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1 FACULDADE ESTÁCIO DE SÃO LUIS Karla Danyelle Boás Guterres SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL Uma Visão Jurídica e Psicológica SÃO LUIS 2017 2 FACULDADE ESTÁCIO DE SÃO LUIS Karla Danyelle Boás Guterres SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL Uma Visão Jurídica e Psicológica Trabalho Científico apresentado à Faculdade Estácio de São Luís, como requisito final para obtenção de Diploma de Graduação em Direito. Professora: Prof. Dra. Stella Luiza Moura Aranha Carneiro SÃO LUIS 2017 3 RESUMO O presente trabalho faz uma análise acerca das consequências da Síndrome da Alienação Parental, trazendo seu conceito, sua identificação, suas consequências e sua diferenciação da Alienação Parental, evidenciando as marcas que a síndrome poderá gerar na vida, tanto para os genitores como para a criança e o adolescente. O principal objetivo para o desenvolvimento deste trabalho foi verificar a importância do estudo da Síndrome da Alienação Parental, deixando evidente as consequências causadas em suas vítimas. Trazendo a importância da tipificação da Síndrome da Alienação Parental no ordenamento jurídico, visando demonstrar que a atuação do juiz, amparado por especialistas em outras áreas do conhecimento, sempre buscando o melhor interesse e a proteção da criança e do adolescente através da conservação e respeito à convivência familiar. Para tanto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em livros e em leis especiais que amparam o direito da família, mostrando, também, a importância da análise do assunto, para que possam impedir o avanço do problema e assim garantir um ambiente saudável para o indivíduo alienado, preservando a formação de sua personalidade. Palavras-Chave: Síndrome de Alienação Parental. Alienação Parental.SAP. Tipificação. 4 SUMÁRIO 1 Introdução. 2 A influência da família no desenvolvimento psicológico da criança e do adolescente. 3 Diferença entre síndrome da alienação parental e alienação parental. 4 Consequências psicológicas da síndrome da alienação parental. 5 Separação judicial e guarda dos filhos. 6 Amparo jurisdicional. 7 Considerações Finais. 8 Referências bibliográficas 5 1 INTRODUÇÃO Pretende-se com este trabalho, oferecer uma abordagem sobre os efeitos da síndrome de alienação parental na esfera jurídica. No primeiro momento se analisará a influência da família no desenvolvimento psicológico da criança e do adolescente. Após essa análise, serão verificados os conceitos para esclarecer a diferença entre síndrome da alienação parental e alienação parental. Em seguida as consequências psicológicas, abordando as formas de manipulação para prejudicar o genitor alienado, deixando a criança ou adolescente confuso quanto ao que é real ou falso ocasionando uma “lavagem cerebral” no menor que na maioria das vezes não consegue discernir se está sendo manipulado. Depois se faz uma breve análise da separação judicial e guarda dos filhos, visando que o poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no qual se ampara o dever de assistência, sustento e direção na criação da personalidade da criança, não se extinguindo com a separação, divórcio ou fim da união estável. Por fim, será abordada a questão envolvendo o poder judiciário e o que ocorre na prática, tanto por juízes, advogados, peritos e assistentes sociais, quanto pelos pais e crianças e seus comportamentos quando se deparam no problema. Portanto, este trabalho tem como objetivo esclarecer sobre a síndrome de alienação parental, suas sequelas, características e condutas do alienador e de quem é alienado, com base nisso os métodos de pesquisa para alcançar esses objetivos com satisfação, serão utilizados livros de doutrina, artigos, a legislação relacionada com o caso, principalmente a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010 que dispõe sobre a Alienação Parental, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como decisões jurisprudenciais. 