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CRIMINOLOGIA - Reta Final Delegado MS - Damásio

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RETA FINAL – DELEGADO/MS
Criminologia – Prof. Rafael Folador Strano – rfstrano@gmail.com
Data 19/06/2017
AULA 01
INTRODUÇÃO
1. BIBLIOGRAFIA
- Criminologia – Sérgio Salomão Schecaira
- O que é criminologia? - Antônio Garcia Pablos de Molina
- Histórias do pensamento criminológico – Gabriel Anitua
2. DIFERENCIAÇÃO: Dogmática x Zetética
	Essa é uma diferenciação de filosofia do direito, não é um conceito propriamente criminológico, porém, é preciso invocar essa divisão para conseguir diferenciar o que é criminologia e o que é direito penal.
	A criminologia é uma ciência zetética. O direito penal é uma ciência dogmática.
	“O que você entende por ladrão?”, foi a pergunta de Aristóteles para um soldado.
a) Dogmática
 Dogmática vem da expressão alemã Dokaine(?), que significa ensinar, doutrinar. 
 Dogmática parte de um objeto de pesquisa com limites bem definidos. 
 Renuncia à pesquisa independente, vinculando-se a questões finitas, como por exemplo, os limites impostos pela lei que regulamenta determinada situação.
 Dogmática aponta solução para determinados problemas baseados em valores incontestáveis que são chamados de dogmas. Dogmas, então, são valores incontestáveis.
 Dogmática é a ciência do dever-ser do mundo ideal, do mundo abstrato. 
 Além disso, a dogmática despreza qualquer elemento externo à ordem posta, isso quer dizer que a dogmática não admite interdisciplinalidade. 
 Dogmática está ligada a tarefa de interpretação e sistematização de normas e princípios no ordenamento jurídico, voltando-se, primordialmente, ao problema de aplicação deste.
b) Zetética
 Ciência zetética deriva da expressão alemã “Zertein”, que significa “perquerir”, descobrir.
 Zetética desintegra opiniões e premissas anteriormente concebidas (o que é ladrão? O que você entende por ladrão?).
 Cria teorias, não dogmas.
 Questões zetéticas têm função de especulação infinita, o objeto é questionado em todas as direções.
 Zetética visa descobrir as coisas, por isso é a ciência da realidade, do ser, ela se aproxima da realidade, ela foge do mundo da abstração, do mundo ideal.
3. MODELO TRIPARTIDO DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS
	Seria a criminologia o estudo do crime, da criminalidade e do criminoso?
 Von Lizst criou o modelo tripartido das ciências criminais de acordo com o qual direito penal, criminologia e política criminal operassem de forma harmônica, respeitando, preservando as respectivas autonomias.
 O modelo tripartido do Von Lizst vai dividir as ciências criminais em três: a) direito penal (ciência dogmática); b) criminologia (ciência zetética); c) política criminal.
a) Direito Penal: conjunto de princípios que subjaz o ordenamento jurídico penal e que deve ser explicitado de forma sistemática. É você pegar os princípios, organizar e aplicar no caso concreto.
b) Criminologia: 
	“Ciência empírica e interdisciplinar (MÉTODO DA CRIMINOLOGIA), que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social (OBJETOS DA CRIMINOLOGIA) do comportamento delitivo e que trata de subministrar uma informação válida contrastada sob a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplando este como problema individual e social -, assim como sobre os programas de prevenção eficaz, as técnicas de intervenção positiva no criminoso e na vítima, além dos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito (FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA)”. (Antônio Garcia Pablos de Molina)
 Empírico é o método consistente na observação da realidade.
 Interdisciplinar é a possibilidade de outras ciências influenciarem a criminologia.
 Diferenças da criminologia e do direito penal
	CRIMINOLOGIA
	DIR. PENAL
	1) conhece a realidade para depois explicá-la (postura zetética de Aristóteles)
	1) valora e orienta a realidade (postura do soldado)
	2) aproxima-se do fenômeno delitivo sem qualquer mediação, não tem nenhum obstáculo
	2) aproxima-se limitado pela fragmentariedade e seletividade, sempre através dos tipos penais (só interessa para o direito penal o que está dentro da moldura)
	3) método empírico 
	3) método dogmático (dedutivo)
	4) método interdisciplinar
	4) método normativo
c) Política Criminal: 
	A criminologia está lá conhecendo a realidade, o direito penal está tentando ordenar a realidade. 
	O que liga uma a outra é a política criminal. Então, a política criminal é uma ponte que liga a criminologia ao direito penal. 
	No fundo, quando a gente falar em política criminal, estamos falando de estratégia para lidar com a criminalidade. É uma estratégia adotada pelo Estado para lidar com o problema da criminalidade.
	Política criminal é a disciplina que oferece aos poderes públicos as opções científicas mais adequadas para o controle do crime, servindo de ponte eficaz entre a criminologia e o direito penal.
	Existe uma ciência que vai produzir conhecimento, a criminologia. Existe uma ciência que vai tentar controlar a sociedade, que é o direito penal. E o que vai ligar uma a outra é a política criminal.
	Na época do Von Lizst, ele só pensava em política criminal repressiva, geralmente a política criminal de coação, de repressão é o direito penal. O problema é que não necessariamente a política criminal desemboca no direito penal, ela pode desembocar em outras medidas não penais. 
	Então, a política criminal, de fato, vai absorver o conhecimento criminológico, vai transformar esse conhecimento em algumas opções para os governantes, isso geralmente desemboca no direito penal. Mas, pode ser que isso desemboque em medidas preventivas e não necessariamente repressivas, que é o direito penal, ela também pode ser uma política criminal preventiva.
	A política criminal pode ser repressiva (direito penal), mas também pode ser preventiva (ex.: melhorar iluminação pública, campanha de conscientização, redução da desigualdade social).
	Política criminal é feita por todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário), nas três esferas federativas (união, estado e município).
	
4. FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA
	I) Obtenção de um núcleo de conhecimentos seguros: 
 Chegar mais perto possível de um conhecimento real.
