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Praias Arenosas • Costão Rochoso Costão rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro, formado por rochas, situado na transição entre os meios terrestre e aquático. • Costão Rochoso - Marés - Inclinação - Ondas - Substrato consolidado - Formação de poças de maré Ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés. • Manguezal - Marés - Variação de salinidade - Mangue - Pouca inclinação -Substrato inconsolidado (muito silte/argila) • Manguezal • Praias Arenosas Praias são depósitos de sedimentos arenosos inconsolidados sobre a zona costeira, dominados principalmente por ondas. Situadas na transição entre os meios terrestre e aquático. - Marés - Inclinação - Ondas - Substrato inconsolidado • Praias Arenosas • Praias Ocupam uma interface dinâmica entre o mar e a terra, seus limites não são sempre muito claros. As Praias são delimitadas de acordo com a “movimentação de areia”, de um lado pela região onde a passagem das ondas não mais movimenta os sedimentos do assoalho marinho, (profundidade denominada base da onda) e do outro, também onde, de modo geral, não ocorre movimentação de areia, (berma), ou ainda por alguma feição do relevo como uma falésia. • Praias - Dominam a maior parte da linha de costa dos trópicos e regiões temperadas - São importantes como áreas de recreação e “tampão” contra o mar Infralitoral Supralitoral Entre-marés Limite inferior da Maré baixa Limite Superior da Maré alta • Praias Infralitoral Face de Praia Supralitoral Pós - Praia Entre-marés Antepraia Limite inferior da Maré baixa Limite Superior da Maré alta Face de Praia: região que vai do nível de maré baixa até além da zona de arrebentação, em geral, até a base da onda. Nível da maré baixa Base da onda Antepraia: é a região entre-marés, ou seja, entre o nível da maré baixa e o da maré alta. É a porção da praia que sofre normalmente a ação das marés e os efeitos do espraiamento e refluxo da água. Nível da maré baixa Nível da maré alta Limite superior Nível da maré alta Pós-praia: localiza-se fora do alcance das ondas e mares normais, e somente é alcançada pela água quando da ocorrência de marés muito altas ou tempestades. Nesta região formam-se terraços denominados BERMAS Berma: Berma: Porção praticamente horizontal da praia ou pós-praia formada pela sedimentação por ação de ondas acima da linha de preamar média. Berma: uma seção transversal triangular, com a superfície de topo horizontal ou em suave mergulho em direção ao continente e a superfície frontal com mergulho acentuado em direção ao mar. © H u g o R in c o n Dunas: uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos. O vale entre as dunas é chamado slack Existem duas principais classificações para as dunas: - Uma considerando o seu aspecto como parte do relevo (morfologia): transversais, longitudinais, parabólicas, piramidais, etc. - Outra considerando a forma pela qual os grãos de areia dispõem em seu interior (estrutura interna), levando em consideração a sua dinâmica de formação dunas estacionárias e dunas migratórias Dunas descobertas são sujeitas à movimentação e mudanças de tamanho, pela ação do vento. Berma e Duna Classificação das Praias Existentes didaticamente: Teoria Australiana: cinco tipos - Praias Refletivas - Praias de maré baixa - Praias de Banco de Areia e Correntes de Retorno - Praias de Valas Laterais - Praias Dissipativas Teoria acadêmica Brasileira: três tipos Praias Rasas Praias Intermediárias Praias de Tombo http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/17gb/mar_02.htm Praias Rasas: caracterizada por um antepraia e face praial larga, plana ou levemente inclinada. A profundidade aumenta suavemente à medida em que vai se distanciando da anteprai, isto é, com pouca inclinação (ou declividade). A zona de arrebentação normalmente é larga É comum a existência de mais de uma quebração, havendo, neste caso, a presença de valas entre elas, onde se formam as correntes laterais. Praias Intermediárias: São aquelas que possuem inclinação média, ocorrendo sua arrebentação a uma distância próxima da praia. O relevo do fundo é caracterizado por bancos de areia irregulares, onde quebram as ondas, sendo cortados por canais onde se desenvolvem as correntes de retorno, muito freqüentes neste tipo de praia. Os bancos de areia são mais visíveis nas marés baixas, quando também são visíveis os perigosos buracos. As ondas tendem a crescer nas marés vazantes. Praias de Tombo: são aquelas que possuem relevo do fundo com grande inclinação, aumentando a profundidade abruptamente logo após a zona de varrido. A arrebentação é quase ausente, podendo eventualmente aumentar o tamanho das ondas, mas a quebra da onda ocorre sempre na zona de varrido. A areia é composta de grãos mais grossos. Possui, logo após a face da praia, um degrau bem acentuado (berma), seguido de um declive muito mais acentuado ainda. A menos de um metro do entre-marés a profundidade é suficiente para encobrir uma pessoa adulta. Ondas: http://www.youtube.com/watch?v=MZy7WVBXh7s São provocadas pelo vento que cria forças de pressão e fricção que perturbam o equilíbrio da superfície dos oceanos. O vento transfere parte da sua energia para a água através da fricção entre o vento e a água. Isso