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SBV_COMPLETO_2011[1] (1)

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UFOP 
Autores: 
Alessandro de Sousa Veiga 
Mariana Sales Costa 
Prof. Henrique Pereira Faria 
Thaís Batisteli Camêlo 
Curso de Atualização em S.B.V. 
 Para Profissionais de Saúde 
 Protocolo 2011 
Sumário 
 
 
3
• RCP em Adultos
9
• RCP em Crianças
11
• Técnica Bolsa-Valva-Máscara e Ventilação de Resgate
13
• RCP com dois Socorristas
15
• Desfibrilador Externo Automático (DEA)
20
• RCP em Lactentes
28 
• Desobstrução das Vias Aéreas
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
3 
 
 
1-Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em 
adultos 
Aspectos Básicos da RCP em Adultos 
A RCP consiste em quatro partes principais (CABD): 
1. Circulação. 
2. Abertura da via aérea. 
3. Boa respiração. 
4. Desfibrilação. 
Compressões Torácicas 
Parte importante da RCP, pois mantêm o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e os outros 
órgãos vitais. Siga estes passos: 
Passo Ação 
1 Posicione ao lado da vítima. 
2 Certifique-se de que esta vítima esteja deitada de costas, sobre uma superfície firme e 
plana. Caso a vítima esteja deitada de bruços, gire-a cuidadosamente para que fique de 
costas. 
3 Afaste ou remova todas as roupas que cobrem o tórax da vítima. Você precisa conseguir 
ver a pele. 
4 Coloque o calcanhar de uma mão no centro do peito nu da vítima, entre os mamilos, ou 
dois dedos acima do processo xifóide (Figura 1). 
5 Ponha o calcanhar da outra mão sobre a primeira. Estique os braços e posicione seus 
ombros na direção de suas mãos (figura 2). 
6 Faça compressão rápida e forte. Pressione para baixo, no mínimo, 5 centímetros, a cada 
compressão. Assegure-se de comprimir sobre o osso do peito (esterno) da vítima. 
7 Ao final da compressão assegure-se de que houve o retorno/re-expansão total do tórax. 
O retorno completo do tórax permite que mais sangue encha o coração entre as 
compressões torácicas. O retorno incompleto do tórax reduz o fluxo de sangue 
produzido pelas compressões torácicas. 
8 Aplique compressões rápidas e fortes a uma freqüência de, no mínimo, 100 por minuto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
4 
 
 
Importante. Considerações importantes sobre a compressão torácica: 
1. O socorrista deve aplicar compressões fortes e profundas. 
2. O socorrista deve comprimir o tórax a uma frequência de, no mínimo, 100 vezes por minuto. 
3. O socorrista deve permitir o retorno completo do tórax após cada compressão, pois otimiza o 
reenchimento do coração após cada compressão. 
4. O socorrista não deve interromper as compressões frequentemente ou por muito tempo. 
5. Caso tenha dificuldade para comprimir o osso do peito na profundidade necessária durante as 
compressões, ponha uma mão sobre o osso do peito, para comprimir o tórax e agarre o 
punho dessa mão com a sua outra mão para auxiliar a mão que comprime o tórax. 
6. Não movimente a vítima durante a aplicação de RCP, a menos que esteja em um ambiente 
perigoso ou se você acredita que não possa realizar a RCP de forma eficaz devido ao 
posicionamento ou localização da vítima. 
7. Compressões torácicas salvadoras começarão mais cedo se os socorristas realizarem a 
reanimação no local em que se encontra a vítima. 
 
Abertura das Vias Aéreas 
Siga estes passos para realizar a manobra de elevação da mandíbula (Figura 3): 
Passo Ação 
1 Posicione do lado da vítima de modo a ficar pronto para: 
1. Abrir a via aérea. 
2. Aplicar ventilações na vítima. 
2 Realização da manobra de elevação da mandíbula. Siga estes passos: 
1. Ponha uma mão na testa da vítima e empurre com a palma da mão para inclinar a 
cabeça para trás. 
2. Ponha os dedos da outra mão abaixo da parte óssea da mandíbula, perto do 
queixo. 
3. Eleve a mandíbula para levar o queixo para frente. 
3 O que se deve evitar com relação a elevação da mandíbula: 
1. Não faça pressão profunda nos tecidos moles abaixo do queixo, pois poderá 
obstruir a via aérea. 
2. Não use o polegar para elevar o queixo. 
3. Não feche a boca da vítima completamente, a menos que a ventilação boca-a-
nariz seja a técnica escolhida para ventilar a vítima. 
 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
5 
 
 
Aplicação de Ventilações 
Ventilação boca-a-boca 
É uma maneira rápida, eficaz e suficiente de suprir as necessidades da vítima. Siga estes passos: 
Passo Ação 
1 Mantenha a via aérea da vítima aberta utilizando a manobra de elevação da 
mandíbula. 
2 Comprima as narinas da vítima com seu polegar e indicador, posicionando sua mão 
na testa da vítima. 
3 Respire normalmente (não respire profundamente) e sele seus lábios ao redor da 
boca da vítima, fechando hermeticamente (Figura 4). 
4 Aplique uma ventilação (sopre por 1 segundo). Observe a elevação do tórax à 
medida que você aplica a ventilação. 
5 Se o tórax não se elevar, repita a manobra de elevação da mandíbula. 
6 Aplique uma segunda ventilação (sopre por 1 segundo). Observe a elevação do 
tórax. 
 
Importante: Ventilações muito rápidas ou com muita força podem causar distensão gástrica (o ar 
vai para o estômago ao invés dos pulmões), podendo provocar complicações graves, como 
vômitos, aspiração e pneumonia. Para prevenir a distensão gástrica, siga estes passos: 
1. Leve 1 segundo para aplicar cada ventilação. 
2. Forneça uma quantidade de ar suficiente para conseguir elevar o tórax da vítima. 
3. O uso de pressão cricóide durante as ventilações, em geral, não é recomendado. 
 
Ventilação boca-a-máscara 
Para usar a máscara o socorrista posiciona-se ao lado da vítima, segura a máscara contra a face da 
vítima e abre as vias aéreas através da elevação da mandíbula. Siga estes passos: 
Passo Ação 
1 Posicione-se ao lado da vítima. 
2 Coloque a máscara na face da vítima usando a ponte do nariz como um guia para a 
posição correta. 
3 Ajuste a máscara contra a face: usando sua mão que está mais próxima da parte 
mais alta da cabeça da vítima, coloque o dedo indicador e o polegar ao longo 
do bordo da máscara. Coloque o polegar de sua outra mão ao longo da margem 
inferior da máscara (Figura 5). 
4 Coloque os outros dedos de sua mão que está mais próxima do pescoço da vítima 
ao longo da margem óssea da mandíbula e eleve-a. Realize a manobra de 
elevação da mandíbula para abrir a via aérea. 
5 Enquanto eleva a mandíbula, pressione de modo firme e completo ao redor da 
parte externa da margem da máscara para fazer o selamento contra a face. 
6 Forneça ar durante 1 segundo para promover a elevação do tórax da vítima. 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relação Compressão/Ventilação 
Para Socorrista Único Para dois Socorristas 
30 compressões para 2 ventilações em 
vítimas de todas as idades, exceto, 
neonatos (3:1). 
15 compressões para 2 ventilações em 
crianças e lactentes. 
 