	II) Resolução de problemas e conflitos concretos:
 A criminologia é a ciência do ser, ela quer resolver concretamente o problema, não adianta fazer uma teoria criminológica pra ficar no papel, se aquela teoria não resolver o problema concreto, não adianta, tem que resolver o problema concreto. A criminologia não é abstrata, é uma ciência pragmática.
	III) Prevenir eficazmente a criminalidade:
 A criminologia não se contenta com a resposta meramente normativa, pois dependendo do crime, fazer uma lei que criminaliza uma certa conduta, piora a situação (ex.: aborto – será que criminalizar o abordo não piora a situação da gestante?). A criminologia não se contenta com uma resposta simples.
	IV) Intervir no responsável pelo desvio (criminoso) e na vítima:
 É entender como o criminoso age e como ele incorpora esse rótulo de criminoso e qual é o efeito disso na vítima.
5. DELEGADO E CRIMINOLOGIA
	“A programação normativa baseia-se em uma realidade que não existe e o conjunto de órgãos que deveria levar a termo essa programação atua de forma completamente diferente” (Zaffaroni – Em Busca das Penas Perdidas).
 A criminologia ajuda a entender a realidade social em que o delegado vai trabalhar. Entender a realidade é o primeiro passo.
 O delegado tem uma função muito importante no sistema de justiça, geralmente o que o delegado coloca no relatório de um inquérito vai ser espelho lá no acórdão, dificilmente aquilo vai ser mudado na prática.
Data 28/06/2017
AULA 02
CONCEITOS CRIMINOLÓGICOS BÁSICOS
(OBJETOS DA CRIMINOLOGIA)
1. CRIME
 O que é crime?
 O conceito analítico de crime não serve para a criminologia, porque a criminologia quer entender na realidade o que é crime. 
 Para a criminologia não é suficiente o conceito unitário de crime, uma vez que cada escola criminológica possui uma definição distinta do que é crime.
 Todavia, é possível elencaros requisitos que uma determinada conduta deve possuir para ser criminalizada.
	1.1 Requisitos para uma conduta ser criminalizada:
a) incidência massiva: não há que se falar em crime se o fato foi episódico, acontecer uma vez só e ponto (ex.: molestamento de cetácio);
b) incidência aflitiva: uma conduta para ser criminalizada deve gerar dor, angústia, prejuízo;
c) persistência espaço-temporal: a conduta deve apresentar uma certa persistência ao longo do tempo e do território. Não há que se falar em criminalização de uma moda, de algo passageiro (ex.: rolezinho);
d) inequívoco consenso acerca da origem do crime (etiologia – estudo das causas): para criminalizar uma conduta, tem que se ter certeza que a criminalização vai atingir a causa da conduta e não a conseqüência (ex.: aborto, uso de drogas).
	1.2 Processo de Criminalização:
a) Criminalização Primária:
 É a lei penal, é o ato de fazer uma lei penal. É o ato de legislar em matéria penal.
 Apenas o poder legislativo é quem faz a criminalização primária.
 A criminalização primária tem como características fazer menção a condutas abstratas, genéricas e a pessoas indefinidas. Ela é erga omnes, vale para todo mundo.
b) Criminalização Secundária:
 É o ato de aplicar a lei penal.
 Quem faz a criminalização secundária? O sistema de justiça em geral (poder judiciário, MP, advogados), polícias (militar e civil), administração penitenciária e exército.
 A criminalização secundária tem como característica básica é dizer respeito a pessoas específicas, por condutas concretas.
	1.3 Processos de Prevenção:
 Há três modelos de prevenção para o crime, que é aplicada de acordo com o momento em que essa prevenção incide. 
 A prevenção primária incide antes do crime acontecer, a secundária acontece depois do crime e a terciária acontece muito depois do cometimento do crime.
a) Processo de Prevenção PRIMÁRIA:
	É a prevenção que se dirige as raízes do crime e que se confunde com políticas sociais de: educação, habitação, saúde e emprego.
	Ela incide muito antes do crime ocorrer, se manifestar. 
	Basicamente, essa prevenção é aquela que tende a tornar a sociedade um pouco mais justa, igualitária e com essa redução da desigualdade social tende a reduzir a criminalidade.
	Ela é muito eficaz, se investir pesadamente em saúde, emprego, moradia e educação, você vai ter uma chance muito alta de reduzir a criminalidade.
	O problema é que ela não tem um efeito imediato, o governante que investe em prevenção primária não vai colher os frutos hoje, é preciso passar por algumas gerações de pessoas para começar a produzir efeitos, por isso é pouco implementada.
	Aqui, a gente tenta prevenir o crime antes dele acontecer.
b) Processo de Prevenção SECUNDÁRIA:
	Aqui, o cara cometeu o crime e o Estado acredita que punindo esse sujeito logo depois do crime isso vai evitar novos crimes. Tem haver com as finalidades da pena.
	Confunde-se com a dissuasão penal e as finalidades declaradas da pena (prevenção geral e especial). 
	A prevenção secundária acontece logo após o cometimento do crime, baseada na crença de que punir o criminoso vai evitar novos crimes.
c) Processo de Prevenção TERCIÁRIA:
	Prevenção terciária é sinônimo de prevenção tardia, pois incide muito tempo depois do cometimento do crime, isto é, após o cumprimento da pena.
	Visa essencialmente evitar a reincidência criminal e se confunde com as políticas de atenção ao egresso.
	Aqui, na prevenção terciária, tem comprovação empírica de que ela é pouco eficaz – altos índices de reincidência.
2. CRIMINOSO
 Do mesmo jeito que para cada escola criminológica há um conceito de crime, para cada escola há um conceito de criminoso.
 Dadas as diferentes perspectivas, e em face de todas as discussões posteriores às concepções originais formuladas, entende-se que o criminoso é um ser histórico, real, complexo e enigmático (...). Por isso, as diferentes perspectivas não se excluem, antes, completam-se e permitem um grande mosaico (...)”. (SHECAIRA).
	Esse conceito quer dizer que não há conceito certo, mas sim que todos os conceitos se complementam e formam um mosaico
	Ou seja, não há definição unitária sobre o criminoso, uma vez que cada escola criminológica possui a sua respectiva definição.
