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CONTRATEMPOS ALIMENTARES MOTIVADOS POR DIETAS PARA EMAGRECER Walaci Magnago1 RESUMO Este trabalho de cunho cientifico tem como objetivo debater a emprego indiscriminado de dietas para emagrecimento, avaliando os vários níveis de estímulo de estágios para a aquisição do peso corporal apregoado como ideal nos meios de convívio. Foi adotada a abordagem metodológica qualitativa. A partir de histórias de mulheres carregadas de transtornos alimentares, buscou-se identificar as motivações e os estímulos dos estágios inadequados de controle de peso, e compreender o significado dessas experiências para a revelação de transtornos alimentares. Foram realizadas entrevistas individuais, para avaliar como o padrão psicossocial - relacionado a peso e forma corporal vigente - intervém no imaginário das mulheres, influência na adoção de condutas alimentares anormais e de tais práticas inadequadas de controle de peso. Deste estudo reforçam a indigência de reflexão acerca da valorização desse ideal de beleza veiculado pela mídia e sua influência nas práticas alimentares, que pode levar à instalação de transtornos do comportamento alimentar. Palavras-Chave: dieta; educação alimentar e nutricional; transtornos da alimentação. 1. Introdução A alimentação é uma precisão humana vital, na qual a comida e o ato de se alimentar simulam informações de interação humana familiar e social, com conotações típicas. O desempenho alimentar é um fenômeno complexo, que vai além do ato de comer. Castillo et al. também pautam a ingestão de alimentos a estímulos internos e externos, considerando fatores orgânicos, psicológicos e sociais. Desse modo, o ato de comer transcende o valor nutritivo e as propriedades sensoriais do alimento, possuindo motivações ocultas relacionadas às carências psicológicas e às vivências emotivas e conflituosas que independem da fome. As desordens alimentares são acontecimentos pluridimensionais resultantes da influência mútua de fatores pessoais, familiares e socioculturais, marcados pela apreensão intensa com alimento, peso e corpo. Os tipos de transtornos alimentares são: anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa (BN) e transtornos alimentares não mencionados, que compreendem o transtorno do comer compulsivo. __________________________________________________________________________________ 1Bacharel em Educação Física 2 Em estudo efetivado por Astudillo (1998), o procedimento em busca de um corpo magro, com intenso controle alimentar e restrição alimentar severa, é o fator mais expressivo e altamente sensível, no emocionante à disposição de abstrair e confirmar um quadro de anorexia e/ou bulimia nervosas. Outro aspecto significativo é a alta motivação para conseguir uma magreza além da esperada, permanecendo uma discrepância entre o peso real e o imaginado. O estágio de dietas representa um risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TA) até dezoito vezes maior, deste modo esse comportamento não deve ser incitada indiscriminadamente. Embora a dieta ser uma prática frequente, nem toda adolescente que começa uma dieta, e deseja ser magra, desenvolve AN. Contudo, dos noventa acontecimentos de transtornos alimentares (TA) analisados por Ilbaca, todos citaram início com uma dieta severamente restrita. Para Fleitlich(1997), fazem parte da gênese e da manutenção dos TA o peso e a distorção da imagem corporal. Considera-se a cultura como um elemento admirável na imagem corporal. Ao longo dos séculos, os padrões de beleza feminina modificaram. Na década de 60 já se recomendava que o culto à magreza seria um fator precipitante da anorexia nervosa. Nos anos 80, ocorreu um crescimento considerável do mercado relacionado à manutenção do corpo. Fazem parte desse arsenal industrial da sociedade de consumo, aparelhos de musculação, suplementos nutricionais, revistas sobre boa forma e saúde, regimes alimentares e cirurgia plástica. O panorama sociocultural ocidental, de extrema valorização da magreza, com a pressão para o emagrecimento interagindo com outros fatores biológicos, psicológicos e familiares, geram uma preocupação com o corpo e um pavor patológico de engordar, levando a uma associação com o desenvolvimento de anorexia nervosa (AN) e bulimia nervosa (BN). Essa pressão ocorre, principalmente, com as mulheres para quem a aparência física é relacionada a um valor pessoal e se associa com sucesso profissional, autonomia financeira e independência. A ênfase da sociedade contemporânea no ideal de magreza (culto ao corpo), as intensas propagandas na mídia de uma infinidade de regimes e de produtos dietéticos, 3 bem como o crescimento de academias e do número de revistas sobre o assunto, fornecem o ambiente sociocultural que justifica a perda de peso, trazendo consigo uma simbologia de que a beleza física proporcionaria autocontrole, poder e "modernidade". Entretanto, essa imagem corporal idealizada é um padrão impossível ou impróprio, incompatível para a grande