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• criar e . reciclar . . ilimitadamente . Michael Braungart . , William McDonough GG cradle to cradle Michael Braungart William McDonough GG Titulo urll]llldl: CI:u/le' /1) Cr:u/l,' HI'lIuk/!I(j tlll' VI/ay VI/i' .\1aJ...l' TIr/IH)', P'.lhll(;,\(JO '-Jrlqln;lI!ll(~l1t(~ nOI VI111;lq(~, f-<,lI1(]llIll H(lIl~;('. ?OOCJ Traduc.:;'iO: Fredmlco [3onaldo RI)VI:;do teClllca. [ilsa Ouartllll E3él.lbo';a Preparaçuo de texto' CllStldll C 1~ITl('llt() Revisflo de texto' Gr(lcc MO~';Cller(1 CI(~lllUlli~ Pmparal(<1o C' r(~VI~,<10 flll<11 de tc:-xto: Th<:lls<:I 8,lrilni (' SOI;1I1~-:W MOl'(lUl OHSlgll do ·IVlCl l) capa. TOIlI Cahrn .I Edltorla' Cu~;tavo CI·I. SL Qualquer t'-Jrma clt; rC'prndulJlo. dlstrlhul(/I(), (:(H111ml(:d~:;:l() puhll(:;J ou tl-aIlSiorrlléH,.é'tO dr)sta ohra so pod() ~;t~r r(),lIl!d(Ja 1:0111 d d,ltorlh11)lO CXPI(~,'-;é,a de é;"lh tlluléHi<;. salvo ()XC()l.;;l.O pr()\,'Ista pl:,1a h. C:ISO seja neU'SS,"1rIO rCprtldll/ll- ,JlqlJin tl"l:,cho d,:,,';la obra Sf)jd por !llUIO ch~ fotocopia, dlgltallZ<II,:;'1I1 ll'd 1r:lIlSUll,;;'!O, t:ilt(dr (~111 conlato COlll d I::'dltora A Editora r-ao :;(~ p'Of'UI1Ud ('xprcs:;a ou l'Ilpllutarrwllt(:" a r(;spcIllo d;l i1ulldarle dê1s II'furr'laçÓ('.,-; COllt'ddS l'l:'Sll' 11'/ro c 11:\0 dSSUIlW qualqLH~r r()~;poll:;dbllld<ldc; k~gill e,",) Cil~iCJ (k (~rrCJs ()lI ()nw:;~iÓ(~!i C d<-l tradu(;;ju' Ftmierlcu RUllaldu c Mlchal:,1 BrdlJl1qart I:' Wllllé\lll Md)orlOUgh, 2008 pam <:I erll(Jlo em port'.lql";o; c EdltOflal Gustavo Gill, SL. Garcl'lolla, 2011) POl!Ieei lI! Sf-!,J/Il - Irllpr\!!-;é;O ru Espanha - AgpoWai Impl(;"~,OI;; ISBN' 978 85 65985 192 Dados InternaCionaiS de Catalogação na Public<lção (CIP) (Cãmara BraSileira do livro. SP, Brasit) Mul'Jllllll,-,ll, ',VIII""n C',]!!I,' lo' '.lell,· 'rt;lI,' "'ll<:',H 1I''T'jyLH11, 'I, VIi' ill,l'n M: d,)l1: 'lloh IV", ".!('! Hr.lIJ11iFLI' ,[t'ddll' :](J !-r,'d"I"" Il,;n,Mln[ .(] ::l.i" f-',W!(J rrJ,j'H,"' l~ Gil, L'OIJ TII"lo C:1!qlllal rrddl'l Ii>: ",dll' ""I1,lk 'q Ihl' w.!y '~ ... ' Ill.tk(' 111I1Iq', ISE3'~ ~J"/e e~J b'J'Je:j-1 'J L' 1 [j" ;('llh) "dll,';lrI',j? Il," "l1h" IIHI, ·,trl:t! A r""j"" .Jlllh,,·n1:II', J n"'-,':_IC1 4 R," I' 1.,,1"'" IR, "Idlll'~,' I, ) ~ ::-:lusj"Il!.IIJII,dd(k I. E3'"dll"],lIj Mil 11;11,1 11 Tlu () :l Uh 1 'l~) eD[) 745 L Itlflt:,,~~, P,")l:1 <,.t',lluq"" ':,1111-\1, J"""IIII<' Ilü!lI:-,I, di A·,p'·' j"" .1'111;" 'lh,·' 74.') '2 Sumário 007 PrefácIo por Alexandre Gobbo Fernandes 009 Introdução à edlçao de 2008 023 Capitulo t Uma questão de design 049 Capitulo 2 Por que ser "menos mau" não é bom 071 Capitulo 3 Ecoefetividade 095 Capitulo 4 Resíduos são nutrientes 121 Capitulo 5 Respeitemos a diversidade 157 Capitulo 6 A ecoefetividade na prática 185 Notas 192 Biografias dos autores Às nossas famílías e a todas as crianças de todas as espécies de todos os tempos Agradecemos aos amigos Alexandre Gobbo Fernandes e Ana Ester Rossetto por sua dedicação em tornar 88t3 ediçáo brasileira uma realidade. o mundo nào evoluira para além de seu estado atual de crise usando o mesmo pensamento que criou essa Situação. Olhe para sol. Veja a lua e as estrAlas. Contempk~ a beleza do rejuvenescimento da terra. Agora per se. Aquilo que seu povo chama de recursos naturais. o nosso povo c:harna de nossos parentes. Alh('rl FIIl.sk~ 11 Prefácio por Alexandre Gobbo Fernandes Originalmente publicado em Inglês em 2002, o livro Cradlc to Cradle ja foi traduzido para uma dúzia de idiomas, incluindo chinês, alemão, francês, dinamarquês, japonês, coreano, italiano e espanhol. Agora, a edição em português é lançada no Brasil, num momento em que o Intenso debate sobre o modelo de desenvolvimento do pais e a forma tradicional de pensar os resíduos encontra-se no topo da pauta de discussão. Podemos agora ter em nossa língua as idcias que são um marco revolucionaria do pensamento contemporúnco, consideradas leitura essencial pelos mais importantes centros de conhecimento do mundo e adotadas como fonte de inspiração por inúmeros líderes e personalidades de nosso tempo, Os conceitos que os autores de Cradle to Cradlc nos trazem inauguram uma lógica poderosa de InOVayflO para _~~~~sformar a mentalidade de escassez na qual o mundo atualmente se encontra, unindo área-s·-t·ã~ dist;;~-te~ quanto economia e dcslgn, negócios e ecologia, produção de bens de consumo c concepção de centros urbanos. Seus premiados autores tem vinculos com o Brasil desde o lançamento de seu primeiro trabalho em conjunto, no evento da ONU Rio - EC092, a Cúpula da Terra. O fato é que hOJe o sistema de produção que traz conforto e facilidades para milhões de seres humanos também está esgotando recursos, intoxicando pessoas e contaminando ecossistemas naturais e urbanos. O mode o de desenvolvimento adotado atualmente enfrenta uma crise iminente c necessita de uma alternativa urgente, porque destrói as bases da própria sobrovivêncl8.. Líderes estão em busca de um novo modelo produtivo capaz de associar o desenvolvimento com a prosperidade mutua das pessoas e da natureza, e o Brasil vem elaborando maneiras de se tornar uma referência global de um novo modelo de desenvolvimento. Os exemplos apresentados neste livro são fundamentais para entendermos que o dilema de "crescer ou preservar" é falso. Os autores nos apresentam uma nova realidade. na qual é possível para a indústria contribuir com a restauração dos ecossistemas do planeta c para o bem-estar das pessoas, em vez de gerar passivos socioambient8.is. Podemos, intencionalmente, projetar um sistema mais IIltellgente, capaz de desencadear Inovações para criar Cicios de prodc.lçào regenerativos, inaugurando um novo modelo de desenvolvimento em que os "resíduos são nutrientes" e os produtos geram impactos positivos para as pessoas e para a natureza. Neste livr:J, encontramos algumas das inovações inspiradas por Cmd/e to Cradlc para 8. relnvenção de produtos, modelos de serviço e o uso de materiais saudáveis, que já estão sendo criadas hoje por empresas, grandes e pequenas, em todo o mundo. Com essa leitura, podemos vislumbrar o poder da ecoefetividade - a escolha de fazer a coisa certa - e. assim, prosperar como sociedade, nutrindo o Cicio biológico do planeta e "alimentando" o Cicio tecnológico das indústrias, em vez de nos sentirmos culpados em relação ao consumo. Este livro nos abre os olhos para o poder do criarmos produtos Inovadores Inspirados na natureza, de optarmos pelas fontes de energias renovavcis e de usarmos a diversidade de soluçõos como estratégia para superar nossos desafios. Um modelo que promove a prosperidade enquanto alimenta o futuro das próximas gerações, que esta Criando uma onda de inovações e irá desencadear a próxima revolução Irldustrial. Uma forma possível de desenvolvimento que nos levara a um novo patamar de relação mutuamente benéfica entre a humanidade e o planeta. Clarissa Realce Clarissa Realce Clarissa Realce Introdução á edição de 2008 Já fa? vinte c poucos anos que cunhei a expressão cradlc to cradle ("do berço ao berço"), c desde então ela tem sido vista tao complica- da como uma pc.rtitura musical. Mas agora posso explicar aos fabri- cantes de fotocooiadoras o que essa expressão significa, com termos que lhes são familiares. Tambórn posso dizer aos novos cri<'ldorRS de camarão como coloca-Ia em prática. É um pouco como a hlstonél. que OUVI recentemente sobre um menino de cinco anos que conher.:léI. app- nas Lima pessoa chamada Fclix. Ouando foi 3presentado a ou1ro FRllx. o garoto disse ao pai: "Você sabia que o Félix arrélnJou uma cara nova osta semana?". Este liVro ainda descreve a identidade subjacente do rtac/lc to c/adie mas o conceito chegoumuito mais longe do que cu previra quando o livro fOI publicado pela primeira vez, em 2002. No sóculo XIX, muitos escntoros usamnl R frasR "a n130 que,b<'1lanç.a o beryo tcmdlcl~ ~ ~~º-,~L,j(: govo.r,na o"l11unqo ". Para -~-I~~ ISSO slglllflca- va que a maneira C0l110 criamos os nossos filhos contribuiria mais para mudar o mundo cue os construtores de impérios c as novas in:::JLlstnas, Penso que hoje a frase téunbérn se aplica ~l.s nlaos que balançam o uadle to cradle, pois nosso pmjCJto tanlbt~m diz wspoito ;1 descohuta de soluções educativas muito divCI"sélS para élS iniciativa::,; quase: SCIll- pr-u ultrajantes qu; prc:judicrlnl o nwio (1rllhl("':!ntr~; c~ IllUILIS V(~/()~; (~SSd~~ soluções vem do rnnSrllO tipo clr: Irlstlt!JI(,;{)cs que C;llJ~;;\lll ()~; pn!JIII' ZOS. O C/adie to craci/c !c;nla ()nquadrar os snrc:s hUrll('JIH)S r1(1 I1lW;rlHJ p8.nor;:llllf'l. dt-; "'especles" que os outl"OS seres vlvcntr;s - (;, péHéI IIÓS. o mau uso do~; rCCLW30S materrals n,,'\o (; lima amcac,:a SOrl1(;llt(; pell'él ;-)S futuras geraçoes humanas, mas tamhRm catastrófico para o futuro de todo tipo de vida. No entanto, outro principio orientador é que podemos discutir as soluçoes do modelo r:radle to cradle com bom humor - até mesmo de maneira espirituosa. O teor das paginas a seguir não Ó. em geral. o mesmo usado pela maior parte do "jornalismo ambientalista" nos ultimos seiS anos. Os primeiros agricultores aceitavam "a lei da de- volução", que significava simplesmente que o agricultor deveria tentar restituir à terra aquilo que tomou dela. Mas ele não se sentava ao pó do fogo e roía as unhas, perguntando-se se tinha ficado com a melhor parte do regócio. Não era uma "lei" que o pn":!ocupava - era apenas, simplesmente, a coisa certa a se fazer. O cradle to cradlc é uma lei da devolução, mas com materiais, em vez de safras de ali:nentos. Obvia- mente. a Ciência dos materiais é mais ardua que a agricultura, mas nós podemos conseguir. ~~~_ ha.F9r q~e adotar os tons tempestuosos que outros amblentalistas muitas vezes usam. Este livro descrevo como