3. VÍTIMA
 Conceito: vítima é um indivíduo ou comunidade que sofre diretamente as conseqüências, os efeitos, do crime.
 Como que se portou a vítima ao longo da história no que tange a persecução penal?
	Nem sempre a relação processual penal correu na forma que a gente entende hoje. 
	Hoje em dia a vítima tem um papel de meio de prova para conseguir a condenação do réu, mas nem sempre foi assim. 
	Antigamente, lá nos primórdios da história, a vítima era protagonista do processo, era a maior interessada. Hoje em dia não, hoje a vítima tem papel auxiliar no processo.
	3.1. FASES DA VÍTIMA NA PERSECUÇÃO PENAL
a) Fase da Idade de Ouro
 Antes da existência de um Estado consolidado, cada lugar, por exemplo Europa, não existia um estado unitário, então cada território resolvia os conflitos de uma maneira local, regionalizada. Nesse aspecto, se me furtasse, eu vítima, tinha o direito de ir lá perante esse infrator e exigir a reparação do dano (ex.: devolver o objeto furtado), se o sujeito conseguisse reparar o dano acabava, não existia um processo essencialmente punitivo, a resolução de conflitos nessa época tinha mais a ver com reparação de danos do que com punição. É claro que se o sujeito não conseguisse ou não quisesse reparar o dano, isso autorizaria a vítima a ir lá e punir o sujeito. Ou seja, a vítima era a protagonista.
 Dentro dessa Fase Idade de Ouro, a vítima era a protagonista, ela resolvia o conflito.
 Antes da criação do estado moderno, a vítima era protagonista da resolução do conflito penal. 
 A própria vítima tinha o direito de exigir a reparação do dano e de eventualmente punir o infrator. 
 O direito penal, nesta época, tinha um caráter mais reparador e menos punitivo.
b) Fase de Neutralização da Vítima
 Com a criação do Estado Moderno, a vítima é excluída da resolução do conflito penal e passa se tornar mero meio de prova para a acusação.
 É nesta época que surge o “Ministério Público” (procuradores do rei), o qual substitui a vítima no processo penal.
 O direito penal perde o caráter reparador e se torna essencialmente punitivo.
c) Fase de Revalorização do Papel da Vítima
 Recentemente, alguns institutos tentam recuperar os interesses da vítima no processo penal – ex.: fixação de indenização no âmbito da sentença condenatória.
 Mas hoje em dia, a vítima ainda está de escanteio, salvo nos casos de ações penais privadas.
	3.2. PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO
a) Processo de Vitimização PRIMÁRIA:
	É a vitimização em sentido estrito, aquela relação que se dá entre o criminoso e a vítima em decorrência do cometimento de um crime.
	É a relação de vitimização que ocorre entre a vítima em sentido estrito e criminoso. O sujeito sofre um crime, ele é vítima primária desse crime.
b) Processo de Vitimização SECUNDÁRIA:
	Uma mulher sofreu um estupro, ou seja, foi vítima primária. Foi para a delegacia e tomou um chá de cadeira, quando ela foii depor o escrivão tratou ela mal, o delegado começou a expor demais a pessoa, isso vai causar um sofrimento naquela pessoa que já foi vítima primária. Um ano depois, a vítima foi ao fórum prestar declarações e ela tem que relembrar de toda a violência que sofreu para um juiz homem, promotor homem, defensor homem, então é uma coisa que já incomoda, tudo isso também é vitimização, também vai causar dor, angústia e prejuízo na pessoa que já foi vítima primária.
	Vitimização secundária é a vitimização que decorre da relação entre a vítima primária e o Estado (ex.: excesso de exposição, insensibilidade, burocracia excessiva etc).
c) Processo de Vitimização TERCIÁRIA:
	A mulher vítima do estupro, vítima primária, sofreu excesso de exposisão, vítima secundária perante o Estado, quando ela voltou para a casa o muro da casa dela estava pichado “tambémcom essa roupa que usa, mereceu ser estuprada, é uma vagabunda”. Essa situação também é uma vitimização, é uma vitimização entre a vítima primária e o meio em que ela está inserida.
	A vitimização terciária é aquela que decorre da relação entre a vítima primária e o meio social em que ela está inserida.	
4. CONTROLE SOCIAL
 Toda sociedade necessita de mecanismos que garantam a convivência harmônica entre os indivíduos e esses mecanismos, chamados controle social, podem ocorrer de duas maneiras: informal ou formal.
	4.1. CONCEITOS DE CONTROLE SOCIAL
a) Controle Social INFORMAL:
	Controle Social Informal é aquele que se confunde com a sociedade civil (família, educação, religião) e opera de forma branda, educando o indivíduo ao longo de toda sua vida.
b) Controle Social FORMAL:
	Controle Social Formal é aquele que se confunde com o Estado, confunde-se com o aparelho estatal, isto é, polícia, sistema de justiça etc.
	É abrupto e atua de forma pontual e episódica na vida do sujeito.
	Polícia comunitária é o que? Ela é sui geniris, ao mesmo tempo que formalmente ela está enquadrada no estado, ela possui algumas características de controle social informal.
	4.2. MODELOS DE RESPOSTA AO DELITO
a) Modelo Dissuasório Clássico:
	Se baseia na crença de que a criminalidade deve ser punida de forma implacável. Baseia-se, ainda, na rápida aplicação do castigo.
	Nesse modelo, a vítima é no máximo um meio de prova. Este modelo não contempla os interesses da vítima.
b) Modelo Ressocializador:
	É aquele que agrega um fator humanitário ao dissuasório clássico, isto é, a pena é aplica para ressocializar o indivíduo.
	No Brasil, na teoria aplica-se o modelo ressocializador, mas na prática é aplicado o modelo dissuasório clássico.
c) Modelo Integrador:
	Se baseia na mediação e na composição de todos os interesses e responsabilidades envolvidos no crime. Pressupõe a reparação do dano.