6 2 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE A família desempenha um papel de extrema importância na construção psicológica da criança e do adolescente, os primeiros anos da vida da criança são essenciais para seu desenvolvimento emocional, uma vez que é no seio familiar que se constroem pessoas adultas capazes de lidar com situações inesperadas e assumir responsabilidades. Segundo Figueiredo e Alexandridis (2011), a família é a base para nossa sociedade, portanto, o presente instituto tem a proteção do Estado, para que assim, seja garantido alicerce familiar e seu devido equilíbrio, aqui estando seu reconhecimento, manutenção, desenvolvimento e dissolução, no âmbito do Poder Judiciário. A família é responsável pela formação do processo de adequação das crianças para a vida em sociedade. A atual estrutura familiar é diversificada, sendo constituída por união homoafetiva, pais separados com outro cônjuge, ou mesmo solteiros, além de famílias formadas por laços afetivos. Assim, uma boa educação em casa garante uma estrutura mais sólida e segura no contato com as dificuldades culturais e sociais. A omissão familiar provoca vários transtornos na formação do indivíduo, alimentando valores individualistas, no qual podem levar os mais jovens ao mundo do vício e das futilidades, tornando-se adultos com dificuldades de enfrentar as situações cotidianas de forma segura e confiante. É dever dos genitores educar e criar os filhos com a devida atenção para a formação de sua personalidade. Para Chalita (2001), [...] a família tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais. Os filhos se espelhando nos pais e os pais desenvolvendo a cumplicidade com os filhos. [...] A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidades da família. É essa a célula mãe da sociedade, em que os conflitos necessários não destroem o ambiente saudável. (CHALITA, 2001, p. 20) Contudo, independente das formações familiares, o meio em que o menor é criado poderá causar grande impacto em seu desenvolvimento devido a realidade encontrada na sociedade. Assim, para Maria Berenice Dias, 7 O desenvolvimento da sociedade e as novas concepções de família emprestaram visibilidade ao afeto, quer na identificação dos vínculos familiares, quer para definir os elos de parentalidade. Passou-se a desprezar a verdade real quando se sobrepõe um vínculo de afetividade. (DIAS, 2006, p. 319). As relações afetivas, principalmente as que ocorrem através da família, são relevantes também para o Direito considerando que são essas relações que fundamentam as ações e decisões feitas pelos indivíduos em sociedade. Funda-se em elementos princípios de direito natural, na necessidade de cultivar o afeto, de firmar os vínculos familiares à subsistência real, efetiva e eficaz. (GRISARD FILHO, 2000, apud DIAS, 2006). Segundo Valle (2005), a relações afetivas são geralmente utilizadas para exprimir os elementos da afetividade, incluindo as nuances do desejo, do prazer e da dor, contidos na experiência sob a forma de sentimentosvitais, humor e emoções. Essa influência, contudo, varia de acordo com a cultura proveniente do local bem como com as relações históricas existentes e com a economia que a rodeia. Portanto, atualmente,as formações familiares geram grande influência no caráter e nas relações afetivas entre as pessoas. Um bom convívio familiar assegura diversos estilos de aprendizagem que moldam a personalidade das pessoas, assim, garantindo o futuro e o bem estar de todos que a compõe. 3 DIFERENÇA ENTRE SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E ALIENAÇÃO PARENTAL A síndrome da alienação parental e a alienação parental são conceitos conectados, todavia, não se confundem. Segundo Xaxá (2008, p. 19), a Alienação Parental (AP) pode ser conceituada como: Alienação Parental é a desconstituição da figura parental de um dos genitores ante a criança. É uma campanha de desmoralização, de marginalização desse genitor. Manipulada com o intuito de transformar esse genitor num estranho, a criança então é motivada a afastá-lo do seu 8 convívio. Esse processo é praticado dolosamente ou não por um agente externo, um terceiro e, não está restrito ao guardião da criança. Há casos em que a Alienação Parental é promovida pelos Avós, por exemplo, sendo perfeitamente possível que qualquer