ingressam na secretaria da Instituição.
	d) Defensor e réu devem ser intimados da sentença e o prazo começa a correr a partir da intimação do último.
	e) A Lei nº 9.800/99 permite que as partes utilizem sistema de transmissão de dados e imagens do tipo fac-símile para a prática de atos processuais que dependam de petição, hipótese em que os originais deverão ser entregues em juízo em até 5 dias após o término do prazo.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. No processo penal não se computa no prazo o dia do começo, mas é incluído o do vencimento. (artigo 798, § 1º). Algumas observações devem ser feitas nesse sentido:
- Se a intimação for feita em uma sexta-feira ou véspera de feriado, o dia inicial da contagem será o primeiro dia útil subsequente; 
- Se o último dia do prazo cair em um final de semana ou feriado, ficará automaticamente prorrogado até o primeiro dia útil seguinte (artigo 798, § 3º, do CPP); 
- Os prazos são suspensos em recessos forenses; 
- O prazo para o Ministério Público recorrer se inicia da data em que os autos ingressam na secretaria da Instituição; 
- Defensor e réu devem ser intimados da sentença. Desta feita, o prazo começa a correr a partir da intimação do último. Se tiver sido determinada a intimação do acusado por edital, correrá também a partir do que ocorrer por último. Se a sentença for proferida em audiência e o réu estiver presente, o prazo se iniciará concomitantemente para acusado e seu defensor; 
- A Lei nº 9.800/99 permite que as partes utilizem sistema de transmissão de dados e imagens do tipo fac-símile para a prática de atos processuais que dependam de petição. Nessa hipótese, os originais deverão ser entregues em juízo em até 5 dias após o término do prazo (artigos 1º e 2º). (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	6
	Sobre os pressupostos subjetivos dos recurso, aponte a afirmação correta. 
I- O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor, também pode recorrer o assistente de acusação. 
II- Se o réu declara pessoalmente sua intenção de recorrer ao oficial de justiça ao ser intimado da sentença, não pode seu defensor desistir contra a sua vontade, devendo apresentar as razões do recurso, mas se o acusado manifestar intenção de não recorrer, e seu defensor protocolar o recurso, este deve ser conhecido e julgado. 
II- O Ministério Público possui regras próprias e pode recorrer em favor do réu, mas existindo recurso idêntico por parte da defesa, o interposto pelo órgão ficará prejudicado.
	 
	 
	a) Apenas a afirmação I está correta.
	b) As afirmações I, II e III estão corretas.
	c) As afirmações II e III estão corretas.
	d) As afirmações I e II estão corretas.
	e) As afirmações I e III estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. Os pressupostos subjetivos são legitimidade e interesse. 
- Legitimidade: O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor (artigo 577 do Código de Processo Penal). Também pode recorrer o assistente de acusação. Se o réu declara pessoalmente sua intenção de recorrer ao oficial de justiça ao ser intimado da sentença, não pode seu defensor desistir contra a sua vontade, devendo apresentar as razões do recurso. No entanto, se o acusado manifestar intenção de não recorrer, e seu defensor protocolar o recurso, este deve ser conhecido e julgado. Nesse sentido dispõe a Súmula nº 705 do Supremo Tribunal Federal: “A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta”. Ressalta-se que, se intimado o defensor e ele interpõe o recurso, ainda é necessária a intimação do réu. 
- Interesse: O artigo 577, parágrafo único, do Código de Processo Penal determina que só pode recorrer aquele que tenha algum interesse na reforma ou modificação da decisão. O interesse está ligado à ideia de sucumbência e prejuízo, isto é, refere-se àquele que não obteve com a decisão judicial tudo o que pretendia. O Ministério Público possui regras próprias e pode recorrer em favor do réu, mas existindo recurso idêntico por parte da defesa, o interposto pelo órgão ficará prejudicado. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	7
	O juízo de admissibilidade:
	 