faz com que as partículas à superfície tenham um movimento elíptico, que é uma combinação de ondas longitudinais (para a frente e para trás) e transversais (para cima e para baixo). Movimento das partículas da água numa onda. A=Movimento orbital em águas profundas B=Movimento orbital elíptico em águas rasas 1= Direção de propagação da onda. 2= Crista 3= Vale Se pusermos um pedaço de madeira a flutuar na água do mar ele move-se um pouco para a frente na crista de cada onda e depois um pouco para trás quando o vale entre as ondas passa. Ou seja, a forma de onda vai-se aproximando da praia mas cada porção de água só se move para a frente e para trás. Se pusermos o pedaço de madeira a flutuar a várias profundidades dentro de água, veremos que eles se movem no interior da água em órbitas aproximadamente circulares. O local onde inicia-se a formação das ondas é conhecido como zona de geração. O tamanho e a velocidade da propagação das ondas dependem de três fatores: - velocidade do vento que a gerou, - o tempo que este vento soprou (atuou), e - a distância que a onda percorreu sob ação deste vento. Ondas gigantes: "Tsunami" deriva do japonês tsu (porto) e nami (onda). Substrato: O mineral predominante é o QUARTZO que, além de ser abundante, é dos mais resistentes a degradação física (abrasão) entre os minerais comuns. O FELDSPATO, outro mineral comum na crosta terrestre, pode também ser um constituinte importante na formação das praias, embora seja de mais fácil fragmentação e decomposição química. Definição dos graus de rolamento dos grãos de quartzo -muito angulosos, - angulosos, - sub-angulosos, - arredondados,-redondos e - muito redondos. Extraído de G. S. Carvalho, 1966. As areias da praias litorâneas são geralmente originárias dos rios que erodem os continentes e transportam seus fragmentos até o litoral, onde o mar encarrega-se de distribuí-los pela costa. Pode-se também encontrar-se praias formadas por conchas ou outros materiais, bastando que tenham um tamanho, densidade e quantidade suficientes para tanto. Em certos casos, pode ocorrer a deposição de determinados minerais. A areia monazítica: - monazita, - urânio, - tório A areia colorida: Há forte correlação entre: - a altura média das ondas, - a inclinação da praia e - a granulometria (tamanho do grão do sedimento). Quando as ondas são grandes, removem os grãos menores deixando somente os maiores e mais difíceis de carregar. Restando apenas os grãos maiores, a praia tende tornar-se mais inclinada, pois as ondas ao se quebrarem na praia, rapidamente penetram pela areia, já que aumentam o espaço entre os grãos (espaço intersticial). Assim, a onda deixa maior quantidade de grãos de areia do que carrega de volta. Diâmetro médio dos grãos de areia em função da inclinação da antepraia. A unidade da abscissa (inclinação da antepraia) está em termos de distância vertical em relação a distância horizontal percorrida (Stowe, Essencials of Ocean Science. New York, John Wiley & Sons, 1987. 353p.). Habitat intersticial: - sistema poroso do corpo de areia - mais estável e complexo - claro gradiente vertical, 3D - extensão vertical depende da dinâmica da praia • Praias • Praias Epifauna Meiofauna Infauna ou endofauna Habitat intersticial: - Propriedades do sedimento irão determinar porosidade e permeabilidade, influenciando a drenagem - A drenagem é resultado do processo de filtragem da água do mar - Conseqüentemente, diferenças significativas entre sistemas de baixa energia e de alta energia Habitat intersticial: -Um grande número de organismos microscópicos ocupam este habitat: bactérias, fungos, algas, protozoários e metazoários - Fungos: geralmente nos níveis mais altos - Diatomáceas e flagelados: - praias protegidas, ausentes em praias expostas - característica de praias temperadas, menos freqüentes nos trópicos -Distribuição vertical: depende da saturação do sedimento - Quanto mais saturado, mais próximo a superfície - Bactérias e diatomáceas podem ocorrer até 10 cm abaixo da superfície, grudadas em grãos de areia Habitat intersticial: Bactérias: - Vivem presas a grãos de areia; -Até 362 tipos já foram encontradas em praias arenosas; - Maioria possui salinidade ótima entre 30 e 50, e podem decompor proteína, carboidratos e gorduras; - Biomassa bacteriana é positivamente correlacionada com concentração de carbono e nitrogênio orgânico na areia Habitat intersticial: Protozoários - Quase todos grupos podem estar presentes; - Foraminíferos e ciliados são relativamente mais abundantes; - Abundância: entre 100 a 1000 org.g-1 de areia seca; - Podem ser encontrados até 1m de prof. em praias bem oxigenadas • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias • Praias Macrofauna -Distribuição agregada (patches): - movimentação e seleção dos grãos pelo varrido - localização das concentrações de alimento -agregação biológica das espécies Macrofauna Fatores que influem na distribuição e abundância: - tamanho do grão (inverso) - declividade da praia (inverso) - ação de ondas - umidade - conteúdo orgânico - alimento na zona de arrebentação -mudanças na dinâmica (tempestades) Praias rasas ou dissipativas de baixa energia parecem ótimas para desenvolvimento de alta biomassa.
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