Sequência de RCP com 1 Socorrista em Adulto 
Passo Ação 
1 Chegue perto da vítima e certifique-se de que o local é seguro para você e para a 
vítima, para você não tornar-se uma vítima. Avalie se a vítima responde (Figura 
6A) e se está respirando normalmente, sem respiração ou com respiração 
anormal ou agônica (gasping). Se não tiver resposta, busque por socorro (Figura 
6B). 
2 Se você estiver sozinho, acione o serviço de atendimento de emergência e solicite um 
desfibrilador externo automático (DEA) e então, retorne para o local em queestá 
a vítima para iniciar RCP. 
3 Inicie o atendimento avaliando o pulso da vítima (em menos de 5 e não mais de 10 
segundos). Siga estes passos para localizar o pulso da artéria carótida: 
1. Mantenha a inclinação da cabeça pondo uma mão na testa da vítima. 
2. Localize a traquéia usando 2 a 3 dedos da outra mão (Figura 7). 
3. Deslize esses dedos para o sulco entre a traquéia e os músculos laterais do 
pescoço, onde se pode sentir o pulso carotídeo. 
4 Se você definitivamente não sentir um pulso ou não tem certeza se a vítima tem 
pulso presente, realize 5 ciclos de compressões e ventilações (30:2), pois uma 
RCP desnecessária é menos prejudicial que não realizar a RCP. É importante 
comprimir o tórax na profundidade correta, 5 cm ou 2 polegadas, e a uma 
frequência de, no mínino, 100 compressões por minuto, permitindo que o tórax 
retorne completamente após cada compressão. 
5 Após realizar as 30 compressões, abra a via aérea da vítima e aplique 2 ventilações 
(ventilação de resgate). Abra a via aérea da vítima, utilizando a manobra de 
elevação da mandíbula. O tempo gasto entre o fim de uma sequência de 
compressões e o início de uma nova sequência é de, no máximo, 10 segundos. 
6 Se a respiração não estiver adequada ou não houver respiração, aplique 2 ventilações 
(1 segundo cada) enquanto observa se o tórax da vítima se eleva. 
 
Figura 5 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
7 
 
 
Importante: Considerações importantes sobre a RCP: 
1. Certifique-se de que o local é seguro para você e para a vítima, para você não tornar-se uma 
vítima. 
2. Dê um tapinha no ombro da vítima e grite: “Está tudo bem”? (Figura 7). 
3. A vítima deve estar deitada de costas (posição supina) e em uma superfície rígida antes de 
você iniciar uma RCP. 
4. O socorrista deve se esforçar ao máximo para minimizar quaisquer interrupções nas 
compressões torácicas (no máximo 10 segundos). 
 
 
 
 
 
Figura 6. 
 
 
Figura 7. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
8 
 
 
Algoritmo SBV no adulto 
 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
9 
 
 
2-RCP em Crianças 
RCP em crianças com 1 socorrista 
 
Passo Ação 
1 Chegue perto da vítima e certifique-se de que o local é seguro para você e para a 
vítima, para você não tornar-se uma vítima. Avalie se a vítima responde e se está 
respirando normalmente, sem respiração ou com respiração anormal ou agônica 
(gasping). Se não tiver resposta, busque por socorro (Figura 8). 
2 Caso alguém venha ajudar mande essa pessoa acionar o sistema de atendimento de 
emergência e solicitar um DEA (se estiver disponível). Na impossibilidade de 
chamar socorro inicie atendimento. 
3 Inicie o atendimento avaliando o pulso da vítima (em menos de 5 e não mais de 10 
segundos). Siga estes passos para localizar o pulso da artéria carótida: 
4. Mantenha a inclinação da cabeça pondo uma mão na testa da vítima. 
5. Localize a traquéia usando 2 a 3 dedos da outra mão. 
6. Deslize esses dedos para o sulco entre a traquéia e os músculos laterais do 
pescoço, onde se pode sentir o pulso carotídeo. 
Palpe a artéria por não menos de 5 e não mais de 10 segundos. 
4 Caso não haja pulso ou a freqüência cardíaca seja inferior a 60 batimentos por 
minuto, com sinal de perfusão inadequada (ex: cor azulada), vá para o passo 5. 
5 Realize ciclos de compressão e ventilação (relação 30:2) à freqüência de, no mínimo, 
100 compressões por minuto (Figura 9). 
6 Após realizar as 30 compressões, abra a via aérea da vítima e aplique 2 ventilações 
(ventilação de resgate). Abra a via aérea da vítima, utilizando a manobra de 
elevação da mandíbula (você pode precisar tentar mais de uma vez até 
conseguir abrir a via aérea e aplicar um total de 2 ventilações que provoquem 
elevação do tórax). Se a respiração não estiver adequada ou não houver 
respiração, aplique 2 ventilações (1 segundo cada) enquanto observa se o tórax 
da vítima se eleva. O tempo gasto entre o fim de uma sequência de compressões 
e o início de uma nova sequência é de, no máximo, 10 segundos. 
7 Após 5 ciclos de RCP (30:2): 
1. Caso ainda não tenha sido feito, acione o sistema de atendimento de emergência 
e solicite um DEA. 
2. Use o DEA. 
 
 Modificações da RCP em Crianças 
Considerações importantes sobre a RCP em crianças: 
1. Para crianças muito pequenas, você pode usar 1 ou 2 mãos para aplicar as compressões 
torácicas. 
2. Para crianças não responsivas o socorrista deve aplicar 5 ciclos de RCP antes de deixar a 
criança para acionar o sistema de atendimento de emergência. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
10 
 
 
3. Caso a criança tenha sofrido um colapso súbito, o socorrista único deve primeiro acionar o 
sistema de atendimento de emergência e, a seguir, voltar ao local em que está a vítima e 
iniciar a RCP. 
4. Os socorristas em ambiente fora do hospital devem realizar 5 ciclos de RCP para uma criança 
antes de utilizar o DEA. 
5. Para crianças de 1 ano até a puberdade pressione, no mínimo, ⅓ da profundidade do tórax a 
cada compressão, cerca de 5 cm (2 polegadas). 
 
 
Figura 8. 
Figura 9. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
11 
 
 
3-Técnica Bolsa-Valva-Máscara e Ventilação 
de Resgate 
Técnica Bolsa-Valva-Máscara em Adulto e Criança e Ventilação de resgate 
Os dispositivos Bolsa-Valva-Máscara consistem de uma bolsa fixada a uma máscara facial. 
Também podem incluir uma válvula para evitar a reinalação. 
 
