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* Estratégias de Entrada e Operações em Mercados Internacionais Angela da Rocha Victor Almeida * * CLASSIFICAÇÃO DOS MODOS DE ENTRADA * * Exportação * Entrada Contratual * Entrada por Investimento * * * Comércio Internacional (MARIOTTO, 2007) Analisar as teorias de comércio exterior mais relevantes para a estratégia internacional da empresa e as implicações dessas teorias para o comportamento da empresa. * Teorias Tradicionais do Comércio Internacional Mercantilismo Princípio da Vantagem Absoluta Teoria da Vantagem Comparativa * Mercantilismo Doutrina fortemente nacionalista Aquisição e acumulação de riqueza, especialmente na forma de ouro, como um objetivo nacional. Saldo exportador positivo da nação no comércio com outras nações. * Mercantilismo Pico nos séculos XVI e XVII Perde importância para teorias mais sofisticadas, que defendiam o livre comércio entre as nações. * Princípio das Vantagens Absolutas Smith (1776) enfatizou a importância da divisão do trabalho e especialização como fonte do aumento da produtividade. Especialização reduzia os custos de produção e aumentava o volume produzido. * Princípio das Vantagens Absolutas Cada país deveria especializar-se na produção de bens e serviços para a qual ele fosse mais eficiente ou bem dotado. O mercado deveria ser grande, daí a ênfase na troca com outros países. * Princípio das Vantagens Absolutas PAÍS I 10 unidades de trabalho→ 1 unidade bem A 20 unidades de trabalho →1 unidade bem B PAÍS II 20 unidades de trabalho→ 1 unidade bem A 10 unidades de trabalho →1 unidade bem B * Princípio das Vantagens Absolutas 1 unidade do bem A → 1 unidade do bem B País I- 10 unidades de trabalho → B País II- 10 unidades de trabalho → A * Teoria das Vantagens Comparativas O que aconteceria se um país fosse mais produtivo do que outro em todas as linhas de produto? * Teoria das Vantagens Comparativas Cada país deve concentrar-se na produção daqueles produtos em que, com relação ao outro país, sua inferioridade produtiva seja relativamente menor ou sua superioridade produtiva seja relativamente maior. Cada país deixa de usar seus recursos em atividades nas quais é menos produtivo para usá-los em atividades em que é mais produtivo. (RICARDO, 1817) * Teoria das Vantagens Comparativas PORTUGAL 80 unidades de trabalho→ 1 unidade vinho 90 unidades de trabalho →1 unidade tecido INGLATERRA 120 unidades de trabalho→ 1 unidade vinho 100 unidades de trabalho →1 unidade tecido * Teoria das Vantagens Comparativas PORTUGAL: Vinho:80/120 x100=67% do esforço inglês Tecido: 90/100 x100=90% do esforço inglês INGLATERRA Vinho: 120/80 x100= 150% do esforço português Tecido: 100/90 x100=111% do esforço português * Teoria das Vantagens Comparativas O modelo tem sido usado para refutar a ideia de que países com baixa produtividade estão automaticamente excluídos do mercado internacional ou ficam em desvantagem se realizarem trocas com países de produtividade mais alta. A especialização e o livre-comércio entre as nações geram uma renda real mais alta para todos os participantes. * Pressupostos do Modelo Pressuposto dos rendimentos constantes, independentes de escala. Pressuposto da competição perfeita Mudanças nos pressupostos do modelo de Ricardo podem enfraquecer a defesa do livre-comércio? * Pressuposto dos Rendimentos Constantes No mundo real, os rendimentos podem ser tanto decrescentes quanto crescentes. A presença de rendimentos decrescentes enfraquece os benefícios da especialização enquanto que a de rendimento crescentes reforça, levando à concentração geográfica da produção de cada bem.. * Pressuposto da Competição Perfeita Os oligopólios possuem poder de mercado que lhes permite estabelecer preços. * A “Nova Teoria do Comércio Internacional” A presença de firmas oligopolistas, tanto quanto a presença de retornos crescentes é suficiente para justificar o comércio internacional, contestando a visão tradicional de que o comércio internacional sempre deriva da exploração de vantagens comparativas. * Interferência dos Governos Teorias tradicionais não levam em consideração as consequências do livre-comércio para a taxa de acumulação e para o progresso tecnológico de cada nação. * Teorias do Comércio Exterior e Estratégia das Empresas As teorias de comércio exterior foram formuladas tendo o bem-estar social das nações envolvidas como critério de avaliação. As empresas buscam estratégias que lhes gerem lucros privados, mesmo que prejudiciais ao país. * Implicações das Teorias do Comércio Exterior Localização da produção. Vantagem do pioneiro. Posição da empresa diante das políticas governamentais de comércio. * Localização da Produção -Levar em conta vantagem comparativa de cada local cogitado. -Explodir o seu “produto” (bem ou serviço) em seus componentes e localizar a produção de cada componente no país que oferece mais vantagens para a produção. * Vantagem do Pioneiro A empresa que sai na frente pode dominar a produção mundial em ramos de produtos novos com retornos crescentes e onde a demanda mundial é relativamente pequena. * Posição diante das Políticas Governamentais Influência direta (lobbying) Influência indireta (adesão às políticas) * Exportação:Produtos finais ou intermediários de uma empresa são fabricados fora do país de destino e subsequentemente transferidos para eles. Entrada Contratual:Associação não- patrimonial que envolve transferência de tecnologia ou capacitação da empresa para aquele país (transferência de conhecimentos e competências) Entrada por investimento-Envolve a propriedade, por uma firma internacional, de plantas industriais ou outras unidades de produção no país estrangeiro. * * Exportação Cooperativa: Acordos com um parceiro; formação de cooperativas e consórcios Exportação casada: a firma exportadora utiliza a rede de distribuição já existente de outra empresa para vender seus produtos no mercado de destino. Consórcios: grupos de empresas, geralmente com linha de produtos complementares ou não-competitivas, que se associam com vistas a desenvolver um conjunto de atividades no exterior. Benefícios: compartilhamento de recursos e riscos * Licenciamento: Baixo envolvimento e baixo nível de controle. Permite à licenciadora contornar barreiras às importações ou obter acesso a mercados fechados a elas. Receitas pequenas em relação a outros modos de entrada. Baixo comprometimento da licenciada com a marca, produto ou tecnologia da licenciadora. Perda de controle da empresa licenciadora sobre os ativos intangíveis que foram objeto de negociação. Ex: Komatsu, Metal Leve Franquia: Receitas pequenas em relação a outros modos de entrada. Dificuldade de ter controle sobre operação do franqueado. Questões culturais, dada a natureza intangível da franquia. * Aquisição (negócio já existente) Greenfield (investimento totalmente novo) Sole ventures (propriedade e controle integrais da matriz) Joint ventures (propriedade e controle compartilhados pela matriz e um ou mais parceiros locais) Sole venture: afiliada cujo controle acionário está totalmente nas mãos de uma empresa estrangeira que tem matriz sediada em seu país de origem Joint venture: entidade legal independente da qual participam uma ou mais firmas, de forma que a matriz de pelo menos uma delas está sediada em país distinto daquele onde se realizam as operações. * As aquisições tendem a operar com maior independência da matriz , menor nível de controle e menor número de expatriados. * Em comparação às opções de menor comprometimento de recursos , a joint venture oferece maior potencial de retorno e maior controle sobre as operações. Riscos envolvidos: perda de controle, conflito de interesses, criação de um novo concorrente, impacto negativo sobre a marca da empresa e a perda de know-how e tecnologia. Empresas brasileiras demonstram preferência por maior controle integral. * * *
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