pessoa com relação parental com a criança ou não, afomente. Contudo, a síndrome da alienação parental é uma consequência da alienação parental. Sobre isso, Pinho(s.d.)apud Gomes, 2014, p. 114, afirma que: [...] a Síndrome da Alienação Parental não se confunde com Alienação Parental, pois que aquela geralmente decorre desta, ou seja, enquanto a AP se liga ao afastamento do filho de um pai através de manobras da titular da guarda, a Síndrome, por seu turno, diz respeito às questões emocionais, aos danos e sequelas que a criança e o adolescente vêm a padecer. Ademais, segundo Richard Gardner, a Síndrome da Alienação Parental (SAP) pode ser conceituada como: (...) um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável. (GARDNER, 1985, p.2). No caso da AP, o genitor faz uso de manobras para afastar o filho do outro genitor, assim, implantando falsas memórias com o intuito de apagar a imagem desse genitor da vida da criança ou de afastá-la do seu convívio. Portanto, a síndrome da alienação parental caracteriza-se por sequelas e sintomas emocionais ocasionadas pela alienação que se instauram sobre a criança, retratando-se emocionalmente a partir de condutas e comportamentos. 4 CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL A Síndrome de Alienação Parental é uma forma de manipulação para 9 prejudicar o genitor alienado, deixando a criança ou adolescente confuso quanto ao que é real ou falso, ocasionando uma “lavagem cerebral” no menor que na maioria das vezes não consegue discernir se está sendo manipulado. Nesse mesmo sentido, Maria Berenice Dias ressalta: Neste jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de ter havido abuso sexual. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir o que lhe é afirmado como tendo realmente ocorrido. A criança nem sempre consegue discernir que está sendo manipulado e acredita naquilo que lhe foi dito de forma insistente e repetida. Com o tempo, nem a mãe consegue distinguir a diferença entre verdade e mentira. A sua verdade passa a ser verdade para o filho, que vive com falsas personagens de uma falsa existência, implantando-se, assim, falsas memórias (DIAS, 2010, p.17). De acordo com Alessandra Noremberg, as frases que comumente aparecem na linguagem do menor são: “meu pai me disse que minha mãe não sabe de nada, só ele sabe o certo”, “minha mãe disse que meu pai não gosta de mim” entre tantas outras. Estes são os primeiros aspectos a serem observados (NOREMBERG, 2013, texto digital). Ademais, Antônio Gabriel Araújo Pimentel de Medeiros, alerta que: Segundo a psicanálise, uma mãe que pratica a alienação parental pode ter sérios riscos de instaurar em seu filho um grau elevado do complexo de Édipo, fazendo uma transferência do objeto fálico, de seu marido para o seu filho. Tem dificuldade de lidar com a sexualidade do filho aquele pai ou mãe que não conhece e não lida bem com sua própria sexualidade. Um fator importante é a idade da criança. Um bebê privado da mãe sofrerá consequências psíquicas mais sérias do que se, neste mesmo período, perdesse a convivência com seu pai. É importante ressaltar que a perda de um dos genitores sempre influencia o outro cônjuge e, portanto, a criança, já que ainda se encontra em processo de formação de sua subjetividade (MEDEIROS, 2013, texto digital). Nesta seara, "a Síndrome de Alienação Parental produz diversas consequências nefastas, tanto em relação ao cônjuge alienado como para o próprio alienador, mas os efeitos mais dramáticos recaem sobre os filhos" (VIEIRA, 2014, texto digital). As consequências psicológicas da alienação são tão prejudiciais e danosas quanto as derivadas de violência física. Os abusos psicológicos são de difícil percepção, pois não deixam marcas visíveis no corpo,causandona vítima danos impossíveis de serem calculados. 