	Pretende, ainda, reparar o dano causado à vítima. De acordo com este modelo, a solução para o conflito deve ser encontrada internamente pelos próprios envolvidos.
Data 29/06/2017
AULA 03
	
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
1. PRECURSSORES
	1.1. ESCOLA CLÁSSICA DA CRIMINOLOGIA – Beccaria
	Autor Principal: Cesare Bonesana – Marquês de Beccaria
	Obra: Dos Delitos e das Penas
	Palavras-chave: garantias penais, iluminismo, livre-arbítrio, racionalidade, castigo como utilidade.
 Visa evitar o direito penal do terror, de sangue. Tem a ver com contenção do poder punitivo, isto é, limitação do direito penal através da defesa de princípios e garantias.
 O principal autor da escola clássica foi Cesiare Boresana, conhecido como Marquês de Beccaria, que escreveu a obra Dos Delitos e das Penas, que é a principal obra da escola clássica da criminologia.
 Hobbes escreveu O Leviatã, que fala que o homem vive no estado de natureza, só que nesse estado de natureza o homem é o lobo do homem, ou seja, um homem mata o outro. Por isso os homens não podem ficar sem governo e assinam um contrato social, cedendo todos os seus direitos para o soberano, inclusive, o direito de vida, de honra, de propriedade, fundando, assim, o Estado Civil. Essa é a teoria contratualista de Hobbes.
 A criação do estado moderno baseou-se na teoria contratualista de Hobbes, o qual pressupunha a cessão de todos os direitos para o soberano, inclusive o direito de vida e morte do súdito. Nasce assim, o direito penal do terror absolutista.
 O estado moderno incorporou os métodos da inquisição na estrutura estatal de resolução de conflitos. A partir deste momento histórico, o pecado passa ser equiparado ao crime, isto é, há uma equiparação entre a afronta a Deus e uma afronta a soberania estatal. O soberano passa a ter interesse em aplicar o direito penal, de forma que a vítima é excluída da resolução do conflito (fase de neutralização da vítima).
 A partir deste momento histórico não interessava ao rei punir de maneira proporcional, uma vez que a desproporcionalidade e a violência reafirmariam a sua soberania. Surge assim o direito penal do terror (ex.: estigmas corpóreos, mutilações, trabalhos forçados – casas de raspagem, prisões aleatórias – todo mundo junto).
 Algum tempo depois, o ideário iluminista passa a transformar essa concepção social. Isso porque, para os iluministas o homem conserva os seus direitos fundamentais na passagem do estado de natureza para o estado civil. O rei, então, se vê obrigado a respeitar a vida, a honra e a propriedade do súdito.
 Beccaria, então, escreve Dos Delitos e Das Penas a fim de incorporar o ideário iluminista ao direito penal.
 Beccaria parte do pressuposto que o crime é a violação do contrato social por um indivíduo dotado de livre arbítrio. A resposta estatal deve, portanto, ser igualmente racional, pois senão se tornará mera vingança. Daí porque Becaaria desenvolve as principais garantias processuais penais, dentre as quais se destacam o princípio da legalidade, vedação a penas cruéis, trabalhos forçados.
 A escola clássica da criminologia é uma etapa pré-científica da criminologia, pois ainda não adotava o método empírico.
	
	1.2. POSITIVISMO CRIMINOLÓGICO – Lombroso, Ferri e Garófalo
 “O conceito de personalidade é objeto de enorme controvérsia em Psicologia ou Psiquiatria modernas, por causa de seus limites imprecisos e difusos (...). Os operadores do sistema de justiça não possuem formação acadêmica em psicologia ou psiquiatria para decidir sobre o complexo conteúdo do conceito de personalidade e, por essa razão, a jurisprudência brasileira tem atribuído um significado leigo ao conceito”. JUAREZ, Cirino dos Santos.
 Aqui vamos falar sobre 03 autores positivistas: Lombroso, Ferri, Garófalo
	I – Lombroso – “pai” do positivismo criminológico.
 Lombroso era um determinista biológico, ele acreditava que pode definir, prever o comportamento humano através das características físicas, biológicas do indivíduo.
 Lombroso escreve o livro “O Homem Delinquente”. Em síntese, Lombroso foi muito influenciado pela teoria da evolução das espécies de Darwin e deu uma deturpada nessa teoria.
 Para Lombroso o indivíduo criminoso padece de uma doença chamada Regressão Atávica, isto é, uma regressão na escala evolutiva que faz com o que o indivíduo se comporte de maneira violenta ou primitiva.
 Para Lombroso o delinqüente nato era um indivíduo doente, o qual não possuía livre arbítrio, isto é, estava fadado ao cometimento de crimes. 
 Em outras palavras, o que Lombroso faz é criticar a escola clássica.
 Partindo deste paradigma, Lombroso e o positivismo em geral apresenta proposta da política criminal fundada na pena de morte ou nas medidas de segurança.
 Lombroso errou na premissa, primeiro porque era uma premissa racista, não se pode julgar ninguém pela aparência, e segundo porque ele errou na amostra, ele achou que criminoso era só aquele sujeito que tava dentro da cadeia, ele esqueceu que tinha gente fora da cadeia que comete crime e não vai pra preso, esqueceu da cifra oculta, a seletividade penal.
 Mas Lombroso tem um mérito, por mais que a premissa seja equivocada, ele foi o primeiro cara que resolveu fazer a criminologia de forma empírica – ele ficava fazendo autopsia, fazendo entrevista com os presos.
 O positivismo criminológico inaugura a etapa cientifica da criminologia, bem como a etiologia (estudo das causas) criminal. 
 A criminologia depois do Lombroso passa a ser científica e etiológica, porque ele adota o empirismo e ele passa a descobrir a causa do crime.
 O principal reprodutor de Lombroso no Brasil é o autor Nina Rodrigues.
	II – Henrico Ferri
 Ferri era discípulo de Lombroso, Ferri é positivista, porém ele agrega alguns elementos sociais na teoria do delinquente nato. O Ferri acrescenta a essa teoria fatores telúricos e fatores sociais.
