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Apostila Unidade VI Contratos

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Direito Aplicado 
aos Negócios
Usuário
Texto digitado
Unidade VI
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Tercius Zychan
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Contratos
• Teoria Geral dos Contratos
• Função Social dos Contratos
• Elementos do Contrato
• Princípios
• Classificação dos Contratos
• Ineficácia do Contrato
• Extinção dos Contratos
 · Entender a Teoria Geral dos Contratos;
 · Identificando as estruturas e as espécies de contratos;
 · Entender os conceitos e as possibilidades dos contratos serem ineficazes;
 · Compreender quais são as possibilidades de extinção dos contratos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Contratos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Contratos
Teoria Geral dos Contratos
Você consegue perceber qual a importância dos contratos na sociedade em que vivemos?
Desde de que o homem passou a viver em uma sociedade, surgiram os primeiros contratos. 
Os contratos acompanham o desenvolvimento da sociedade, assim, sociedade e a Teoria 
dos Contratos seguem lado a lado com o objetivo de reger as relações oriundas de uma 
sociedade organizada.
Ex
pl
or
Por intermédio de um contrato, as denominadas partes, que são os contratantes, 
declaram suas vontades integrando-as, permitindo que se institua aos contratantes 
a aquisição, a conservação, a transferência, a modificação ou a extinção de direitos 
e obrigações, por exemplo.
Importante!
Resumidamente, podemos entender por contrato, em um sentido geral:
Qualquer ato jurídico, em sentido amplo, que promove a coordenação de vontades dos 
contraentes que seja apta a produzir efeitos jurídicos.
Em Síntese
Ou seja, um contrato trata-se de um ato jurídico, que redunda em um negócio 
jurídico, sendo formado por um acordo de vontades, que permite criar, modificar 
ou extinguir um direito.
Mas o que é preciso para surgir um contrato?
Contrato: É o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e possível, 
com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
Os contratos são um ato humano, lícito, capaz de adquirir, transferir, modificar, ou extinguir 
uma relação jurídica, esse seria um conceito mais estrito do que vem a ser um contrato.
Ex
pl
or
Modernamente, é correto entender que o contrato é um ato jurídico bilateral 
(acordo das partes e sua manifestação externa formal desse acordo), cuja finalidade 
é de produzir certas consequências jurídicas, dando origem às obrigações.
8
9
Função Social dos Contratos
A vontade entre as partes, para alcançar determinado objetivo ou para suprir 
determinada necessidade, sempre foi o foco principal de qualquer contrato.
Esse entendimento, quanto aos objetivos dos contratos, é encontrado desde o 
período em que, no Ocidente, o Direito Romano era o grande precursor, e era 
caracterizado pelo formalismo entre as relações jurídicas.
Entretanto, desde esse período, prevalecia a liberdade entre as partes de 
contratar; hoje essa vontade está estampada no que se denomina Princípio da 
Autonomia da Vontade, no qual os contratantes de modo formal expressam sua 
intenção de contratar.
Era dessa forma que o antigo Código Civil Brasileiro de 1916 tratava o assunto. 
Na vigência desse código, havia uma grande liberdade de serem firmados contratos, 
desde que os aspectos formais fossem observados.
Nos tempos atuais, há uma nova ótica a ser inserida aos contratos, pois esses 
instrumentos propiciam que exista a circulação de riquezas, a distribuição da renda, 
a criação de empregos, a educação e o respeito do povo para a vida em sociedade. 
Assim, além de existir liberdade de contratar, os contratos estão voltados a garantir 
e respeitar determinados interesses sociais.
Na atual sociedade, o individuo é posto dentro de uma estrutura coletiva, onde 
deve buscar um permanente equilíbrio. Desse modo, as vontades dos contratantes 
está limitada, com o objetivo de gerar o equilíbrio entre suas relações para com os 
interesses da sociedade.
É sob essa ótica que o atual Código Civil Brasileiro, de 2002, trata a questão da 
função social dos contratos em seu artigo 421:
A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função 
social do contrato.
A evolução social e da teoria dos contratos possibilitou a multiplicação dos obje-
tos que dão origem aos contratos, ou relações contratuais, fazendo emergir as mais 
diversas modalidades de contratos.
Importante!
Diante do que vimos até agora, qual a importância de conhecermos os contratos?
Os contratos, objeto de estudo do denominado direito contratual, tem o condão atual 
de permitir ao homem o seu desenvolvimento sob o prisma da distribuição de oportuni-
dades e riquezas, com o objetivo de ser atingido o “bem comum”.
Importante!
9
UNIDADE Contratos
Elementos do Contrato
Não resta dúvida de que o contrato é a mais comum fonte de obrigação, a gerar 
um vínculo entre o sujeito passivo (devedor) e o sujeito ativo (credor), que são os 
contratantes que formam a chamada “relação contratual”. Para se caracterizar um 
contrato, devem estar presentes três elementos fundamentais e imprescindíveis: 
pessoas, prestação e vínculo jurídico. Assim, o contrato deve conter cláusulas que 
abranjam, no mínimo, esses elementos constitutivos da obrigação.
O artigo 104 do atual Código Civil manifesta que para que um negócio jurídico 
seja válido devem estar presentes três elementos:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
O agente capaz é toda pessoa que possa exercer seus direitos e responder por 
suas obrigações. Mas a lei considera algumas como incapazes, sendo essas pessoas 
que não podem por si exercerem todos ou alguns atos jurídicos. Podemos dizer que 
existem duas espécies de incapacidade: a absoluta e a relativa.
Para celebrar contratos chamados absolutamente incapazes, as partes deverão 
ser representadas; já os relativamente incapazes deverão ser assistidospor quem 
de direito, para que o instrumento possa ser válido, pois, pela lei, eles não podem 
manifestar sua vontade livremente.
As pessoas denominadas contratantes podem ser pessoas jurídicas, mas, para tan-
to, devem estar representadas por seus respectivos sócios, gerentes etc. O contrato 
também deve apresentar um objeto lícito, possível determinado ou determinável.
Na conformidade da interpretação de Cezar Fiúza (2015), o qual diz que objeto 
lícito é “aquele realizável, tanto materialmente como substancialmente”, ou seja, 
que não se vincula a coisas impossíveis – como a venda de um terreno na Lua, por 
exemplo – ou a coisas ilegais – como a venda de drogas ilícitas e afins –, que não 
traga desabono às partes contratantes e, também, à sociedade.
Os contratos possuem forma livre, aperfeiçoando-se, ou geram obrigações com 
troca dos consentimentos entre as partes. Já os contratos solenes dependem de 
forma imposta em lei, devendo cumprir essas exigências para serem válidos. Pode-
se dar exemplo de contratos solenes: casamento, adoção, aqueles que dependam 
escritura pública etc.
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Princípios
A teoria geral dos contratos é formada por uma série de princípios que lhe dão 
força para a interpretativa.
Princípio da Obrigatoriedade da Convenção
Você já ouviu falar que os contratos “torna-se lei entre as partes”?
Depois de elaborado o contrato e assinado, passa o contrato a ser obrigatório entre as partes, 
as quais dele não podem mais se desvencilhar, ou seja, como defi ne alguns doutrinadores, 
“torna-se lei” entre as partes, as quais devem dar fi el cumprimento à denominada pacta 
sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos).
Ex
pl
or
A alteração dessa relação pode ser modificada diante da ocorrência da denomi-
nada cláusula rebus sic stantibus (retornando as coisas como estavam antes). Essa 
permite a revisão das cláusulas contratuais quando da ocorrência da alteração das 
condições atuais vigentes à época da celebração. Acompanha tal pensamento a 
denominada Teoria da Imprevisão. Nessas condições, o devedor se libera do liame 
contratual, diante de acontecidos fatos extraordinários e imprevisíveis, tornando a 
prestação excessivamente onerosa para uma das partes, permitindo a parte onera-
da a evocar, inclusive judicialmente, a rescisão do negócio.