o conceito de cradlc to cradle obteve res- paldo nos Estados UrllCios, embora sem se deter em como pudemos observar a atenção da mídia voltar-se para o efeito estufa, para a per- da da diversidade de espécies, para a contaminação da biosfera ou para a polulç<'í.o do solo e do oceano, entre outros assuntos. Naquela altura. percebíamos - e ainda percebemos - que a proteção ambien- tai é interpretada como a melhor solução a esses problemas, mas isso não Significa que nosso objetiVO é slmplesmontr! ser "menos maus". -Se a hipótese ó que os seres humanos são ruins para o planeta, õ-' i melhor que pode acontecp.r é que não estejamos mais aqui, Emissões' zero, pegada zero, redução, evasão, miniml7ação - él linguagem da culpa o mUito popular. Mais controle (ser "rnenos mau") n<1o Ó o lT"te'!smo que ser bom. Ba- ter três vezes em seu filho ern ve~ de Cinco não c protegê-lo; e prote- ger o mOlo arnbiente'! não e slmplesrnente: usar seu carro corn menos frcCluf:ncléL Ouando vocf: félL aluo errado. nelo tente a. melhora-to. Nao se; tr'ata so d(: flequóncléi, corno () caso a seguir' (;xc:rnplifica. Recen- !C:IlWlllf:, rI10SII',lrillll-mc LllIlél nova fotocopiadora, feitCl. com cornpo- nüntes muito melhores e que funcionava duas vezes mais rápido com menos consumo de energia, mas o papel ainda nào podia ser de- composto. Ele não poderia retornar para cIcio biológico algurn. Sim, a mélquina era "menos máLT, mas as melhorias estavam no lugdr errado. Da mesma forma, se comparadas com os 3nti~los componentes de pneu, as particulas de látex produzld3s hoje lornaram-sp muito me- nores. De alguma maneira, essa mudança foi b03, mas o látex é um dos principais alergenos causadores de asma. Agora podemos fazer pneus "melhores", mas provavelmente teremos mais pessoas doentes como resultado. Acaso ac.eltamos "solu<;ões" r~lpido demais? A Gra- -Bretanha planejôu construir mais cem incineradores de lixo. Por quê? Na incineração, perdem-se todos os nutrientes que deveriam retornar para ciclos técnicos ou biológicos. Por exemplo, o cobre contido nes- se liXO vale cerca de 80 milhóes de libras por ano - e encontrar cobre bruto é muito mais raro que petróleo. O fosfato também é raro - fica incorporado ao lodo -, e Igualmente se perde quando colocado em Inclneradorcs que processam liXO muniCipal. Penso que usar o fogo para combaler o "Iixo" ó um comportanwnto medieval. É uma espécie de paranoia. OU3ndo as pessoas se sen- tem inseguras, incorrem nesse comportamento._~ .. :~_t~c:.!:9_ªg~.rn .. (!{"!-JJje t~ C1:?g!€..º~:H!sist.c en~ __ ~c:!r o .Iixo .como alimenlo, .. cCH,no. nutrle~te pélr~! aquilo que. está por v.L.r.., Trata-se de como sustentar a biosfera c de corno sustentar a tecnosferi1.. Traia-se de sermos benéfiCOS, de n~lo entrarmos em pállico e destrulrrnos recursos que podemos deixé.lI' de herança para os nossos netos e para os netos deles. Se apenas agir- rnos por culpa e vivermos aflitos, seremos gente demaiS neste mundo. Por isso, discordo de AI Gore, que, em A Tctfél em balanço. diZ que podemos curar c meio ambiente equilibrando a população. É corno olhar nos olhos de urna crian<;él c dizer: "Serl3 melhor que você não estivesse aqui". Como você lera nestas páginas. Inicialmente, urna variedade siçJni- ficatlva de fabncantes correspondcu ao cracllc to clnc/lc - fi1.bncél.ntes de carpetes. cosméticos, detcrqcntcs, sapéltos e df~ nlLllté1S ou!r,lS COI Introduçao 1 ' sas. o CI(i(!le t() crad/c também foi adotado por rtrquitetos no projeto de cdlfiClos Inteiros. É um procpsso que não envolve somente definir fjulmlcamente os InçJredlf!ntes a serem empregados, mas também um slstemél ~ocléll de rcaproveitarnento, quP vai muito além de varias m- SJI·as govcmamf!ntals de r·eciclagcm. Aldeia ú que o comprador de um revestWrlcnto de pisos da Shaw ou (13 Desso Imagine, Anquanto ainda estiver VIVO. o que sera desse piSO após deixar de usa-lo. Isso signi- fica fjUf! os moveis de escritório, como os fabricados pela Steelcase c pela Orangebox. são projeta.dos para serem desmontados mais de umé1 ve7. C que: seus materiaiS súo escolhidos por sua capacidade quase Infinita de reutilllrlção. ~P_~.:~.P?(~t!va de long~ prrlzo é comple- !_anicntc diferente da Idela de urna única reutilizaç~o por tré·1S da tão popular "rcuclrlgem", em que sua Qa.rrafa plástica se t~al"!.?f.orma nUf'!Ia ..Jaqueta ... c dali a clncÇ) anos a jE!-queta vai e~atamente para o mesmo beco sem saída, do berço à cova, onde teria Ido parar a .sua garrafa uns anos antes. EstanlOs aprendendo - o mais rapidamente possivcl - que todos os materiaiS tôrn períodos de uso muito r11a1S longos do que as pessoas pÍ"~l1sarn. Os nossos sistemas de m"ilenais '-linda não se provaram in- finitos. mas incentivo os clientes craci/e tu cTéld/c a imaginarem-se em um curva ascendente que mostre qUé10 longe eles e seus clientes che- garam. E o velho ditado: se vocé caminha em direção ao horizonte, aí sim conscgLH: ver aonde deve Ir. o cré.l(ile to cradlc e uma "estratCglél de apoIo". O crad/e to cradlc tem lIn13 \/alitaç]crll competitiva, porque toda empresa que adota essa abordaçJcm rr~vela amt)l(,:üo c dlsposiç80 para a pesquisa. Mas não se Ir·ala de compelll,;iw ou de controlar seu vizinho. O conceito cradlc to cradlc' e ImprlSéHTlCntc bem-sucedido na Holanda, porque o holandês - perlSO E:LJ - tc~m uma cultura dt.: ajuda. Na Holanda. se você não aju- da Sl:lI viZinho. vocü se atoga. Um terço da população vive abaiXO do rllVnl do r11ar. (: V()C(~ espera que o seu VIZinho tamb(~m CUide do dique. Na Ho anoa, o Mlnlstcrlo do Meio Arnblcntn vem desenvolvendo IJII1,1 (":;·;lr·'.[(;Cjl(l d(' ilplovislOn,mWrlto p<l!'él orçJanizações gow:rnalll(;rl- tais que usam o cradle to era d/e como o crrtel'io de suas compras.Quaronta por cento dos lucros do gás natural foram destinados ~l pesquisa cracllc to crad/e e ao fomento dessa inovaçã.o nas pE-:CjuP- nas empresas do pais. que poderiam ter dificuldades em reali/a-Ia por conta própria. E diferente das abordagens 3rnblcntalistas adotadas ~~r governo~, que qLi-~-~~~"';penas controlar e mlr·llrllI7<U. Sempre ha pequenas sementes que viram grandc~s histórias, (~ o su- cesso holandês 'Jeio de um filme fc~ito para a telcvlsélo, Wastc Equals Food, feito por Rob Van Hattum, Rm 2006, A acolhld~ convenceu-me de quo. em parte, foi o tamanho da Holanda que a tornou Ideal para o crAd/c to cradle: ó um lugar sufiCientemente pequeno para quo aca- dêmicos e fabricantes poss3m aprender uns dos outros: mas tambem um lugar suficientemente grande para que. se nélo quisessem. LJ.m- pouco precisariam trabalhar juntos. Percebi como o conceito uadle to cracJle verá, em um futuro bl'eve, urna varledado de pessoas aceitando a mensagem de que precisamos nos organizar de maneira diferente agora. senão será tarde demaiS. Em 2008, foi criado ern VRnlo, na Ho- landa, um escntério que trabalha com firmas de consultorl<.l baseadas nos princípios cradlc to cradlc, que orientarn emprRsas, pessoas dos sistemas educacionais holandeses e orqanlz<'l.dorcs, COnlO os que RS- tavam por tré.'lS da conferéncla ;'Let"s Cradle", Arn Maastricht, disponível no You Tubc. No outono de 2008. ocupei um;:J. catedra de cinco anos na Univer- Sidade Erasmus. em Roterdã. A Erasmus e celebre em estudos em administração, e seu professorado est~l conjugado com o da Univer- sidade Técnica de Delfl, uma das mais irnportantes univerSidades dR tecnologia da Europ;:J.. Na Alemanha, cu trabalhava como cnçJCnhel- ro químico, e t;:J.lve7 vocü pense que não é cornum que Llrll Clf~ntlst<'l. ocupe uma c;:J.dF.lra no departamento de adrninistré.H,;ão. Mas o nlvfd de interação flexível que vejo nessas unlver'sidades (; fantastico: gAS tão profissional e Cientistas em busca de amplas soILl(,;cJes cCJrl1porta- mentais para problemas ambIRn!<l,Is nunca Célnllnh;:J.ram t?in pr·óXIITlOS. DepOIS do Cinco anos, dRvernos ter um programa df) pÓ;';-~lr{lcJlIaC;~lo sobre o conceito craclle to cri:lCJ/e em coopfnd<.,;iíu com o Instituto Introdução Il DRIFT, centro rnundial para o tipo de "gestão de transição" da qual dependemos atualmente em razao do ritmo alarmante de mudanças e progresso. A cútcdra e os meus assistentes são financiados em parte pelo governo holandês e em parte pela Royal Haskonlng Foundatlon e pela IndlJstria holandesa. No começo. o maior equivoco do cré/cf/c to cré/d/e fOI procurar ,so- mente reddinir os "ingredientes" de um produto - o que é. obViamente. parte, da abordagem. EXistem cerca de 55 bases de dados em todo o mundo que podem proporcionar substitutos dos materiais em uso para lima empr·esa. isto R. quais sao as alternativas para o material "x". Minha base de dados lambem fornece algumas boas descrições do que se perde com "y" e com "z". Sempre enfatizo que não estamos buscando (~strltamcnhC! os substitutos em si, mas sim quao sinergRticos eles são ao lado dos outros componentes. Beba sua taça de vinho tinto com aspirina - (~sse pode ser o efeito de elementos químicos combinados. Recentemente. algumas orqanizaçõcs na Califórnia receavam que a falta de dados dimlnuissl) o rlllno dos desenvolvil1entos nesta área. Falando <1 partir do lado do "slm, podemos", que sempre quer dispo- nibilizar mais dados. Bill e eu concordamos que precisávamos saber filaiS. mas isso não podia. ser uma desculpa para que a Implementa~;é1o dos princípIos do craC!le lo crélc!lc ficasse estagnada. Nos primeiros anos de créldlc to cracJlc. o protocolo era normal- mente tratado como ul"n projeto-piloto dentro de uma empresa, e um produto em. então. crrado de acordo com as prescrições acerca dos substi:utos e da df~Sl1lontagenl - mas apenas um. Aqora veJo que o cradlc to ('.fadlu devel'ia ser' conduLldo pela alta diretorra. Ele funCIO- na rnelhor Cluando a empresa illteim quer ser diferente. A