maioria da população. Atualmente, observa-se o crescimento de dietas e de transtornos alimentares, o que representa, individualmente, insegurança e insatisfação quanto ao corpo e, no coletivo, uma mudança rumo a novas formas de consciência da mulher. Mencionam-se as mulheres pois é com elas que ocorrem cerca de 90% dos casos de AN, a quem o culto à beleza representa uma neurose moderna e coletiva que se espalha, em ritmo acelerado, de mulher para mulher. Associada ao padrão do corpo magro, são veiculadas as mensagens de sucesso, controle, aceitação, conquistas de amor e estabilidade psicológica. Assim, a mulher acredita que, com a magreza, alcançará todas essas qualidades positivas, sendo a prática de dietas vendida como solução para todas as dificuldades. E, na ocorrência de insucesso na redução de peso, a mulher é vista como incapaz e sem autocontrole. Entretanto, o padrão imposto como ideal não respeita os diferentes biótipos e induz as mulheres a se sentirem gordas e desejarem o emagrecimento. Para isso, iniciam dietas e aderem a práticas inadequadas de controle de peso, tais como: fumo, vômitos auto induzidos, laxativos e remédios para emagrecer. Portanto, a não aceitação do corpo leva muitas mulheres a caírem na armadilha das dietas, sendo essa alienação quanto aos seus corpos apoiada pela indústria do emagrecimento, que perpetua os mitos acerca das dietas. Nesse contexto, este artigo tem por objetivo analisar as motivações e os incentivos à prática indiscriminada de dietas restritivas, e a influência que estas exercem no desenvolvimento de transtornos alimentares. 2.Treinamento de Resistência Muscular Localizada Para Nardi e colaboradores (2003), Resistência Muscular Localizada é a capacidade que permite realizar num maior tempo possível, a repetição de um determinado movimento, com a mesma eficiência. Outra definição de resistência é a capacidade 4 de resistir ao cansaço por mais tempo, deste modo executando a atividade pelo maior tempo possível sem que ocorra a diminuição da qualidade do trabalho realizado (Barbanti, 1979). O exercício contra-resistência também, pode ser realizado utilizando diversos modos de sobrecarga, como pesos, máquinas específicas, elásticos, massa corporal ou resistência muscular (Conley e Rozenek, 2001). A resistência de cada exercício pode estar relacionada a determinado percentual da maior carga possível de ser mobilizada em uma única repetição máxima (1-RM) ou relacionada a uma quantidade estipulada de repetições máximas (ACSM, 2002). Para Fernandes (1981) a resistência pode ser definida em dois tipos: Resistência Muscular Geral, para o autor está resistência é desenvolvida quando o trabalho realizado pelo indivíduo emprega 2/3 da porcentagem geral do sistema muscular esquelético; e classifica como resistência muscular localizada a desenvolvida pelo indivíduo quando emprega 1/6 a 1/7 de sua musculatura total, deste modo o trabalho envolve apenas um determinado grupo muscular. Para Weineck (1989), força de resistência é a capacidade que o indivíduo possui de resistir a fadiga do organismo quando o trabalho de força é empregado em performances de longa duração. Conforme Uchida e colaboradores (2004) a resistência muscular é caracterizada pelo tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício, podendo ser definida também como a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo. Uma outra definição segundo Verkhaskanshi (2001) é a capacidade dos grupos musculares de manter a aptidão de trabalho especial no nível necessário durante o tempo prolongado, afirmando a definição conforme outros autores. 3. Variáveis do Treinamento de Resistência Muscular Localizada A variação no treinamento é um princípio fundamental que sustenta as necessidades de alterações em um ou mais variáveis do programa ao longo do treinamento e permite que o estímulo se mantenha ótimo. Foi mostrado que ao variar o volume e intensidade torna a progressão mais eficaz a longo prazo (ACSM, 2002). A seguir, poderemos obter algumas sugestões para o treinamento de resistência muscular. Para Uchida e colaboradores, 2004): 5 1- Repetições: de quinze a cinquenta, com até sessenta e cinco por cento de 1RM, caracterizando pesos leves ou moderados; 2- Séries por grupo muscular: entre dois e três séries; 3- Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: mais de três dias; 4- Intervalo entre as sessões: de vinte e quatro a quarenta e oito horas em média; 5- Intervalo entre as séries e exercícios: de trinta segundos a dois minutos (para repetições acima de trinta); 6- Velocidade de execução do exercício: moderada. Outra sugestão conforme (ACSM,2002): 1- Repetições: de doze a quinze, com até setenta por cento de 1RM, caracterizando pesos leves, moderados e até intensos; 2- Utilização de três a quatro séries por grupo muscular; 3- Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: entre dois e três dias; 4- Intervalo médio entre as sessões de vinte e quatro a quarenta e oito horas; 5- Intervalo entre as