Um Socorrista Usando Bolsa-Valva-Máscara 
Passo Ação 
1 Posicione-se imediatamente atrás e acima da cabeça da vítima. 
2 Coloque a máscara sobre a face da vítima, usando o dorso do nariz como guia para o 
correto posicionamento. 
3 Use a técnica dos dois “Cs” e dois “Es” para segurar a máscara em posição, enquanto 
eleva a mandíbula para manter a via aérea aberta (Figura 10). 
1. Realize a inclinação da cabeça. 
2. Use o polegar e o indicador de uma mão para formar um ‘C’, pressionando os 
bordos da máscara contra a face da vítima. 
3. Use os outros dedos dessa mão para elevar o ângulo da mandíbula (os 3 dedos 
formam um “E” e abrem a via aérea). 
4 Comprima a bolsa para aplicar as ventilações (1 segundo cada), enquanto observa a 
elevação do tórax. A aplicação das ventilações é a mesma, quer você utilize 
suplemento de oxigênio ou não. 
 
 Dois Socorristas Usando Bolsa-Valva-Máscara 
Quando 2 socorristas utilizam o dispositivo Bolsa-Valva-Máscara, um socorrista abre a via aérea 
com a manobra de elevação da mandíbula e segura a máscara contra o rosto da vítima 
enquanto o outro comprime a bolsa (Figura 11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10. Figura 11. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
12 
 
 
Parada Respiratória 
A parada respiratória ocorre quando as respirações estão completamente ausentes ou quando 
são claramente inadequadas para manter oxigenação e ventilação eficazes, mas a vítima tem 
pulso presente. Os profissionais de saúde devem ser capazes de identificar a parada 
respiratória e determinar quando as respirações são inadequadas, com a finalidade de 
manter ventilação ou oxigenação eficaz. Nessas vítimas, os socorristas aplicarão ventilações 
sem compressões torácicas. Essa técnica é chamada ventilação de resgate. 
 
 
Ventilação de Resgate em Adultos, Crianças e Lactentes1. Aplique 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações por minuto). 
2. Aplique cada ventilação por 1 segundo. 
3. Cada ventilação deve promover uma elevação visível do tórax. 
4. Avalie o pulso aproximadamente a cada 2 minutos. 
5. Nunca hiperventile a vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
13 
 
 
4-RCP Com 2 Socorristas 
Sequência de RCP Com 2 Socorristas em Adultos e Crianças 
Quando houver outro socorrista disponível para ajudar, ele deve acionar o sistema de 
atendimento de emergência e solicitar um DEA. O primeiro socorrista deve permanecer ao 
lado da vítima, para iniciar a RCP imediatamente. Quando o segundo socorrista retornar, 
ambos devem se revezar na aplicação de compressões torácicas, trocando funções a cada 5 
ciclos de RCP ou a cada 2 minutos. 
 
Técnica A Ser Utilizada 
Socorrista Posicionamento Ações 
Socorrista 
1 
Ao lado da vítima 
(Figura 12). 
1. Aplicar as compressões torácicas. 
2. Contar o número de compressões em voz alta. 
3. Trocar de função com o socorrista 2 a cada 5 ciclos ou 
2 minutos, levando menos de 10 segundos para a 
troca. 
Socorrista 
2 
Junto à cabeça da 
vítima (Figura 
12). 
1. Manter a via aérea aberta. 
2. Aplicar ventilações, observando se há elevação do 
tórax e evitando a hiperventilação. 
3. Encorajar o socorrista 1 a aplicar compressões que 
sejam suficientemente rápidas e profundas 
permitindo o retorno completo do tórax entre as 
compressões. 
4. Trocar de função com o socorrista 1 a cada 5 ciclos ou 
2 minutos, levando menos de 10 segundos para a 
troca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
14 
 
 
Considerações Sobre as Vias Aéreas Avançadas 
Até que uma via aérea avançada (ex: máscara laríngea ou tubo endotraqueal) esteja em posição, 
a relação compressão/ventilação será de: 
 
Adulto (2 ou mais socorristas) Crianças (2 ou maissocorristas) 
30:2 15:2 
 
Se houver uma via aérea avançada em posição, aplique (em adultos, crianças ou lactentes) 1 
ventilação a cada 6 a 8 segundos sem tentar sincronizar as ventilações entre as compressões. 
Não deve haver pausa nas compressões para aplicação das ventilações. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
15 
 
 
5-Desfibrilador Externo Automático 
Desfibrilador Externo Automático (DEA) 
Os desfibriladores Externos Automáticos (DEA s) são dispositivos computadorizados que são 
fixados por pás adesivas a uma vítima sem pulso e permitem que pessoas leigas e 
profissionais de saúde tentem a desfibrilação com segurança. 
 
Quando Usar O DEA 
Você usará o DEA, para adultos, crianças e lactentes, somente quando a vítima tiver as 3 
características clínicas abaixo: 
1. Não responsiva 
2. Não respirando 
3. Sem pulso 
 
O DEA Universal: Passos Comuns À Operação De Todos Os Deas 
Quando o DEA chegar, coloque-o ao lado da vítima, próximo ao socorrista que irá operá-lo. A 
tabela a seguir enumera os 6 passos universais para a operação de um DEA: 
 
Passo Ação 
1 Ligue o DEA (isso acionará as mensagens sonoras para guiá-lo em todos os passos 
subseqüentes): 
1. Abra o estojo do DEA ou a parte superior da caixa do DEA. 
2. Ligue o dispositivo (alguns dispositivos ligam automaticamente quando a tampa 
da caixa ou do estojo é aberta). 
2 FIXE as pás ao tórax desnudo da vítima: 
1. Escolha as pás corretas (adulto ou criança) para o tamanho / idade da vítima. Use pás 
infantis ou sistema pediátrico para crianças com menos de 8 anos, caso esteja 
disponível. Não use pás infantis ou sistema pediátrico para vítimas de 8 anos ou mais 
(Figura 13). 
2. Retire a proteção traseira das pás adesivas. 
3. Se o tórax da vítima estiver coberto com água ou suor, limpe-o rapidamente. 
4. Fixe as pás adesivas no tórax desnudo da vítima: 
4.1. Coloque um eletrodo no lado superior direito do tórax desnudo, à direita do 
osso esterno, logo abaixo da clavícula. 
4.2. Coloque a outra pá à esquerda do mamilo, alguns centímetros abaixo da axila 
esquerda (Figura 14). 
5. Fixe o DEA, conectando os cabos na caixa do desfibrilador (alguns dispositivos já são 
pré-conectados). 
3 Afaste-se da vítima e analise o ritmo: 
1. Sempre se afaste da vítima durante a análise. 
2. Certifique-se de que ninguém esteja tocando a vítima, inclusive a pessoa 
encarregada de aplicar as ventilações. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
16 
 