fabricante holandesa. de; carpetes Dcsso. a Véln Gansewinkel. uma ()mpresa de gesUi.o de r{~slduos e fornecillwnlo de nutr·ientes. e a empresa galesa Orançjcbox, di) móveis para escritóriOS, sao umas das poucas que fazem ISSO. A D~;sso. por exemplo. criOU um plano prtra os proximos élllOS, que C()ll1('(,'a com a clcscol"H:rta de altnmativa::-; par;l o belwne e a crla(;;:lo de um suporte diferente para suas placas de carpete. Decidiram atacar primeiro as linhas de produtos com maior concentraç50 de substâncias de classificação X. Gradualmente. aceitarão o d(.;saflo de encontrar uma tecnologia que lhes possibilite tomar seu produto de volta e des- montá-Ia. Posteriormente, começarüo a criar materiais de Instalaçao e produtos de limpeza que funcionarüo segundo os parâmetros cmdlc to cradle. Assim. toda a vida LJtil de uma placa de carpete encontca-se na mesma estrutura. O gerente de sustentabllidade diz que seu trabalho e embutir o conceito crad/c to crad/c no próprio DNA da Desso. Se você c uma empresa que está fazendo um produto que.!, em LJltima análise, é tóxico, está um pouco na linha de Tolstoi em Ana Kafe- nina: cada família infeliz é infeliz a seu modo. Normalmente, o fjue voc? está fazendo em sua empresa c criar um tipo de problema ambien- tai específico para seu negócio. Mas 8. f3mosa frase de Tolstul come- ça dizendo que bdas as famílias fellLes sA.o semelhantes, e quando vejo empresas trabalhando juntas com amblçôes crad/e to cmcfle. sin- to que se tornam mais afins. Ern comparaçào com o ano de; 2002, quando saiu a primeira edlçao de CracJle to Cracl/c. hOJe ó mUito mais facil encontrar fornecedores que cooperarüo com c'mpresas corno a Desso. 8111 e eu colocamos em contato empresas crad/~ to cradlc que querem compartilhar Infomlaçüo sobre Ingredientes C! cadeias de su- prnnentos. Centenas de departamentos de pesquisa - tanto em pequenos laboratórios como nas gigantescas Instalações das maiores er11pIT;- sas - vêm ganhando uma base de operações para essa abordager11. Pretendo que este livro Irlcentive todos eles, r11élS so tenho terrpo Péna realizar consultoria pessoalmente para alguns. HOJf~, o uaâ/c h Cfacfle é algo que fabricantes muito ir11portanh:~s corno a Hí~wl(;tt-Pi.lckard e a Phillps - buscam com seus proprlos nH:;IOS t; .. b(;IIl, Iliio h;l c()mo par·ecer modesto quanto a isso, mas estou COlltnlltp. No (;lltéllltO. pUI mais que este livro dh é1. Inlprr:ss,'io dI; que urlglflaIIlH.:ntc nos qllISC':S- semos criar parcerias com ÇJrd.ncJí~s Prllpn;Sé.1S, e ap(;SéH" de Sl:W_, Cien- tistas norrnalrnnnte snrem peS~;()élS COlll é.l:3 qu<.us apIT:nd<'fllos mUito. cracl/c to créj(/ft.~ télll1búrn (": a aqc:l1Cla com:ta para ClllpIT:~~as P(;qucllas Introduçao c Inspiladas. A 8mpn?sa holandesa Happy Shnmp Fann e a chinesa Earth Buddy SEtO parceiras em pesquisa, e nós damos apoio ao traba- lho de mUitos p,oJetos pequenos. O exemplo da Holanda tem obtido apoio em outros lugares. O emutor desta obra, BIII McDonough, tambem trabalhou na Europa recentemente - no projeto ccourbano de Barcelona e, com a Hines Italia, 110 escritório da Isola em Mija0. Taiwan, Irlanda, Israel e Nova Zelândia estudam maneiras de empregar o modelo cradlc to eraei/e. Em 2007, o governador da CiMornla, Arnold Schwarzencgger, disse que esperava que o Estado um dia usasse o conceito crad/e to crad/c corno parte da IniCiativa Química Verde da Califórnia. Mas as carrei- ras de govrnnadorcs c legisladores 830 curtas. MUitas vezes. os reais conduloms por Iras de; "cradle to cradlc" são organizações como o cscnlól'lo de mcio amblentc do governo bntanico. DEFRA, seu think tank de gestélo de rcslduos, WRAP - para os (jLJélIS espero prestar consultori<l - c o novo Instituto para a Suslentabilldade proposto pela CarrléHa dos Lordes. No RC:lno Unido,também h8. Interesse pelo traba- lho com "aSSOCiações", como as IlldLJstnas do COLHO e do ouro. A questao é qUE-; vocó pode aprc:sentar o conceito de cradle to cré/d/e em diferentes maneiras, como fez o garoto do começo desta introch,çélo. Mas o modelo talnbóm pode ser uma grande Inspiração no uso da ciência dos materiais pAra. se: falar sobre "crescimento 111_ rnitado'". Certanif:ntc, a primf:lra pel'gunta (;: "O que queremos f87er crescer'r. Se isso e hom pé1ré_l os nossos filhos, para os filhos deles (~ para as çJcraçóes seguinh-~;3, então "ilimitado" c algo bom. O cradlc t() Cladlr: vai alt;1ll do coro arnblentalista que diz que () crescimento é f:ITado e que; Ó virtuoso suprrmlr os prazcrc:s que lemos com cOisas corno CC11 lOS ou sapatos. dI(; que nào I'csl(:nl maiS prazeres. O C/;ul/e t() (Jncllc t"; como él bOd jéllTJlnaqern: nélo se trata de '"sal- va'" () plalld~l. mas clt-) élpl"C)ndcr d prOSptHar lle!c:. Quero converter os dl,siosu:; dn plallt;lu l~m pessoas que; conseÇ]LH: 11 vc:r que não po d(~Ill()s l-r~const'lIlr 11()SSO me)IO arnblcllte se; fic.:élmos aflitos, que n;--lO COll!:")\'ÇilJllllO!:") 11- ~lCkHllt; ~;(;, Sllllplc!:")i1l(:ntt;. nós '"nos culpamos ü nos ('II\/{:J~~l()llhalll();-;" dr' r!r)s Ilw;;rnos c dos outros. pr-(:Clsamos cultlvéll" entre nós um espirito de cooperação com a nature73 - e mais reflexão sobre sua lógica especifica. Ouando S8 fala de "salvar o planeta". entra-se em uma questão ética. E penso que os problemas não serão resolvidos ~;e fcHenl VIS- tos como "éticos". De alguma maneira. todo mundo cornporta-se mal: não foram apenas os nazistas que se esqueceram da ctica. Ouando estamos inseguros ou estressados - em um cngarrafarll(~nto ou com fome -, todos cometemos erros lamentáveis. Bill e eu queremos situar questões (como ti do efeito estufa) no nível pratico e dizer "não seJa- mos estupidos", em vez de "sejamos óticos". É Irrelevante se você é um cientista ou um cidadão informado: se n~lo quer ser um Idiota, seu instinto é o de fazer o que está a Sf:-:U alcance para combater o efeito estufa. Nào transforme o tema em uln problema étiCO; faça delf:-: LHil problema de qualidade de Vldrl. Independentemente do que vocé faz, veja a qualidade do que faz. Transformar as coisas em questões r:tlCrlS né10 resolve o problema. Procuro trabalhar especlE1.lmentc com Jovens clentlstrlS qLlf~ se or- gulhem de desenvolver novos produtos. Mas, corno dlssf~ antes, a maioria dos novos produtos no mf:!r"cado otimiza os mé1hnl(ll~; errados. Tomemos como exemplo o amianto, proibido nas paslilhi.l.':; dc: freiO pela União Europ8la. Empresas como a VolkswaCWl1 c: a FOI'd amlll- ciam que seus produtos são livres de amlrlnlo. rnas nlnglll~m pc:rgunl;l o quu e uSrldo no lugar dcle. Em seu lugar PSU10 usando slliff~jO de antimôniO, Sb.S .. que e ainda mais célllCeriçWrlo que o amial,lo. Com efeito, se vocô quer proteger o meio amhlí~lltc, compre um Porsche. ClUf~ lem pastilhas dp freiO de c:cr~l.IIl1Cél. (e compl'c; o de cor prnta. pois o vmde ú mUito mais toxico). É o mesmo qU{-~ fazem os fabrlc;mU;;; ck' telnvls8.o quandu plOlb(~rn dois nlc;tals pes<:\(1os: o chumho c' o cúdmlo. NinÇJlIE·~m p(;rÇJu!lh () q:I(\ se põe no IU~(1r do chumbo. Ouando se >;Llb~illtlll o chumbo como 111,1- terlal de soldagcm em placas de UI'CUlto, os sllhstltut(J~~ ;:i'·IO (;;'il(!(1ho. prata, cobre. nlqut';1 (; hlSlllutO. Todos nsst):-3 CI(;lIlcntmi ;'i;'l() 1-;lfU~.; (;/Oli tOXICOS. A ··sLlbstlllll(,;iúJ'· (; Lima dj:.:;lr;W~I{J. 1l;\O LUili\ S()IIJ\~;l() .. ; clpl·(;- Introduçao " senta novos problRrnas. Eu disse rt um comitê da União Europeia que núo voaria em UIll aviüo que nüo tivRsse chumbo em seus Circuitos .- e agora as aeron3ves estão IsentélS dessa proibição da Uniào Europeia. Continuo a bélter na mesma tecla: o chumbo pode ser um bom com- ponente se {) usamos dentro dos programas crad/c to crad/e. Afinal. rde podo Sf7r reempregado Ilimitadamente e, ao mesmo tempo, nunca podemos uSêHo mais qUf7 em quantidade infinitesimal no processo de abastecimento de ~.\gua. O chumbo é um nutriente técnico perfeito. só que clt; vem sendo demonl7ado. Df7 flue adianta proibir um dos 4.360 elementos químicos na mon- t3gern de sua televisào se um material tóxico é substituído por outro. que talvez piore o desempenho dél rnontagem? Às ve7es, tambóm o 1I1el0 ambiente 3c3ba piorando. Pode-se substituir chumbo por bis- muto. mas, na natureza, so se pode extrair uma tonelada de bismuto el"n dez lonelad3s de minér'io de chumbo - e onlao todo o chumbo I"ejeitado pela Unlüo Europcia é acrescentado na gasolina com chum- bo que vai para os países afm:anos. pOIS eSSf7 é o tipo de ÇJ3solina que tocos os países petrolíferos europeus vendem para lá. Assim. em prol de um rnercado europeu livre de chumbo e pro-busmuto, acabam sendo criados mc:rcados paralelos de chumbo excc:dente e barato. TalveL devôssnnlos olhar para um retrato completo de nossos re- cursos pspoClalrnentr: para os metais pesados - da mesma ma- neira que olhamos para outros ativos ambientais. A ON U diz que. em um curto Intervalo de tempo. tert;IllOs perdido nl<1IS da metadn de: nossos 111acacos e 70:1'0 de nossos golfinhos e peixes-espada. Se nos transpUSCSSf:rTlOS ISSO parri as perdas de recursos Illlnmais tC' 111r.ltenaIS, scra qlJ(~ as pessoas sr~ Irnportarlam? A piada (se voee a OUVIU antes. podn sc:r porque; (: a nossa plaeJa frtvor ta) e que qUrindo um planeL.'l nnculltra outtO planeta, o planeta 1 diz para o platlc;ta 2: ·'FI. voc,:; (;sla hOl"rlv(:i·'. n o platlpta 2 di?" ·'SlIll. PU S(;I. estou corn HO!llo Si:lpiCIlS" O pl<lIlcta 1 r(:pllca: "N;}o SI:; prcocupe, eu FI tiVe:. Loqn ch,sap;\r{;C(:ra'·. Issu CVOCél o CjLW dissp ;mtc;:) devemos del'e- ditar que cst(; pli.lllda seria nwlhc)l' se 110S n{lO (:stlvesscnlOS nclc'~ Exi~;tc\ lilll~l "UII'''''';:> I'; o único capltLlo dAS te livro que repensei desdc~ 2002 e o quinto, ';Respeitemos a diversidade". "Respeitar" é muito pouco. A diverSI- dade