	 
	a) é a análise dos pressupostos objetivos e subjetivos do recurso.
	b) em regra, é feito pelo próprio órgão jurisdicional que prolatou a decisão.
	c) é feito pelo tribunal, antes de julgar o mérito do recurso.
	d) se detectado que não se estão presentes os pressupostos recursais, o recurso não será conhecido.
	e) Todas as alternativas estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra E. O recurso somente é viável quando presentes todos os pressupostos objetivos e subjetivos. A análise destes pressupostos é chamada de juízo de admissibilidade, em regra, feito pelo próprio órgão jurisdicional que prolatou a decisão. Se o juiz entender presentes todos os pressupostos, recebe
o recurso, manda processá-lo e, ao final, remete-o ao tribunal. Contra a decisão que não recebe um recurso sempre será cabível algum outro recurso. Nota-se que o tribunal, antes de julgar o mérito do recurso, também deve analisar se estão presentes os pressupostos recursais. Se entender ausente qualquer dos pressupostos, não conhecerá do recurso, mas se estiverem presentes, conhecerá deste e julgará o seu mérito, dando ou não provimento ao recurso (juízo de delibação). (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	8
	No tocante á extinção do recurso, é certo dizer que:
I- A extinção de um recurso normalmente ocorre com o julgamento do mérito pelo tribunal “ad quem”. 
I- Após a interposição e o recebimento do recurso pelo juízo “a quo”, o responsável por sua interposição pode desistir formalmente do seu prosseguimento, salvo se este for o Ministério Público. 
II- O preparo é exigível nos recursos interpostos pelo querelante, nos crimes de ação privada exclusiva ou personalíssima, a falta de preparo ocasiona a deserção.
	 
	 
	a) I.
	b) I e II.
	c) II e III.
	d) I, II e III.
	e) I e III.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A extinção de um recurso normalmente ocorre com o julgamento do mérito pelo tribunal ad quem. No entanto, é possível que o recurso, após ser recebido, não chegue até o julgamento, havendo, nessas hipóteses, a extinção anormal das vias recursais. A desistência acontece quando, após a interposição e o recebimento do recurso pelo juízo a quo, o responsável por sua interposição desiste formalmente do seu prosseguimento. Nota-se que o artigo 576 do CPP proíbe o Ministério Público de desistir do recurso por ele interposto. A deserção é decorrente da falta de preparo (artigo 806, § 2º, do CPP): o preparo só é exigível nos recursos interpostos pelo querelante, nos crimes de ação privada exclusiva ou personalíssima. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	9
	Os efeitos recursais são, exceto:
	 
	 
	a) Devolutivo, quando a interposição reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, por meio de um novo julgamento.
	b) Suspensivo, que a interposição de determinado recurso impede a aplicabilidade da decisão recorrida, mas a regra no processo penal é da não existência desse efeito, portanto, um recurso somente o terá quando a lei expressamente declarar.
	c) Regressivo, onde a interposição faz com que o próprio juiz prolator da decisão tenha de reapreciar a matéria.
	d) Extensivo, em havendo dois ou mais réus com idêntica situação processual e fática, se apenas um deles recorrer e obtiver benefício, será este aplicado também aos demais que não impugnaram a sentença ou decisão.
	e) Todas as afirmações estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra E. São os possíveis efeitos recursais: 
- Devolutivo: a interposição reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, por meio de um novo julgamento; 
- Suspensivo: a interposição de determinado recurso impede a aplicabilidade da decisão recorrida. Salienta-se a regra no processo penal da não existência desse efeito, portanto, um recurso somente o terá quando a lei expressamente declarar; 
- Regressivo: a interposição faz com que o próprio juiz prolator da decisão tenha de reapreciar a matéria. Poucos recursos possuem o efeito, podendo ser citado como exemplo o recurso em sentido estrito e os embargos de declaração; 
- Extensivo: havendo dois ou mais réus com idêntica situação processual e fática, se apenas um deles recorrer e obtiver benefício, será este aplicado também aos demais que não impugnaram a sentença ou decisão (artigo 580 do Código de Processo Penal). O efeito não se aplica quando se trata de circunstância de caráter pessoal. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	10
	Assinale a opção INCORRETA.
	 