 Para Ferri ao identificar um criminoso não basta as características físicas, é preciso também levar em conta os fatores sociais (onde a pessoa mora, religião, meio social, educação etc) e fatores telúricos (clima, estações do ano e temperatura),pois também influenciam no comportamento criminoso.
 Ferri escreve o livro Sociologia Criminal, considerando o nome do livro muita gente acha que o Ferri está nos EUA, Séc. XX, as escolas sociológicas, mas não!! Ferri é positivista, discípulo de Lombroso, na Itália.
 Ferri agrega fatores sociais (lugar em que vive, religião, educação etc.) e fatores telúricos (clima, estações do ano e temperatura), à teoria do delinqüente nato.
 Ferri escreve o livro Sociologia Criminal e é considerado o Pai da sociologia criminal, mas não confunda com a sociologia criminal do séc. XX – Teorias do Consenso.
	III – Rafaeli Garófalo
 Garófalo foi o jurista do positivismo, foi principal fomentador de leis penais relacionadas ao positivismo criminológico.
 Garófalo vai desenvolver uma teoria falando que indivíduos criminosos, o delinqüente nato, são seres desprovidos de piedade (crimes contra a vida) e probidade (crimes contra a propriedade).
 Garófalo foi o principal fomentador, defensor das medidas de segurança, porque ele falava que o cara que não tinha piedade e probidade, era um sujeito que tinha periculosidade. Ele desenvolve, assim, o conceito de “Temerità” (periculosidade).
 Partindo de um pressuposto positivista, o que se faz com as pessoas perigosas? Mata ou interna.
 Com base no conceito de periculosidade, ele desenvolve a teoria das medidas de segurança.
	1.3. ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA – Arturo Rocco
 Tem como principal autor Arturo Rocco (italiano).
 Rocco criticou a escola clássica, falando que Beccaria estava muito influenciado por política, ideologia. Rocco criticou o positivismo criminológico, falando que o Lombroso, Ferri e Garófalo estavam muito influenciados por psiquiatria, sociologia. 
 Rocco criticava as duas escolas que vieram antes dele, ele falava que essas escolas impediam que o direito penal se desenvolvesse, tal qual se desenvolveu o direito civil.
 Rocco então propõe que se estude o direito penal exclusivamente pela norma, essa é a escola técnico-jurídica. Rocco queria desenvolver a ciência do direito penal sem a influência da política e da sociologia.
 Rocco critica a escola positivista e clássica, sob o argumento que o direito penal estaria influenciado por questões políticas e sociológicas. Propõe, assim, o estudo do direito penal sem tais influencias, pautado apenas pela norma jurídica.
 O problema é que ao longo do tempo deturparam a teoria de Rocco, passando a levar a lei muito ao pé da letra.
2. TEORIA DO CONSENSO
 Teorias do consenso partem do pressuposto que todas as instituições sociais e todos os cidadãos funcionam de forma harmônica, todo mundo concorda com as finalidades sociais, a sociedade é perfeita, a estrutura social é perfeito, todo mundo está ali em prol de um bem comum e todo mundo concorda com o bem comum.
 Para essas teorias, a criminalidade é algo que está fora da estrutura social, a sociedade é perfeita e o crime é algo externo, é uma doença que vem e contamina a sociedade perfeita. 
	Isso é um contraponto com a teoria do conflito, que fala a própria estrutura social é que está podre, que o crime vem da estrutura social.
 Para as teorias do consenso cidadãos e instituições operam de forma harmônica. Todos concordam com as finalidades sociais. O crime dentro dessa perspectiva, é algo externo, alheio à estrutura social.
 São 04 as teorias do consenso, são empíricas e etiológicas.
 As teorias do consenso são etiológicas, são explicativas, elas vão tentar explicar a causa do crime.
	
	2.1. ESCOLA DE CHICAGO
	Principais autores: Thomas, Park e Burguess
	Obra: O camponês polonês na Europa e América
	Palavras-chave: sociologia criminal, ecologia criminal, desorganização social
 No começo do Séc. XX, a cidade de Chicago era uma cidade de muita imigração, porque tinha muitas fábricas se instalando em Chicago. Do dia para a noite, Chicago teve um “boom” populacional. A cidade de Chicago não estava preparada para receber tanta gente e junto com o boom populacional, teve um boom de criminalidade e isso chamou a atenção dos criminólogos de Chicago.
 Existia uma universidade em Chicago que tinha um departamento de sociologia, nesse departamento os criminólogos começaram a perceber que tinha um problema, que a taxa de crime estava aumentando em Chicago e resolveram estudar isso de forma pragmática, para resolver o problema.
 Então, a primeira característica da Escola de Chicago é que ela era pragmática.
 No começo do século XX, a cidade de Chicago sofre um boom populacional e o conseqüente aumento na criminalidade. Os sociólogos da universidade de Chicago resolvem estudar esse fenômeno de uma forma pragmática, isto é, queriam resolver de fato este problema.
 Os criminólogos adotaram alguns métodos para solucionar o problema:
a) ecologia criminal;
	É a decomposição da cidade em áreas e zonas a fim de estudar o fenômeno criminal. 
b) inquéritos sociais;
	Social Survey. Inquérito Social é como se fosse um senso feito pelo IBGE. Eles começaram a fazer inquéritos sociais pela cidade de Chicago para fazer uma estatística da criminalidade.
c) mapas e estatísticas.
	Mapas tem a ver com estudos cartográficos, pegar o mapa da cidade e representar graficamente onde está a criminalidade, para ilustrar onde estão ocorrendo os crimes.
 Com o uso desses métodos, os sociólogos da escola de Chicago elaboram um Modelo Radial da Criminalidade, criado pelos autores Park e Burguess. O Modelo Radial vai representar a cidade de Chicago, no centro ficava o Loop, que representa as fábricas, indústrias; o segundo círculo contem os Slums, que significa cortiço, pensão de baixo custo, prostíbulos; no terceiro, quarto e quinto círculo, ficava respectivamente a população de classe baixa, média e alta.