Princípio da Relatividade dos Efeitos
Segundo tal princípio, os efeitos contratuais devem atingir tão somente as 
partes, não podendo atingir outras pessoas (terceiros) fora da relação contratual. 
Somente os que manifestaram a sua vontade estão vinculados à relação contratual, 
não podendo afetar terceiros nem seu patrimônio.
Em outras palavras, o contrato vincula apenas as partes contratantes; só as partes 
fi cam obrigadas a cumprir o objeto do contrato.
Princípio da Probidade e da Boa-fé
Tal princípio significa que as partes de um contrato devem proceder com lealdade 
e boa fé uma em relação à outra, cada qual cumprindo suas respectivas obrigações 
contratuais.
11
UNIDADE Contratos
O Professor Carlos Roberto Gonçalves (2009) assim trata tal princípio:
[...] cabe ao juiz estabelecer a conduta que deveria ter sido adotada 
pelo contratante, naquelas circunstâncias, levando em conta os usos e 
costumes. Estabelecido esse modelo criado pelo juiz para a situação, cabe 
confrontá-lo com o comportamento efetivamente realizado. Se houver 
contrariedade, a conduta é ilícita porque violou a boa-fé, assim como veio 
a ser integrada pela atividade judicial naquela hipótese.
Princípio da Permanência do Contrato
O contrato é um instrumento de harmonização dos interesses sociais, de tal 
sorte, somente poderá ser dissolvido quando da presença de alguma impossibilidade 
de mantê-lo.
Classificação dos Contratos
Existem diversas possibilidades para classificarmos os contratos, podemos fazê-
lo buscando seus aspectos quanto à forma, à natureza, ao tempo e às pessoas. 
Vamos verificar essa classificação, é o que veremos:
1. Quanto à forma, os contratos podem ser:
a) Contratos principais: São aqueles que, para existir, não dependem de 
qualquer outro, são independentes da existência de outro ajuste, ou seja, 
de outro contrato. Ex.: contrato de depósito, que é entre outros; deixar a 
bagagem nos maleiros do aeroporto enquanto aguarda o voo;
b) Contratos acessórios: São o tipo de contrato que não existe por si 
só, depende da existência de um contrato principal. Ex.: Arras (significa 
o sinal dado), quando você vai comprar um determinado bem e, para 
garantir o futuro contrato de compra e venda, você deixa um sinal, asse-
gurando seu interesse no contrato principal;
c) Contratos preliminares: São o tipo de ajuste que cria diversos tipos de 
obrigações definitivas para os contratantes.
Para Caio Mário (1996), o contrato preliminar é:
[...] aquele por via do qual ambas as partes, ou uma delas, comprometem-
se a celebrar mais tarde outro contrato, que será o principal.
Importante!
Você consegue dar um exemplo de um contrato preliminar?
Um bom exemplo é um compromisso de compra e venda, com a promessa futura de 
alienação, como ocorre muito no mercado imobiliário.
Trocando ideias...
12
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d) Contratos defi nitivos: São contratos que criam vários tipos de obriga-
ções definitivas para os contraentes. Ex.: contrato de locação.
e) Contratos consensuais: São aqueles que se aperfeiçoam pelo simples 
e mero consentimento e não reclamam solenidade ou tradição. Um bom 
exemplo é o contrato de transporte;
f) Contratos reais: Todo o contrato que se finda com a entrega da coisa. 
Ex.: comodato, onde alguém entrega a outrem uma determinada coisa 
para uso temporário; findo o uso e a restituição da coisa, dissolve-se a 
relação contratual;
g) Contratos solenes: como já mencionado, são os que dependem de 
forma prescrita em lei. Ex.: compra e venda de imóveis (requer escri-
tura pública);
h) Contratos não solenes: todo ajuste que não possui previsão em lei e 
constitui-se a regra; 
2. Quanto à sua natureza, os contratos são classificados em:
a) Unilaterais: Aperfeiçoam-se por uma só obrigação. Ex.: o testamento, 
a doação;
b) Bilaterais: Aperfeiçoam-se por reciprocidade de obrigações. Ex.: 
Escrituras de compra e venda. No contrato bilateral, as obrigações dos 
contratantes são recíprocas;
c) Onerosos: São os ajustes em que há um sacrifício a título oneroso, ou 
seja, demandam um sacrifício patrimonial para ambas as partes. Ex.: 
compra e venda;
d) Gratuitos: Há um sacrifício patrimonial, apenas, para uma das partes. 