 
3. Alguns DEAs informarão o momento de pressionar o botão para permitir que o 
aparelho comece a analisar o ritmo cardíaco; outros farão essa análise 
automaticamente. 
4. O DEA leva cerca de 5 a 15 segundos para analisar o ritmo. 
5. O DEA, então, informa se o choque é necessário. 
4 Caso o DEA informe que é recomendado aplicar um choque, ele lhe dirá para ter 
certeza de que está afastado da vítima. 
1. Afaste-se da vítima antes de aplicar o choque: tenha certeza de que ninguém esteja 
tocando a vítima, para evitar lesões nos socorristas. 
1.1. Avise em voz alta parra todos se afastarem do paciente. 
1.2. Faça uma inspeção visual para assegurar que ninguém esteja em contato com a 
vítima 
2. Pressione o botão CHOQUE. 
3. O choque produzirá uma contração súbita dos músculos da vítima. 
5 Assim que o DEA aplicar o choque, inicie a RCP, começando com compressões 
torácicas. 
6 Após dois minutos de RCP, o DEA recomendara que você repita os passos 3 e 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso De DEA Em Crianças e Lactentes 
1. Nas paradas cardíacas fora do hospital e não testemunhada em crianças, aplique 5 ciclos ou 2 
minutos de RCP antes de utilizar o DEA. 
2. Para qualquer parada cardíaca intra-hospitalar em uma criança ou para qualquer colapso súbito 
em uma criança em ambiente fora do hospital, use o DEA tão logo esteja disponível. 
3. Se você utilizar um DEA em uma criança e esse dispositivo puder aplicar choque em dose 
pediátrica, siga as instruções do DEA para selecionar uma dose mais baixa (pediátrica) de choque 
e escolha as pás infantis se estiverem disponíveis. 
4. Caso esteja usando um DEA, sem sistema pediátrico, em uma criança de 1 a 8 anos, utilize as pás 
de adulto e aplique a dose de adulto. 
 
 
 Figura 13. 
Figura 14. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
17 
 
 
Evolução e Ações Após a Aplicação do Choque 
Siga esses passos após o DEA aplicar um choque na vítima: 
Passo Ação 
1 Após o choque, reinicie imediatamente a RCP, começando com compressões 
torácicas. 
2 Após 5 ciclos (cerca de 2 minutos ) de RCP, deixe que o DEA analise o ritmo cardíaco. 
Se um choque não for indicado, reinicie a RCP (começando com compressões 
torácicas) por mais 5 ciclos. 
3 Continue a RCP até que socorristas com treinamento em suporte avançado assumam 
o caso ou que a vítima comece a se mover. 
Importante: Considerações importantes sobre o uso do DEA: 
1. Se o DEA não detectar um ritmo que requeira um choque, irá informá-lo para reiniciar a RCP, 
começando com compressões torácicas. Não avalie novamente o ritmo para ver se existe 
pulso. Siga as mensagens sonoras do DEA e continue até que a equipe de socorristas com 
treinamento em SAV assuma o caso. 
2. Não há problema em deixar o DEA fixado à vítima enquanto faz seu transporte, mas nunca 
pressione o botão ANALISAR enquanto movimenta a vítima, pois a movimentação podeinterferir com a análise. 
3. Caso haja 2 ou mais socorristas no local eles podem iniciar simultaneamente: 
3.1.1. Acionamento do sistema de atendimento de emergência e solicitação de um DEA. 
3.1.2. Realização de RCP. 
3.1.3. Utilização de um DEA. 
Situações Especiais 
1. Tórax muito peludo: 
Passo Ação 
1 Se as pás ficarem grudadas nos pêlos, ao invés de na pele, pressione firmemente 
cada pá. 
2 Se o DEA continuar a emitir uma mensagem de “checar as pás” ou “checar os 
eletrodos”, puxe rapidamente as pás adesivas. Essa manobra removerá uma 
grande quantidade de pêlos. 
3 Caso ainda reste uma quantidade grande de pêlos onde você pretende colocar as 
pás, raspe-os como aparelho de barbear que fica dentro da caixa de transporte 
do DEA. 
4 Use um novo conjunto de pás, e siga as mensagens sonoras do DEA. 
 
2. A água é um bom condutor de eletricidade, portando não use o DEA na água. Caso a vítima 
esteja na água, transporte-a primeiro para um lugar seco. 
3. Se a água recobrir apenas o tórax da vítima, seque rapidamente antes de fixar os eletrodos. 
4. Algumas vítimas podem ter desfibriladores ou marca-passos implantados. Pode-se identificar 
esses dispositivos imediatamente, pois eles criam uma protuberância endurecida abaixo da 
pele, na porção superior do tórax ou abdome, do tamanho de uma caixa de fósforos, com 
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uma pequena cicatriz sobre ela. Caso você identifique a presença de um desfibrilador/marca-
passo implantado: 
1.1. Fixe as pás do eletrodo a pelo menos 2,5cm lateralmente ao dispositivo implantado. 
1.2. Siga os passos normais para operar o DEA. 
2. Não coloque os eletrodos do DEA diretamente sobre um emplastro medicamentoso, 
remova o adesivo e limpe a área antes de fixá-los ao tórax da vítima. 
3. Ao usar um DEA totalmente automático você não precisará pressionar um botão para que 
ele analise o ritmo cardíaco e aplique o choque na vítima. 
Sequência de RCP Com 2 Socorristas e um DEA (Figura 15) 
Passo Ação 
1 Chegue perto da vítima e certifique-se de que o local é seguro para você e para a 
vítima, para você não tornar-se uma vítima. Avalie se a vítima responde e se está 
respirando normalmente, sem respiração ou com respiração anormal ou agônica 
(gasping). Se a vítima não estiver responsiva: 
1. O primeiro socorrista fica com a vítima e inicia a RCP até a chegada do DEA. 
2. O segundo socorrista aciona o sistema de atendimento de emergência e solicita um 
DEA. 
2 Inicie o atendimento avaliando o pulso da vítima (em menos de 5 e não mais de 10 
segundos). Siga estes passos para localizar o pulso da artéria carótida: 
1. Mantenha a inclinação da cabeça pondo uma mão na testa da vítima. 
2. Localize a traquéia usando 2 a 3 dedos da outra mão. 
3. Deslize esses dedos para o sulco entre a traquéia e os músculos laterais do 
pescoço, onde se pode sentir o pulso carotídeo.. 
3 Se não houver pulso presente, em caso de adultos, ou pulso menor que 60 bpm com 
sinais de perfusão inadequada em crianças: 
1. Aplique as compressões torácicas e prepare para utilizar o DEA. 
2. O primeiro socorrista inicia as compressões torácicas enquanto o segundo prepara 
para usar o DEA. 
3. Remova ou afaste as roupas que recobrem o tórax da vítima, para permitir a fixação 
dos eletrodos. 
4 Após realizar as 30 compressões, abra a via aérea da vítima e aplique 2 ventilações 
(ventilação de resgate). Abra a via aérea da vítima, utilizando a manobra de 
elevação da mandíbula. O tempo gasto entre o fim de uma sequência de 
compressões e o início de uma nova sequência é de, no máximo, 10 segundos. 
5 Tente a desfibrilação com o DEA: 
1. Posicione o DEA no lado da vítima oposto ao do socorrista que está realizando a 
RCP 
Exceções: 
1.1 Para uma criança que tenha sofrido uma parada cardíaca em ambiente fora 
do hospital e não testemunhada, aplique 5 ciclos de RCP antes de fixar e usar 
o DEA 
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1.2 Para um adulto que tenha sofrido uma parada cardíaca em ambiente fora do 
hospital e não testemunhada, a equipe do SME pode realizar 5 ciclos de RCP 
antes de fixar as pás e utilizar o DEA 
 