 De acordo com o modelo radial, no centro da cidade de Chicago estava localizado o Loop, isto é, as indústrias; no segundo círculo estava o localizado os Slums (cortiços, pensões de baixo custo e prostíbulos), neste círculo/ área concentravam-se os imigrantes que haviam acabado de chegar na cidade; no terceiro, quarto e quinto círculos estavam respectivamente as residências de classe baixa, média e alta.
 A maior incidência de crimes violentos estavam na área dos Slums, com as habitações de baixo custo, geralmente habitadas por imigrantes que haviam acabado de chegar na cidade. 
 Um sujeito chamado Willian Thomas escreveu um livro chamado O camponês polonês na Europa e na América. Esse livro foi usado pela criminologia e constata que um polonês que não praticou crime na Polônia praticou crime em Chicago, isso foi a primeira porrada que Lombroso levou, isso quis dizer que o mesmo indivíduo que não cometeu crime no pais de origem, praticou crime na América, rompendo com o positivismo criminológico, porque o cara possui as mesmas características físicas, o que mudou foi o meio social dele.
 Os sociólogos concluíram que a causa do crime é a Desorganização Social, que é o rompimento dos vínculos de afeto e cuidado com o próximo, que o polonês tinha na sua vila na Polônia e não tinha mais ali em Chicago, que era uma cidade muito grande e tinha uma população de imigrantes.
 Para os sociólogos da cidade de Chicago, a causa do crime é a Desorganização Social, que é o rompimento dos vínculos de afeto e de cuidado com o próximo, o qual decorre de barreiras linguísticas, culturais, mobilidade social e anonimato urbano.
 Além da desorganização social, o fato daquela área Slums era extremamente degrada, também contribuía para o cometimento de crimes. Aqui é uma sementinha do que vamos ver nas Teorias das Janelas Quebradas, que bem depois da escola de Chicago.
 A proposta político-criminal apresentada pela Escola de Chicago foi a restauração do controle social informal (ex.: escoteiro mirins – eles surgem quase como uma necessidade nessa época, pegaram os filhos desses imigrantes e formaram um grupo coeso, para um se identificar com o outro; da mesma forma a igreja tem um papel fundamental, para unir as pessoas, restaurando assim o controle social informal e diminuindoa taxa de criminalidade).
	2.2. Teoria da Associação Diferencial
	Principal autor: Edwin Sutherland
	Obra: Crimes de Colarinho Branco
	Palavras-chave: sociologia criminal, aprendizado delitivo, crime de colarinho branco, leis de repetição
 O principal autor dessa teoria foi Edwin Sutherland, ele também era da Escola de Chicago, mas em um certo momento histórico ele começou a perceber que a Escola de Chicago não explicava os crimes praticados pelas pessoas poderosas, só os crimes praticados nos Slums. 
 Isso começou a incomodar Sutherland, pois a criminologia, até então, só explicava os crimes cometidos por pessoas pobres. Com isso Sutherland vai criar a Teoria da Associação Diferencial, que no fundo é uma etiologia geral da criminalidade, que explica tanto o crime cometido pelo pobre como o crime praticado pelo rico.
 Surtherland tenta fazer uma etiologia da criminalidade, isto é, que explique o crime cometido pelo rico, como o crime cometido pela pessoa mais pobre.
 O estudo de Sutherland surgiu com a quebra da bolsa de NY, em 1929, e o lançamento do New Deal, onde os empresários e banqueiros tinham regras para cumprir, a margem de lucro diminuiu bastante, e com isso, os empresários começaram a burlar essas regras. O problema era que após o New Deal, burlar as regras era crime, foi quando surgiu os primeiros crimes de colarinho branco.
 Após a quebra da bolsa de NY, em 1929, o governo americano lançou o New Deal, isto é, uma série de regras econômicas e empresariais que passaram a pautar o empresariado. A partir disso, a margem de lucro do empresariado se afunilou, diminuiu, o que suscitou muito interesse no descumprimento das regras econômicas. Surgiram, assim, os primeiros crimes de colarinho branco.
 Para Surtherland, o crime de colarinho branco é o crime cometido por pessoa de alta respeitabilidade social no âmbito profissional (ex.: é o grande empresário). 
 Surtherland, então, tem a missão de explicar o crime de colarinho branco, uma vez que a desorganização social já explicou o crime cometido por pessoas pobres. Sutherland não vai conseguir explicar isso através do positivismo criminológico, porque a pessoa rica tem acesso a saúde, não tem tatuagem, não fala gíria, é uma pessoa certinha; também não vai consegui explicar pela desorganização social, pois o rico não mora em uma área degradada da cidade, não tem barreira lingüística, cultural.
 Para Sutherland ou para a Teoria da Associação Diferencial, o crime pode ser objeto de um aprendizado. 
 Este aprendizado engloba tanto a técnica criminosa (como praticar o crime – ex.: como sonegar o imposto) como a justificativa dessa conduta (explicar pra ele mesmo porque ele ta cometendo aquele crime). Esse aprendizado delitivo se dá na imitação de certos comportamentos.
 A causa do comportamento criminal para Sutherland é um juízo de custo benefício em relação ao cumprimento da lei. Se for muito desfavorável para o indivíduo cumprir a lei, ele vai se encaminhar para ilicitude.
 Então, a etiologia de Sutherland para o crime do rico é adotado a idéia de aprendizado, de cumprimento da lei em relação ao juízo de custo benefício.
 Sutherland vai começar a estudar as principais empresas americanas, e vai concluir que mais de 90% dessas empresas cometeram crimes e uma ínfima parcela dessas empresas foi condenada em termos criminais. Sutherland é o primeiro cara a perceber que o sistema é desigual e ele vai delinear alguns fatores pelos quais o criminoso de colarinho branco é tratado de forma mais branda pelo sistema de justiça.