10 Entre as sequelas, pode-se destacar algumas que acontecem com mais frequência e são mais graves, como por exemplo, a depressão crônica, incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla ou múltipla personalidade, e, em casos extremos, pode levar até ao suicídio. Assim, "a alienação pode persistir por anos, gerando severas sequelas de ordem psíquica e comportamental, geralmente ocorre a reparação quando o filho torna-se consciente, após certo desligamento desse pai guardião" (VIEIRA; BOTTA, 2013, texto digital). Nas palavras de Ana Carolina Carpes Madaleno: Na área psicológica, também são afetados o desenvolvimento e a noção do autoconceito e autoestima, carências que podem desencadear depressão crônica, desespero, transtorno de identidade, incapacidade de adaptação, consumo de álcool e drogas e, em casos extremos, podem levar até mesmo suicídio. A criança afetada aprende a manipular e utilizar a adesão a determinadas pessoas como forma de ser valorizada, tem também uma tendência muito forte a repetir a mesma estratégia com as pessoas de suas posteriores relações, além de ser propenso a desenvolver desvios de conduta, como a personalidade antissocial, fruto de um comportamento com baixa capacidade de suportar frustrações e de controlar seus impulsos, somado, ainda, a agressividade como único meio de resolver conflitos[...] (MADALENO, 2014, p. 54). Portanto, a alienação se não for interrompida pode causar na criança a SAP, gerando inúmeras sequelas psicológicas e comportamentais sérias, como as abordadas acima. 5 SEPARAÇÃO JUDICIAL E GUARDA DOS FILHOS Segundo Noremberg (2013, texto digital), o termo Alienação Parental começoua aparecer entre as ações judiciais a partir dos anos 80, pois a separação dos casais trouxe consigo a disputa pelos filhos. Esta disputa causa sérios transtornos para a criança, visto que é na fase da formação destes que repercute os efeitos da alienação parental como um processo destrutivo da formação emocional da criança, pois os problemas começam a surgir em todos os ambientes em que ela convive. 11 O poder familiar é intransferível, inalienável, irrenunciável, imprescritível e personalíssimo, enquanto os filhos forem menores de idade, não atingindo acapacidade civil plena, é obrigação dos pais, sob o amparo do art. 1.634 do Código Civil (2002), os seguintes termos: Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: I - dirigir-lhes a criação e a educação; II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município; VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. O poder familiar é a competência de que ambos os pais têm na constância da união entre eles, mas havendo a dissolução, a relação entre genitor e filhos não pode ser modificado. Nesse diapasão, vejamos o que o art. 4º, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) prevê: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Conforme Dias (2008), em tempos remotos o pai aguardava a decisão judicial para o direito de visita, porém, na atualidade, o mesmo reivindica a guarda da prole, algo impensável até algum tempo atrás, e que decorreu da evolução dos costumes, tendo em vista, que a mulher começou a estar também fora do lar, convocando o homem a participar das tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos. Não se pode deixar de ressaltar, que a alienação parental também pode surgir na constância do casamento, dentro do âmbito familiar. 12 O genitor que recebe a guarda da criança, não é mais importante que o outro, a escolha é feita apenas para garantiro melhor interesse do menor, apesar dela viver com apenas um, a responsabilidade sobre ela, ainda é dever de ambos. A Constituição Federal de 1988 traz isso para nós no art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Em 2010 foi sancionada a Lei nº 12.318, a Lei da Alienação Parental, para amenizar a situação e o prejuízo causado ao longo do desenvolvimento psíquico do menor e suas relações na vida. Conforme podemos ver no art. 2º, caput, da Lei nº 12.318/2010: Art. 2° Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Assim, Morais (2012, texto digital), a alienação parental pode ser, muitas vezes, percebida antes da dissolução do convívio marital, também podendo ter início não somente pelo genitor detentor da guarda, mas por algum parente próximo ou por afinidade, como por exemplo, tios e avós. Ademais, o Código Civil (2002) diz que: “A separação judicial, o divórcio e adissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos” (art. 1.632). A guarda do menor é o direito em que os pais e/ou outras pessoas, têm de manter consigo a criança, podendo retirá-lodo ambiente familiar violento, hostil e mentiroso. Portanto, o poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no qual se amparao dever de assistência, sustento e direção na criação da personalidadeda criança, não se extinguindo com a separação, divórcio ou fim da união estável. 13 6 AMPARO JURISDICIONAL A Lei 12.318/10 foi sancionada pelo Presidente da República, tendo sua publicação no Diário Oficial da União no dia 27/08/2010, visando coibir a chamada alienação parental. Essa lei permite garantir mais uminstrumento de proteção à criança existente no ordenamento jurídico, é mais um amparo específico que visa a intervenção judicial para lidar com esse mal que a alienação parental. Com base no entendimento de Silva e Sarmento (2013, texto digital), sendo caracterizada a Síndrome da Alienação Parental no âmbito familiar e ordenamento jurídico atual, representados pelas normas e princípios de proteção integral, deve o Poder Judiciário resolver tais questões aplicando-se os ditames previstos nas normas e princípios, proporcionando à sociedade uma prestação jurisdicional à altura dos ditames constitucionais e legais de proteção integral e eficiente à criança e ao adolescente, sobretudo nesses casos em que a violência moral vem exatamente daqueles que deveriam proteger seus filhos. Assim, o Poder Judiciário - Estado deve proteger o menor, garantido seus direitos e proteção, visando sempre o seu bem estar. Com intuito de causar dano ao vínculo da criança ou adolescente com seu genitor alienado, o genitor alienante intervém através da alienação parental no desenvolvimento psicológico, assim, o art. 2º, caput, da Lei 12.318/2010, diz: Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Segundo Lopes (2013, texto digital), configurada a alienação parental, as consequências jurídicas vão desde a advertência judicial até a suspensão do poder familiar ao alienador, passando pela ampliação do regime de convivência familiar em favor do genitor alienado, a estipulação de multa ao alienador e a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão. Sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do alienador. Ademais, a Alienação Parental (AP), gera dano moral, tanto na criança quanto ao genitor alienado. 14 Assim, segundo Fábio Vieira Figueiredo e GeorgiosAlexandridis: A gravidade da situação posta no Poder Judiciário frente à alienação parental faz com que o juiz tenhaa necessidade de promover o desenvolvimento do processo mediante grande cautela, na medida em que se torna por demais difícil a caracterização do desvio prejudicial promovido pelo alienador, devendo, assim, valer-se de estudo multidisciplinar, apoiado em seus auxiliares, para a realização de perícia a fim de constatar de forma mais robusta a existência da alienação parental (FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2011, p. 50). Diante dos estudos e perícias, no qual o menor e seus pais serão analisados pelo juiz, cabe enfatizar que é de extrema necessidade a participação de psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Paulo Lôbo, compreende que: A centralidade da tutela jurídico-familiar na pessoa das crianças importa compreensão abrangente do conceito de proteção dos filhos. Quando os pais não chegarem a mútuo acordo, após a separação, acerca do modo de convivência que cada um entretecerá com os filhos comuns, deve o juiz assegurar a estes o direito de contato permanente com aqueles (LÔBO, 2008, p. 168). No mesmo sentido, Gabriela dos Santos Barros, enfatiza: O genitor alienante, além de denegrir a imagem do outro genitor, geralmente não compartilha com o alienado informações relevantes referentes à prole (como o rendimento escolar, doenças) e toma decisões importantes acerca da vida dos filhos, sem consultar o outro genitor, por exemplo, resolve, sem antes discutir com o alienado, mudá-los para outra escola. Em alguns casos, o progenitor praticante de AP resolve mudar de cidade e levar os filhos consigo com o intuito de afastar e dificultar o contato dos menores com o genitor alienado e com a família deste (BARROS, 2012, texto digital). As principais vítimas da alienação parental são ascrianças e adolescentes, e sua prática afeta seu direito fundamental no convívio familiar, conforme, o art. 3º, da Lei 12.318/2010, diz que: Art. 3º. A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. São tomadas algumas medidas de proteção à vítima da Síndrome da Alienação Parental de acordo com ograu de alienação que a vítima se encontrae sua 15 gravidade. Essas medidas ajudam a identificar ainda no início, as práticas do alienador, não deixando chegar a um nível mais elevado de alienação. Diante do art. 5º do ECA (1990), "nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais". Conforme, Vilmar Antônio da Silva e Paulo Genner de Oliveira Sarmento: O Princípio do Interesse Melhor da Criança nasce com o mandamento embrionário da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, a qual foi fruto de compromisso e negociação, tal convenção representa o mínimo que toda a sociedade deve garantir às suas crianças, reconhecendo em um único documento as normas que os países signatários devem adotar e incorporar às suas leis. Exige, por parte de cada Estado, que a ratifique, e disponha de meios necessários à fiscalização do cumprimento de suas disposições e obrigações concernentes à sua infância, ou seja, pessoas menores de 18 anos. (SILVA; SARMENTO, 2013, p.58). No poder judiciário "[...] para que o juiz possa julgar conflitos que envolvem família, o doutor magistrado da Vara de Família, não deverá ser puramente técnico, principalmente quando se está diante do processo de alienação" (PEREIRA, 2012, texto digital). Ainda, nesse entendimento, "[...] detectados indícios de sua ocorrência, e nisto reside a efetiva e pontual atuação do Poder Judiciário no propósito de impedir que a síndrome da alienação crie corpo com a involuntária colaboração judicial" (MADALENO, 2014, p. 55). Ainda assim, o principal bem jurídico afetado pela Síndrome da Alienação Parental é o bem estar da criança, devendo ser assegurado no nosso ordenamento jurídico pátrio os Direitos das Crianças e dos Adolescentes. Segundo Silva e Sarmento (2013, texto digital), o Ministério Público exerce seu papel com muita responsabilidade ao combate da Alienação Parental, assim, quando necessário age de ofício em prol das crianças, levando em conta sua impossibilidade de autodefesa. Bem como, é essencial a participação do MinistérioPúblico para a efetiva proteção à criança, sobretudo no objetivo de acabar com as condutas alienadoras, a Síndrome da Alienação Parental. Quanto as atitudes do advogado na ação de Alienação Parental, Geni Paulina Pereira, salienta: 16 O papel do advogado quando envolve questões como essas, deve sempre atender o bem estar da criança de forma que o litígio não prejudique o menor, pois acima de um profissional há a ética e isso deve ser levado em conta quando o que se está em jogo é a vida da criança, e assim o operador do direito deve sempre agir de forma cautelosa quando se tem presente a SAP (PEREIRA, 2012, textodigital). Conforme o art. 136, parágrafo único do ECA (1990), o Conselho Tutelar desempenha um papel fundamental na proteção da criança e do adolescente: Art. 136... [...] Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. Figueiredo e Alexandridis (2014), nos falam que, caracterizada a Alienação Parental, poderá o genitor vitimado, tendo em vista sua legitimidade ativa, ingressar com ação autônoma para discussão e reparação do mal causado pela alienação parental. Conforme o art. 5º da Lei nº 12.318/2010, vejamos: Art. 5º Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. § 1º O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. § 2º A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. § 3º O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. Na ação da Alienação Parental, "o instituto da tutela antecipada busca, como dito alhures, antecipar os efeitos da tutela pretendida, efetivando o direito e viabilizando o pedido para um momento anterior à sentença" (FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2014, p. 100). 