 
6 Ligue o DEA e siga as mensagens sonoras: 
1. Fixe o DEA. 
2. Deixe o DEA ANALISAR o ritmo cardíaco da vítima (mantenha-se afastado da 
vítima). 
3. Aplique um CHOQUE, se necessário (mantenha-se afastado da vítima). 
4. Se o choque não for necessário e também após a aplicação do choque, reinicie a 
RCP começando com compressões torácicas. 
 
 
Figura 15. 
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6-RCP em Lactentes 
Aspectos Básicos da RCP em Lactentes 
O termo lactente corresponde às crianças de até 1 ano de idade (12meses). Para SBV em crianças 
com mais de 1 ano; consulte “RCP em Crianças”. A sequência de SBV em lactentes (CABD) é: 
1. Circulação. 
2. Abertura das vias aéreas. 
3. Boa respiração. 
4. Desfibrilação. 
Observe o esquema. Todos os passos serão explicados detalhadamente adiante. 
 
 
 
 
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Compressões torácicas 
 
Passo Ação 
1 Coloque o lactente sobre uma superfície firme e plana. 
2 Remova todas as roupas que cobrem o tórax do lactente. 
3 Trace uma linha imaginária entre os mamilos da vítima. Posicione 2 dedos sobre o 
osso esterno imediatamente abaixo dessa linha (Figura 16). Não pressione sobre 
o processo xifóide. 
4 Para aplicar compressões torácicas, pressione o osso esterno, no mínimo, ⅓ da 
profundidade do tórax a cada compressão, cerca de 4 cm (1½ polegadas). 
5 Após cada compressão, libere totalmente a pressão sobre o esterno e permita que o 
tórax reexpanda completamente. O retorno do tórax permite que o coração seja 
preenchido com sangue, o que é necessário para compressões torácicas mais 
eficazes. O retorno incompleto do tórax reduz o fluxo sanguíneo produzido pelas 
compressões torácicas. 
6 Aplique compressões a uma freqüência de, no mínimo, 100 por minuto. 
 
 
 
Abertura da Via Aérea 
A língua é a estrutura mais comum responsável por obstruir a via aérea em um lactente ou 
criança não responsiva. Logo que você observar que o lactente não está responsivo, abra a 
via aérea usando a manobra de elevação da mandíbula para afastar a língua da parte 
posterior da garganta (Figura 17). 
Na realização da manobra de abertura das vias aéreas: 
Passo Ação 
1 Coloque a mão na testa da vítima e empurre com a palma da mão, inclinando a cabeça 
para trás. 
2 Coloque os dedos da outra mão abaixo da parte óssea da mandíbula, próximo ao queixo. 
3 Eleve a mandíbula para trazer o queixo para frente (Figura 18). 
 
 
 
Importante: Considerações importantes na abertura das vias aéreas do lactente: 
Figura 16. 
Figura 17. 
Figura 18. 
 
 
 
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1. Não faça pressão profunda nos tecidos moles abaixo do queixo, pois poderá obstruir a via 
aérea. 
2. Não use o polegar para elevar o queixo. 
3. Não feche a boca da vítima completamente. 
 
 Aplicação de ventilação 
Lactentes e crianças, quando apresentam doenças respiratórias, reduzem o oxigênio dentro dos 
pulmões, o que causa parada cardíaca. Em virtude dessa redução, as compressões torácicas 
não fornecem sangue rico em oxigênio. Portanto, é muito importante fornecer ventilações 
eficazes. Não se esqueçam de utilizar os dispositivos de barreira para realizar as ventilações. 
 
Ventilação boca-a-boca-e-nariz(método preferível) 
Passo Ação 
1 Mantenha a elevação da mandíbula, para preservar a patência das vias aéreas. 
2 Ponha sua boca sobre a boca e o nariz do lactente para criar um fechamento impedindo 
o escape do ar (Figura 19). 
3 Sopre o ar no nariz e na boca do lactente (pausando para inspirar). As ventilações devem 
elevar o tórax. Se o tórax não se elevar, repita a manobra de elevação da mandíbula, 
para abrir novamente a via aérea e tente aplicar ventilações que elevem o tórax. Aplicar 
2 ventilações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ventilação boca-a-boca 
Passo Ação 
1 Mantenha a elevação da mandíbula, para preservar a patência das vias aéreas. 
2 Pince o nariz da vítima firmemente com seu polegar indicador. Faça o fechamento 
boca-a-boca 
3 Sopre no interior da boca do lactente (pausando para inspirar). As ventilações devem 
elevar o tórax. Se o tórax não se elevar, repita a manobra de elevação da mandíbula, 
para abrir novamente a via aérea e tente aplicar ventilações que elevem o tórax. Aplicar 
2 ventilações. 
 
Técnica da bolsa-valva-máscara 
A ventilação bolsa-valva-máscara deve ser realizada com uma bolsa e máscara adequadas. A máscara 
deve cobrir completamente a boca e o nariz da vítima sem cobrir os olhos ou ultrapassar o queixo 
 
Figura 19. 
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(Figura 20). Esse tipo de ventilação é mais eficaz com 2 socorristas. Enquanto um pressiona a máscara 
contra a face e eleva a mandíbula do lactente, o outro comprime a bolsa. 
 