	 
	a) Se houver recurso apenas por parte da defesa, o tribunal não pode proferir decisão que torne mais gravosa a situação do réu.
	b) É pacífico na doutrina e jurisprudência que, se anulada uma decisão em decorrência de recurso exclusivo da defesa, no novo julgamento o juiz não poderá tornar a situação do acusado mais gravosa do que aquela proferida na decisão inicial tornada sem efeito.
	c) No Tribunal do Júri, havendo anulação do primeiro julgamento, no novo plenário os jurados poderão reconhecer crime mais grave.
	d) Apesar de existirem divergências, entende-se que, sendo o recurso exclusivo da acusação, poderá o tribunal reconhecer e aplicar ao réu reprimenda mais benéfica, uma vez que o Código de Processo Penal somente proíbe a “reformatio in pejus”.
	e) Nenhuma das alternativas está incorreta.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra E. A denominada “reformatio in pejus” é vedada pelo artigo 617 do Código de Processo Penal. Assim, se houver recurso apenas por parte da defesa, o tribunal não pode proferir decisão que torne mais gravosa a situação do réu. Apesar de não haver previsão expressa, é pacífico na doutrina e jurisprudência que, se anulada uma decisão em decorrência de recurso exclusivo da defesa, no novo julgamento o juiz não poderá tornar a situação do acusado mais gravosa do que aquela proferida na decisão inicial tornada sem efeito. Há, contudo, uma exceção referente às decisões do Tribunal do Júri, situação em que havendo anulação do primeiro julgamento, no novo plenário os jurados poderão reconhecer crime mais grave. Por fim, destaca-se que apesar de existirem divergências, entende-se que, sendo o recurso exclusivo da acusação, poderá o tribunal reconhecer e aplicar ao réu reprimenda mais benéfica, uma vez que o artigo 617 do Código de Processo Penal somente proíbe a “reformatio in pejus”. (REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012)
	1
	Qual a providência cabível quando o juiz recebe denúncia por fato que não constitui crime?
	 
	 
	a) Recurso em sentido estrito.
	b) Carta testemunhável.
	c) "Habeas corpus" visando o trancamento da ação penal.
	d) Recurso especial.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. O despacho que recebe a denúncia não é passível de recurso. Todavia, é possível a impetração de ordem de "habeas corpus" para o trancamento da ação penal. Segundo os arts. 647 e 648 do CPP, respectivamente: "Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar", e "A coação considerar-se-á ilegal: quando não houver justa causa; quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; quando o processo for manifestamente nulo; quando extinta a punibilidade".
	2
	No Código de Processo Penal, a apelação deverá ser interposta em:
	 
	 
	a) 15 dias.
	b) 5 dias.
	c) 8 dias.
	d) 10 dias.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. Conforme dispõe o art. 593, do CPP: Caberá apelação no prazo de 5 dias.
	3
	Maurílio Inácio foi denunciado como incurso no artigo 157 do Código Penal. Ocorre que tal denúncia fora rejeitada pelo juiz, motivo pelo qual o Ministério Público, inconformado com esta decisão, interpôs recurso em sentido estrito. Diante dos fundamentos do recurso, o magistrado retratou-se de sua decisão e recebeu a denúncia. Neste caso,
a defesa de Maurílio Inácio poderá postular:
	 
	 
	a) o envio dos autos ao Tribunal de Alçada Criminal.
	b) a remessa dos autos do Tribunal de Justiça.
	c) ordem de "habeas corpus" com fundamento na falta de justa causa para o recebimento da denúncia.
	d) mandado de segurança com fundamento no direito líquido e certo que o denunciado adquiriu com a rejeição da denúncia.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Embora haja previsão de recurso em sentido estrito para o caso de rejeição da denúncia, o mesmo não acontece com a decisão de recebimento, contra a qual não existe recurso. Todavia, poderá impetrar "habeas corpus", no qual poderá alegar a falta de justa causa para a propositura da ação penal. Assim, não é possível a aplicação do parágrafo único, do artigo 589, do Código de Processo Penal: "Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. (...)".
	4
	É CORRETO dizer que a revisão criminal:
	 