desapareccr~l se não a apoiarmos atlv~urH;nte. Isso remonta A minha dISCUSS~lO sobre minimizar em V(Y de trazer as soluções am- bientais para a ordem do dia. Diante de tantas p3dronizações c; outros tipos de conveniências. a diversidade tornou-se un13 cOisa dita da boca para fora. Em vez disso, lima lmic3 carapuça veste a todos. Ntw leva a pade alguma diLer que se respeita os povos indígenas, os mlllP- rais da areia de uma determinada praia OLl ate mesmo o cabelo do ser humano em todas 3S suas variedades quírnicas. A varil-;dade precisa de apoio. c de apDIO clentítlco para aCluilo que e específico f.' preCIoso - e não apenas de "respeito". o C/adIe to créidlc não é corno correr em r1lrf)ç<:'Í,o él uma meta. mas sim se orientar por uma bússola. Sinl. A possível fazer pmdutos ele- tronleos bamtos sem chwnbo e utilizar o chunüx) ern outro lugar. De que isso serve? Sera que nüo podernos 110S preocupar C cUloar per- mrtnentemente do chumbo, da mcSnlrt formrt que sernpre CUidamos da zigua fresca? Por favor, não romrtntlL~mos o pmblema, ntlo o associe- mos a uma ma consciência ~ n~lO legislemos de m3n~ira. a tomar as soluç6es mais dificcis. Não somos "t2l0 maus" e rt ciencla do Cladle to cradlc tampouco {; muito (Míell ou Impossivcl. Sào necessarras pes- soas que consi~am pf~nsar atrav6s dos Imprtsses. Existe um novo projeto meu - cscnto em 2008 - rcléltivamenh~ IJe- queno. Illas qu~ di? algo sobre: as aborclagens uéld/c to crncJlu. Hi1UIll pântano chamrtclO RiJ!lenburçJ na provínCia de Utrcchl. Ní1 v~r(bde, os pàntanos são melhores para absor'vcr dloxido dE; carbono do que as florcstrts aclultas. e em Rljnenbmçj hé"t planos para lJlTl novo descnvol- VIr1Wlllo habitacional que deve ser constrLllclo prot()gendo tarto nSSt; r~curso natul'al como rtS espócics locélls. A é"\n)é\ esta pmjctada pam Clue cada bairro s~ concentre empedo IlWllO~; dUéls metas (Jari/c tn craclle. Isso SCl'lrt facil com os critórlos élmblentals alltCrlOIT~S, irias o modelo crad/c to craeJle aprcsenla n()vi.l~; arnblc,:ocs c, espc:no. <..:on- dl<.,:c)cs de vld8. (;):lnnplélIT~s. Bill McDollouçjh espera que alçju ~;ir11ilar possa ocorrer cOl"n o proJcdo "Makc it Riqht". de Nova Orl('dll.'·;. Introduçao Niio subestimamos CJuão difícil pode spr trabalhar corn padrões C/é/.- cfle lo C!ncJlc. rllas tambern llél0 subestllrlarTlos o entusiasmo que exis- te ao ve;-Ios tuncIOnéH". Em 2007, BIII McDonough C:' eu estivemos entre os "Heróis do Meio Ambiente" f:lellos pcda revista Time. e a aprovação popular do conceito llunc;i1 fOI um problema. O problema e explicar as POSSIVE;IS soluções para (~sse pl'áJlico, c tOI por ISSO quo Inicialmente publicamos C/adie to CfarJle em p~lginas plastlcas. na ediçào norte- -Z-:l.niericana. Dovo tt-:;ntar justificar ISSO agora? Uni norto-é'UnerIC;:1Il0 usa cerca de 400 quilos de papel por ano; se a comunidade global usasse 8penas 200 qUilos por pessoa. nào restariam rlI(lI~; ~lrvorcs. E claro que cabE; a nós fazer alguma cOisa. e [l,'J,() só ppdlr aos indivíduos que redUlé'Ull seu proprlO consumo de papel. Imprllnlr um liVro pm plastico, conlO fizemos, tOI uma ideia es- tuplcb. l1las quis r1lOstrar aos leitorc:s que funciona. embora não seja proVPltoso caso queira guar-dar para sernprf: o livro que comprou. No entanto. taz sentido no caso dos jornais e revistas que vocó lê e que pode dev:Jlv(;r ao seu jornaleiro. O Silicon Valley Technical Instltute adotou a delél, e açjora o "pa.pel'· slntdico esta tornando-se comum. Voc{~ pode lavar él tinta o usar a púgina dc~ novo. Estamos negociando essa tecn:.::doçjiél COIll VilflOS jornais. A edlc;ào nortn-amf~flC(lna de 2002 em pc:'lginas pl<'tsticas foi uma r;xpeflmertaçao. mas tOC];)S élS outras edições de Cmdle lo Créldlc. exceto él rLlrlqara, foram como esta. publicadas em papel. A experiên- Cia com o plástiCO fOI UIll prototlpO Interessantt-:;. nf'.fll boa nem ma. nias dlqo para SP pC:flsal a r(;Spf:ltO. Entre 2002 e 2008, Cradle to Cl<lcJ/C vf~nd{~u apmximadarnentc 300 mil exemplares para leitores de Ilrlqua IrlÇJ t"'!S;J c:m todos os nlercados. Com efeito, todas as edições do livro venderam bnm (e111 seto trac:ltJ~;ões ate o momento). O livro Vf~fld(;LJ U10 bem na Chin<l quo hrlrlqu(~1 que erél o segundo autor ale mtlCJ m;w; b(;nl vendido 10. depOIS dr: K,l.rl Mélr-x Ff(:ntc; ;:IS UIS(~S ambientais, nil.o fiCO parado como aquele r(;1 IrlÇll~s. Canuto. qllC) pnnsélva quc~ s(; Ç)fil<_ISSC poonria reverter a mare, VeJo d l1l;:m). vou: :1 VE';. {~ !;llv()7 (\ 11 Cl:->S,-) SOlll(,:~lO S(:FI ar'Jr{;ndc:r a surfar. l Outros problema~ do nosso melu ambiente ~üo maiores do qJe pen- S8.vamos quando, anos atrás, sugenrnos o modelo uad/e to c/adie como um princípIo particular-menh-~ il1lpOrlanlf~ para a SOIU(,;;lO. Mas a ênfase continua a ser Importante. N~io se tr-é!tél apenas de ··sdlvar ,. o planeta, mas de aprend(~r a Vlv(~r nEd(:;. E n~lO (: qU(; n;1.0 PWClS;-\ mos preservar tanto aSSl1ll os macacos, Illas sim que tambem prc- CISéHllOS preSerVé]r os mlnerellS. Ernbnra, a prtrllr do 11ivel liII1itilclU dE) nussa 111(;111(;, Tenhamus visões curtélS C' n<-l.u VCJélrllUS (J que FI? atré·ls !al(;I-'t(;: Mas eis que. mais avançados, com estl"élnha surpIT:,sa, Surgem novas cenas distantes de uma Illtlfllta Ll0nCla l ,(" A CiênCia só pode averlguar- o que ü, mas n;::lo o que devPrla Sf;L e, fora de seus dorninios, todus us tipos di; JlII7US ele valor continuam a ser necessarius Mlchael Braungénl, Harnhurr!0' 2008 Introducão 1 . Uma questão de design Na primavera de 1 9 12, um dos maiores objetos movcntes ja cnarios pelo ser humano deixou SOLlthampton, Inglaterra, o come(,;OU a vagar em direção a Nova York. Parecia ser a epítomc de sua Rra industrial - uma poderosa representação de tecnologií1., prosperidade. luxo e progrRSSO. Pesava 66 mil toneladas. Se esticado, o seu casco de aço tinha o comprimento de quatro quarteirões urbanos. Cada um de seus motores a vapor era do tamanho de uma casa. E estava Indo par-a um encontro desastroso com o mundo natural. Obviamente, esse navio era o Tltém/c, um enOl"rlle transatlântico, aparentemente indestrutivel pelas forças do mundo natural. Na mente do capitao, da trlpulac;flO e dR rllUltoS passageiros, nada poder'ia afun- dá-Ia. Alguém podcria diLer qLJL: ° Tltanic, mais do que apenas ulr produ- to da Revolução Industrial. continua a ser uma adequada metáfora da Infraestrutura industrial Cl"lada pela revolução. COrllO o frtmoso naVIO, essa infracstrutura é alimentada por fontes de enc:rglrt Of;stlals e artifi- Ciais que são ambientalmentc cmpobrecedoras. Ela lança liXO Ú c."lgua e fumaça ao ceu, tentando funcionar com as suas próprias regl·as. que são contrárias às da natureza. E, embora possa parecer invencivel. as falhas fundamentais na sua concepção pressagiam a traçJódla e o de- sastre. Uma breve história da Revolução Industrial Imagine que você tenha sido encarregado - retrospectivamente - de: planejar a Revolução Industrial. Na sec;[lO dc:dlcada às suas conse- quênclas negativas, seu trabalho traria algo Illars ou menos assim: Uma Questão de design 25 ProjeL'.'l.r um slstenla de produçao que: • despeje toneladas de mato ria I tóxico. todos os anos. no ar, na ~'lgua e no solo; • produza alguns materiais tão porigosos que exigirão vigilância constante por parte das gerações futuras; • resulte em quantidades gigantescas de lixo; • enterre materiais valiosos em buracos por todo o planeta. de onde nunca poderão ser recuperados; • exija. milhares de regulamentos complexos - não para manter em segurança as pessoas e os sistemas naturais, mas para eVitar que sejam envenenados rápido demais; • meça a produtividade em funçáo da menor quantidade de pessoas trabalhando: • cne prosperidade POI" meio da extraçao e redução de recursos naturais e, onlao. enterre-os ou queime-os; • empobreça a diversidade de espéCies e as práticas culturais. Certamente, os Industriais. engenheiros, inventores e outras men- tes que estiveram por trás da Revolução Industrial nunca pretenderam tais consequôncias. De fato, a Revolução Industrial como um todo nunca fOI planejada. Tomou forma pouco a pouco, à medida que in- dustriais. engenheiros e designer~ tentavam resolver problemas e tirar vantagpn1 imediata daquilo que consideravam ser oportunidades em um período sem precedentes de mudanças massivas e velozes. CO!Tleçou com os tE'cidos. na Inglaterra, onde a agricultura fora a prinCipal ocupaçã.o durante scculos, Os camponeses cultivavam. as senhorias fornpclélm comida e bens, c a IndLlstrla conSistia em artes~lOS )(-j que trabalhavam individualmente, com a lavoura corno atlvl(bdr~ para- lela. Em poucas dRcadas, essa indLlstné1 caseira - dependente do ofí- cio riR trabalhadores individuais pal·a a pmduç{w dR pequenas quanti- dades de panos de l?l - transformou-se em um sistema mecanizado de fabricação que produzia quilômdros de !f~C1do em sórie. A péH"tlr de então, boa parte desse tecido passou a ser algodão c:nl vez de lü A mudança fOI ~stlmulada por umél raplda SllU~SS:1O de no'/as tc:c- nologlas. Em meados do seculo XVIII, os tmbalhadores rurais fiavam em rodas giratórias dentro de suas casas. movendo os plé"'!dél.IS com étS mâos 8 com os pés para fazerem um tiO d(: cada vez. A maquina df~ fiar spinning jcnny, patenteada em 1770, aumentou o numero de fiOS de um para Oito, d(!pois para dezesseis e depOIS para ainda nlalS. Mode- los posteriores fiavam at(! oitenta fios slrnultanearnenle. Outros eqUi- pamentos mecanizados, como o W<lter fré/flle e a SfJllrlJlnq mu/c au- mentaram os nlvelS de produça.o a um ritmo tal que deve ler s·da algo semelhante à LeidR Moore (mlativa a Gordon Moore, um dos funda- dores da Intel), sogundo <1 ql.l<11 a. velocidade de process3l'nento dos chips dos computadores dohra él. cé1da dezoito nwses. No período prÓ-Industrial, os teCidos p<1ra exportaçao viajavam em navIos por canais ou em veleiros. que erd.rn Vé1~FUOSOS e pouco confi~1. veis sob tempo rUim, sobrecan·cgados com altos dRveres e leis estri- tas, alem de vulneráveiS 8. pirataria. De fato, era surpreendente quando todo o carregan""lento chegava ao seu destino. A ferrovirl e o navio a vapor possibilitararn que os produtos tossem transportados mais rapi- damente e para mais longe. Em 1840, as fábricas que tinharn chega- do 8. produzir mil artigos por semana possulam os meios c a motivaçào necessáriOS para produzirem mil artigos por dia. Os trabalhadores hl- bns tornaram-se ocuprldos d~mais para o campo e mudaram-se para as cidades, a fim dR Rs!arem mais próximos das fábricas, onde pode- riam trabalhar d07e ou mais horas por dia. além de empregar él própria família. As áreas urbanas expandir<1rll-sc. os bens proliferaram r: as populaçoes das cidades aumentaranl. Cada Vt~Z mais, empr·egos. pes- soas, produtos, fabricas, negócIos e mRrCéldos pareciam estar na or- dem do dia. Uma Questão de design 27 Corno todas as mudanças dc: par-adigrna, essa tarnbom encontrou rc:,slstôncia. Os !rabalhadores I-urals tcrnc:rarn perder trabalho e os lu- dditas (seglJldores de Ned Ludd) - experientes tecelões furiosos com as novas rnaqulIlas e corn os !rabalhadorcs desprcparados que as operavam - f~straçalhararn (:quiparnen10s que f:-:conornlzavarn trabalho n dificultaram a vida de invcn!orf:s, sendo que alguns destes morrerarn rejeitados e paupcmnws an!es que pudessem lucra" com suas novas maquinas. A reSistência n80 atingiu somen!e é\ tecnologia, mas tam- bOril a vida espiritual c; imagillatlva. Os poe!as românticos exprimiram a crescente diff~renc;a t-:;n!re a paisagem rural c na!ural e a da cidade - mudas vezes. crn termos dc:snsperadores: .LAs cidades f ... ] nüo pas- sal'fl de pns6es gigantescas que nxcluem o mundo e todas as suas bele7éls ·-,1 escreveu CJ poda John Clare. Crillcos de arte e artistas como John Ruskln e William MOrrls !r~l1leram por uma civilização cuja sensiblllc:L:1.de estr--:dlca c c~struturas fisicas estavam sendo remodela- das por projetos materialisl as. Houve outros problemas, mais duradouros. A Londres vitoriana era notória por s(,;r "a grande e imunda cidade·'. corno Charles Oickens él chanlOu. O i'lrnblc:nÍl:: Insalubr(~ e as classes baixas sofredoras tona- ram-se sinais marcantes da florescente cidade Industnal. O ar de Lon- dres ma !ão sujo por causa dos poluentes 3ereos, especialmente pe- las emlssôes de carvão queimado, que as pessoas trocavam os punhos e os colarinhos dr; ~:3uas camisas no final do dia (comporta- mento qJf~ se repetiria t-:;111 Chattanooga durante a década de 1960 e que ate hOje ocorre em P(~qulm e Manila). Nas primeiras fabricas e em outras operações industriais, como a rnineração. os materiaiS eram considel'ados caros, mas as pessoas Rram muitas veZRS consideradas baratas. Tanto crianças como adultos trabalhavam longas jornadas em condições dcploróvels. Mas o espírito gpral dos primeiros Industriais - e de mUitos ou!ros na época - era de grande otimismo e té no progresso da humanidade. Com a explosi~() d~) IndustnaliLa(,;iio. surgiram outras instituições para auxiliar SJé'l. asccns~lO: os bancos comerciais, as bolsas de; valores e a II"llprenSd comercial abriram oportunidadt::;s de emprego 3diClonais a nova classe média e fecharam as relaçoes sociais ern torno do l~n:sci menta econômico. Produtos mais baratos, transporte público. distri- buição de agua e saneamento, coleta de liXO. lavanderias, moradléis seguras e outras conveniênCias deram às pessoas. tanto ricas como pobres, o que parncia ser um padrào de vida nléllS justo. Já nãl1 eram somente as classes ociosas que tinham acesso a todos os confortos. A Revolução Industrial não fOI planejada, mas nào deixa de tf-;r lima razão de ser. No fundo, fOI urnri revolução econômica, condUZida pelo deseja de adqUirir capital. Os IndustrlrilS qUISerrinl fazer produtos com o maxlmo possível de efiCiênCia. de forma a obh~r () rnrilor volume de; bens para o maior nLJmero de pessoas. Na maioria das Inch'lstrias, ISSO ImpliCOU a mudança de um sistema de trabalho manual para LH11 dn mecanização efiCiente. Pensemos nos carros/ No Inicio da década de 1890. o automovd (de origem europeia) era feito para Ir ao encontro das especificaçôes de um cliente por parte de artesãos que normalmr;nte eram terneu> dores independentes. Por exemplo, uma empr-esa de maquinas opera- trizes em Paris. fabricante de carros Ilder na época, prodUZia apenas algumas centenas por ano. Eram itr;ns de luxo. construídos manual- mente, devagar e com cuidado. Não havia um sistema padr-ão de rllR- dição e graduação das peças, tampouco um modo de cortar aço duro: as peças eram criadas por diferentes fornecAdores, endurecidas sob o fogo (o que quase sempre alterava suas dlmensoes) e lixadas indivi- dualmente para se encaixarem nas outras centenas dR partes do car- ro. Não havia dOIS carros içJuais, nem poderia haver. Henry Ford'! trabalhou como engenheiro, operador de múqllinas e construtor de carros de corrida (nos quais ele próprio correu) antes de fundar a Ford Motor Company, em 1903. DepOIS de produZIr uma primeira leva de veiculos, Ford per-cebeu que, para fazer carros para (J trabalhador norte-americano moderno - não apenas para o I'ico -, precisaria fabricar veiculas dr; modo econômico e em grandes quanti- dades. Em 1908, sua empresa começou a prodUZir O lendáriO Modnlo 1. ü "carro para a grande multidão" com que Ford tinha sonhado. Uma questão de deslgn 29 "construido com os Ilwlhore:s rnatc:rlal~;. pelos melhores homens que podldm sc~r cuntralados, com basn 110S projetos mais simples qw::; a engenhéll'la rnodc:rna pode: Inventar l ... ] de preço L1.0 baixo que ne- Ilhum homem qut-~ ganhe um bom salarlo ser~l incapaz de possuir". Nos anos sf.'gulntes, combin3r<1m-sc: vtu-ios aspectos da fabnca<,:ão para a.tlllgir essa f1lct:=l. f"(;voluClonando a produçüo do carro R aumen- tando r-apidamente os nivc~is de etlci{~ncia. Ern primoiro lugar, central 1- zél<,;ào: ern 1909, Ford élflLHlCIOU que a empresa produzina somonte Modelos T. e, em 1910. passou para umé1. fúbnca muito maior, que usaria onergla clr~trlca c: rRlJnlna certo nLJIllRro de processos de produ- çél0 sob um mesmo tptn. A maiS famosa das IllovaçõRs de Ford foi a linhél. df-: monté1.gem l1lovente. No csquArna anter-ior dR produção, os motorRs, as c~strlltLné1.S (; as carrocerias dos carros eram montados soparadamc:nte e dt:;pols reunidos para a montagem final por um gru- po dt-; 0v:ré1.rlos. A Inovaçélo de Ford fOI Icvél.r "os 1ll3terials ate o ho- IllRIn'" em vez de: '"o hOllwnl ate os nlaÍ(:l'Iills", EIc~ R seus engenhRiros desenvolveram LlIllé-l esteira mlan1t~ baseada nas linhas dR montél.gem ela Industl-Iél de: carne bovlllél de Chicago: ela levava m3tenais para os trabalhadores te;, em sua rnaxinla eflclôncia. pcrnlitlél que cada um de- les ropetlsse uma LlIlica opc:raçúo enquanto o veículo se movia pela linha. reduzindo drastlcalllc:nte o tempo de trabalho total. Esses () outros avanços tOrl1amm possiVlc;l a produção em massa do carro uni\'E'nsal, o Modelo T, li partir de urn local centrél.lizado. onde mUitos vRlculos c:r8.m monlados do inicio étO fllll. O aumenlo de eficiên- cia barateou os custos do Modelo T (de 850 dolares. em 1908. para 290 dolares. ''111 1925) r, as vondas dispararam. Em 1911. anles da Introdu(;;~lO da linha de montag{~rn. as vRndas do Modelo T tinham to lalllado 39.640 dolams. Em 1927, o lotai das vendas alcançou os 15 milhóes. A:s vantagens da produção padronizada e centralizada foram diver-sas. Obvlanlcntt~. ISSO trouxe urna nquczé1. maior e rTlalS rápida para os industriais. Por nutro lado. a té1.brlcação era vista corno aquilo que Wlnston Churchill chamou "o arsc:nal da democracia". porque a capa- cidade produtiva era tão grande que pôde (como nas duas Guerras Mundiais) proclLmr uma resposta Inegavelmente potente para as con- dições de guerra. A produ(,;;10 ró'rn massa tinha outro aspecto dcmo- cratizante: como o Modelo T demonstrou. quando os preços de um Item anteriormente inatingível ou dA um serviço despencavam. mais pessoas tinham acesso a ele. As novas oportunidades de trabalho nas fábricas melhoraram os padrões de vida, assim como aumentaram os saláriOS. O próprio Ford ajudou nessa mudança. Ern 1914. quando o saláriO normal dos trabalhadores de fábrica era de 2,34 dólares por dia, ele o aumentou para 5 dólares. Ak;m disso. reduziu a jornada de trabalho de nove para oito horas - afinal, dizia. "carros não podem comprar carros". De uma so VRl, criou seu próprio mRrcado e elevou as exigências para toda a In(1LJslria mundi81. Do ponto de vista do dcslgn. o Modc~lo T sintetizou a meta geral dos primeiros industriais: fa7l:r um produto que fosse desejavel, acessível e operável por qualquer um, em qualquer lugar; ele durava certa quan- tidade de tempo (até que chegasse a hora de comprar um novo) c podia ser produzido de modo barato c rapldo. Nesse mesmo sentido, os avanços tc'::cnicos centraram-se em aumRntar "a força, a precisão, a economia,.; o Sistema, a continuidade e a velOCidade", segundo os parâmRtros da Ford para a fabricação de produção em massa. Por razões óbv as, as metas de dcsign dos prinleiros industriais eram mUito específicas, limitadas ao pratico, ao lucrativo, (lO dicir:ntR e ao linear. Muitos industriais, projetistas e engRnhelros n<10 viam suas cria-- ções como parte de um sistema maior. além de um sistema econômico. Mas compartilhavam alguns pressuposlos gerais sobrf~ o mundo. "As essências intocadas pelo homem" As primeiras industnéls contaram com uma oferta aparentemente inti- nita de "capltal" natural. Minório, madeira, úgua. cereais, gado, carvflO, terra - essas eram as matérias-pl'imas dos sistemas de produção que faziam bens para as massas. c ainda hOJe continuam sendo. A fabnca da Ford. em Rlver Rouge, era o paradigma do fluxo de produção em uma escala massiva: enormes quantidades de ferro, carvão. areia e Uma questão de design 31 outras r"'natérlas-pnmas entravam por um lado da instalação e. uma vez dentro. eram transformadas em novos carros. As industrias engorda- varri <1 mc:dlda que transformavam recursos em produtos. As pradarias foram utilizadas para a agricultura e as grandes florAstas. desmatadas para él obtenção de madAlra e combustivel. As fabricas situaram-se perto dos recursos naturais para ter fácil acesso a eles (hoje, uma fá- brica de janelas proeminentes está localizad3 em um lugar que origi- nalmente estava rodeado de pinheiros gigantes. usados para fabricar batentes), e ao lado de corpos hídricos, usados tanto nos processos de fabricaçào como pal'a o descarte de n::;síduos. No seculo XIX. quando tais práticas tiveram início, as características dclicadds do meio ambiente não eram uma preocupação generaliza- da. Os recursos pareciam inwnsuravelmente vastos. A própria nature- za era vista como a "mãe-Icrrd". que, por ser perpetuamente regenera- dora. absorve na todas as cOisas e continuaria a crescer. Ate mesmo Ralph Waldo Emerson, um filósofo e poeta presCiente, de olhar CUida- doso para com a natureza. refletiu uma crença comum quando. no começo dos anos de 1830, descreveu a natureza como "essências Intocadas pelo homem; o espaço. o ar. o rio. as folhas". Muitas pes- soas acreditavam que sempre haveria uma vastidão que permaneceria Intocada e cand,da. A ficção popular de Rudyard Klpllng e de oulros evocou partes selvagens do mundo que ainda cXlstlam e, aparente- mente, sempre eXistiriam. Ao mesmo tempo. a Visão do Ocidente viu a natureza corno uma for-ça perigosa e bruta a ser clvilizadél e subjugada. Os seres humanos encaravam as forças natur-ais corno hostiS, de maneira que a atacavam a fim de controléHa. Nos Estados Unidos. domar a fronteira assumiu a força de um mito. e "conquistar" os lugares selvagAns e naturais era I'cconhecido corno um Imperativo cultural - até mesmo espiritual. HOJe, .10ssa compreensão da natureza mudou drasticamente. No- vos estudos Indicam que os oceanos, o ar, as monlarhas e as plantas e os aninals que os habitam são mais vulneráveis do que jamais po- deriam Imaginar os primeiros Inovadores. Mas há indústrias modernas :32 Cracll(' to Cléldlv que ainda opcl'am df; acordo con1 esses p~\I"é\diÇJIll;-ts dcsc'nvolvidos quando os sr:rf:S humanos !Inham urll(l conccpi.,;f)() mUito dlfernntf; do mundo. Nem a sallc!c; dos SIS!PllldS nd!ur,u;; rwrn (l (;On;;CI(,nCl;l de sua delicadeza, complr:xidade e Intercorwctlvldadt' t(:fll feito p~lI'te da agenda do projeto Industrial. Na sua base: mais PI-OfLllld<"l. (! Irlfl-<\cstr-u- tura Industrial ClUl: lernos hOJe (~; IlI1e<-lr: concentl"él-SC cnl faLe! um pro- duto (; em obtê-lo péll'a um cllcntr: de n1anelr-a rapldd c b;u-;-lta. st'rll mUitas outl"as consldcraçoc:s. E certo que a Rr:volução Industrial trouxe IllUdZlIl(;aS sociais positi- vas. Com altos padr-of:s de Vida. a expcctéltlvd de vida crcsepu mudo. Os CUidados n1édicos C' d cducaçào nH-:lhor''l.ram IIlUlto (; tnrnllr{lIl1-St: acessiveis de fOlma mais ampla. A elntr IClCbdf:, ,-IS td(:COfllllnic;H;cir;s e outros avanços elevaram o conforto c () b(:m-(;stllr a Ull1 novo pata- mar. Os avanc;os tr:cnológlcos trouXf:r,1r11 os (;nOl"lllCS beneficios do chamado dcscnvolvlfl"wnto das né1(,;óf:S. InclUSive lima maior produtivi- dade das tcrras agrlcolas. (;olh<:l!as mUito nléllorCS c crcsu:ntc: arma- zenamento de allrn{~nt()s para as popula\:ücs. Mas houve fa.lhas fundéwTlentais no pmJ(;to dê! Revoluçélo Illdustrlal. Elas resultaram enl algumas Olnlssões cruclém; que élcnrTt::I':-lréllll conSl:~ quôncléls devastadoras para nos c qw; nos foram pdssac1as com os pressupostos dominantes da era ern que':l transforrnaç{\O tomou for-ma Do berço á cova Imagine o que VOce encontraria hoje em um tlplCO aterlo S<illilarIO' móveis velhos. estofamentos, carpetes, televisores. roupas. sapatos, telefones, cornputadorcs, produtos c;mnplpxos () nl1lb(-d~I~J{~11S pl;'lstl caso bem corno materiaiS org/mlcos COrllO frélldé\~_;. p<.lpd, r1lac1{;rrél (: restos dp comid2. A rnalorié1 dt~ssw; produtot.; fOI feita él péll"tlr dc~ fllélte- riais valiosos quP. eXlglré:1.rll f:sfor<;o e dinheiro pélra SCI-cm cxtl"aldos e r.daborados: 5<10 bllh()f-~s de dol(lre~; em bens méltcl"lais. Os materiaiS biodpgrac1;Jveis - como él matcria alimentar c o papel - téHnbcIIl t{:m valor. Poderrdm decompor-se e assim devolvC:l' liutncntcs blOlóçJICCl5 ao solo. Infdl7lllcntc. todas essas cOisas S~lO arnontO;)Cl<1S ()1l1 um ate:r- m sélnltúrio. onde scu valor c desperdlt;:ado. S~lo os produtos finaiS dp Uma questão de design :..u L1m SIStr;Ill~-l Illduslrlfll proJntado f:rl1 L11ll mode~lo Ilneal. uma via dR 111.:1.0 lIlllCrl c/() jlC\!ÇO ;'1 cova. Os rf)Cursos S[W Rxtraidos. modelados em plodutos, Vf.;lldld()~; c flll("llmcnle clllIllnéldos em Lima espécie de "sc- pultLJI"a" l1ormalln(;nlc um alnlTO ou um IflClnerador. Provavelmente. VOC(; tnl1l familiaridade com () tlnal dCSSf~ pmcessQ, porque VOU? o clH;lltn. [; rcspoflsavpl por tratar os seus df)tritos. Pense nisto: e POSSI- v(:1 r'dl:r-II-Sf~ (l voc{; cumo cun~:;umldor. rn~lS (; muito pouco o qUR você n:aIIlH.:ntc C()Il.':;OIlW - um pouco ue cOlYllda, alguns líqUidos. Todo o l'c:~lo c ploJ(:lado f-XUél voct: jOCF1r tora quando tr:rrTlrlar. Mas onde c: ·'tora'·? Ct)I-L:lnlC'lllp. o "f(na" ntlo existe de: verdade. O "fora" fOI-se embora. Os projC:tos do modelo C/ael/ct() grave dominélm a fabrica(;üo mo- derna. Dl' acendo Corll algumas e;stilllativas. nos Estados Unidos. mais de 90':;,\)' dos matfnr;W3 exlrélldos para a claborac;üo de bRns dUrRveis tl'ansf(JI"Inam-sc cnll lixo quase qUf: Imcdlatanlente. As veZRS. o proprio produto c1lflcilmpnlc dura pOI mUito tempo. MUitas vezes e mais barato cOI11prar Lll11d nOVél VCI'SÃO do {-!parc~lho do que procurar alguem parrl CorlSCI't~-H () Item orrçJlni1l. De fato, mUitos produtos são projetados com "obsole;scéncra proqramada'" para duramrn somente; por um determi- nado pf:l"lOcJO de tempo. a fll11 de pOSSibilitar - de estimular - qUf~ o cliente se Ilvrp da cOisa C! (;omprn um novo modelo, Alóm disso, rlqullo que a IIlaiorla das pessoas vt; Crll SUélS latas de lixo e apenas a ponta de um Icc:bf:rq de 1l1(ltcrl(1I~;: crn SI mC:Slno, o produto contém. em mó- dia. apcn~-ls 5(:"-: cbs lllalcnlilS-pnrnas f~llVolvldas em seu processo de clabcnac.;;t() (' dls1rlbuic.;tlo. Tamanho único para todos Corno () Illodc:lo c/dc/le to ,fjUI'IC' sllbJaC\~ntc: as premissas de dcsign dd RnvoIW;{lO Industrial .- n;lo fOI questionado, até nlCsrno movimen- tos formacJcy; OStU1SIVdlllf!lltc ()Ill OpoSI(;élo a essa nl-a compartilhavam ele SUí"-l;; 'll(;SIllas blfws Um CXC:Illplo c o estimulo para que se alcan- c()m SOIL.(,;Cll:S lJnIV(:r~~(lIS de dcslqll, ullla das mais populares estrat~ Çjld:; d(: ci,)SIÇJI' do sl:cul(J rX1ss<ldo. No campo da arqultE:tura, a estra 1l:glil tornou ;1 fcnrlla do mOVll1lCnto Illtt~rnational Style. promovido dur;-lIlk íl~) fJlIIIWI!(]S c!(;(;;lC.1aS riu s(;ClJlo /j por flqlJl'ils corno Ludwig Mies van der Rohc, Walter GmpILI::-; (; I (~Cnrblls:cn, qllC 1(;cI~:I:Hl1l~l)n trél os (;stllos da era vitorldl"la, (/\s c;t!()c!r:w; q()tiC~l~; ,l!II(I(! (;Iam rlIOJ(;- tadas t; c;onstruldas.) Suas Ilwt(!~; ('rdlll tantu ::-;OCldl~; COlil() (::-.;tl'tIC::JS. OLlPrlam substltlm t()t:·l!nwn!t: a h;-lblla(,;iio Imidlll[)i"(; (; clC:-iICjl.ldl - IllrJ<l res sofisticados c orn;lr11(;nlacJos pard CJ:-i t·IC();;: fr:lt):·i i; 111:;;·1IubIC:; P;H(l os pobres - pcn cdiflclo:-; limpos, nlll1iniaiJ:-;ld:-; (: IOlillmi:lltl' ,1:T:-;:-;IV(~I:; él ditcrc;lltus nIVl:IS de riqun/d c: d;-Iss(;:-; :;()(;ictIS, Cr·,-IIH.JI'::-; 1(llfl<!Ci di' \'1- dro. aço ~ concrf~I{), al(;!Il cl(; tlélm;porl(; !);lL.ll() ai'lll(~n;;lcl() rJ()I· (;(JIIl- bustlVCIS fosseis, pmporclonar;.Ull a:-; 1(;rr;lI11('llt:t~-.; pcn·;l qlll' (;II~JCllh(;j ms P ;uCjllit()tos rpaI17élSS(;!1] (:;;se (;;-;1110 ()[ll qu;!lqll(;r P,(!!(: dI) Illl.lI"',cjn Hoje. o Intcrnatlonal Stylr: (;VOllllll par;) dlq(1 I1lCI1():; ;illlh,r.:II)~~n. VI::::() a uma nslrulul-a SlIaVf"; c LlIlilorllj(\ 1:';()I;\d", rI;\::-; p;HIIC~II(\"ld;l(j,,,~ do lu- gar: da clIltura locr.l. dél nallll·f;7;\. da (;IWr~.JI~\ I: do:-; jllIX()(~ (k IP(1j(~I"I:tis. Essl:s \~(lifíc!os mflntCr11 POllC() - ~.;(: f; qlJl: Idldl:lll ;1 cll:~!lrll.:;\(J (lU () estilo d(; lImél rf")çJlfh), MlIi!a~; V(:7(;~';, c!nsL:W,lII1 '·i!; r.:OIl1() :\:-i bmlul'J'd;; com Lima palsélgfc:rn ao sc;u I (;Clcn. ~·;c c: qll\~ l;;'d;-; [IC;\I11 Illldei::!:.; 1'1~1 tOI no cl(::;S::.;cs "parT111cs dc: (;::-;ullorios·' d(: ;\;";!;llto f: ('(JI1CI-dIJ, O:; IIltr:IICI res tambem S;1(J ;..;()m 111;;lm<.\(;~(ü), COll1 SU:\::-; ];\Il(;I;.1;'; ,.;(;Iad;\:--; :-;(;W; dl);\ r'el hos de ar-ccm d ic lonad() 711111 bll1do P( ;1111; \ ni )11 ter11( ;11 li:, ',f; u;.; :·;I'·;! ('111; 1:-; de: aquoclm()nto. lalt;\ de IlI! do sOl (' cl(: (lI 71(;~';(;() i~ :·;lld 1!,lrllllldr.;;:IO filH)I'csccntt: lIlll1mm(;, POdUldl11 t()r sido pl"OJ( :Lldo:.; fJdl·(l 111dqLIIII;l;) domE:stlc8.S, fl<lO para S(;f'(:S hUIll:tn()s. Os cnadmn:-; du Intcrnallu!1;lI Stylf; <jUI:lldlll (111(; (t( 1{'dil,\~;:-;(\lllO:-; Ild "fraltnnidadc;'· hUITli.IIl;'}, Os qUf~ hOj() 11:-;;1111 C:':::;:;I' {;std() Ll/f;lll IE) PUI- :-;() I fac:: (~ barato, (~ tumam a ;.U"Cluit(!tllr;\ lIlld()jI'lt'~ (:111 mLlil()~; ;iI1ll)II'IÜ('S Os ediflcios podcmln]" (\ llWSI11d dp;JU·;Il{:id (; l.l ilW~·, no hIlH:IOll;IIllPlllu em qualqupr IUÇJdl', nm Rcyk]clVlk ou l)1ll Yall~I()Il. No d(;~.;lçJI"l do Pl·oduto, UIIl ()x('lllplo r:!élssico da :;()IIIC;io cJ'~ d(;:-ilÇJn LlrllVRrSnl c o d(':lerÇJcntc: pmcll.l7ldn (;111 larq;1 i):i(:;t1;1. C11:llld(;s fdbll- canle;;.; de sah,'1O pmwLun IJIl1 ch:l(n~J(~!11l: pdld t()(í;I~; d:-; p:lI"tr;:·; d()~·; Eslados Unidos ou da EllrOp;), f;mhold <lS qlj(llldé\dc~.; cL"! élULld (' clS Ilf-;CeSSldaOfY; das dllnrc;rtt()S COIlHJIlIChcJ(!;-i V;u-!('Ill. p(JI I~XCl1lpl(), ()~; dl(;lltc's clf'; Iuqarl:s CU/li élCJlI:-l n'CJI(;. (:nllHJ () l1()m(::-;t(~ IHJI"li~-,11111:tl(.(l Uma questão de design no, ~-.:;() prCCiSiltn cI(~ pl;qUC;ll;I~; qUéllitlcbdes de dnte;rgl:ntc. Em lugares ('Ill qLl(~ d é-1ÇJLla c dUI'd, C()lno u sudo~st(;, prc~clsarn de qU;:J.ntidades lrléll()I'(:S. Mas us dr~tr~r~JPnt(~s SélO projetados para c:,nsaboar, r-crnover sLlJClré1 n Illatar ÇJc:rI1lP:-; corn a illesrna c;ficl(~nclél c:,m qualquer- lugar du IIlundo - crn aÇJua dum. mo!c:, lnbanél ou c:h-; nascente; em aquél. que fluI p;u-a I-iacho::-; efH:IOS de: pC;lxns ou que; ('; canalizada para estações d(~ tr-atCllllcnto cl(; (;:-_;qoto. Os Ltbricallt(:s dpenas acrescentarél.rn mais fon;a qUlllllca pena dillllrléU (lS caract~rístlcas da situação. Imagine a fol'(,;~\ que Uill d(:!(;I-gcnte cll:ve ter para trrar a gordLH'd acumulada du- I-éwtc dlí~s (~r1l uma pallela. Agora l!1la~Jln(~ o que acontece quando esse dc:tc;r-S]ent(; c'ntra e!Tl cont:1.to com a pele cscorrf~gadla de um pc:ixn ou com o r(-;v(~stilllcnto cnroso de Lima planta. Os cflucntes tra- t3dos (~ 11ÚO tratados, bcm corno de escoamento, s~io lançados em 1,-lDOS, riO;, t: oc;naIIOS. ComhlrliJ<,:ües de elementos químiCOS, desde delc;rLwnt(;~; domestlcos éill-~ ((;siduos Industr-Iais. pas::;ando por pro- dutos ti(; lilllpr:?<i (; rT:,rm-:dlos, tC:l'Illlnam no csqoto, unde se mostram prejUdiCiais ~\ Vida 3qu;1tIC;.l. causando, em alquns casos, mutaçõRs F.' I fltr:l-t Illdad(;. Parél ,-ltlllgir suas solu(,:r)cs dn dcsiqn Llrllv(;r-sal, os fabricantes pro- jetz-nn pac(J o plOl (;(;f1tino; projUtam um produto para a pior situaçúo possivd. do ll1an(;lra que r;lp funcione; snlllprc com a Illesma Rflc,-'lcia Essp objc,tivo ~Jélr;Hltt: o rnall)l' mr~rcíl.d() posslvrd par-a um produto. T3nlbrim IT'vela él rt:!(\(;:élo POCUlléll cntre a II1dustl"l3 humana o o Inundo natural. pcw, S('lllPI-l; fJl"oJ(;I(\I' pal3 CJ pior ccnélrio reflete.! a suposição de que Z-l n;!lIII-l~7d (' a Irllrlllç)d. Forca bruta So a Prlll1CII-a R(;volut,;élO IndlJstl-lal tiv(;ssn um Ir;ma - trata-sp de uma plélCl;J -. s(:rl(\ "Se: él fOIl';é1ll1'llta nélO fUllclona, VOCf; nélo a osta usando ~illfIU('Ilt<:Ill(~llk;" A tr:nldtlVéj dc; Impor- süllJ(/)(-~s de; dcslgn universal \)Pl 11m IlUI1IUO Illfmito d(~ (;()IH..lIÇ()(:S c; costulIlns IOCéilS Ó umé1. rnanifcs- t;l(,:üo desse\ pl'lllUplCJ (; d{~ Sl:U pl-nssuposto subJélcente: a natureza c1(;V(; ~~cr dominadd, Eln ()IJtr;l~~ pé1.laVr-ds. (; a é-lpllcaçélo da for<;a quirni- CCl hl-ut<l e da f,:llerqla de (;Omhus!I\/CI;'-; fossels nr;C(;SS8.nos para tomal "(lcI(;C]UZlc1dS" (::-;:-;<1C3 (~()ILJI/}(;s Toda a Industria da natun:l<-l dcp(:nde da en(:I'<]la du :-;()1. qlll: pndH ser vista corno lHna forma de proVf~nto aludi (; COIISt;IIl!(,llj{~llt(' 'InH)\.'~1 vPl. Enl contr;-{stc, os seres hUlllélliOS pxtr :'lUIIl c q Lj(-;lfI1étrI1 (:()Illbll~;tl\/I-~IS fósseis como o carvão r~ as substélnciíls pctmquínlIGl;-; dqJn:-;llaclas n('1:-; profundr;zas da Terra. cornpl(;tando--as com cnPI-gia procll17lCL-1 por 1ll(;IO de processos de Incinr;rac,:üo rlr~ liXO f: dc: reatorns tlllCI(:dl(::;. que: criam problemas adicionaiS. AIc:m diSSO, os ;;(:r(:s hlllllílllOS fJn::~!(llll P(lUCd (lU nenhuma atençã.o para élpmvc;ltar c lllaXlfllIZ;lI- os fluxos di; 1;1"1(~I-çJla ll;dIJ- l-alloCé."ils. A Instrução de oper~\(;:ão Példl"élO pareCL\ ;-;PI--"Mudu qw:nlf) ou muito friO. apenas acrcscc:nln rnals cOlllbustívels fo;;scl~-;" Provavelrnnnle, (; dn seu conrWClrnnllto ;1 (l,lW;:H;a (1(, ;tqll(~cllll(;nlo Dlobal acarretada pelo acurnulo di; gasL~s fluc: élPI-ISiolléllll caiO!" (cOIllO () dioxldo dR carbono) 11él. ("ltl1losfe:l-a ch~vldo a í'llivlclad(;;; hUlllíllléiS. O aumento das telllperatura:-_; ç)lobais resulta na rlwcbl"1(.:(! do clima mundial c l'~m alterações dI': climíls f:Xiste:lltcS. A nWIDrlíl dos lllodc;lus prevê clinlds mais rlgoroso;-;: mais calor- onde: Jíl t': quellt(:. llléllS fi lO onde ja c fno c tcmpestrtdt~~3 méllS IntcflSí!;-3, a mr:cllcla qLl(\ U::; ~;ontras tos tcrmlcos do plane!;-l tomanl-SC e:xtrc:mos. Uma atrnostcl-;) 1l1éllS quente alral mais úÇJUí'! elos OCt~éHlOS, n:sultall(j() (~1l1 j(;lllfX'::.;t<Ic1(JS maiorr:s, mais úmidas (: lllalS frpqur:ntt:s, aumento do 11IVd do 1ll;:1I. di tel-açõps Ilas estac,:õr:s c, ullla caucJia de: uutros CV(;lllw_; clllll<ltICO::;. A rt-:alldade do aqlJccll1lPllto qlobal--' c 11l0cb n:!o so (~Iltr(: ();-, <1111 blplllallstas, IllaS lambem l:ntw os lidc:re:s IlluuStl'I;IIS_ M;-l~-; o ;lCjLl(:U- mnntu n~lo é él Ufllca razao Péll;:l rnpcll:;amlos í'! Il()::;sa cj(\fWncl(\llClél él. "fon;a bruta" qU3'ldu se Iratél dc~ C(1(;1"9Ia. A inCllH;r,:\(.:;io cl(; UililhllSk Vl':'IS fossels dispersa partícul;-!s partícula;,; mlcro.':;COPI(;t!;-; di; IrI\JC'I~1 no liWIO élmhlnntc. ollde s<'io conhr:clcJas p(n Célu:-~;.:n prohl(\rllé.IS I'(:S plratonos e outras doenc,:é1.s. As l'cgul<mwllla(,Jjcs aC(~I(;íl <i(\ fl(ÚJ(;IlI(;;-_:; atmosfpr-Icos sabidrtnwntr; ~nCJlIdlClais a Sdt'Jdt: cs!;'i(J cíld;l \i()7 'll("IIS scvr;ras. A medida que nOV;IS reÇJul;:-lnlclltd(,;Ü(;S -- bél:-;(\!(Ll:-i 11il:-; U(~; cCllles pc:sCjulsas sobre dS a!ll(;açélS a S;\lJd(; pcn p;u Ir: (L\~i !OXIIIc\:-; ac':r'eas rc;sultantcs da illclIH:raeJlo de combustlVt:IS 10;-,;-;(\1:; - ::-;,"10 11ll- plenwnladas. as IIldllSlrléls que: apenas 111V(:stc~rn n;-1. (;(JI1tIIllIlCbc!(' (l() sistema atual terào S(;rl;-IS dCSv(-1I1taq(;ll~_;. Uma questão de deslgn M(:;-irnCl sr: Ck,IX;:UT1W:-; eI(, l(lelo (,::.;::--;;(S Illlf)(lrtanh'~s questões, a ener- ql<l "da Lm,;a l-lrLlL)" nú() [di sC:-llllclO como (;strategla dOllllnante no I(Jll~l() PI-d7(). S(: V()C;(, 11:"1U çJost;lI"Iél d(, depender da poupança para ;ucLt:) ;\;.; SLI<-t::-; d(~sp(;SdS dial"ias, por que se ;-lpoiar nas rcsCI"vas para ;'illplll' tOc!dS dS n(;c(~s;')ldadcs de:, cncrÇJla de) hUlllanidadt;? É claro CjLlR (,om os (!llO~i Vdl ;'jl" lil;m; drlíClI (c caro) obtnr as sLlbsl;'ulclas pRlroquí- 1111(:;-l~;, (; P(;l[Llldl IlIÇJ;uw; vlrqPlls para oblnr- aluuns nlllhôes de barrrs d(, p(llro l ,-;() I];'l() VClI rf;;-iOlvf:r n pr()hlf-:rIld. Df: (;(;rto Illodo, f()ntn~; finitas df' (-'(j('rqu. C()IllO d;-; ;-)llh;-;J;-\llClaS pnlmqllírnlcils derivadas de CU1l1- IJ\I:-;tlVf;!;; fO;-;~;(;I:--;, POdf:lll :--;(;1- VI:--;I(I:--; COlllO lIl11 V(lIIO:-3() cotl"lllho. algo a ,'-;(:1" pr(':iC'1 v;ld() PiU-(\ (;rll(;I'q(;nr:ra:) (; u;)(\d() lllodc:réldanlCntc - em cc r- td,:; SI1LI;Il;(H;:; 1ll(;diCdS, P()I ('x(;lllplo. Pal"a ,-I rnêlloriêl dc: nossas neces- C~ld;ld(;:-; ('lwrçJt:lI(::_I:-; 1l1;-IIS ;:;lI"llpl(;~;. nos. os seres humanos, podel-ía- IllOS l:sLlr ;lCUIllUI,lIlcJo ullla 11ll(~nSd cap;-lcleJarlc; d() LISO do rendimento de (~'l('rql;l ~-;()I;tr. qUI; (~;lbLlllehnlc:;1 quanllCÜleh: de; luz solar- que atin- Cft' Il()S~;() plalwlél I()dos ()~; dias (; mil V()7()S sllpnrlor do que: a que Ilf:l:eS:--il!;llllUS p,nél sllpm- lHJSSilS éltlvldacl(;S Uma cultura de monocultura Sob o p;:U;ldiç]111él (;xi::-;t(~ntc (]r; bhncav~o c d(;scnvolvlrllc;nlo. c1 dIVRrSI- cbck um dcrncnlo Intc:ÇJr;Hllr~ do 1I1lIndo nnlur;'ll (:~ tmlada normal- l'l(~lllc) COIllO lIl1l;-\ !em,;;! h()~ilil () L1l1la ;\I!W;H,;;t as r1H~t;I;-; d(: plaIlc:Jélmento. As ;-\borddÇJC:ll::-; da f 01(,;(\ Inll!;! () do d(:SI~lll 1I1lIV(;rS,11 péll"a o dcscn- \!o1Vlrnn1110 p;-ldr;'\o 1f,1lc!()1I1 (l dUl1llrl;U- por cOlllplcto (c él ignorai") él di- \I(~I-;;Id;_ld(; n;lllll-al (; urlllll";ll. ["(;;-;ultéllldo em menus varrcdadc: (! méllS hOllH )q(:lH ~I(bd(;. COllsicJ('rc o PI-()(;C!S:~o de cOllslr-u(,;;''to d(~ Un1;1 tlpica casa universal. PrlIlWlrCJ. ()~:) (;()ll~;lr-lltor(;:; l-aSrXIIlI tudo no IOU11 ate atlllqirc:m Ulllêl ca- lll;leL! cit, Icrrd UlI lIlll solu Intadu. Entao cntranl varias lllaCjLllnas f; illolcbm Cl \('rl-a. II-dnsforl1l(lll(lo-a em UIIl;:.\ supedlcie plana. Arvoros ::-ié-(O d(;lrllb;td<l.s. (l flota c d faLlIl;lll<llul;--l.is silo dt"'!slrllídas ou afll~lünta cJ:.ls. T,lcld fXlICl q:ll; Ullld "M(:Mdns~10"-(;COnOllllca ou urna casa lIlodu- ;;H" l'IÇJ<l-S(: l:()'ll pOllCO wsp(;ito pnlo nWI() ;1Illblnn!e na!ural ~l sua volta - (l'i !O!-11Iilé; \;11' (111(' () :illl p()d(·[r;_l (;nt[~lr fX1r-a aquecer a casa durante o Inverno, quais arvores poderiam protcÇ](~-la do Vf:lltU, do ca!m, n como a saúop do solo c da é1glla POcl(:I"lél sei' pr(~scrvarla aÇ]CJrél c no futuro. Um ta.petn ck~ duas pol(;~lacias de urna (;speClc nstrallçJcira cln grama é colocado sobl'c o resto do lotn. o gramado COIllUIll c Wl1 bicho wllt:l"csséllltc:: as pcssoa::-~ pl;1I1IiHl1- -no. depOIS o (;mbcbC:nl com fcrtillzéllltr~s i"u·tlflciais n p(;stiCldas pel'l- gosos para que cr'eS(,;a c ~,e m(l.I11f;nh~l LJlllfomw - tudo pdr,\ rpH.: pos- sam corta.r c aparar o que inc(;lltlvararn él cresu:I·. E ;'11 dd fiorzlIlha amarela que leva.ntar a cabe(,;,,1 Em vez de ser proJc:tada ao mdor de uma p;W:;él~J(:m nalLnal c cultu'- ral, a nlaloria das r1n:i\S urballas modernas ;lIrrlpICSlllc;n\(~ uc:-~cc. como mUitas veLes se diZ, conlO um c{mcnr. espalhando-se c;<lc!z-l VfY mais. erradicalldu no processo ° meio arnbl(:fltc VIVO, cobrl!1do a pai sagem natural com camadas dp asfalto e CClflUc!O ' A agricultura convencionai tende atrilbillhéll' Sl:gUlllClrJ o mesmo (;(1 minha. A meta da operaçtio comuclal de milho do Ccntro-Oesl(~ 1101'- te-americano c pmduzlr o mÓXlnlO pu~;slvcl de~ milho com a IIllrll!1lél quantidade de problemas, dt: tnmpo (: de custo: tr'ata-s(~ ela (~flclônci(l móxima, a pl'imcira meta da R(;voILJ~;é)o Industrral HOJe:, a rIl;lI(lI" parte das operac;ões convcncion;--ils concr:ntl'(l-sn nas CSPC)(;I(:;; de milho al- tamente especializadas, hibrldi7i.ldas c talvP7 çjCmdIGUllcllt(; IIlodifica- das. Desenvolvem uma pal~;agC'ml1lonocultural a fim cl(: favorecer apl?- Ilas um cultiVO. que provavc:llTlCntc s(:qw:r C~ uma PSP(';ClC vC'IT1ac1PII'J. t: sim alguns cultivares slJpel'-hlbridlzac1os. Os pl;mlrldorc;s rcmovcni outras especlcs dI? vida veç)c!al por meio da lavOllrd, o qLl(: caUS("l uma erosao massiva do ::;010 pelo vellto c pela ;:lg li '-1. ou atl"avr:s du plantio dlrpto. que rt.-;qu8r aplicações enormes clt; herbiCida. An1lfJélS linhd gens de milho foram perdidas porqLH: Slj(l produc,;élo Jl,10 atcndr;-l ;,\ demanda do cOrYll:rcio moc](:rr1o. Apart:ntf~mentc, essas nstr~\It';ql;-ts p;m.:C(:rll r;'1/O;:IV(;I~:; pal<l (j IIlCILI~; tria nlOd(~rna c ate mpsmo pard os "CUflslIlllldorns", !lIas <lbIIÇJ;llT1 pro- blc;méls VisíveiS c 18.18nt(:s. Os nl(;rncflto~:; 1(;I1l(wldos do ()C()S;;I;;tC:lllél Uma questão de design i'i p;_lrél que a ()pr:r-;:Wélu pro(ül7'-1 rn~tls grtlos de milrlPlra rnals rapldél (isto (;. pdld qur' ~,C' tOIIle' m"us diClc;ntc) trariam benf;fíclOS para a agricultu- l-a ,':;(' i"],tCi f():--;~;(~Ill removidos. Por cxelnplo. os vr:~ptals removidos pp!a la'v'()Ulél pOc!I'li;Fii dJucbr a eVltélr a cros{to ();t 111lIndação e a establl17al' (; U;(;()llstrUII o :-;ol(), Poderram pmporuollzlr habitat para muitos dos ,nselus c' pa:-;saros que são Inimiqos naturais das praçJéls élgrícolas. A~Jor ;:1. qual Ido ;l~; praqéls se tornam l'(:slstcntes aos pesticidas. seu IILIJllCro (,IC'~;Lf). porque snus Inimiqos rléllur-ais foram eliminados. Tal corno ;;:Hl projetados nornléllnwntc. os pesticidas s?'to um custopelnll\:, t,11110 para os açjtic:ultorf)s como par8 o nwio ambiente, e I'()- prnS(;fltél!11 (lO nWllOS um uso IITesponsavel de; força química bruta [~llbor(l é,S cmpl-r-,sas qUlnlicas (ldvil,tam os agricultores para ter cuida- do com os pesticidas, elas br;r1Cflclam-se com o aumento das vendas. Em outra:.; pdl<lvrils. as nmprr;sas estào Involuntariamente Impllcél.das no abuso - IIlCSIIl() no mau uso - dn seus produtos. o que pode resul- tal' Ilél (;nnt;lInllla\;~~o do solo. dél agllél c do ar. Esse: slstl:mél 1l1alltldo artifiCialmente -- f~rn que os inlll1lgos das pra- qas c algull;,; Vl:ÇJE';tals () orqanlslllOS cap;:lIf~S de recrclar nutrientes selo cilnllnack:~; -- r(~qlJ(;r-;:\ apllc8.t;{\O de mais força ClUllI1lCa bruta (pestiCi- das, ft;rtriI2(-lnt{~s) para mélnter--se comprclalmcllte estável. O solo ficél pobre ern rlLltl-I{;l'1tc:S e saturado dt-? Sllbst~lrlClaS qUlmlcas. As pessoas podelll quc~r(~r l1ilO lTlorar muito perto da opel'ação por medo do cs- CO;:Hncnto ClllI111ICO. Elll vez de Sfn uln delnite estotir:o e cultural. a açJl'lcullurd IllOd(;rn:l toma-se um Ifnror e Ulll f~spallto para os habitan- tes do IOI;dl. que: CjuPI-elll morar p constituir familia em um ambiente S<llld;'lv(;I_ F nquanto éI rentahllldade cconônlica aumenta imedlatamcn- tr~. d (/ud!f(!nrJc q/oha/ c/c tO(/os os élSj)(;c!os dcs'sc sl:::.temé/ enfia em !t;/liCd {/(;ciidenc/n. AqLII, o pl()bl{)ma n2lo t'; (-\ (l~Flcultura elll si. rllE:lS ü enfoque estreito nas meLeIS eb Op(n;-I\;~lO. O cultlvu unidln-:cI0r1étl 1 de lima unica espc- CI{; ledu! cll-(j;-.;tl(;é1rncnh: él 1'I(;a IT!dp de "sr:rvl{,;os" e do fdeitos SRCUIi- délll(JS de que todo o Sl~-;t(;lna p3rtlupav<l originalmente. AtR os dias de 11ClJf' (\ aWlulltllrél c()nv{~ncl()nal élll1da (; - como disseram hél várias décadas os cientistas Péiul Ehrlich, Annc: Ehrllch c; John Holdrcn -- "LlPl simplificador de CCosslstnnlas l Cjue: subs!itUl cOrllunidaclc~; b1o'ofJICilS naturaiS relativamente cOrllplc~xas por conlLHlld()d(;~j bl()klCiI(:CI:~ 1'('ICl!I- varm:nte simples, feitas pelo homr~m, com base i'1ll éllç]lIrl'lil::--\ Illlh:tqc:n~) de cultura". Tais SistCI11<'_tS sifllplc;~; nél.o conseguem ,,:-~ob~c~vlvcr :~()7i nhos. Ironicamente, 8. slmpliflcaç({o b? o slstfn"'lla pn:Cls;n dt: ''11<1IS for ça bruta pélra atingir suas metas de projeto. Tirr:~ as subS!;'lIlUaS qLllrlll- cas e os modos rnademos dE~ cCJIltrolC! agricob () os cultlv():--; ddlllk!rc'lo (isto e. ate que diversas espeCles retomem gr-adualnlt:r1lr;, d('\j()h/(~Ild() complexiebde ao ecossislc~flla).' Atividade é igual a prosperidade Um falo Interessante:: o dCITaméllllcnto de: ok'o elo 11,l\IIU f~E~trol(;II-O Valdez, dél Exxon OCOITldo em 1991, na vCI'dad(;. élUll1(:ntUIJ () PI-O(lllto interno bruto do AlasLéi, A enseada Princc Willlall'l fOi (l\/()II<lda U]lllU economicamente mais próspera, porque mUitas P('~:;~-;O;-):, (:st<lv:un t(;Il- tando limpar o dnrr~unamento. Restaurantes, holC:I~, IOJdS, pn:-;tos ch; gasolina e depósilos !Ivc;ranl um p('que:no unscllllcnlo ('111 I!llr:I'c;\rn- blo econônllCO o PIB leva c~nl conta ;lpcn;-lS um;) Ill(;dida de PII)(_jl-(':--,-,\l :1 ;ltl\lldd- de. Mas Lima pessoa scm-;;-lL\ cl1am,ula dE: proçjll's.'-)() ()~: t'tl'ltO:--; cl(' l:lll d(~rramamE;nto (1: ol(;o? S(:qundo aIÇJlIn~; febto;-;. () (l(:ldi'r!\l: di) ',jél/- clCL Ipvoll éi Illorh-; mais anJf'rl;IIS S(:IVdq(;11S qlle: qu,dqucl 1\lJ!rl) ch~~-,;l:-; tre alllhi(--:Iltal da (;rlÇJ(;flharr;l hll!l1;Uld dd fw;torl;! do:; [:--i[,ttl{l;; lJ:11C1U' Df: acordo com .1111 rnl;l.linlO qoV(,m;P1H:nL11 d(: 1 D9'J ';()rl1('I-i!I' dL:;\:-i das 23 (;;_;pncj(;;-_, af(;!,Hld;; pdo d(;ITrlill;U111;llto :--;1' r('Ulp(\I'U,1111 Si'll Impacto subn_; o::; P('IX(;:i (; U:; (lf1II11í!I~; ;-;(;IV;lCJU1,'; rll11l1,I iHlll ill: tumor(;s, danos qCIl(;tlcO~) I; ()lItm~:; (;fr'ltcl,; O d(;lldll1;l'll:' It(' II"vllll;( p(-;rda de I"iquez:-ls natm;-1I:-;, IIldLlllldu 1:i1lr;(l p:uqu",; (;"t,UJIJ, ,.IIII,II'(J ,lrC'Z-lS estaduais I;SSC:11Cj(11~~ péua a \;Un'~cl'v(I(,::-l() d.' 'li:' salltUé1rlO 1l;t!Lna (:é-~jadLl;d. Foré-llll (LUlill(:,lIjIY h;t!JII I' 1I""I;Ii'r,I",'" par-é) a c!nsova n C;-I:-H:;10 de pCIXI:::;, () qUI: :li;;UI('lllll. l'l' 'j'U:l ,!, Il:é)çjo ela::; POPIII;-H,;(W:--; d(~ ;lI'(;llqlj('~; cio r');)(:il~(;(! 11 1, ,:11,1 P'!11: VVllli:tril (tdlvC7 fJCll C(\W;;,t di; lll11d Illf(~I;(;:i() VII-,lllll''./I(Ll;· '<111: 1'1 obJ). Uma questão de de',i91l o dcrrarnamnnto produziu um estrago Significativo na renda dos pesc,\dores. SC~1ll mencionar os efeitos menos mensuravcis sobre S()uS estados de éinirno e sua saúde emocional. o PIS. como medida do progresso, surgiu durante uma época em que os mcurt;os naturais ainda pareciam ilimitéldos e a "qualidade dn vida" Significava altos padrô(~s econômicos. Mas se a prosperidade é Julgada somente pelo Incremento da atividade econômica, então os acidentes de carro, as consultas hOspltéllares, as doenças (como o Cél.nCer) e os derramarnentos tóxicos são sinais de prosperidade. Per- drl. de recursos, diminuiçao cultural. [deltas sociaiS e ambientais nega- tiVOS, mouçáo da qualidade de Vida - todos esses males podem ocor- rer. urna região Inteira podt: estar em decllnio, e, no entanto, sao neçJados por uma cifra econômica simplista,: I que diz que a vida eco- nômica vai bem. Muitos pais(~s em todo o mundo tentam alavancar seu nivel cü; atividade econômica. de modo que tambcrn possam agarrar um Cjulnhão do "progresso" medido tal como propõe o PIB. Mas na COrrida pnlo progresso econômico. a atividade social. o Impacto 8CO- logico, a atividade cultural f~ os ()feitos de longo prazo podem ser ne- gllgc~nciados. Produtos brutos A intc:nçao do dc:sign por trás da Infraestrutura atual da indLJstria e fale:!' um 8roduto atré\()nh: que SUjCl acessível, de acordo r:om as rCÇ]u- Ié\mc;ntaçõf~s. qLlf~ tenhil dC'semp(~nho suficiente: () que dure o bastan- te par-é'l atf~ndcr As expectativas do meneado. Tal produto satisfaz os desejOS dos f{1bric<1.l1tcs c; também algumas das expectativas dos cllf~ntcs. rv1::1S. rt nosso ver, os produtos qun IlÜO são prOjetados espe- cdlcarnnnt(; p;:::J.r-a a SdLIc1c; humalla e a ecologlca S3.0 desprovidos de IIltcll~i'll( ,1(1 C dt-:st:lcgantcs - o que chamarnos produtos brutos. Pcn (;xCIIlplo, janto Cl hélbillJéll pe<;a d(~ roupa de pol cster produzida (;rn Illd~:;~~d CUlllO uma tlpic(j garrafa clt: agua conlL'nl antimôniO, um IlwLd pc:séldo tnxlCO cOllhC:Cldo por GHISé\r cnncc:r sob certas circuns- t:1I1<:1'-\;:;. Por CllqIJ;lI,jO. Ch~IX(;lllO~) de lado <l quc:str:'to de se ~;ssa subs- 1.111L1;'1 r'l\pr-(;:;(;llta um r-)(~I-!~-Jo (;sp(~cíflco pala () IJSLI::1r10_ A qu(:stão que l' colocaríamos cumo dcslçJnel'~:; (:: pcn qw: IS~-';O (~st;'l dll'? [1l\)C(;~-;S;-1I10') Na vnrdadc. não ó ncccssclrlO: O antlmonlo f~ um c:al<1:1s;:-)d()r concnle no processo de polilllcri7açélo {; nilo {; Il{;c(~SS('H"lO para (l pmdLH,:~10 d(: poli(;stcr. O que élcontc;cc; quando nSSE~ pmduto cksuutado (' "IT:CI- dado" (Isto f~, dowllcyclccl, rew-;;ldo c:m urll produto COlll pCITj(l cln propriedades If;CrlIC;lS DrIÇJlnals) c: Illlstulado com oulms ~ll(ltf;rl(lls? Que tal quando 0 qUl:llrl(ldn JlJllln <1 OLlII-OS If~SldLlOS como cmnbustlvel para c07lnhal' - lima pré'llic("l CO!Y1um f~nl p<lISC:S f:1ll dc:scllvolvlrlwntu? A incincrél<;élo torna o anllln(~nIO hlo(k;p(JIlivn! Isto ("'. dispOillvcI para a rcspira<;üo. Se () P()IIC:;~;ll;r Pll(it_~S~;(; ;;(:1 lI~);-'1d() COIllO {;ombu;:;tlvcl. preclsanamos de pollcstcl't:s que PUd(;S':-;Ull scr qUf:lrl1ddos CC)I,l se- gurança. Essa CéHllisé\ :Je pollf~stür ("! f;ssa g<1rrafa dr~ :-tÇJlIil Si-lO CXt;lllfJI(I~; elu que chamamos urodutos plus: corno {;ornfJrador. vnce': adqlllr(~ () It(;l11 ou scrvi<;o que queria. plus aditivos qlle vocó n{ICJ P(;r1IU. 11:--10 ~~é\bla que estavam incluídos c que podem s(n pl-nJudlcléllS a vorJ:
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