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CADERNO DE ATIVIDADES Disciplina: Finanças P úblicas e Orçamento Municipal Tema 01: A Lei de Re sponsabilidade Fisca l seç ões Tema 01 A Lei de Responsabilidade Fiscal Como citar este material: GONÇALVES, Milton Rodrigues. Finanças Públicas e Orçamento Municipal: A Lei de Responsabilidade Fiscal. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções 4 Tema 01 A Lei de Responsabilidade Fiscal 5 Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Profa. Marili Siqueira da Silva Conteúdo Nessa aula você estudará: • As consequências negativas do desequilíbrio fiscal no Brasil. • A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e sua importância. • Os motivos pelos quais foi necessária a criação da LRF. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual foi à motivação para edição da Lei Complementar 101/00? conteúdosehabilidades Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Lei de Responsabilidade Fiscal e Or- çamento Público Municipal, do autor Reinaldo Moreira Bruno, Editora Juruá, 2010, Livro-Texto 331. Roteiro de Estudo: Prof. Milton Rodrigues Gonçalves Finanças Públicas e Orçamento Municipal 6 • Quais as motivações nos poderes e os motivos reais? • Qual a eficácia e aplicabilidade da LRF? conteúdosehabilidades leituraObRigATóRiA A Lei de Responsabilidade Fiscal A nossa Constituição, no art.165, já impõe o planejamento como um dos princípios básicos da Administração Fiscal. É conhecido que significativa parcela dos temas abordados e tratados pela Lei de Responsabilidade Fiscal já tinha suficiente e adequado tratamento constitucional e infraconstitucional devidamente recepcionado pela Carta. A CF/88 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no capítulo II – Das Finanças Públicas, do Título VI – Da Tributação e do Orçamento. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) representa um instrumento para auxiliar os governantes a gerir os recursos públicos dentro de um rol de regras claras, aplicadas a todos os gestores de recursos públicos e em todas as esferas de governo relativas à gestão da receita e da despesa pública, ao endividamento e à gestão do patrimônio público. Além disso, a Lei consagra a transparência da gestão como mecanismo de controle social, através da publicação de relatórios demonstrativos da execução orçamentária, apresentando ao contribuinte a utilização dos recursos que ele coloca a disposição dos governantes. Quanto aos motivos da edição da Lei Complementar 101/00, destacamos que, em um país extremamente regulamentado, uma pequena cronologia nos mostra a evolução da legislação desde o Código de Contabilidade da União (Decreto n. 4.536/22 até a LRF aprovada em 2000): • Decreto n. 4.536/22 de 28 de fevereiro de 1922. • Lei n. 4.320 de 17 de março de 1964. • Decreto-Lei n. 200/67. 7 leituraObRigATóRiA • Lei n. 9.496 de 11 de setembro de 1997. • Lei Complementar n. 101 de 4 de maio de 2000. Essas legislações foram elaboradas com o propósito de salvaguardar os recursos públicos sob responsabilidade dos agentes políticos, empregados e servidores públicos. Especifi- camente relacionado a este trabalho, o preâmbulo da LRF afirma: “Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e das outras providen- cias”. Veja no resumo do quadro abaixo as motivações pertinentes ao Executivo, na Câmara Federal, no Senado Federal e os Motivos Reais: Motivação do Executivo Conforme técnicos da área econômica, a combinação de um ambiente mais favorável, com a aprovação da lei fixadora de princípios norteadores de gestão fiscal responsável, estabelecendo limites de endividamento público e a expansão das despesas continuadas, entre outras, é condição necessária e suficiente para a consolidação de um novo regime fiscal para no País. Motivação na Câmara Federal Considerou como consagradas regras a princípio eficazes para uma boa gestão fiscal, com condão disciplinador da atuação do gestor público, dando ênfase à valorização de instrumentos de planejamento, como o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a própria Lei Orçamentária Anual. Motivação no Senado Federal Levou em consideração a finalidade primacial do projeto que, segundo os senadores, é a instituição de um regime fiscal disciplinar calcado em mecanismos de controle do endividamento e das despesas públicas, com a imposição de normas coercitivas e de correção dos desvios fiscais eventualmente constatados. 8 Motivos Reais Dar transparência aos procedimentos do gestor público, tanto no âmbito interno como no cenário internacional, ao se observar um bom ambiente, propício para participar e atrair capital estrangeiro, ante sua condição de adequação aos negócios e o estabelecimento de confiabilidade. Objetivos principais do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual Plano Plurianual Estabelecimento da Política Fiscal, instituindo diretrizes e metas compatíveis com premissas e objetivos das políticas econômica e social. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO Tem como objetivo a fixação de resultado primário da execução orçamentária para todos os entes da Federação. Lei Orçamentária Anual – LOA Exige que sua elaboração seja compatível com o Plano Plurianual e a LDO, não fugindo das regras já existentes da Carta Constitucional de 88. Eficácia e aplicabilidade da Lei de Responsabilidade Fiscal A eficácia da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está determinando a mudança de conduta dos Administradores Públicos para planejar e executar as ações públicas, para maior transparência nas prestações de contas e controle social e público mais efetivo. A gestão fiscal está evoluindo para um cenário de concretização das metas delineadas, com ampla participação da sociedade. Um novo perfil desse profissional está sendo construído, voltado para o comprometimento com o resultado e com o foco na missão da administração pública: atender aos interesses dos cidadãos com eficiência, impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade. De acordo com o artigo 165 da Constituição Federal, o planejamento governamental consubstancia-se nos seguintes instrumentos básicos: PPA – Plano Plurianual; LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias; LOA – Lei Orçamentária Anual (BRASIL, 1988). Na esfera pública, essas etapas são tanto uma imposição legal quanto uma ferramenta do gestor. leituraObRigATóRiA 9 Assim, o administrador público “utiliza-se de técnicas de planejamento e programação das ações que são condensadas no chamado sistema de planejamento integrado”, com o propósito de determinar as ações a serem realizadas pelo poder público, escolhendo as alternativas prioritárias e compatibilizando-as com os meios disponíveis para colocá-las em execução. É importante ler as alterações nas leis, conforme segue: • Alterações no Código Penal – p. 61 • Alterações no Dec. Lei 201, de 27 de fevereiro de 1967 leituraObRigATóRiA linksiMPORTAnTes Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Neste artigo você encontrará os efeitos dessa Lei, os princípios federativos e a eficiência administrativa desta Lei: SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/7940/a-lei-de- responsabilidade-fiscal-e-o-exercicio-da-competencia-tributaria>. Acesso em: 02 jan. 2014.Você encontrará quais são os alicerces da Lei de Responsabilidade Fiscal e a democratização da Gestão Pública: SADDY, André. Lei de responsabilidade fiscal e democratização da gestão pública. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 65, 1 maio 2003. Disponível em: <https:// jus.com.br/artigos/4006/lei-de-responsabilidade-fiscal-e-democratizacao-da-gestao- publica>. Acesso em: 02 jan. 2014. 