	 
	a) poderá ser requerida em qualquer tempo, mas somente enquanto estiver vivo o condenado.
	b) é cabível em caso de sentença condenatória contrária à lei.
	c) é julgada pelo juiz de direito que proferiu a sentença condenatória.
	d) não se presta ao reconhecimento da nulidade do processo condenatório.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. Segundo o art. 621, inciso I, do CPP: "A revisão dos processos findos será admitida: quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; (...)".
	5
	Assinale a alternativa CORRETA. É recurso exclusivo da defesa:
	 
	 
	a) a carta testemunhável.
	b) os embargos infringentes.
	c) o recurso em sentido estrito.
	d) Nenhuma das alternativas está correta.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. O art. 609, parágrafo único, do CPP, estabelece que: "Quando não for unanime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, (...)". Portanto, trata-se de recurso privativo da defesa.
	6
	Considere as seguintes afirmações em relação ao Tribunal do Júri e assinale a alternativa CORRETA.
I - Caberá apelação das decisões do do Tribunal do Júri quando houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança.
II - Não será admitida apelação quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos.
III - Não é cabível o recurso de apelação sobre decisões do Tribunal do Júri, já que existem recursos próprios.
	 
	 
	a) Somente a afirmação I está correta.
	b) Somente a afirmação II está correta.
	c) Somente a afirmação III está correta.
	d) Existem duas afirmações corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. Dispõe o art. 593, inciso III, "c" e "d", do CPP: "Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: das decisões do Tribunal do Júri, quando:
(...);
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
Portanto, a afirmação I está correta; a II, incorreta, conforme as disposições supramencionadas; e a III, incorreta, já que o artigo 593, inciso III, do CPP, explicitamente, prevê as hipóteses que são cabíveis a apelação das decisões do Tribunal do Júri.
	7
	Da denegação do pedido de habeas corpus decido em única instância por Tribunal Superior, caberá:
	 
	 
	a) recurso ordinário constitucional.
	b) recurso em sentido estrito.
	c) "habeas corpus" para o STF.
	d) recurso de apelação.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. O STF é competente para julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (art. 102, inciso II, "a", da CF).
	8
	Sobre "habeas corpus", assinale a alternativa INCORRETA.
	 
	 
	a) Pode ser impetrado pelo estagiário de Direito, que ainda não se tornou advogado devidamente habilitado.
	b) Não é necessário que o advogado, impetrante, se apresente com procuração do paciente ou, se este estiver preso, com procuração de alguém da família.
	c) Somente poderá ser impetrado se o réu estiver preso.
	d) Nenhuma afirmativa está incorreta.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. O "habeas corpus" é o remédio constitucional contra o constrangimento ilegal na liberdade de locomoção do indivíduo. A ameaça pode ser presente ou estar na iminência de acontecer. Pode ser impetrado por qualquer pessoa (arts. 647 e ss. do CPP e art. 5º, LXVIII, da CF).
	9
	Das decisões do Tribunal do Júri, quando ocorrer nulidade posterior à pronúncia, cabe:
	 
	 
	a) apelação no prazo de cinco dias.
	b) recurso em sentido estrito no prazo de cinco dias.
	c) apelação no prazo de dez dias.
	d) recurso em sentido estrito no prazo de dez dias.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. Conforme o art. 593, inciso III, "a", do CPP: "Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
(...) III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia".
	10
	Em relação a revisão criminal, assinale a alternativa INCORRETA.
	 
	 
	a) Será admitida quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
	b) Será admitida quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
	c) Será admitida quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
	d) Não será admitida a reiteração do pedido, ainda que se fundado em novas provas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. Conforme o artigo 621, do CPP: "A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena".
Portanto, a alternativa "D" é a única incorreta, pois está contrariando o artigo 622, parágrafo único, do CPP: "Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas".
	11
	Considere as afirmações e assinale a alternativa CORRETA.
Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor.
II - que conceder ou negar a ordem de "habeas corpus".
III - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular.
	 
	 
	a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
	b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
	c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
	d) Todas estão corretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. Conforme o artigo 581, incisos VII e X, do CPP: "Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
(...) VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
(...) X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus".
A afirmação III é uma hipótese de cabimento de apelação (art. 593, I, do CPP).
	12
	Quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, qual o recurso cabível?
	 