Ex.: doação;
e) Comutativos: São aqueles contratos que as prestações se cumprem 
simultaneamente. Ex.: Compra e venda;
f) Aleatórios: Nesses contratos, as prestações são deferidas para o futuro. 
Ex.: contrato de seguro;
g) Contratos paritários: Nele as partes estipulam cláusulas em pé de 
igualdade, há um equilíbrio entre as partes. Ex.: compra e venda;
h) Contratos por adesão: Uma das partes apenas adere à proposta da 
outra, não podendo discutir as cláusulas contratuais. Não há equilíbrio, a 
relação é desproporcional. Ex.: fornecimento de água;
i) Contrato Inominado: É aquele contrato que, embora não vedado em 
lei, não possui regulamentação inserida no presente Direito Positivo, 
de onde vem a sua designação de inominado. Assim, por não terem 
regulamentação especial, tais contratos são disciplinados pela analogia 
com os contratos nominados e pelos princípios gerais de direito;
j) Contrato Principal: Para sua existência não se vincula a qualquer outro.
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UNIDADE Contratos
3. Quanto ao tempo, os contratos se classificam em:
a) Contratos instantâneos: São aqueles cujas prestações se executam no 
momento da celebração do contrato. Ex.: compra e venda à vista;
b) Contratos de trato sucessivo: Não é possível sua satisfação em um só 
momento. Ex.: seguro;
4. Quanto às pessoas, os contratos se classificamem:
a) Contratos pessoais: Em razão da pessoa, somente podem ser executa-
dos pelo próprio devedor. Ex.: mandato;
b) Contratos impessoais: Quando a pessoa do outro contraente não é 
elemento determinante para a conclusão do contrato.
Ineficácia do Contrato
Quando tratamos dos requisitos, que devem estar presentes em um contrato, 
anunciamos que esses são primordiais para sua existência do ato e fato jurídico, e 
estando ausentes quaisquer dos elementos, podem conduzir os contratos a serem 
considerados como: nulos e anuláveis.
Importante!
Você sabe à diferença de nulo x anulável?
O ato nulo é aquele que ordenamento jurídico nunca fora considerado válido.
O ato anulável, por outro lado, pode ser confirmado pelas partes, desde que não exista 
prejuízo a direito de terceiros. Note que tal possibilidade não existe para os atos nulos, 
ou seja, pode ser validado.
Você Sabia?
No tocante à nulidade, essa pode ser arguida por qualquer interessado; já no 
tocante à anulabilidade, essa será arguida apenas pelos titulares dos interesses em 
acordo no contrato.
Para que se declare a nulidade do contrato, não será necessária qualquer provo-
cação, pois, como ele deixou de observar requisitos da lei, chegando ao conheci-
mento de qualquer juiz, esse pronuncia a nulidade do contrato.
Vejamos um exemplo:
Um contrato assinado por um menor de 18 anos, ele é absolutamente incapaz de 
celebrar um negócio jurídico, por previsão expressa da lei, assim o contrato é nulo 
de pleno direito.
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Para que se declare, no entanto, a anulabilidade do contrato, essa deverá ser 
suscitada pela parte que a lei protege – um exemplo seria a celebração de um 
contrato, na qual uma das partes foi coagida mediante a alguma ameaça a celebrá-
lo; nesse caso, a formalidade está na forma da legislação vigente há um vício de 
vontade que contamina o contrato, podendo ser suscitada a anulabilidade.
O contrato nulo perde seus efeitos desde a sua formação, ou seja, a partir da ori-
gem do contrato – no Direito, a esse efeito dos contratos se utiliza do termo ex tunc.
Já para os contratos anuláveis, esses têm seus efeitos válidos enquanto não se 
declarar sua invalidade e só sofrem alteração a partir daí, para o qual a denominação 
jurídica é ex nunc.