10 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Partindo da pressuposta afirmação de que o Projeto de Lei da Responsabilidade Fis- cal faz parte do Programa de Estabilização, qual é o objetivo central proposto? Questão 2: No âmbito da motivação do Senado Fede- ral, o texto proposto pela Câmara ampara- -se no Capítulo II, Finanças Públicas, do Título VI, da Tributação e do Orçamento da Constituição Federal, definindo o significa- do da expressão responsabilidade na ges- tão fiscal. Com base nesses atributos, com a eleição do equilíbrio das contas públicas como norma geral, quais as principais nor- mas e regras a serem cumpridas pela ad- ministração? Questão 3: Na linha de execução orçamentária, im- põem-se bimestralmente a verificação dos empenhos efetuados e a movimentação fi- nanceira que, se ultrapassada, impõe uma série de medidas, inclusive a proibição de novos empenhos. A receita pública recebe seu tratamento em duas partes; do que se trata a primeira parte? Questão 4: Com base nas alterações na Legislação dos Crimes de Responsabilidade dos Prefeitos, responda qual será a punição caso ocorra à seguinte infração: agoraéasuAvez 11 Não reduzir as despesas de pessoal para enquadrar a folha nos tetos (60% das receitas dos Estados e Municípios e 50% no caso da União). Questão 5: “Parâmetros para fixar as despesas com pessoal e outras despesas correntes, de modo a propiciar entendimento prévio en- tre os poderes”. Este é um dos objetivos de qual instrumento de planejamento? a) Plano Plurianual. b) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. c) Lei Orçamentária Anual – LOA. d) Decreto Lei 4.536/22. e) Lei 4.320 de 17 março de 1964. Questão 6: No tocante à aplicação da perda do man- dato, há de observar o quanto dispõe o art. 92, I do Código Penal, que estabelece como efeito de condenação a perda do cargo ou função pública, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública. Qual será a pena aplicada nesses casos? a) Pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano. b) Pena privativa de liberdade de 3 anos. c) Pena de 2 anos de reclusão, sem perda do mandato. d) Pena restritiva de direito e privativas de liberdade. e) Nenhuma das alternativas. Questão 7: A LRF também aborda a questão da infra- ção política, que verifica se houve abuso do poder, infrações de ordem econômica, entre outras. Uma das punições previstas apoiadas pela Lei 10.028 de 19 de outu- bro de 2000 para os administradores des- cuidados com o dinheiro público é aumen- tar despesas de pessoal no último ano de mandato ou legislatura. Qual é o período previsto de punição para este caso? Questão 8: Ainda no âmbito da eficácia e da Lei de Responsabilidade Fiscal, é importante sa- lientar que, mesmo com a entrada em vigor da LRF, incidem ainda, na busca da boa gestão fiscal, a Lei de Improbidade Ad- ministrativa. Qual é o número desta lei e quando ela foi editada? a) Lei nº 7.347 de 24 de julho de 1985. b) Lei nº 8.137 de 27 de dezembro de 1990. agoraéasuAvez 12 c) Lei nº 10.028 de 19 de outubro de 2000. d) Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992. e) Lei nº 7.209 de 11 de julho de 1984. Questão 9: Que princípios devem orientar o adminis- trador na execução da gestão fiscal? Questão 10: A Lei Complementar Federal n. 101 de 04 de maio de 2000 é uma Lei que comple- menta a Lei n. 4.320/64, onde grande parte das indagações feitas sobre o texto da LRF, as respostas se encontram no texto do cita- do diploma legal? ( ) Verdadeiro. ( ) Falso. agoraéasuAvez 13 Nesse tema, você viu que a base constitucional que dá sustentação à Lei Complementar Federal n. 101 de 04 de maio de 2000, conhecida pela alcunha de Lei de Responsabilidade Fiscal, é o Capítulo II do Título VI da Constituição Federal, que trata da autorização do estabelecimento das normas gerais sobre finanças públicas em nível de legislação infraconstitucional. Essa lei (LRF) constitui, na verdade, uma complementação da Lei n. 4.320/64, que também estabelece normas gerais de Direito Financeiro, destinadas à elaboração e controle dos orçamentos e balanços públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Vimos que o objetivo principal é o equilíbrio das contas públicas, que seja transparente, justo e não prejudique a sociedade. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! finalizando 14 NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Lei Complementar 101/2000 – Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/downloads/ EntendendoLRF.pdf. Acesso em: 02 jan. 2014. PEREIRA NETO, Luiz Gonzaga. Os agentes políticos e sua responsabilização à luz da Lei nº 8.429/92. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1349, 12 mar. 2007. Disponível em: http:// jus.com.br/revista/texto/9588>. Acesso em: 02 jan. 2014. SADDY, André. Lei de responsabilidade fiscal e democratização da gestão pública. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 65, 1 maio 2003. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/ texto/4006>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabi- lidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. MANHANI, Danilo Antonio. Despesa pública na Lei de Responsabilidade Fiscal. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 542, 31 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/ revista/texto/6144>. Acesso em: 02 jan. 2014. ______. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/lrf/infracoes.asp. Acesso: 02 jan. 2014. CARVALHO, Morgana Bellazzi de Oliveira. Renúncia de receita: interpretação e aplicação do § 1° do art. 14 da LRF. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1071, 7 jun. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/8484>. Acesso em: 02 jan. 2014. referências 15 referências SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Os precatórios e o endividamento irresponsável. Uma história mal contada. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 36, 1 nov. 1999. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/839>. Acesso em: 02 jan. 2014. Precatórios: problemas e soluções. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1504, 14 ago. 2007. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/16796>.Acesso em: 02 jan. 2014. ZIVIANI, Juliardi. Lei de Responsabilidade Fiscal: planejamento, controle, transparência e responsabilização. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 517, 6 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/6026>. Acesso em: 02 jan. 2014. Questão 1 Resposta: O objetivo principal proposto é a vigência num ambiente fiscal mais favorável, sedimentado pelos efeitos positivos do PEF, da reestruturação das dividas dos Estados e Municípios, da reorganização do sistema bancário estadual, e de outras medidas de ajuste fiscal implementadas pelos governos estaduais e municipais. Questão 2 Resposta: a) Receitas e despesas; b) Renúncia de receitas; c) Despesas com pessoal; gabarito 16 d) Despesas com seguridade social; e) Dívida e endividamento; f) Operações de créditos; g) Concessão de garantias; h) Inscrição em restos a pagar. Questão 3 Resposta: A primeira trata da previsão da arrecadação, impondo-se que a previsão desta seja a mais fidedigna possível, solicitando informações das metodologias utilizadas, seus desdobramentos, além da exigência do lançamento de todos os tributos de competência do ente. Questão 4 Resposta: Pagamento pessoal de multa correspondente a 30% dos vencimentos anuais. Questão 5 Resposta: Alternativa B - Lei de Diretrizes Orçamentárias Questão 6 Resposta: Alternativa A - Pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano. Questão 7 Resposta: Prisão de 1 a 4 anos. Questão 8 Resposta: Alternativa D - Lei 8.429 de 02.06.1992 Questão 9 Resposta: Além dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficácia, da finalidade, da supremacia do interesse público, deve o administrador voltar suas atenções para os princípios do planejamento e da transparência. (art.1º. LRF) gabarito 17 gabarito Questão 10 Resposta: Verdadeiro CADERNO DE ATIVIDADES Disciplina: Finanças P úblicas e Orçamento Municipal Tema 02: O orçament o público seç ões Tema 02 O orçamento público Como citar este material: GONÇALVES, Milton Rodrigues. Finanças Públicas e Orçamento Municipal: O orçamento público. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções 4 Tema 02 O orçamento público 5 Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Profa. Marili Siqueira da Silva Conteúdo Nessa aula você estudará: • A evolução dos métodos orçamentários, as principais características no âmbito da natureza política, da natureza econômica e da natureza jurídica. • Qual o tratamento legislativo brasileiro e como o orçamento público é analisado no âmbito da Constituição e quais são as ferramentas de apoio ao bom desempenho do orçamento público. • Os princípios constitucionais orçamentários. • Quais as regras permitidas nos aspectos de receitas e despesas públicas e o caráter destas receitas. conteúdosehabilidades Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Lei de Responsabilidade Fiscal e Or- çamento Público Municipal, do autor Reinaldo Moreira Bruno, Editora Juruá, 2010, Livro-Texto 331. Roteiro de Estudo: Prof. Milton Rodrigues Gonçalves Finanças Públicas e Orçamento Municipal 6 conteúdosehabilidades leituraObrigaTória • Quais são os impostos, as taxas e a contribuição de melhorias, conforme prioriza o art. 149 da carta. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual o conceito e a natureza de orçamento público? • Quais os princípios orçamentários e suas leis? • O que é receita pública e despesa pública? O orçamento público Atualmente, as principais normas gerais que disciplinam os orçamentos públicos no Brasil são: Constituição Federal de 1988. Lei 4.320/64. Lei de Responsabilidade Fiscal – LC n. 101 de 4 de maio de 2000. Conceito O orçamento é a peça jurídica contábil que faz, de um lado, uma revisão das despesas a serem realizadas pelo Estado e, de outro, o autoriza a efetuar a cobrança, sobretudo de impostos e outras fontes de recursos. Com relação às despesas, o orçamento funciona como uma autorização para sua efetivação. Sem previsão orçamentária não há possibilidade de realização de despesas. Isso não significa, entretanto, que o administrador esteja, por 7 leituraObrigaTória força do orçamento, obrigado a realizá-las. Quanto às receitas, há no orçamento apenas uma previsão, que pode cumprir-se ou não. O orçamento tem repercussão de natureza econômica, política e jurídica. 1) Elemento político: consubstancia-se na autorização política para a efetivação desse plano ou projeto de gestão estatal. 2) Elemento econômico: o orçamento assume a forma de uma previsão da gestão orçamentária do Estado, o que seria um autêntico plano financeiro. 3) Elemento jurídico: traduz-se nos efeitos próprios dos orçamentos e regulamentos pelos diversos sistemas jurídicos. O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente um ano). No âmbito do tratamento legislativo brasileiro, pode-se afirmar que, desde a sanção da Lei 4.320/64, o orçamento é tratado como peça política, com a reserva de recursos para determinadas ações governamentais. A Constituição de 88 pretendeu assegurar a busca do interesse público, ao menos da maioria da sociedade, a partir das propostas realizadas no plano eleitoral, em que um plano de governo enseja despesas que ultrapassam um único orçamento; para tanto, exigiu-se a edição do chamado plano plurianual, com vigência abrangendo o segundo ano de um governo até o final do primeiro ano do governo seguinte. Outro instrumento orçamentário é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que visa fundamentalmente estabelecer as bases e metas a serem priorizadas na Administração, contidas no plano plurianual, e que servirá de orientação na elaboração do orçamento anual, ao menos de sua proposta. A Lei Complementar 101/00 complementou, acrescentou e reforçou os instrumentos de equilíbrio das contas públicas, seu controle e transparência na aplicação dos recursos. 8 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORÇAMENTÁRIOS Princípio da Unidade Só existe um Orçamento para cada ente federativo (no Brasil, existe um Orçamento para a União, um para cada Estado e um para cada Município). Cada ente deve possuir o seu Orçamento, fundamentado em uma política orçamentária e estruturado uniformemente. Não há múltiplos orçamentos em uma mesma esfera. O fato do Orçamento Geral da União possuir três peças (o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento) não representa afronta ao princípio da unidade, pois o Orçamento é único, válido para os três Poderes. O que há é apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação do Governo. Princípio da Universalidade O Orçamento deve agregar todas as receitas e despesas de toda a administração direta e indireta dos Poderes. A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública que receba recursos orçamentários ou gerencie recursos federais pode ficar de fora do Orçamento. Princípio da Anualidade O Orçamento cobre um período limitado. No Brasil, esse período corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. O período estabelece um limite de tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve se realizar no exercício que corresponde ao próprio ano fiscal. Princípio da Não-Afetação das Receitas É vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as própriastransferências constitucionais para manutenção e desenvolvimento do ensino e as garantias às operações de crédito por antecipação da receita. Princípio da Exclusividade O Orçamento só versa sobre matéria orçamentária, podendo conter autorização para abertura de créditos suplementares e operações de crédito, ainda que por antecipação da receita. Leis Orçamentárias: Plano Plurianual leituraObrigaTória 9 LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Lei Orçamentária Anual Dentro dos parâmetros de orçamento, é importante fazer a leitura dos tópicos que abrangem: Orçamento Fiscal; Orçamento da Seguridade Social e Orçamento de Investimento das Empresas. A elaboração de todas essas Leis Orçamentárias, incluindo PPA, LDP e LOA, teve sua iniciativa constitucionalmente reservada ao Executivo, nos termos do art. 165, caput da Constituição Federal. leituraObrigaTória 10 Receita Pública: Receita Pública é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos, arrecadados para atender às despesas públicas. Quanto à origem, as receitas dividem-se em: a) Receita originária – decorrente da exploração estatal de seus próprios bens. b) Receitas derivadas – decorrentes do exercício do poder de império estatal sobre o patrimônio particular, que é compelido, independentemente de sua anuência, a promover o recolhimento de determinada importância aos cofres públicos. c) Receitas transferidas – apesar de constituir-se em tributos, ou seja, havido impositivamente do particular, não há utilização exclusiva pelo ente arrecadador. São espécies tributárias os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. Despesa Pública: É “o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos” . Classificação das Despesas Públicas: Quanto à natureza ou competência, ela poderá ser federal, estadual, distrital e/ou municipal. Quanto à duração, poderá ser ordinária, extraordinária ou especial, a partir de sua natureza; ou seja, se é comum, previsível, estável, permanente, periódica e, portanto, passível de planejamento prévio; ou se ela é excepcional, tornando-se fora da possibilidade de planejamento prévio. Quanto à categoria econômica, podem ser correntes, aquelas destinadas ao custeio, à manutenção à operacionalização dos serviços públicos; ou de capital, que promovem a economia local, através da realização de investimentos. Despesas Correntes custeio, obras de conservação e adaptação de bens e imóveis. Transferências correntes dotações para as despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. leituraObrigaTória 11 As Despesas de capital dividem-se em: Investimentos (obras, aquisição de imóveis, instalações, equipamentos etc.), Inversões financeiras (aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização, aquisição de títulos, constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas) e Transferências de capital, para investimentos ou inversões financeiras. Fases distintas da Despesa Pública: leituraObrigaTória linksiMPOrTanTes Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites MANHANI, Danilo Antonio. Despesa pública na Lei de Responsabilidade Fiscal. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 542, 31 dez. 2004. Disponível em: <https://jus.com.br/ artigos/6144/despesa-publica-na-lei-de-responsabilidade-fiscal>. Acesso em: 02 jan. 2014. Neste artigo, encontrará todo o conceito e as diretrizes a respeito de despesa pública, as principais classificações e as aplicabilidades no âmbito do gestor público. ______. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/6144/despesa-publica-na-lei-de-responsabilidade- fiscal>. Acesso em: 02 jan. 2014. Neste site, você encontrará e entenderá como funciona a LRF, conhecerá todas as infrações da Lei de Responsabilidade Fiscal e suas penalidades. 