	 
	a) Embargos de declaração.
	b) Apelação.
	c) Carta testemunhável.
	d) Recurso extraordinário.
Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. De acordo com o art. 382, do CPP: "Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão".
	13
	Assinale a alternativa INCORRETA.
Cabe recurso em sentido estrito:
	 
	 
	a) da decisão que não receber a denúncia ou a queixa.
	b) da decisão que pronunciar o réu.
	c) da decisão que denegar recurso.
	d) da decisão que decretou medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Conforme o artigo 581, incisos I, IV e XIX, do CPP. "Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
IV - que pronunciar o réu;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado".
Portanto, a alternativa "C" é a única incorreta, pois ela representa hipótese de cabimento de carta testemunhável (art. 639, I, CPP).
	14
	Onde é processado e julgado o recurso extraordinário?
	 
	 
	a) Tribunal de Justiça dos Estados.
	b) Superior Tribunal de Justiça.
	c) Conselho Nacional de Justiça.
	d) Supremo Tribunal Federal.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. Conforme o artigo 638, do CPP: "O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno".
	15
	Os ____________________ serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é _____________________.
Complete as lacunas assinalando a alternativa CORRETA.
	 
	 
	a) embargos de declaração; ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
	b) recursos de apelação; desfavorável ao réu.
	c) recursos em sentido estrito; desfavorável ao réu.
	d) recursos extraordinários; ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. Conforme o artigo 620, do CPP: "Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso".
	16
	Juiz Leopoldino negou seguimento ao recurso em sentido estrito apresentado dentro dos parâmetros legais. Qual é o recurso cabível?
	 
	 
	a) Apelação.
	b) Recurso ordinário constitucional.
	c) Recurso em sentido estrito.
	d) Carta testemunhável.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. Tendo em vista que o juiz, no juízo prévio de admissibilidade, negou seguimento ao recurso em sentido estrito, caberá a carta testemunhável, que está prevista no art. 639 do CPP.
	17
	Em relação à carta testemunhável, assinale a alternativa INCORRETA.
	 
	 
	a) A carta testemunhável terá efeito suspensivo.
	b) A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
	c) O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso ou, se estiver suficientemente instruída, decidirá logo, "de meritis".
	d) O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o processo do recurso denegado.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. A Afirmação "A" está incorreta, pois está contrariando o artigo 646, do CPP: "A carta testemunhável não terá efeito suspensivo" (grifo nosso).
As demais alternativas estão em conformidade com os artigos:
"Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas".
"Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver suficientemente instruída, decidirá logo, "de meritis".
"Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o processo do recurso denegado".
	18
	O juiz da Vara do Júri proferiu uma sentença absolvendo sumariamente o réu. Desta decisão caberá?
	 
	 
	a) recurso em sentido estrito.
	b) apelação.
	c) recurso ordinário constitucional.
	d) Nenhuma das alternativas está correta.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. O art. 416 do CPP determina que "Contra sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação".
	19
	Qual é o recurso cabível em relação a uma decisão que, embora esteja admitindo um recurso, obste à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem?
	 
	 
	a) Carta testemunhável.
	b) Apelação criminal.
	c) Embargos de declaração.
	d) Recurso em sentido estrito.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. Estabelece o art. 639: Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso; II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem".
	20
	Assinale a alternativa INCORRETA.
	 
	 
	a) Dar-se-á carta testemunhável da decisão que denegar o recurso.
	b) A revisão criminal poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da sentença ou após.
	c) Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
	d) Nas decisões do Tribunal do júri, quando ocorrer nulidade posterior à pronúncia, caberá apelação.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. Conforme disposição dos artigos 621 e 622, ambos do CPP, respectivamente: "A revisão dos processos findos será admitida (...)" [grifo nosso] e "A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após". Portanto, somente serão admitidas as revisões dos processos já sentenciados, ou seja, a revisão criminal poderá ser requerida a qualquer tempo depois de transitado em julgado o processo (e não antes da sentença).
As demais alternativas estão de acordo com os artigos 593, III, "a", 620, e 639, I, todos do CPP:
Alternativa "A": 
"Art. 639 Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso".
Alternativa "C":
"Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso".
Alternativa "D":
"Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
(...)
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia".

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais