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PROCESSO CIVIL III. CASO CONCRETO. SEMANA 2. ESTÁCIO. FIC. 2017.

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PROCESSO CIVIL III
CASO 02
 Questão discursiva: 
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
	Pode-se dizer que há natureza recursal no presente caso, visto a insatisfação do autor do pedido em face da decisão proferida pelo relator pertencente ao colendo tribunal de justiça. Contudo, em respeito ao princípio da taxatividade dos recursos, quando aduz que somente pode ser considerado recurso aquele disposto em lei, não se pode entender que o pedido de reconsideração seja reconhecido como um, pois o mesmo não é expresso no ordenamento legal pátrio, de modo que se tem o entendimento que tal objeto nada mais é que um sucedâneo recursal. 
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência. (CPC/15)
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
	Não, visto que no caso em tela o recurso cabível seria a oposição de embargos de declaração em até cinco dias úteis após a publicação da decisão, em virtude da omissão que ocorrera no acórdão proferido pelo colegiado. Em razão disso, não há de se falar na possibilidade da aplicação do princípio da fungibilidade, tendo em vista que a lei é expressa a respeito do recurso adequado para tais ocorrências, não havendo assim dúvida objetiva no recorrente. **Devemos lembrar que para aplicação deste princípio da Fungibilidade Recursal é preciso observar o prazo correto para oferecimento do recurso adequado.
Art. 1.022.  Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material. (CPC/15)
Questões objetivas:
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): 
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
Xb) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius. Correto:
O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO assegura a revisão, ou melhor, o reexame das decisões proferidas pelo Judiciário. Decorre de preceito constitucional para a doutrina majoritária, uma vez que nela está estabelecida a competência recursal, além da menção ao direito de recurso inserto no artigo 5º, LV da CR/88. Vejamos: 
Art. 5º (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) 
II - julgar, em recurso ordinário: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário (...); 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) 
II - julgar, em recurso ordinário; 
III - julgar, em recurso especial; 
A TAXATIVIDADE é expressa no artigo 994 do CPC, quando o legislador delimita as espécies de recursos às taxativamente previstas no ordenamento, impedindo que as partes criem recursos à sua vontade para expressar seu inconformismo. 
A SINGULARIDADE RECURSAL, que impõe que, para cada ato judicial recorrível, em regra, há um recurso próprio previsto no ordenamento. 
- FUNGIBILIDADE - aceitação de um recurso por outro, por força da dificuldade em se saber com certeza qual é o recurso cabível, exemplo clássico é o recebimento de um recurso especial por ordinário e vice-versa.
REFOMATIO IN PEIUS veda que haja a reforma da decisão recorrida em prejuízo do recorrente, beneficiando o recorrido. Decorre do preceito que afirma que o órgão jurisdicional só age por provocação e exatamente para atender o que foi pedido.
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a proibição do reformatio in peius. 
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1). 
Xa) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte. Correto:
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: (CPC/15)
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso. 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido.

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