12 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: O orçamento público é a estimativa global de todas as entradas e saídas de dinheiro dos cofres públicos. Quanto à sua nature- za, como ele pode se dividir? Questão 2: A Lei Complementar 101/00 complemen- tou o caminho esposado pelo constituinte, acrescendo e reforçando instrumentos de equilíbrio nas contas públicas, seu controle e transparência na aplicação dos recursos, e ainda acrescentou a responsabilização dos administradores pela gestão fiscal. O que passou a ser exigido para promover o equilíbrio nas contas públicas? Questão 3: A aplicação na manutenção e desenvolvi- mento do Ensino à razão de 25% para os Municípios, Estados e Distrito Federal, e 18% para a União da receita resultante de impostos, está inserida em qual dos Princí- pios Constitucionais Orçamentários? Questão 4: Quais são os 5 (cinco) princípios Constitu- cionais Orçamentários? Questão 5: Até a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal em maio de 2000, a elaboração do agoraéasuavez 13 Plano Plurianual, a partir de sua exigência constitucional, não vinha atingindo seu ob- jetivo inicial. Qual era esse objetivo? Questão 6: O Orçamento Fiscal atende a expressa previsão constitucional, a lei orçamentária anual. O orçamento fiscal referente aos Po- deres da União, seus fundos, órgãos e en- tidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. O Fiscal é o principal dos três orçamentos, quais as entidades da administração indireta que está compreen- dida neste contexto? Questão 7: Plácido e Silva definem receita pública como sendo: “total de valores, represen- tados em dinheiro, recebidos pelo erário público, provenientes das diversas rendas ordinárias, extraordinárias e especiais”. Qual é a classificação, quanto à origem, da receita pública? Questão 8: Classifique as afirmativas, relacionando-as com sua definição: I. Constitui-se tributo que não se vincula a uma atividade estatal e encontra-se de- finido pelo Código Tributário Nacional. II. Constitui-se tributo cuja instituição im- põe necessariamente a existência de sua vinculação a uma atuação estatal específica em relação ao contribuinte. III. Modalidade tributária que decorre de uma atuação estatal e que, indireta- mente, provoca reflexos em relação ao contribuinte. ( ) Taxas ( ) Contribuição de melhorias ( ) Impostos Questão 9: Aquisição de imóveis; ou de bens de ca- pital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constitu- ídas, quando a operação não importe au- mento do capital. Como são denominadas essas dotações na classificação das despesas de capital? Questão 10: A realização da despesa pública é carac- terizada por fases distintas e bem carac- terizadas a partir da clássica divisão, esta- belecida e definida na doutrina. Quais são essas fases? Comente brevemente cada uma delas. agoraéasuavez 14 Nesse tema, você viu que o orçamento público é um instrumento importante nas mãos dos gestores públicos, e que a Lei Complementar 101/00 complementou, acrescentou e reforçou os instrumentos de equilíbrio das contas públicas, seu controle e transparência na aplicação dos recursos. Hojeem dia, os gestores estão mais cautelosos no que diz respeito a Despesas e receitas públicas, e principalmente atentos ao cumprimento das regras impostas pela Lei. Isso trouxe uma melhor transparência na gestão pública. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Lei Complementar 101/2000 – Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/downloads/ EntendendoLRF.pdf. Acesso em: 02 jan. 2014. PEREIRA NETO, Luiz Gonzaga. Os agentes políticos e sua responsabilização à luz da Lei nº 8.429/92. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1349, 12 mar. 2007. Disponível em: http:// jus.com.br/revista/texto/9588>. Acesso em: 02 jan. 2014. SADDY, André. Lei de responsabilidade fiscal e democratização da gestão pública. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 65, 1 maio 2003. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/ texto/4006>. Acesso em: 02 jan. 2014. finalizando referências 15 referências SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabi- lidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. MANHANI, Danilo Antonio. Despesa pública na Lei de Responsabilidade Fiscal. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 542, 31 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/ revista/texto/6144>. Acesso em: 02 jan. 2014. ______. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/lrf/infracoes.asp. Acesso: 02 jan. 2014. CARVALHO, Morgana Bellazzi de Oliveira. Renúncia de receita: interpretação e aplicação do § 1° do art. 14 da LRF. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1071, 7 jun. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/8484>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabi- lidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Os precatórios e o endividamento irresponsável. Uma história mal contada. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 36, 1 nov. 1999. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/839>. Acesso em: 02 jan. 2014. Precatórios: problemas e soluções. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1504, 14 ago. 2007. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/16796>. Acesso em: 02 jan. 2014. ZIVIANI, Juliardi. Lei de Responsabilidade Fiscal: planejamento, controle, transparência e responsabilização. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 517, 6 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/6026>. Acesso em: 02 jan. 2014. 16 Questão 1 Resposta: Em Natureza Política, Natureza Econômica e Natureza Jurídica. Questão 2 Resposta: a) O cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas; b) Estrita obediência aos limites estabelecidos em relação à renúncia de receita, despesa com pessoal, despesas gerais, as dividas da Administração, concessão de garantia, os restos a pagar. Questão 3 Resposta: No Princípio da Não-Afetação das Receitas Questão 4 Resposta: Princípio da Unidade, da Universalidade, da Anualidade, da Não-Afetação das Receitas e da Exclusividade. Questão 5 Resposta: O de servir de suporte para toda ação administrativa na busca e consecução finalística da Administração. Questão 6 Resposta: Autarquias, fundações públicas e empresas públicas e sociedades de economia mista. gabarito 17 gabarito Questão 7 Resposta: Receita originária; receita derivada e receita transferida. Questão 8 Resposta: II, III, I Questão 9 Resposta: São denominadas de Inversões financeiras as dotações destinadas. Questão 10 Resposta: Empenho da despesa: é o ato pelo qual se reserva, do total da dotação orçamentária, a quantia necessária ao pagamento. Liquidação da despesa: é o estágio seguinte, onde a administração verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios dos respectivos títulos. Pagamento: é o momento final da realização da despesa pública. CADERNO DE ATIVIDADES Disciplina: Finanças P úblicas e Orçamento Municipal Tema 03: Execução d o Orçamento (Parte 1 ) seç ões Tema 03 Execução do Orçamento (Parte 1) Como citar este material: GONÇALVES, Milton Rodrigues. Finanças Públicas e Orçamento Municipal: Execução do Orçamento (Parte 1). Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções 4 Tema 03 Execução do Orçamento (Parte 1) 5 Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Profa. Marili Siqueira da Silva Conteúdo Nessa aula você estudará: • O que a Lei de Responsabilidade fiscal aprimora no quesito de sanções pela ineficiência ao gerir arrecadação. • Quais as renúncias fiscais, qual é a sua metodologia, como e quando é possível aplicá- las, quais são os limites do administrador público quanto às despesas. • Como proceder nos casos de inadimplência, quais as consequências para o orçamento, concessão de descontos, quem a lei autoriza. • Quais despesas são vinculadas à Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual. conteúdosEhabilidades Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Lei de Responsabilidade Fiscal e Or- çamento Público Municipal, do autor Reinaldo Moreira Bruno, Editora Juruá, 2010, Livro-Texto 331. Roteiro de Estudo: Prof. Milton Rodrigues Gonçalves Finanças Públicas e Orçamento Municipal 6 conteúdosEhabilidades • Quais são as regras limitadoras com despesas de pessoal, os limites impostos com as despesas de pessoal nas Câmaras Municipais, a terceirização de mão de obra e as despesas com seguridade social Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais os principais limitadores da ação discricionária no orçamento municipal? • O que é renúncia fiscal e qual a sua aplicabilidade? • Quais são as principais despesas vinculadas à LOA, LDO e PPA? conteúdosEhabilidades Execução do Orçamento (Parte 1) Como já vimos nos temas anteriores, a LRF trouxe para o administrador público uma disciplina antes não vista, com foco em buscar estabelecer menor margem de liberdade a esse administrador no processo de gestão de recursos públicos e, com isso, promover o banimento de práticas usuais, notadamente nos Municípios brasileiros. Anteriormente à lei, e sem planejamento algum, os administradores públicos (podemos direcionar para os prefeitos municipais), movidos pela ansiedade de vitória, de cumprimento de “promessas”, ofereciam, sem o menor controle e consequências, isenções tributárias de toda ordem, como para instalação de empresas em seus municípios, dando-lhes uma redução substancial na alíquota do ISSQN – imposto sobre serviço de qualquer natureza. Esse processo predatório por parte dos prefeitos foi encerrado ao ser editada a Emenda Constitucional 39, que estabeleceu a alíquota mínima de 2% (dois por cento) para o ISSQN. A LRF trouxe outra novidade: a de impor sanções ao administrador público pela sua ineficiência ao gerir a arrecadação para o seu município. Nos termos fixados na Constituição Federal, são tributos de competência municipal: impostos(o art. 156 da Constituição), taxas e contribuição de melhoria. Para se evitar que os administradores públicos continuassem a leituraObrigaTória 7 leituraObrigaTórialeituraObrigaTória oferecer vantagens a empresas, principalmente isenções de cobrança da principal fonte de receita dos municípios (o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU), alterou-se a fórmula de repartição do Fundo de Participação dos Municípios, onde essa parcela na receita que teria direito só teria aumento desde que houvesse aumento na receita tributária própria do Município. Renúncia Fiscal: exprime a expressão renúncia da receita a desistência do direito sobre determinado tributo, por abandono ou desistência expressa do ente federativo competente para sua instituição. De sorte que “importa sempre num abandono ou numa desistência voluntária, pela qual o titular de um direito deixa de usá-lo ou anuncia que não o quer utilizar”. Nesse caso, a renúncia decorre da concessão de incentivos fiscais. (GRANDA, Ives,2007). O assunto da renúncia fiscal ecoou por muito tempo nos planos políticos dos municípios brasileiros. Principalmente em períodos de eleições, o nosso eleitorado se via diante de inúmeras promessas de isenções fiscais, reduções de diversas taxas, empresários eram atraídos com distribuições de reduções de impostos, áreas com toda infraestrutura, entre outras. A LRF adotou medidas de responsabilidades, no seu art. 14, inseriram a imposição de condições para sua concessão, com indicação de medidas de compensação da renúncia, elencando condutas consideradas como tal, o início de sua vigência e ainda, suas exceções. No que se refere à implantação de parques industriais, deve-se observar aspectos relevantes como: estar previsto na LDO; que seja estimado e analisado o impacto sobre as finanças públicas no exercício de implantação e nos dois subsequentes; e que sejam propostas e implementadas medidas compensatórias em relação aos valores que deixam de entrar nos cofres públicos, tendo vigência a renúncia a partir da efetiva implantação destas medidas de compensação. Outro fator que a LRF intensifica a regulamentação é no caso dos débitos dos inadimplentes. Em seu art. 14, existe uma limitação, em que fica o administrador incumbido de verificar se não afetará as metas de resultados fiscais previstos no anexo da LDO. Os descontos no IPTU s outra prática comum nos municípios brasileiros; deve-se observar as diretrizes do art. 14 da LRF no que se refere ao assunto. As despesas vinculadas à LOA, LDO e PPA, tornou-se obrigatórias não só a verificação e a compatibilidade das despesas com as leis orçamentárias, integrando o procedimento de despesa, mas também, que a cada despesa a ser realizada, esteja dentro das conformidades das leis orçamentárias. A LRF oferece ao administrador a oportunidade de equilibrar suas contas, impondo regras, responsabilidades, condições e metas a serem perseguidas e alcançadas. Entretanto, a LRF observa que o aumento de despesa, sob o aspecto de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental, deverá ser acompanhado de: 8 I. Estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor o nos dois subsequentes; II. Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e a LDO. Quando houver situação em que ocorra a realização de despesas não previstas na lei orçamentária (e isso ocorre com frequência, devido à proximidade do cidadão junto aos administradores, principalmente em municípios menores), o administrador pode se amparar na Lei 4.320/64, a Lei de Finanças Públicas, que estabelece, para tais situações, a necessidade de lei autorizando a abertura de crédito adicional especial para fazer frente a este novo programa, desde que diante de uma das hipóteses estabelecida pelo próprio diploma geral. Despesas obrigatórias e de caráter continuado: a LRF configura despesa obrigatória de caráter continuado, aquelas decorrentes de expresso mandamento legal, medidas provisórias ou ato administrativo normativo, que tornem obrigatória ao ente estatal sua execução por um período superior a dois anos. Veja a seguir no quadro demonstrativo as principais atividades nas despesas com educação, saúde e desapropriações. Despesas com Educação Esta despesa está denominada “piso vital mínimo”, conforme art. 6º da CF, e impõe aos municípios que 25% da receita resultante de impostos sejam revertidos a ela, podendo esse índice ser aumentado através das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas. Despesas com Saúde Esta despesa também está denominada “piso vital mínimo”, conforme art. 6º da CF. A saúde enquanto dever do Estado é financiada por impostos pagos pelos contribuintes aos Municípios, Estados e União, e estes têm que criar condições para que todo cidadão tenha acesso aos serviços de saúde, hospitais, tratamentos, programas de prevenção e medicamentos. A União, para fazer frente a este desafio, editou a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, instituindo o Sistema Único de Saúde – SUS, com a finalidade de atender às necessidades da população entre outros. leituraObrigaTória 9 Despesas com desapropriações Estas despesas antes ocorriam de forma arbitrária; os imóveis situados em perímetros urbanos das cidades brasileiras, eram desapropriados sem qualquer critério ou planejamento. O art. 46 da LRF manda cumprir a CF, que prevê, para as indenizações relativas a desapropriações, o pagamento de justa e prévia indenização em dinheiro. Despesas com Pessoal – seu controle e seguridade social: O aumento de despesas com pessoal foi mais um dos capítulos de nossa pobre história em administração pública. A LRF em seus art. 15 a 17 impõe regras severas neste capítulo, visando acabar com o permanente e contínuo aumento com despesas de pessoal. Sobre regras limitadoras com despesas de pessoal, diz a Lei: “Art.18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos [...].” “Art.19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal [...].” “Art.20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais [...].” Despesas com Seguridade Social: “Art.24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do §5º do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17. [...] §2º O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.” O sistema previdenciário objetiva garantir condições de subsistência, independência e dignidade pessoais ao servidor idoso, mediante pagamento de aposentadoria durante a velhice, e, nos termos do art. 195 da CF, deve ser custeado por toda a sociedade, de forma direta e indireta, o que se poderia denominar princípio estrutural da solidariedade. A inatividade dos servidores acontece mediante a submissão a um dos dois regimes previdenciários possíveis: Regime Geral da Previdência e Regime Próprio da Previdência. leituraObrigaTória 10 linksiMPOrTanTEs Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Neste artigo você entenderá que: O art. 11 prescreve sanção aos entes políticos que não exercerem, em sua plenitude, a competência tributária outorgada na Constituição Federal de 1988, no tocante aos impostos: SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi,Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/7940/a-lei- de-responsabilidade-fiscal-e-o-exercicio-da-competencia-tributaria>. Acesso em: 02 jan. 2014. O artigo mostra a interpretação da Renúncia Fiscal, quais são as formas de concessões que ocorrem e como a Lei vê esta situação no âmbito legal. CARVALHO, Morgana Bellazzi de Oliveira. Renúncia de receita: interpretação e aplicação do § 1° do art. 14 da LRF. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1071, 7 jun. 2006. Disponível em: <https://jus.com.br/ artigos/8484/renuncia-de-receita>. Acesso em: 02 jan. 2014. 