 
Siga os passos abaixo: 
Passo Ação 
1 Posicione-se logo atrás e acima da cabeça do lactente. 
2 Coloque a máscara na face do lactente. 
3 Utilize a técnica dos dois “Cs” e dois “Es” para manter a máscara em posição: 
1. Realize a manobra de elevação da mandíbula. 
2. Use os dedos polegar e indicador de cada mão para formar um “C”, pressionando 
ao redor das bordas da máscara. 
Use os outros dedos para elevar os ângulos da mandíbula (3 dedos formam um “E” e 
abrir a via aérea. 
4 Pressione a máscara contra a face enquanto levanta a mandíbula. Tente fazer um 
fechamento impedindo o escape de ar entre a máscara e a face. 
5 Aplique ventilações (1 segundo cada) enquanto observa a elevação do tórax. O 
fornecimento de cada ventilação é o mesmo se você usar oxigênio suplementar 
ou não. Caso não ocorra uma elevação do tórax: 
1. Realize novamente a manobra de elevação da mandíbula. 
2. Reposicione a máscara contra a face. 
3. Certifique-se que a via aérea esteja aberta e que você tenha um bom selamento 
entre a mascara e a face. 
4. Tente aplicar as ventilações novamente. Talvez seja necessário tentar algumas 
vezes até conseguir aplicar 2 ventilações eficazes que elevem o tórax. 
 
 
 
Ventilação de resgate em lactentes 
Às vezes os socorristas aplicarão ventilações sem compressão torácica a lactentes com pulso. Nós 
chamaremos está situação de parada respiratória e este procedimento de ventilação de resgate. Os 
itens abaixo mostram as diretrizes para a ventilação de resgate em lactentes: 
1. Aplique 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min). 
2. Aplique cada ventilação em 1 segundo. 
Figura 20. 
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3. Cada ventilação deve elevar visivelmente o tórax. 
4. Avalie o pulso aproximadamente a cada 2 minutos. 
 
Relação compressão-ventilação 
 O socorrista único deve usar uma relação compressão-ventilação universal de 30 compressões para 2 
ventilações quando aplicar RCP em vítimas de todas as idades. Dois socorristas devem usar uma 
relação compressão-ventilação de 15 compressões para 2 ventilações quando aplicarem RCP em 
crianças e lactentes. 
 
1 socorrista 2 ou mais socorristas 
30:2 15:2 
 
Sequência de RCP com 1 socorrista em lactentes 
 
Passo Ação 
1 Avalie a responsividade da vítima (dê tapinhas no pé da vítima, Figura 21). Avalie 
também se ela respira. 
2 Se não estiver responsiva busque por socorro e acione o sistema de atendimento de 
emergência. 
3 Avalie o pulso da vítima em não menos de 5 e não mais de 10 segundos (pulso 
braquial, Figura 22). 
4 Se não houver pulso ou se a frequência cardíaca for inferior a 60 batimentos por 
minuto, com sinais de perfusão inadequada, inicie ciclos de 30 compressões 
torácicas, a uma freqüência de, no mínimo, 100 por minuto. 
5 Abra a via aérea utilizando a manobra de elevação da mandíbula. Certifique-se de 
que você inclina a cabeça do lactente para trás somente até a posição neutra 
(canal auditivo externo no nível da extremidade do ombro do lactente). Se não 
estiver respirando, aplique 2 ventilações, 1 segundo cada uma. O volume de 
cada ventilação deve ser suficiente para provocar uma elevação visível do tórax. 
6 Mantenha uma relação de compressão-ventilação de 30:2. Após 5 ciclos, acione o 
sistema de atendimento de emergência, caso ainda não o tenha feito. Então, 
retorne ao local e reinicie a RCP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22. Figura 21. 
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Importante: Considerações importantes sobre RCP em lactentes: 
1. O socorrista que encontra o lactente deve rapidamente certificar-se de que o local seja seguro 
e avaliar se o lactente está responsivo e respirando: 
1.1. Certifique-se que o local seja seguro para você e para o lactente. Não queira se tornar 
uma vítima. 
1.2. Dê um tapinha no pé da vítima e grite, “está tudo bem?”. 
1.3. Se não estiver resposta da vítima, busque por socorro. Se não houver meio de 
comunicação, realize 5 ciclos e compressão-ventilação e depois busque por ajuda. 
2. Os socorristas devem se esforçar ao máximo para minimizar o número e duração das 
interrupções nas compressões torácicas, limitando-as a menos de 10 segundos. Exceto para 
intubação, desfibrilação ou remoção da vítima de local que oferece perigo. 
 
Localizando o pulso braquial 
Para avaliar o pulso no lactente, ao contrário do adulto e da criança, em que utilizamos o pulso 
carotídeo, utiliza-se o pulso braquial. Siga os seguintes passos para localizar o pulso da artéria 
braquial (Figura 22): 
Passo Ação 
1 Posicione 2 ou 3 dedos na parte interna do braço, entre o cotovelo e o ombro do 
lactente 
2 Pressione suavemente os dedos indicador e médio na parte interna do braço por não 
menos de 5 e não mais de 10 segundos ao tentar sentir o pulso 
 
 Sequência de RCP com 2 socorristas em lactentes 
Se no local, houver 2 socorristas, um dos socorristas deve acionar o sistema de atendimento de 
emergência e retornar ao local onde está a vítima para ajudar na RCP. Os socorristas devem 
se revezar na aplicação das compressões torácicas a cada 2 minutos ou 5 ciclos. A proporção 
compressão-ventilação para 2 socorristas é de 15:2. Se houver máscara laríngea ou tubo 
endotraqueal aplique 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/ minuto) sem 
parar as compressões. Ao realizar a RCP com 2 socorristas, cada socorrista tem funções 
específicas: 
Socorrista Posicionamento Ações 
Socorrista 
1 
Ao lado da vítima. 1. Aplicar as compressões torácicas com a técnica 
dos dois polegares. 
2. Contar o número de compressões em voz alta. 
3. Trocar de função com o socorrista 2 a cada 5 
ciclos ou 2 minutos, levando menos de 5 
segundos para a troca. 
Socorrista 
2 
Ao lado da cabeça 
da vítima. 
1. Manter a via aérea aberta. 
2. Aplicar ventilações, observando se há elevação do 
tórax e evitando a hiperventilação. 
3. Encorajar o socorrista 1 a aplicar compressões 
que sejam suficientemente rápidas e profundas 
permitindo o retorno completodo tórax entre as 
compressões. 
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Siga os seguintes passos para realizar a RCP, feita por 2 socorristas em lactentes: 
Passo Ação 
1 Avalie a responsividade da vítima dando tapinhas no pé da vítima ( Figura 21). Avalie 
também se ela respira. 
2 Se não estiver responsiva solicite ao segundo socorrista que busque por socorro e 
acione o sistema de atendimento de emergência. 
3 Avalie o pulso da vítima em não menos de 5 e não mais de 10 segundos (pulso 
braquial, Figura 22). 
4 Se não houver pulso ou se a frequência cardíaca for inferior a 60 batimentos por 
minuto, com sinais de perfusão inadequada, inicie ciclos de 30 compressões 
torácicas, a uma freqüência de, no mínimo, 100 por minuto. 
5 Abra a via aérea utilizando a manobra de elevação da mandíbula. Certifique-se de 
que você inclina a cabeça do lactente para trás somente até a posição neutra 
(canal auditivo externo no nível da extremidade do ombro do lactente). Se não 
estiver respirando, aplique 2 ventilações, 1 segundo cada uma. O volume de 
cada ventilação deve ser suficiente para provocar uma elevação visível do tórax. 
6 Mantenha uma relação de compressão-ventilação de 30:2. Quando o segundo 
socorrista retornar, use a relação 15:2 com a técnica dos 2 polegares – mão 
circundando o tórax. 
 