séries e exercícios: de vinte segundos a um minuto, dependendo da idade do praticante; 6- Velocidade de execução do exercício moderada; é recomendado que pequenos aumentos no volume (dois vírgula cinco–cinco por cento) devem ser prescritos a fim de se evitar a fadiga muscular. Para se concretizar um fluxograma de emagrecimento dentro do exercício de resistência muscular circunscrita, pode-se apor o procedimento de treino em circuito, demudando o volume do treinado, acrescentando a estabilidade da sessão e acionando com maior valor o aparelho aeróbico, ocasionando em qualquer maior puído energético durante o treinamento, entretanto embora dentro das propriedades dos treinamentos de força (Fleck e Kraemer, 2006). Este processo de exercício teve ascendência na Inglaterra em 1953 calhado do treino intervalado devido às enigmas climáticas na Europa (Tubino e Moreira, 2003). Até incide em qualquer encadeamento de treinamentos (ocasiões) dar cumprimento um 6 após o outro, com um ínfimo de alívio entre eles, podendo ser efetivado nos aparelhamentos de musculação (Fleck e Kraemer, 2006), constituindo deparado na literatura em português como circuito de musculação ou circuito de pesos e em inglês como circuit training ou circuit weight training. Outra acepção segundo Dantas (2003), um processo de exercício físico que não habilita designadamente uma competência física em seu grau máximo e, sim, proporciona um predicado, despontando implicações tanto na elaboração cardiorrespiratória como a neuromuscular. Ambos fatores se arrogar ao acontecimento de o treinamento de força contínuo abrolhar maior EPOC logo que determinados pesquisadores (Kraemer e colaboradores, 1990; Kraemer e colaboradores, 1992). O primeiro fator citar aos revides hormonais que podem alterar o metabolismo, inventariando nomeadamente as catecolaminas cortisol e GH. O segundo refere-se à avaria tecidual seguida da incitação para a hipertrofia tecidual, porquanto a epítome de proteína é diminuída durante o treinamento em si, mas depós o treinado existe um acontecimento compensatório, em que se chama turnover protéico. 4. Considerações Finais Entretanto, as motivações e os incitações à aprendizado de dietas de emagrecimento e a alcance que estas desempenham no incremento de contratempos alimentares. A ir-se embora dos estudos efetivados, entender as inconsiderações decorrentes da prática indiscriminada de dietas de emagrecimento, espicaçada por familiares, amigos, profissionais e pela mídia. Deste modo, aqueles profissionais, quão intensamente um certo nutricionistas, endocrinologistas e diversos, que ordenam dietas limitativas, necessitam ser elucidados quão aos riscos, uma vez que tais orientações desconsideram os medos e receios conexos aos alimentos e ao corpo, desconhecendo, de tal modo, a subjetividade complicada e a autoridade cumprida pelo argumento próximo. Qualquer prática impositiva, como as dietas limitativas, não coopera para as transformações imprescindíveis, que precisam advir de contorno profícuo e de caráter prático pela variação da conduta alimentar. 7 Do mesmo modo, a reeducação alimentar é o parecer nutricional mais apropriado e que tem proporcionado melhores efeitos. Portanto, os profissionais da área de saúde deveriam ser preparados para guiar seus resignados em direção a um adestramento alimentar saudável. Para isso, fazem-se imprescindíveis transformações na formação dos profissionais de saúde, sendo preciso uma humanização dos cursos e tarefas interligada entre os profissionais enredados na assistência ao paciente com desordem alimentar (nutricionistas, psicólogos e médicos). 5. Referências Bibliográficas Astudillo RB. Transtornos del hábito del comer en adolescentes: aspectos clínicos y epidemiológicos. Rev Méd Chile. 1998. Bagattini CM. Transtornos severos de la alimentación: anorexia nerviosa e bulimia. Rev Psiquiatr Urug. 1998. Castillo MCC, Acharán X, Alvarez P, Bustos MCP. Apetito y nutrición. Rev Chil Pediatr. 1990. DANTAS, E.H.M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2003. FERNANDES, J.L. O Treinamento Desportivo: Procedimentos, Organização, Métodos. EPU, São Paulo, 1981. FLEITLICH, B. W. O papel da imagem corporal e o risco de transtornos alimentares. Pediatr Mod. 1997. KRAEMER, W.J.; e colaboradores. Acute hormonal responses in elite junior weightlifters. Int. J. Sports Med, v.13, p. 103-109, 1992. KRAEMER, W.J.; e colaboradores. Hormonal and growth factor responses to heavy resistance exercise. J. Appl. Physiol, v.69, p.1442-1450, 1990. NARDI, E.R. Capacidades físicas e neuromotoras. Disponível em: www.deleste5.edunet.sp.gov.br Acesso em: 28 jun. 2007. 8 TUBINO, M.J.G.; Moreira, S.B. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2003. UCHIDA, M.C.; e colaboradores. Manual de musculação. São Paulo: Phorte, 2004. VERKHOSHANSKY, Y.V. Treinamento desportivo. Porto Alegre: Aritmed, 2001. WEINECK, J. Manual de Treinamento Esportivo. 2a. ed., Manole, São Paulo, 1989.
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