Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 6 Prof.ª: Clelia Rocha Picinin Botânica aplicada a farmácia “Caule: Morfologia externa e estrutura primária” Contagem 2015 Origem: Gêmula ou Plúmula. Caule: origem 2 Origem do caule • Desenvolvimento do embrião contido nas sementes • Embrião: radícula, caulículo, cotilédones e gêmula • Hipocótilo- entre os cotilédones e a radícula das dicotiledôneas • Início do desenvolvimento ocorre na região do hipocótilo- sendo a 1ª região do caule 3 Hipocótilo 4 Caule • Órgão da planta que fornece o suporte mecânico para folhas, flores e frutos, e também é responsável pela disposição destas partes na planta. • As folhas ficam em posição adequada à recepção de luz e ar • As flores em posição que facilite a polinização e depois a dispersão das sementes • Condução de água e sais minerais das raízes para a copa; • Condução dos açúcares, aminoácidos, hormônios e outros metabólitos aí produzidos para as demais partes da planta; • Armazenamento de reservas nutritivas; • Participar na propagação vegetativa da planta • Reprodução assexuada 5 Caule Nas plantas superiores observam-se os Fitômeros, formados por nós, entrenós, folhas e gemas axilares. No ápice dos caules localiza-se o meristema apical do caule. 6 Caule • Caule é o órgão vegetal portador de folhas e de suas possíveis modificações, inclusive de estruturas reprodutivas, estabelecendo ligação entre essas partes e as raízes • Sistema de tubos para manter essa ligação • Na maioria dos vegetais é inteiramente aéreo, existindo, entretanto, caules subterrâneos e caules aquáticos • Zona de união com a raiz = colo, coleto ou nó vital 7 Função • A função fundamental é conduzir nutrientes e suportar as folhas, as flores e os frutos. • Também pode exercer outras funções secundárias como: • reserva de nutrientes e de água, • propagação vegetativa, • síntese de substâncias, • resistência contra baixas temperaturas Condução de água e sais minerais das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes. 8 Condução 9 Caule • Caules jovens: • Têm células clorofiladas • Revestidos por uma epiderme unestratificada, isto é, formada por uma única camada (estrato) de células. • Plantas que apresentam pequeno crescimento em espessura, como as gramíneas, por exemplo, também apresentam caules revestidos pela epiderme e esta pode ainda apresentar sobre si, externamente, uma cutícula protetora. • Plantas que crescem muito em espessura: • Transformam-se em arbustos ou árvores, a epiderme é substituída por um revestimento complexo, formado por vários tecidos. • O tecido mais externo é formado por células mortas, que conferem o aspecto áspero e opaco aos troncos das árvores. • Esse revestimento multi-tecidual, denominado periderme, acompanha o crescimento em espessura dos troncos. 10 Caules • Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente. • Caules subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou botões vegetativos, a partir dos quais podem se desenvolver ramos e folhas. 11 Caule novo • É verde • Possui clorofila • Produz material orgânico: principalmente carboidratos • À medida que envelhece, a coloração torna-se acinzentada ou parda 12 Morfologia externa do caule • Caracterizados pela presença das seguintes estruturas: Gemas Nós Entrenós Folhas 13 Gemas • Gemas caulinares • formadas por grupos de células meristemáticas, capazes de se multiplicar ativamente por mitose. • Um conjunto de células meristemáticas forma um meristema, motivo pela qual as gemas caulinares também são chamadas meristemas caulinares. • No ápice do caule (e de cada ramo) existe sempre uma gema (ou meristema) apical • permite o crescimento em extensão graças à multiplicação das células meristemáticas. • à medida que o caule cresce diferenciam-se lateralmente, regiões onde surgem folhas e gemas axilares (ou laterais). • As regiões onde se inserem as folhas e as gemas são denominadas nós e os espaços entre os nós são chamados entrenós. • As gemas axilares: • são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre a folha e o ramo, que os botânicos denominaram “axila” foliar. • permanecem inativas durante certo período, denominado dormência após o qual podem entrar em atividade, originando ramos laterais. 