11 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. agoraéasuavez Questão 1: O ISSQN acabou se tornando uma arma predatória nas mãos de alguns Municípios, que se utilizaram desse imposto para atrair diversas empresas para se instalarem na cidade, oferecendo alíquotas de 1%, em detrimento de outras cidades que estavam com a alíquota em 5%. Para evitar esse processo predatório, a Emenda Constitu- cional 39, estabeleceu uma alíquota míni- ma. De quanto foi esse percentual? a) 1,5% b) 2% c) 3% d) 4% e) 4,5% Questão 2: No que se refere à autonomia municipal para decidir quanto à instituição de tributos, vale ressaltar que, apesar da referida auto- nomia, nos termos fixados na Constituição, quais os são tributos de competência mu- nicipal? Questão 3: A renúncia fiscal para o incentivo de im- plantação de indústrias tem seu tratamento na Lei e, por ser discriminatório, exige cau- rEsPOsTa DissErTaTiva rEsPOsTa DissErTaTiva inDiquE a alTErnaTiva cOrrETa 12 telas da Administração que, ao propô-la, deve observar quais aspectos relevantes? Questão 4: Acerca das afirmativas, coloque (V) se con- siderar verdadeira ou (F) se considerar fal- sa: ( ) Também é prática bastante comum, principalmente nos Municípios, em relação ao IPTU, a concessão de descontos para os contribuintes que efetuarem o paga- mento do tributo à vista, logo no início do período de exigência. ( ) O objetivo da Lei de Responsabili- dade Fiscal é a preservação do equilíbrio nas contas públicas, que, para ser atingido, impõe regras, responsabilidades, condi- ções e metas a serem perseguidas e alcan- çadas e, o planejamento da realização das ações do Poder Público, retirando e caráter empírico destas. ( ) O equilíbrio perquirido encontra- se bem caracterizado no art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que o regime de caixa para a receita pública e para as despesas, o chamado regime de caixa. Questão 5: O que a Lei de Responsabilidade Fiscal considera como despesas obrigatórias e de caráter continuado? Questão 6: A Emenda Constitucional 53/06 instituiu a criação do Fundo de Manutenção de De- senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. Qual é a função desse fundo? Questão 7: Além das limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal sobre as despe- sas com pessoal para as Câmaras Muni- cipais, há um percentual sobre a Receita Corrente Líquida. De quanto é esse per- centual? a) 2%. b) 4%. c) 5%. d) 6%. e) 8%. Questão 8: Em quais situações as despesas realiza- das com pessoal civil tornam-se situações de exclusão, da condição de constituírem- -se despesas com pessoal? 13 agoraéasuavez Questão 9: Complete as lacunas: As Despesas com desapropriações antes ocorriam de forma arbitrária; os imóveis situ- ados em perímetros __________________ das cidades brasileiras eram desapropria- dos sem qualquer _______________ ou planejamento. O art. _______ da LRF man- da cumprir a CF, que prevê, para as indeni- zações relativas a desapropriações, o pa- gamento de justa e prévia indenização em _____________________. Questão 10: Caça Palavras: Finanças Públicas – Locali- ze 7 (sete palavras) 14 Nesse tema, você viu que a LRF procurou, de forma clara e dura, colocar uma ordem geral nos quesitos de renúncia fiscal; pois existia uma verdadeira algazarra formada pelos administradores, que viam nessa forma de isenções um meio de atrair mais empreendimentos para suas cidades, não levando em consideração qual seria o custo desta operação. Limitou também a forma de abordar os gastos com setores vitais, como educação e saúde, e principalmente os gastos com pessoal. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Lei Complementar 101/2000 – Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/downloads/ EntendendoLRF.pdf. Acesso em: 02 jan. 2014. PEREIRA NETO, Luiz Gonzaga. Os agentes políticos e sua responsabilização à luz da Lei nº 8.429/92. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1349, 12 mar. 2007. Disponível em: http:// jus.com.br/revista/texto/9588>. Acesso em: 02 jan. 2014. finalizando referências 15 SADDY, André. Lei de responsabilidade fiscal e democratização da gestão pública. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 65, 1 maio 2003. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/ texto/4006>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabi- lidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. MANHANI, Danilo Antonio. Despesa pública na Lei de Responsabilidade Fiscal. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 542, 31 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/ revista/texto/6144>. Acesso em: 02 jan. 2014. ______. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/lrf/infracoes.asp. Acesso: 02 jan. 2014. CARVALHO, Morgana Bellazzi de Oliveira. Renúncia de receita: interpretação e aplicação do § 1° do art. 14 da LRF. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1071, 7 jun. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/8484>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Os precatórios e o endividamento irresponsável. Uma história mal contada. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 36, 1 nov. 1999. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/839>. Acesso em: 02 jan. 2014. Precatórios: problemas e soluções. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1504, 14 ago. 2007. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/16796>. Acesso em: 02 jan. 2014. ZIVIANI, Juliardi. Lei de Responsabilidade Fiscal: planejamento, controle, transparência e responsabilização. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 517, 6 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/6026>. Acesso em: 02 jan. 2014. referências 16 gabarito Questão 1 Resposta: Alternativa B – 2% (dois por cento) Questão 2 Resposta: Os impostos (art. 156 da Constituição); taxas e contribuiçãode melhoria. Questão 3 Resposta: a) Estar previsto o beneficio na Lei de Diretrizes Orçamentárias; b) Seja estimado e analisado o impacto sobre as finanças públicas no exercício de implantação e nos dois subseqüentes; c) Sejam propostas e implementadas medidas compensatórias em relação aos valores que deixam de ingressar nos cofres públicos, tendo vigência a renúncia a partir da efetiva implantação destas medidas de compensação. Questão 4 Resposta: V; V; F. Questão 5 Resposta: O artigo 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Questão 6 Resposta: Este fundo, com previsão de duração de 14 anos, é constituído pela contribuição calculada sobre impostos e transferências de Estados e Municípios em percentual 17 estabelecido constitucionalmente; promove nos distribuição de recursos da educação; busca assegurar o financiamento da educação básica a todos, abrangendo não apenas o ensino fundamental mas igualmente cerca de 15 modalidades de ensino. Questão 7 Resposta: Alternativa D – 6% (seis por cento) Questão 8 Resposta: Indenização por demissão de servidores ou empregados; incentivos a demissões voluntárias e despesas com decisões judiciais cuja competência seja anterior ao período de apuração mencionado no art. 18, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Questão 9 Resposta: Urbano; critério; 46; dinheiro. Questão 10 Resposta: Caça Palavras: LIMITES; DESPESAS; CONSTITUIÇÃO; MUNICÍPIO; LEI; FISCAL; GOVERNO gabarito CADERNO DE ATIVIDADES Disciplina: Finanças P úblicas e Orçamento Municipal Tema 04: Execução d o Orçamento (Parte 2 ) seç ões Tema 04 Execução do Orçamento (Parte 2) Como citar este material: GONÇALVES, Milton Rodrigues. Finanças Públicas e Orçamento Municipal: Execução do Orçamento (Parte 2). Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções 4 Tema 04 Execução do Orçamento (Parte 2) 5 Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Profa. Marili Siqueira da Silva Conteúdo Nessa aula você estudará: • Quais os procedimentos para concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos,entre eles o crédito educativo. • A prática comum na Administração Pública em oferecer incentivos fiscais para atrair empresas aosseus municípios. • Como os precatórios desequilibram as contas públicas, a preservação do patrimônio público e o inicio de novos projetos e por fim as regras para o final de mandato. conteúdosEhabilidades Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Lei de Responsabilidade Fiscal e Or- çamento Público Municipal, do autor Reinaldo Moreira Bruno, Editora Juruá, 2010, Livro-Texto 331. Roteiro de Estudo: Prof. Milton Rodrigues Gonçalves Finanças Públicas e Orçamento Municipal 6 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Como se dão as transferências de recursos públicos? • Quais as ações de financiamento público e concessão de subvenções? • O que são os endividamentos e as suas consequências? • O que dizer sobre preservação do patrimônio público e o final de mandato? conteúdosEhabilidades Execução do Orçamento (Parte 2) A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF limitou em sua edição as remessas de recursos para o setor privado, incluindo as entidades da Administração Pública. Observam-se agora algumas regras importantes e decorrentes do planejamento, como: 1. Autorização por lei específica. 2. Atendimento a condições impostas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. 3. Necessária previsão no orçamento anual, ou em seus créditos adicionais suplementares ou especiais. A edição do Dec.