17 Conforme Pereira (2012, texto digital), verificado pelos profissionais (psicólogos, assistentes sociais, etc.) quanto a fundamentação legal, o laudo pericial deverá ser sempre em favor, benefício e bem-estar da criança ou adolescente. Visando a proteção do menor, a intervenção por meio da psicoterapia ou a guarda compartilhadasão capazes de inibir as condutas do alienador. Todavia, é importante um laudo pericial bem elaborado "[...] um dos erros mais comuns é considerar unicamente a opinião dos filhos quando dizem não querer mais manter contato com o pai alienado" (MADALENO, 2014, p 57). Nas palavras de Geni Paulina Pereira,o magistrado deve averiguar o grau da SAP instalada no menor, a fim de tomar a medida cabível: Quando em grau leve ou moderado, deve-se tratar o genitor alienador e a criança, numa tentativa de restaurar o relacionamento desta com o alienado. Como punição ao genitor alienador e com a devida previsão legislativa, deveriam ser aplicadas medidas concretas como advertência, reversão da guarda e caso haja dano moral, e este sendo solicitado em ação autônoma e devidamente comprovado pelo alienado, concessão de indenização ao prejudicado, bem como a retratação pública do alienador na comunidade em quevive. Em fase agravada, em que o elo com o genitor alienado está destruído por completo, a solução judicial seria após análise ponderada do caso sub judice, o afastamento do alienado, assumindo o alienador o dever moral e legal de fazer todo o possível para, juntamente com o analista psiquiatra, amenizar o trauma desenvolvido no menor, bem como o compromisso de tentar restituir a imagem do alienado (PEREIRA, 2012, texto digital). Tendo em vista o art. 6º, caput, da Lei 12.318/2010, preceitua as condições em que deve haver intervenção judicial. Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso. Há duas formas para resolver os conflitos: conciliação e mediação. Ambas buscam haver um consenso sobre o conflito existente, principalmente na existência da SAP. Na mediação será estabelecida a intervenção de profissionais para facilitar o diálogo entre as partes, e na conciliação o terceiro facilitador pode adotar uma posição mais ativa na tentativa de propor acordo. Madaleno (2014) expõe a importância de impor a medida de obrigação do cumprimento do regime de visitas, nos casos mais graves da SAP. Em casos de não 18 cumprimento, poderá ser imposta multa diária, caso o alienante não queira entregar a criança, ou, dependendo da atitude mais grave, ordenar busca e apreensão da criança e, ainda, consequentemente, a prisão do alienador. Ainda assim, Geni Paulina Pereira, aborda: O Direito de Família por via do tratamento interdisciplinar que vem recebendo, passou a dedicar maior atenção às questões de ordem psíquica, permitindo o reconhecimento da presença de dano afetivo pela ausência de convívio paterno-filial, e o estabelecimento do perigo psíquico, emocional e afetivo para a criança ou jovem (PEREIRA, 2012, texto digital). Nesse sentido, "nos casos mais graves da SAP, a substituição ou troca da guarda tornam-se as únicas alternativas a preservar a higidez psíquica do menor [...]" (MADALENO, 2014, p58). Para melhor entendimento a ação que tem como causa a Síndrome da Alienação Parental, segue a jurisprudência do egrégio Tribunal de Justiça do Maranhão. Vejamos: APELAÇÃO CIVIL. AÇÃO DE GUARDA E RESPONSABILIDADE. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. QUE RESIDE COM O PAI DESDE DOIS ANOS E DOIS MESES DE IDADE. PEDIDO DE GUARDA JULGADO PROCEDENTE. SENTENÇA MANTIDA. I - No caso em exame o pai da menor ajuizou a presente ação de guarda aduzindo que a mãe da criança ora Apelante, após o rompimento da relação que durou três anos saiu de casa no dia 03 de setembro de 2010, época em que a menor tinha 2 anos e 2 (dois) meses de idade e nunca mais procurou saber da filha. II - Após a devida instrução, audiência de instrução, oitiva de testemunhas de ambas as partes e confecção de laudo psicossocial realizado em Goiânia onde reside a Apelante e também laudo psicossocial realizado em Imperatriz onde reside o Apelado, o magistrado de base julgou procedente o pedido formulado na exordial e concedeu a guarda da menor Safira