14 Morfologia externa do caule • NÓS • São regiões do caule onde ocorre a inserção das folhas • Ocorrem as gemas axilares • ENTRE- NÓS • Regiões localizadas entre dois nós consecutivos • FOLHAS • Expansões laterais do caule, não ocorrem em raízes 15 16 Caule Feixes vasculares (xilema e floema) xilema floema Feixes vasculares Monocotiledônea Dicotiledônea 17 Caule das dicotiledôneas Crescimento em extensão Diferenciação celular 18 Caule das monocotiledôneas 19 Caule Arbóreo 20 Classificação dos caules • Forma: • Caules cilíndricos • Caules prismáticos • Porte: • Herbáceo • Arbustivo • Arbóreo • Ambiente: • Aéreos • Rastejantes • Aquáticos • Função: • Assimilição • Reprodução • Reserva 21 Classificação quanto à forma Prismáticos Cordão de Frade Leonotis nepetifolia 22 Classificação quanto à forma Cilíndricos Stylosanthes sp 23 Classificação quanto ao porte • Herbáceo • Arbustivo ou sublenhoso • Arbóreo ou lenhoso 24 Caule herbáceo • Caule contendo pouco material lignificado • Geralmente de coloração esverdeada • Geralmente dotado de flexibilidade • Cordão-de-Frade • Leonotis nepaetifolium 25 Caule arbustivo ou sublenhoso • Caules lenhosos e ramificados • Frequentemente divididos desde a base • Planta não ultrapassa 3 metros de altura • Café • Coffea arabica 26 Caule Arbóreo ou lenhoso • Caules geralmente bastante lignificados • Alcançam dimensões consideráveis e muitos metros de altura • A parte basal é geralmente unificada e os galhos de dividem na parte superior • Ipê-roxo • Tabebuia avellanedae 27 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos 28 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Coqueiro Cocos nucifera 29 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Maracujazeiro Passiflora alata 30 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Morango Fragaria vesca 31 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo• Caules aquáticos Gengibre Zingiber officinalis 32 Rizomas 33 Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns rizomas ocorre acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. Rizomas podem ser distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais. O gengibre, usado como tempero na cozinha oriental, é um caule tipo rizoma. Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por folhas. Um única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um cacho com várias pencas de bananas. A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos alimentos mais consumidos no mundo. Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Batata Solanum tuberosum 34 Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Alho Allium sativum 35 Bulbos 36 • Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os bulbos costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio. O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é pouco desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem as raízes. O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio. No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma casca. Bulbos cheios estão presentes na palma. Classificação quanto ao ambiente • Caules aéreos • Eretos • Trepadores • Rastejantes • Caules subterrâneos • Rizoma • Tubérculo • Bulbo • Caules aquáticos Ninféia Ninfeia sp. 37 Tipos • Haste 38 Tronco Caules robustos, desenvolvidos na parte inferior e ramificados no ápice. São encontrados na maioria das árvores e arbustos do grupo das dicotiledôneas. 39 Estirpes Caules geralmente não ramificados, que apresentam em seu ápice um tufo de folhas. São típicos das palmeiras. 40 Colmo Caules não-ramificados que se distinguem dos estipes por apresentarem, em toda a sua extensão, divisão nítida em gomos. Os gomos dos colmos podem ser ocos como no bambu, ou cheios como no milho ou na cana-de-açúcar. 41 Caules trepadores Presentes em plantas trepadeiras e crescem enrolados sobre diversos tipos de suporte. Esse tipo de caule representa uma adaptação à obtenção de locais mais iluminados, em que há mais luz para a fotossíntese. 42 Estolão Tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo gemas de espaço em espaço. Essas gema podem formar raízes e folhas e originar novas plantas. 43 Caules com importância farmacêutica • Cavalinha ( Equisetum arvense) • Adstringente, diurético, cicatrizante, anti-inflamatório • Carqueja amarga (Baccharis trimera) • Tônico, amargo, diurético • Gengibre (Zingiber officinale) • Estimulante, digestivo, carminativo • Cipó cravo ( Tynnanthus fasciculatus Miers) • Tônico estomacal, carminativo, aromático usado como corretivo de sabor • Curcuma ( Curcuma longa L.) • Tônico, aromático e estimulante das funções digestivas • Sapé ( Imperata exaltata Brogniart) • Diurético e emoliente 44 45 Cavalinha ( Equisetum arvense) Carqueja amarga (Baccharis trimera) Gengibre (Zingiber officinale) Cipó cravo ( Tynnanthus fasciculatus Miers) Curcuma ( Curcuma longa L.) Sapé ( Imperata exaltata Brogniart) Referências bibliograficas • Oliveira, Fernando de – Fundamentos de farmacobotânica e Morfologia vegetal. 3ª edição. Editora Atheneu. São Paulo. SP. 2009. • http://accbarroso60.wordpress.com/2011/03/02/botanica- plantas/ • http://www.fapi.br/conteudo/conteudo_programatico/farmac ia/cpsp-caules_ESP_lyncon.pdf • http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA5UMAE/2008- caule 46
Compartilhar