-lei 200/67 acabou formando inúmeras entidades de Administração Indireta, que tinham como objetivo a eficiência na execução de serviços diversos, como desenvolvimento urbanístico, realização de alguns serviços públicos e atividades de interesse da administração. O grande gargalo nesse ponto foi um resultado financeiro negativo, pois a entidade estatal se via constantemente enviando recursos financeiros para suprir as despesas mais elementares das mesmas. A LRF fixou que a remessa de recursos para estss entidades não ficou submetida a simples autorização legislativa para tal, mas sim, impôs um planejamento adequado nos termos do sistema instituído pela lei de gestão responsável. Quanto aos recursos públicos para a iniciativa privada, leia o que diz o artigo 26 e 27, leituraObrigaTória 7 leituraObrigaTória que estabeleceu o tratamento quanto à transferência de recursos a elas. No quesito de concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, a LRF pede para se observar as cautelas instituídas. Leia-se: “Na concessão de crédito a pessoa jurídica ou física que não esteja sob controle do ente, os custos cobrados não poderão ser inferiores aos definidos em lei ou custo da captação”. A concessão de subvenções também é tratada na LRF no art. 26 inciso 2º., e diz: Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. (...) Inciso 2º. Compreende incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital. O Endividamento: É sem dúvida um dos maiores problemas da Administração Pública brasileira. A história mostra que constantes rolagens de dívidas e o seu consequente aumento, com pagamento parcial de juros, refinanciamentos, novas operações financeiras e novas dívidas, levaram diversos municípios brasileiros a situações como a capital de São Paulo, com uma dívida equivalente a três vezes o seu orçamento. E o que é o endividamento? Nada mais é que o desequilíbrio fiscal verificado em exercícios anteriores. Tem como consequências básicas o comprometimento de receitas futuras e o aumento da despesa, a partir da necessidade de pagamento de juros e despesas decorrente destes. Até a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal, os municípios tinham ampla liberdade em realizar tais operações; limitava-se apenas aos participantes da relação, ou seja, o Município e a instituição financeira, com poucas exigências destes. A LRF impôs em seu art. 30 um conjunto de regras limitadoras do endividamento público. Regra transitória: O Senado Federal estabeleceu regra transitória, concedendo prazo de 15 anos aos municípios para a redução da dívida consolidada, contado este período do encerramento do ano de publicação da Resolução 40/01; limitou-se a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida. Art. 2º. IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, 8 industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e de outras receitas também correntes, deduzidos: (...) Regra permanente: A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu referido art. 31 impõe algumas regras para se tornar mais eficiente e disseminar essas práticas predatórias na Administração Pública. Entre essas medidas está: • Enquanto não retornar aos limites admitidos na lei ordinária, em nosso caso, o Município não poderá realizar operações de crédito, nem mesmo as decorrentes de antecipação de receita. Ante o disposto no art. 32, o Ministério da Fazenda passou a verificaros limites e condições para a realização de operações de crédito tanto na Administração Direta quanto na Indireta, efetuando registro eletrônico centralizado e atualizado da dívida pública, garantindo a toda a sociedade o acesso a essas informações. A LRF também instituiu algumas regras que expressa previsão legal são vedadas operações de crédito uma dessas medidas foi: entre um ente da Federação, diretamente ou por intermediário de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. As Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (AROS) recebeu tratamento especial por parte da Lei de Responsabilidade Fiscal: “Em seu art. 38, somente atenderão à finalidade para a qual foram concebidas, qual seja: atender à necessidade de normalizar o fluxo de caixa num mesmo exercício financeiro, pois só poderão ser contratadas tais operações após o dia 10 de janeiro de cada ano e, efetivamente pagas até 10 de dezembro do mesmo exercício, não podendo, ser celebrada nova operação semelhante enquanto não pagas integralmente as anteriores como também, no último ano de mandato do Prefeito Municipal”. Outra prática comum nos Municípios era a antecipação do IPTU, oferecendo descontos para pagamentos antecipados, e estão uso dessa arrecadação para pagamentos de 13º salário. A LRF, para frear essas atitudes, equiparou tal prática como sendo operação de crédito, sofrendo toda espécie de restrição, inclusive sendo necessária a aprovação do Ministério da Fazenda, para aferição do nível de endividamento. A celebração de confissão de dívida também foi inibida, pois se tratava de uma maquiagem de operação de crédito. A limitação para essa prática está evidente em dois artigos da LRF: o art.29 - inciso 1º. e o art.37 em seus quatros incisos. Outra forma de operação que foi considerada operação de crédito foi a de Leasing – Arrendamento Mercantil e Financiamento; isso também está bem claro no art. 29 da LRF. leituraObrigaTória 9 Precatórios: Precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia, superior a 60 salários mínimos por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma condenação judicial. A Lei Complementar 101/00, através do art. 30 inciso 7º, estabeleceu que “precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada para fins de aplicação dos limites”. Já no capítulo VIII da Lei de Responsabilidade Fiscal, na seção I, foi oferecido tratamento especial no que diz respeito à preservação do patrimônio público e ao início de novos projetos. Final de Mandato: Fato muito comum no final de mandato era o abuso de poder por parte dos administradores, ao assumirem compromissos que não iriam ser efetivados pelos mesmos; agora, com a reeleição, cria-se uma nova expectativa de uso desse poder: para poder continuar no comando de seu município. Um dos fatos mais comuns utilizados pelos que estavam em fim de mandato era a renúncia de receitas, fato este agora coibido por diversos dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 5º, II, 11, parágrafo único e 14. No Capítulo IV, seção II da Lei de Responsabilidade Fiscal, a prática de aumentos salariais, concessão de gratificações, entre outras, tiveram regras para sua proibição, no que tange o aumento de despesa com pessoal no período de fim de mandato. A LRF não deixou de fora regras específicas para que o nível de endividamento nesse período obedeça às regras da lei. Os restos a pagar, fato costumeiro em nossos municípios, sempre davam aos que assumiam novos mandatos a desculpa de que os dois primeiros anos eram para colocar a casa em ordem, ou seja, pagar as dívidas do antecessor, e os últimos dois anos eram para trabalhar. Com certeza, no final de mandato, novas dívidas eram feitas e roladas para o sucessor. A Lei de Responsabilidade Fiscal instituiu o seguinte: No último ano de mandato, nos dois últimos quadrimestres, o Prefeito Municipal só poderá assumir novos compromissos financeiros desde que sejam pagos até o final de seu mandato ou, se transferidos para o próximo exercício, existam recursos financeiros em caixa reservados para saldar tais compromissos. leituraObrigaTória 10 linksiMPOrTanTEs Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Este artigo mostra a importância do planejamento do Gestor Público, pois a LRF vai exigir do mesmo, transparência e responsabilidades: ZIVIANI, Juliardi. Lei de Responsabilidade Fiscal: planejamento, controle, transparência e responsabilização. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 517, 6 dez. 2004. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/6026/lei-de- responsabilidade-fiscal>. Acesso em: 02 jan. 2014. No artigo, você entenderá como os precatórios se tornaram um martírio para os administradores públicos, principalmente os que assumem novos mandatos: BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Os precatórios e o endividamento irresponsável. Uma história mal contada. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 36, 1 nov. 1999. Disponível em: <http://www.egov. ufsc.br/portal/conteudo/os-precat%C3%B3rios-e-o-endividamento-irrespons%C3%A1vel- uma-hist%C3%B3ria-mal-contada>. Acesso em: 02 jan. 2014. Quais os principais problemas que trazem os precatórios aos municípios brasileiros, e o que a LRF está prevendo como soluções possíveis para eliminar está prática da política brasileira: Precatórios: problemas e soluções. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1504, 14 ago. 2007. Disponível em: <centraldeprecatorios.com.br/imagens/livro.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 11 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Qual é a Lei que oferece tratamento à re- messa de recursos à iniciativa privada e, em especial, às entidades da Administra- ção Indireta? a) Lei 7.209/84. b) Lei 8.429/92. c) Lei 1.079/50. d) Lei 3.528/59. e) Lei 4.320/64. Questão 2: Qual o objetivo central das ações de finan- ciamento público, que abrangem tanto as pessoas jurídicas como as pessoas físicas e constituem em programas de incentivo a alguma atividade? Questão 3: O art. 26 da LRF trata de concessão de subvenções, auxílios e contribuições. Já a Lei 4.320/64 oferece tratamento relativo às subvenções a partir de seu art. 16, tanto no que tange às classificadas sociais quanto às econômicas. Referindo-se às subven- ções sociais, como este artigo trata o tema? agoraéasuavez 12 Questão 4: Identifique, nas afirmações abaixo, quais são Verdadeiras (V) e quais são Falsas (F): ( ) Dívida Imobiliária é representada por títulos emitidos pela União, Estados e Municípios e disponibilizados no mercado financeiro para captação de recursos. ( ) Dívida Flutuante é aquela de longo prazo, superior a 12 meses. ( ) Nos termos do art. 29, I 1o. da Lei de Responsabilidade Fiscal, os parcela- mentos de débitos com FGTS, Previdência Social e Pasep são equiparados a opera- ção de crédito, classificados como de longo prazo. ( ) Podemos denominar a sigla ARO(s) como sendo: Operações de Crédito por An- tecipação de Receita Orçamentária Questão 5: Qual a consequência para o município do recebimento antecipado da receita decor- rente do IPTU? Questão 6: O que são Precatórios? Questão 7: Como a LRF entende Despesa Total com Pessoal? Questão 8:A respeito dos restos a pagar, o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal estabe- leceu que o Prefeito Municipal só poderá assumir novos compromissos financeiros desde que sejam pagos até o final de seu mandato ou, se transferidos para o próxi- mo exercício, existiam recursos financeiros em caixa reservados para saldar tais com- promissos. Qual é esse período em que o Prefeito Municipal estará restrito para tais atos? a) No último ano de mandato, no último bimestre. b) A partir do segundo ano de mandato. c) No último ano de mandato, nos últimos dois quadrimestres. d) A partir do terceiro ano de mandato. e) No último ano de mandato, no último mês. Questão 9: Com relação às transações tipicamente fis- cais, às Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP) e à Dívida Públi- ca, identifique a única opção errada. agoraéasuavez 13 agoraéasuavez a) As transações tipicamente fiscais são aquelas que afetam diretamente o resul- tado da administração pública, especial- mente as que envolvem fluxos registra- dos nos orçamentos. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal exige que sejam apurados dois resultados fis- cais: resultado primário e resultado ope- racional. c) No Brasil, as NFSPs (Necessidade de Financiamento do Setor Público) são me- didas pelo conceito “acima da linha”, a partir de mudanças no valor do endivida- mento público. d) Segundo a ótica de apuração da Dí- vida Líquida do Setor Público pelo con- ceito “abaixo da linha”, identificam-se as posições patrimoniais e suas alterações anuais. e) As NFSPs correspondem à variação nominal do endividamento do setor públi- co não financeiro junto ao sistema finan- ceiro e ao setor privado, doméstico ou do resto do mundo. Questão 10: Quanto à revisão geral dos vencimentos dos servidores: a) A LRF não veda o reajuste anual dos servidores estabelecido na Constituição. b) A LRF é omissa nesse assunto. c) A LRF veda o reajuste anual dos servidores estabelecido na Constituição. d) A LRF não veda o reajuste anual dos servidores estabelecido na Constituição, mas impõe um limite no percentual do aumento. e) Nenhuma das alternativas. 14 Nesse tema, você viu que a Lei de Responsabilidade Fiscal, estipulou diversas regras limitando os Administradores Públicos no que diz respeito a abusos do dinheiro público. Para realizar qualquer transação de concessões de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, os municípios agora têm que se enquadrar nos parâmetros da Lei. Regras mais rígidas também foram impostas quanto ao maior problema da Administração Pública, o endividamento, que através de precatórios deixavam um rombo nos cofres públicos, principalmente para os futuros Administradores Públicos. Os Prefeitos agora terão que se adequar a uma nova realidade, fazendo valer o que diz a LRF no seu último ano de mandato. É uma nova visão de Administração Pública que a Lei de Responsabilidade Fiscal veio impor no cenário político brasileiro; restam agora aos munícipes uma maior fiscalização, e uma cobrança de atitudes éticas e de transparência para quem está no poder. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Lei Complementar 101/2000 – Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/downloads/ EntendendoLRF.pdf. Acesso em: 02 jan. 2014. finalizando referências 15 PEREIRA NETO, Luiz Gonzaga. Os agentes políticos e sua responsabilização à luz da Lei nº 8.429/92. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1349, 12 mar. 2007. Disponível em: http:// jus.com.br/revista/texto/9588>. Acesso em: 02 jan. 2014. SADDY, André. Lei de responsabilidade fiscal e democratização da gestão pública. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 65, 1 maio 2003. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/ texto/4006>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabi- lidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. MANHANI, Danilo Antonio. Despesa pública na Lei de Responsabilidade Fiscal. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 542, 31 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/ revista/texto/6144>. Acesso em: 02 jan. 2014. ______. Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/lrf/infracoes.asp. Acesso: 02 jan. 2014. CARVALHO, Morgana Bellazzi de Oliveira. Renúncia de receita: interpretação e aplicação do § 1° do art. 14 da LRF. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1071, 7 jun. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/8484>. Acesso em: 02 jan. 2014. SOUSA, Ercias Rodrigues de; SOUSA, Thiago Morelli Rodrigues de. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o exercício da competência tributária: extensão, efeitos e constitucionalidade do art. 11 dessa lei complementar. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 955, 13 fev. 2006. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/7940>. Acesso em: 02 jan. 2014. BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Os precatórios e o endividamento irresponsável. Uma história mal contada. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 36, 1 nov. 1999. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/839>. Acesso em: 02 jan. 2014. Precatórios: problemas e soluções. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1504, 14 ago. 2007. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/16796>. Acesso em: 02 jan. 2014. ZIVIANI, Juliardi. Lei de Responsabilidade Fiscal: planejamento, controle, transparência e responsabilização. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 517, 6 dez. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/6026>. Acesso em: 02 jan. 2014. referências 16 gabarito Questão 1 Resposta: E – Lei 4.320/64 Questão 2 Resposta: O Objetivo central é atender a uma finalidade pública. Questão 3 Resposta: Dispõe o referido art.16 que, visarão a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica. Questão 4 Resposta: V; F; V; V Questão 5 Resposta: Passava o gestor municipal a contar apenas com onze ou, em muitas casos, com apenas dez meses de arrecadação deste tributo, uma vez que ao convidar o contribuinte ainda no mês de outubro a fazer o pagamento do mesmo com descontos atraentes. Questão 6 Resposta: Precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia, superior a 60 salários mínimos por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma condenação judicial. 17 Questão 7 Resposta: A LRF entende como despesa total com pessoal o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, além dos valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos, os quais serão contabilizados como Outras Despesas de Pessoal. Questão 8 Resposta: Alternativa C - No último ano de mandato,
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