Extinção dos Contratos
Podem os contratos serem extintos pelos motivos que veremos a seguir:
Execução do Contrato
É a forma mais comum de extinção dos contratos. Ocorre quando todas as 
partes cumprem com as obrigações convencionadas.
Condição Resolutiva
Essa condição pode estar presente por previsão expressa, bem como por pre-
visão tácita.
• Previsão tácita: De tal sorte que, em havendo o descumprimento da obrigação 
contratual de uma das partes em relação à outra, é facultado pedir a rescisão do 
contrato por inexecução, podendo, se houver interesse, exigir o cumprimento 
da avença com indenização por perdas e danos, mediante processo judicial.
• Previsão expressa: Trata-se de cláusula contratual em que o não cumprimento 
da obrigação contratual implica na rescisão do contrato, não carecendo de 
manifestação do Poder Judiciário.
Direito de Arrependimento
Para que exista tal possibilidade, deve haver cláusula de previsão expressa no 
contrato, assim pode o contrato ser rompido, desde que o arrependimento seja 
manifesto dentro do prazo fixado em contrato.
Resolução
A resolução pode se dar nas seguintes conformidades:
• Por onerosidade excessiva (art. 478, CC): É o caso quando o contrato, por 
exemplo, diante de um evento extraordinário e imprevisível, quando da data 
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UNIDADE Contratos
da contratação, tornou as obrigações contratuais excessivamente onerosas à 
prestação de uma das partes. Nesse caso, pode o devedor da obrigação pedir 
a resolução do contrato;
• Por inexecução voluntária: A inadimplência da obrigação se deu por culpa 
de uma das partes. Nesse caso, haverá perdas e danos.
• Por inexecução involuntária (força maior e caso fortuito): fatos alheios à 
vontade da parte a impedem de cumprir com sua prestação. Não há culpa, 
afastando a possibilidade de indenização por perdas e danos. Pode existir a 
intervenção judicial para trazer o equilíbrio da relação contratual, ou para se 
apurar eventuais perdas e danos.
Resilição
A resilição (dissolução do contrato por simples declaração de vontade de uma ou 
das duas partes contratantes) poderá ser:
• Bilateral (também conhecida por distrato): Ocorre um rompimento do vín-
culo contratual firmado entre as partes. Deve respeitar às mesmas normas e 
forma do contrato que se extingue.
Você já ouviu falar em distrato?
O distrato tem por finalidade extinguir as obrigações estabelecidas em um contrato 
celebrado anteriormente.Ex
pl
or
• Unilateral: Admitida em situações excepcionai, quando da ocorrência em 
certo contrato em que uma das partes houver feito investimentos consideráveis 
para a sua execução. A denúncia unilateral só produzirá efeito depois de 
transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
• Morte (para as obrigações personalíssimas): Só implica a extinção do con-
trato firmado intuitu personae (em razão da pessoa), assim com o falecimento 
do contratante extinguiu-se a força determinante para a conclusão do contrato.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Conheça os Direitos dos Clientes em Contratos com Academias e Escolas
https://goo.gl/ZViitZ
Cancelamento de Contrato Imobiliário é Tema de Debate
https://goo.gl/ZDhe8z
 Leitura
A Atual Teoria Geral dos Contratos
https://goo.gl/2PJB7K
Função Social do Contrato
https://goo.gl/IlCpLB
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UNIDADE Contratos
Referências
BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. V. 3, Contratos. 8. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016.
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. 18. ed. São Paulo: RT, 2015.
GOMES, Orlando. Contratos. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
GONÇALVES, Roberto Carlos. Direito Civil Brasileiro. Volumes I e III. 6. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2009.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. 42. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
NEGREIROS, Teresa. Teoria do contrato – novos paradigmas. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Renovar, 2006.
RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
SILVA PEREIRA, Caio Mário da. Instituições de Direito Civil. v. 3. 10. ed. Rio 
de Janeiro: Grupo Gen, 1996. p. 81.
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Outros materiais