 Sutherland delineia, exemplifica, consolida, alguns fatores pelos quais o criminoso de colarinho branco é tratado de forma desigual, de forma mais benéfica pelo sistema punitivo. São eles:
	I – Status do Agente: o primeiro critério que vai diferenciar o tratamento para o criminoso de colarinho branco é o status do agente, porque o juiz quando julga o criminoso de colarinho branco, ele se identifica com esse criminoso, ele vai enxergar alguém que tem os filhos que estudam na mesma escola, que freqüenta os mesmos lugares, que estudou na mesma faculdade. O Status do Agente causa um misto de admiração e medo nos aplicadores da lei, além destes se identificarem com os próprios costumes, meio social, do agente de colarinho branco, o que dificulta a punição, ainda que de forma inconsciente.
	II – Cifra Dourada da Criminalidade: é a ausência de crimes de colarinho branco nas estatísticas oficiais de criminalidade e isso contribui para que a população não entenda os crimes de colarinho branco como crime.
	III – Tendência de Administrativização desses crimes: o Estado tem menos interesse em punir esses crimes e mais interesse em arrecadar o dinheiro de volta. Por isso o Estado tem interesse em empurrar esses crimes para fora da área criminal para dentro da área cível e fiscal.
	IV – Complexidade da Conduta e Difusão das Vítimas: em relação aos crimes de colarinho branco a sociedade não fica comovida, como quando alguém mata uma outra pessoa. Então, a complexidade da conduta dificulta o ressentimento social, a vítima do colarinho branco não são individualizadas, são difusas. É o ressentimento desorganizado, não há comoção social em relação ao crime de colarinho branco, pela sofisticação, complexidade da conduta e pela difusão das vítimas, a sociedade não consegue individualizar quem é a vítima.
	2.3. Teoria da Anomia:
	Principais autores: Durkhein e Merthon
	Obra: Estrutura Social e Anomia
	Palavras-chave: tensão entre anseio e possibilidade, valores sociais, ausência de regramento
 Conceito de Anomia: anomia é desregramento, ausência de lei, de normas. Uma sociedade anomica não sabe o que é justo ou injusto, lícito ou ilícito. 
 Existem dois autores que possuem concepções bem diferentes um do outro. O primeiro autor é Durkhein e o segundo é Merton.
a) Durkhein:
	Para Durkhein o crime é causado pela anomia.
	Durkhein fala que enquanto houver uma certa taxa de anomia baixa e estável isso pode ser bom para a sociedade. Como assim, anomia não significa cometimento de crimes? Pois é.
	Para Durkhein, o crime é uma constante na sociedade capitalista, toda sociedade tem crime, porque em uma sociedade com regras, sempre vai ter alguém que vai descumprir as regras. 
	Ele diz que é importante manter essa taxa de anomia baixa e estável, porque enquanto a gente pune essas pessoas que estão em anomia, isso vai reforçar para os demais as normas vigentes, o problema para Durkhein acontece se houver uma súbita elevação da taxa de crimes.
	Para Durkhein o cometimento de crimes se deve à anomia. Para ele com tanto que a taxa de anomia se mantenha baixa e estável, isso pode representar algo benéfico em termos sociais, uma vez que a punição a tais indivíduos reforçará os valores vigentes para demais cidadãos.
b) Robert Merthon:
	Merthon tem uma visão de anomia completamente diferente do que fala Durkhein.
	Para Merthon, o indivíduo tem uma expectativa de sucesso (família americana perfeita), o problema é que existe um lapso entre as possibilidades do cara e o sucesso que ele quer atingir. Esse lapso, Merthon chama de anomia.
	Para Merthon, anomia é o lapso existente entre a expectativa social de sucesso e os meios para alcançá-la. 
	Diante desse lapso o indivíduo pode reagir de 05 maneiras, comportamentos:
	1ª comportamento: conformismo. É a satisfação mesmo diante da anomia, do lapso entre possibilidade e expectativa. 
	2º comportamento: inovação. Ela se dá quando o indivíduo se vale de meios ilegítimos para atingir a expectativa social de sucesso. Em outras palavras, ele vai começar a cometer crimes.
	3º comportamento: ritualismo. Ocorre quando o indivíduo não está conformado, ele quer atingir o sucesso, mas ele tem medo de inovar. Não implica no comportamento de crime, embora o sujeito não esteja conformado.
	4º comportamento: evasão. Ocorre quando o indivíduo renuncia a expectativa de sucesso e resolve a viver uma vida alternativa. No caso da evasão implica no cometimento de crime? Depende,para ela ser considerada crime, vai depender do grau punitivo do estado.
	5º comportamento: rebelião. Ocorre quando o sujeito não está conformado, ele simplesmente quer substituir essa expectativa de sucesso por outra, ele quer fundar um novo modelo social, ele quer mudar a sociedade. Isso implica em comportamento criminoso? Depende. A rebelião por si, para ser considerada criminosa vai depender da reação do estado.
	2.4. Teoria da Subcultura Delinquente
	Principal Autor: Albert Cohen
	Obra: Delinquent Boys
	Palavras-chave: cultura, subcultura, delinqüência juvenil, ausência de perspectiva, não-utilitarismo
 Cultura e Subcultura:
	Cultura são valores dominantes de uma certa sociedade que são passados de geração para geração.
	Subcultura é uma cultura dentro da cultura, que adota valores opostos ou divergentes. Nem toda subcultura é delinqüente.
	Contracultura é a subcultura que pretende substituir a cultura dominante.
 Subcultura Delinquente:
	Alguns criminólogos resolvem estudar a etiologia de crimes cometidos no âmbito de subculturas (esta teoria não é uma etiologia geral, pois visa apenas explicar a causa de crimes específicos cometidos no âmbito das subculturas).
	Tais criminólogos chegam a conclusão de que algumas subculturas praticam crimes em razão da inversão do valor da cultura dominante (cultura dominante: não cometer crimes/ subcultura: cometer crimes).
	Isso também rompe com o positivismo, pois passa-se a entender que criminoso não é um indivíduo, mas a cultura, no caso a subcultura.
 Subcultura Delinquência Juvenil:
	A delinquência juvenil é o estudo dos crimes cometidos nas subculturas de jovens que cometem crimes por meio das gangues (gangs).
	O principal autor dessa subcultura é o criminologo Albert Cohen, que escreveu o livro Delinquent Boys.