Rodrigues da Silva ao pai, ressalvando o direito de visitação da mãe em finais de semana alternados e metade das férias escolares do início e meio do ano, quando poderá viajar com sua filha. III - Destaco que não se esta em discussão os motivos que levaram a separação do casal, mas sim o real interesse da menor principal vítima da contenda travada pelos pais, visto que o orientador das decisões sobre a guarda de filhos é o da preservação do interesse do menor, que há de ser criado no ambiente que melhor assegure o seu bem estar físico e moral, seja com a mãe ou o pai. IV - Neste contexto, é incontroverso que a menor sempre conviveu com seu pai na cidade de Imperatriz, assim sendo em que pese ter sido consignado no laudo psicossocial que a mãe que reside com outro companheiro na cidade de Goiânia também possui condições de criar a filha, entendo que o melhor para o interesse da menor que hoje possui 7 (sete) anos de idade, é permanecer no ambiente onde sempre esteve desde o nascimento, até mesmo porque inexiste nos autos provas que apontem que o Apelado não possui as condições necessárias para permanecer com a guarda da menor, uma vez que já detém a guarda de fato. V - No tocante a alegação de alienação parental por parte do Apelado, destaco que inexiste prova nos autos de que o pai da criança praticou qualquer das situações que 19 configuraria a referida alienação, disciplinada pela Lei n.º 12.318/10. VI - Apelo conhecido e improvido. (TJ-MA - APL: 0369602014 MA 0008102-52.2011.8.10.0040, Relator: RAIMUNDO JOSÉ BARROS DE SOUSA, Data de Julgamento: 24/08/2015, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 25/08/2015) 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho buscou mostrar a diferença da Alienação Parental (AP), seus aspectos psicológicose a Síndrome da Alienação Parental (SAP), evidenciando o grande problema que a SAP causa no psicológico da vítima, pois é tão prejudicial quanto as derivadas de violência física, bem como as medidas de proteção, as quais são tomadas de acordo com a gravidade ou grau de alienação em que a vítima se encontra. Sobre a separação judicial, foram abordadas questões envolvendo a síndrome nas disputas de guarda, visando a proteção do melhor interesse da criança e do adolescente, pois é nessas disputas que os pais, responsáveis ou tutelados, utilizam certos artifícios para conseguir o seu objetivo, que é prejudicar o outro genitor e obter a guarda do filho totalmente para si. A respeito da proteção jurídica da vítima da Síndrome da Alienação Parental foram discutidos os métodos de trabalho dos juízes e peritos que cada vez mais tem ajudado a descobrir problemas da relação dos pais com filhos, tendo em vista que, o ordenamento jurídico, apesar de considerar a Síndrome da Alienação Parental em suas decisões, ainda tem certa dificuldade no seu diagnóstico. Foram apresentadas jurisprudências sobre o assunto, demonstrando sua importância para a futura prevenção do convívio familiar seguro, pois um convívio hostil afeta a vida da criança ou do adolescente que está em meio a uma "guerra". Por fim, o principal objetivo para o desenvolvimento deste trabalho foi verificar a importância do estudo da Síndrome da Alienação Parental, deixando evidente as consequências causadas em suas vítimas, sempre buscando o melhor interesse ea proteção da criança e do adolescente através da conservação e respeito à convivência familiar, bem como abordando as medidas coercitivas que a Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010 estabeleceu aos alienadores desde a advertência até a alteração da guarda e a suspensão do poder familiar, cabendo ao julgador decidir quais as medidas aplicáveis em cada caso concreto. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Gabriela dos Santos. Análise poliédrica da alienação parental e da síndrome de alienação parental. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 104, set 2012. Disponível em:<http://www.ambito- juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12243>. Acesso em: 12 março. 2017. BRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. 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