Técnica de 2 polegares e mãos circundando o tórax 
Esta técnica é utilizada com dois socorristas. Ela produz melhor fluxo sanguíneo e resultados mais 
consistentes em relação à profundidade e força de compressão, podendo gerar pressões arteriais 
mais altas. 
Passo Ação 
1 Desenhe uma linha imaginária entre os mamilos. Posicione ambos os polegares lado 
a lado no centro do tórax, acima do esterno, imediatamente abaixo dessa linha 
(não pressionar o processo xifóide). Pode-se sobrepor os polegares em lactentes 
muito pequenos. 
2 Circunde o tórax do lactente e dê suporte para as costas do lactente com os dedos de 
ambas as mãos. 
3 Com suas mãos circundando o tórax, utilize ambos os polegares para deprimir o 
esterno de em ⅓ da profundidade do tórax. Enquanto você empurra para baixo 
com seus polegares, comprima o tórax com os dedos (Figura 23). 
4 Após cada compressão, libere totalmente a pressão sobre o esterno e sobre o tórax, 
permitindo o retorno completo do tórax. 
5 Aplique compressões a uma freqüência de, no mínimo, 100 por minuto. 
6 Após 15 compressões, pause para o segundo socorrista abrir a via aérea e aplicar 
duas ventilações. Não aplicar compressões e ventilações simultaneamente. 
7 Continue as compressões e ventilações na proporção de 15:2, revezando as funções 
a cada 2 minutos ou 5 ciclos de compressão-ventilação. 
 
 
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Principais componentes de SBV para adultos, crianças e lactentes* 
Figura 23. 
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8 – Desobstrução das Vias Aéreas 
Desobstrução das Vias Aéreas em Vítimas de 1 ano ou Mais 
 
Reconhecendo a Obstrução das Vias Aéreas em 
Adultos e Crianças Responsivas 
 
A obstrução da via aérea pode facilmente ser confundida com outros eventos como 
desmaio, ataque cardíaco e convulsão. O observador treinado deve saber reconhecer 
precocemente a obstrução da via aérea, já que o socorro adequado é fundamental para 
o sucesso da evolução do quadro. 
 
Obstrução Leve da Via Aérea Obstrução Grave da Via Aérea 
Sinais 
1. Boa troca gasosa. 
2. Responsividade e possibilidade de 
tosse. 
3. Pode ter chiado no peito entre os 
acessos de tosse. 
Sinais 
1. Troca gasosa insuficiente ou ausente. 
2. Tosse fraca e ineficiente ou ausência total 
de tosse. 
3. Ruído agudo e alto à inalação ou ausência 
total de ruído. 
4. Aumento da dificuldade de respiração. 
5. Possível cianose. 
6. Incapacidade de falar. 
7. Agarra o pescoço com o polegar e os 
dedos, fazendo o sinal universal de asfixia 
(Figura 24). 
8. Incapacidade de movimentar o ar. 
Ações do Socorrista 
1. Encoraje a vítima a continuar 
tossindo espontaneamente e com 
os esforços de respiração. 
2. Não interfira com as tentativas da 
vítima de expelir o corpo estranho, 
mas fique ao seu lado e monitorize 
suas condições. 
3. Caso a obstrução leve da via aérea 
persista, acione o sistema de 
atendimento de emergência. 
Ações do Socorrista 
1. Pergunte à vítima se ela está engasgada. 
Se a vítima responder afirmativamente 
com a cabeça e não conseguir falar, 
existe uma obstrução da via aérea e você 
deve acionar o sistema de atendimento 
de emergência. 
 
 
 
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Desobstruindo as Vias aéreas em Adultos e Crianças Acima 1 ano 
 
Manobra de Heimlich 
Composta por compressões abdominais. Aplique cada compressão individual com a intenção de 
aliviar a obstrução. Pode ser preciso repetir a compressão várias vezes para eliminar a 
obstrução da via aérea. As compressões abdominais podem causar complicações, como 
lesões de órgãos internos. Uma vítima que tenha recebido compressões abdominais deve ser 
examinada por um médico para exclusão de quaisquer complicações potencialmente fatais. 
 
Vítima De pé ou Sentada 
Passo Ação 
1 Fique de pé ou ajoelhado atrás da vítima e circunde seus braços ao redor da cintura 
da vítima (figura 25). 
2 Feche o punho de uma mão. 
3 Posicione o punho, com o polegar voltado contra o abdome da vítima, na linha 
média, levemente acima do umbigo e bem abaixo do osso esterno. 
4 Agarre seu punho com a outra mão e pressione o punho contra o abdome da vítima, 
aplicando uma compressão rápida para cima. 
5 Repita as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea ou a vítima torne-
se não responsiva. 
6 Aplique cada nova compressão com um movimento separado e distinto, procurando 
aliviar a obstrução. 
 
Importante: Considerações importantes a respeito da manobra de Heimlich: 
1. Se a vítima estiver grávida ou for obesa, aplique compressões torácicas ao invés das 
abdominais (Figura 26). 
2. As compressões abdominais podem causar complicações, como lesão de órgãos internos. 
3. Uma vítima que tenha recebido compressões abdominais deve ser examinada por 
profissionais de saúde para exclusão de quaisquer complicações potencialmente fatais. 
4. Se você encontrar a vítima engasgada responsiva, mas deitada, aplique as compressões 
abdominais com a vítima nessa posição. 
Figura 24. 
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30 
 
 
5. As vítimas de obstrução das vias aéreas podem inicialmente estar responsivas e depois se 
tornarem não responsivas. Nesse caso: 
5.1 Acione o sistema de atendimento de emergência. 
5.2 Abra a via aérea. 
5.3 Remova a obstrução, se puder visualizá-la. 
5.4 Comece a RCP. 
6. Se você estiver sozinho com uma criança vítima de obstrução da via aérea, que se torna não 
responsiva: 
6.1 Abra a via aérea. 
6.2 Remova a obstrução, se puder localizá-la. 
6.3 Comece a RCP. 
6.4 Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, acione o sistema de atendimento de emergência , 
se ainda não o tiver feito. 
7. Cada vez que você abrir a via aérea de uma vítima adulta ou criança para aplicar ventilações, 
abra bem à boca da vítima e procure o corpo estranho (Figura 27). Caso consiga visualizá-lo, 
remova-o com seus dedos. Se não puder vê-lo, continue a RCP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25. Figura 26. 
 
Figura 27. 
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31 
 
 
Seqüência de Ações Após a Desobstrução das Vias Aéreas 
Você saberá que removeu a obstrução da via aérea, em uma vítima não responsiva, se: 
1. Sentir a movimentação de ar e observar a elevação do tórax quando aplica as ventilações. 
2. Visualizar e remover um corpo estranho da faringe da vítima. 
 Após a desobstrução você deve seguir os seguintes passos: 
1. Aplique 2 ventilações 
2. Cheque se a vítima tem pulso: 
2.1 Sem pulso e não respirando: Aplicar as compressões torácicas e fixar as pás do DEA. 
2.2 Com pulso e não respirando: Continuar a ventilação de resgate e checar o pulso a 
cada 2 minutos. 
2.3 Com pulso e respirando: Posicionar a vítima na posição de recuperação (mais adiante 
neste manual) e observar suas condições até a chegada da equipe do SME. 
3. Caso você consiga desobstruir as vias aéreas com a aplicação de compressões abdominais, 
recomende à vítima que procure assistência médica imediatamente para uma avaliação. 
Desobstrução das Vias Aéreas em Lactentes 
Reconhecendo a Obstrução das Vias Aéreas em Lactentes Responsivos 
Obstrução Leve da Via Aérea Obstrução Grave da Via Aérea 
Sinais 
1. Boa troca gasosa. 
2. Responsividade e possibilidade 
de tosse vigorosa. 
3. Pode ter chiado no peito entre os 
acessos de tosse. 
Sinais 
1. Troca gasosa insuficiente ou ausente. 
2. Tosse fraca e ineficiente ou ausência total 
de tosse. 
3. Ruído agudo e alto à inalação ou ausência 
total de ruídos. 
4. Aumento da dificuldade de respiração. 
5. Possível cianose (pele azulada). 
6. Incapacidade de falar. 
7. Incapacidade de chorar. 
8. Incapacidade de movimentar o ar. 
Ações do Socorrista 
4. Não interfira com as tentativas 
da vítima de expelir o corpo 
estranho, mas fique ao seu lado e 
monitorize suas condições. 
5. Caso a obstrução leve da via 
aérea persista, acione o sistema 
de atendimento de emergência. 
Ações do Socorrista 
1. Se a vítima não conseguir produzir sons ou 
respirar, existe uma obstrução da via aérea 
e você deve acionar o sistema de 
atendimento de emergência. 
 
 
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Desobstruindo as Vias Aéreas em Lactentes Responsivos 
A eliminação de uma obstrução da via aérea de um lactente requer uma combinação de tapas nas 
costas e compressões torácicas. Nunca realize varredura digital às cegas em lactente, crianças 
e adultos, pois o corpo estranho pode ser empurrado para dentro das vias aéreas e agravar a 
obstrução ou provocar ferimentos. Siga os passos abaixo: 
Passo Ação 
1 Ajoelhe-se c ou sente-se com o lactente no seu colo. 
2 Se for fácil, descubra o tórax do lactente. 
3 Segure o lactente em pronação (de barriga para baixo) com a cabeça levemente mais 
baixa que o tórax, apoiada no seu antebraço. Apoie a cabeça e a mandíbula do 
lactente em sua mão. Tome cuidado para não comprimir os tecidos moles do 
pescoço do lactente. Apóie seu antebraço sobre sua coxa ou colo, para dar suporte 
ao lactente. 
4 Aplique 5 golpes, no centro das costas (Figura 28A), entre as escápulas do lactente, com 
o calcanhar da mão. Aplique cada golpe com força suficiente para tentar deslocar o 
corpo estranho. 
5 Após aplicar 5 golpes nas costas, posicione a outra mão nas costas do lactente e apóie 
a região posterior de sua cabeça com a palma de sua mão. O lactente ficará 
adequadamente posicionado entre seus dois antebraços, com a palma de uma mão 
dando suporte à face e à mandíbula, enquanto a palma da outra mão apóia a parte 
posterior da cabeça do lactente. 
6 Gire o lactente, enquanto apóia cuidadosamente sua cabeça e pescoço. Segure-o de 
costas. Repouse seu antebraço sobre sua coxa e mantenha a cabeça do lactente 
mais baixa que o corpo. 
7 Aplique 5 compressões torácicas rápidas, para baixo (Figura 28B) no mesmo local em 
que aplica as compressões torácicas de RCP, ou seja, imediatamente abaixo da linha 
dos mamilos. Aplique as compressões torácicas na frequência de 1 por segundo, 
cada uma com o intuito de provocar uma “tosse artificial” capaz de deslocar o corpo 
estranho. 
8 Alterne a sequência de 5 golpes nas costas e 5 compressões torácicas, até que o objeto 
seja removido ou o lactente torne-se não responsivo. 
 
 
Figura 28. 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Suporte Básico de Vida 
2011 
 
 
 
33 
 
 
Desobstruindo as Vias aéreas em Lactentes Não Responsivos 
Caso a vítima lactente torne-se não responsiva, pare de aplicar golpes nas costas e comece a RCP. 
Para desobstruir as vias aéreas em lactentes não responsivos, siga os passos abaixo: 
Passo Ação 
1 Coloque o lactente sobre uma superfície firme e plana. 
2 Abra a via aérea do lactente e procure o corpo estranho na faringe. 
3 Se a causa da obstrução estiver visível, remova-a. Não realize uma varredura digital 
às cegas. 
4 Inicie a RCP com um passo extra: cada vez que você abrir a via aérea, procure o 
corpo estranho na região posterior da faringe. 
5 Após aproximadamente 5 ciclos (cerca de 2 minutos) de RCP, acione o serviço de 
atendimento de emergência. 
 
Posição de recuperação 
Use a posição de recuperação para o manejo de vítimas não responsivas que tenham respiração 
espontânea adequada (Figura 29). Quando uma vítima não responsiva respira 
espontaneamente, sua língua, muco ou vômitos podem bloquear as vias aéreas. 
Posicionando a vítima de lado, o fluido poderá drenar facilmente pela boca da vítima, 
evitando esses problemas. Mesmo assim você deve monitorar atentamente seu pulso e 
respiração na posição de recuperação. 
Caso haja trauma ou suspeita de trauma, movimente a vítima somente se não puder manter a via 
aérea aberta, se o local não for seguro ou se não conseguir realizar RCP na vítima. Nesse caso 
você precisará proteger a coluna da vítima para girar seu corpo. 
A posição de recuperação não é recomendada para lactentes e crianças pequenas, pois ela pode 
bloquear a via aérea, se a cabeça não estiver com um apoio adequado. 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
2006 American Heart Association, SBV para Profissionais de Saúde. Edição em Português. 
Produção Editorial: Prous Science, São Paulo, Brasil. Depósito Legal:B-06. ISBN: 0-87493-511-
3. 
2010 American Heart Association, Destaques das diretrizes da American Heart Association 2010 
para RCP e ACE. Disponível em www.heart.org/cpr. Acesso em: 03 mar. 2011. 
 
 
Figura 29.

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