	Cohen evidencia que a subcultura delinquencial juvenil é resultado da frustração de uma parcela de jovens que jamais atingiram ou que teriam muitas dificuldades para atingir o american way of life. 
	Tais jovens fundam uma subcultura, na qual o sucesso é representado pelo cometimento de crimes.
	Características dos crimes cometidos nas subculturas delinqüênciais juvenis:
a) malícia: o prazer em constranger o outro;
b) não utilitarismo da ação: ele não furta para obter a propriedade, ele furta pela malícia, a ação não tem uma finalidade útil;
c) negativismo da ação: é a inversão de valores da cultura dominante.
	
Data 03/07/2017
AULA 04 – continuação
3. TEORIAS DO CONFLITO
 São duas teorias do conflito: Labelling Approach (teoria do etiquetamento) e Criminologia Crítica.
 Para as teorias do conflito, a sociedade é dividida em classe. A tensão entre essas classes gera criminalidade. A criminalidade, portanto, está enraizada na estrutura social.
	3.1. Labelling Approach – Teoria do Etiquetamento
 Os movimentos contraculturais da década de 60 (pacifistas, feministas, movimento negro) desagradaram o governo americano, o qual passou a associá-los a certos crimes (ex.: guerra às drogas). Isso chamou a atenção da criminologia, a qual percebeu que o direito penal poderia ser manipulável, isto é, focado em atingir certas pessoas ou certos grupos sociais previamente selecionados.
 “O crime nada mais é do que aquilo que a sociedade define como fato punível” – Howard Becker, Livro Outsiders.
 Constata-se que o modo pelo qual a sociedade reage a uma certa conduta é mais importante para defini-la como criminosa, do que a natureza dessa conduta.
 O crime passa a ser considerado o resultado da produção normativa de um terceiro, o qual aplica o rótulo de criminoso a determinados indivíduos ou condutas.
 A criminologia, assim, deixa de ser etiológica e passa a ser interacionista. 
a) Criminologia da reação social:
	A criminologia passa a se interessar pelos mecanismos de rotulação e a interação deste com os indivíduos rotulados, surgem questões do tipo: “Quem é considerado desviante?”; “Quem é que etiqueta dessa forma?”; “Como etiqueta?”.
b) Consequências da criminalização ou rotulação no indivíduo criminalizado:
	O principal autor dessa vertente do Labelling Approach é Goffman, que vai desenvolver o conceito de Instituição Total.
	Instituição total é um local no qual o indivíduo passa a ter a vida rigorosamente administrada e perde sua individualidade (ex.: presídios, manicômios, quartéis e conventos).
	A primeira conseqüência dessa instituição total é a “estigmatização”. Quando indivíduo é rotulado como criminoso, isso acaba estigmatizando-o, isto é, causando uma marca social deletéria. Estigma é uma palavra grega que significa “marca”.
	A segunda conseqüência da instituição total é a “desestruturação do eu”, que é o fenômeno que ocorre com a perda da personalidade do indivíduo, o qual passa a crer que o seu lugar é dentro da instituição total.
	A estigmatização mais a desestruturação do eu gera a reinciência.
	3.2. Criminologia Crítica
a) Introdução
 Foi um movimento que surgiu no contexto da guerra fria ao longo do mundo.
 Criminologia crítica é sinônimo de: nova criminologia, criminologia marxista ou criminologia radical. É a aplicação do ideário marxista para o direito penal.
 A principal obra da criminologia crítica é “A Nova Criminologia”, de Walton, Taylor e Young, aqui nasce a criminologia crítica
 A obra “Punição e Estrutura Social”, de George Rushe e Otto Kircheimer., esse livro é uma influência, mas não é o começo da criminologia crítica.
 No Brasil, os principais autores críticos são Nilo Batista e Juarez Cirino dos Santos.
 A idéia central é de que você tem que transformar a sociedade para reduzir a criminalidade.
 A nova criminologia propunha visualizar as origens e superestruturais do desvio, assim como as reações mais imediatas das instâncias oficiais e do público.
 Deve-se buscar a abolição das desigualdades sociais, afirmando que a redução da criminalidade passa pela eliminação da exploração econômica e da opressão política de classe.
b) O mito da igualdade
 “O direito penal é o direito desigual por excelência” – BARATTA.
c) Ideia central
 Insuficiência da teoria do consenso para explicar a totalidade do fenômeno criminal.
 Para os críticos, os atos são criminosos porque é interesse da classe dominante assim defini-los.
 O delito é um fenômeno dependente do modo de produção capitalista.
 As pessoas são rotuladas criminosas, pois assim as definindo, serve-se aos interesses das classes dominantes.
 As classes mais pobres são rotuladas e as mais ricas não, pois estas detém meios de produção, o que lhes dá controle do Estado e da aplicação da lei (a criminologia tradicional afirma que os mais pobres são mais propensos a serem rotulados, pois cometeriam mais crimes).
 O homem não tem livre-arbítrio. Ele está submetido a um vetor econômico insuperável que produz a criminalidade como um fenômeno global.
 O problema criminal é insolúvel dentro dos marcos de uma sociedade capitalista.
 O crime não é uma constante em todas as sociedades (doutrina funcionalista). Ele varia dependendo da estrutura econômica.
 Definir certas pessoas como criminosas permite maior controle sobre o proletariado, acentuando a hostilidade do oprimido para longe dos opressores e em direção à sua própria classe (seleção vitimizante).
 Redefinição do próprio conceito de crime. Aceitar a definição neutra de crime é aceitar uma ficção. Aceitar as soluções “neutras” para o controle da criminalidade também.
 Enquanto a solução dita “neutra” para o problema da criminalidade se dirige ao controle da população vulnerável (pobres, jovens, mulheres), a solução da criminologia crítica se dirige na transformação revolucionária da sociedade e na eliminação da exploração política e econômica.
d) Derivações da criminologia crítica:
	I) Garantismo Penal
 O principal autor é Ferranholi.
 Garantismo penal é limitar o direito estatal, tal como Beccaria propôs.
 Princípios do garantismo penal: 
1) retributividade;
2) legalidade;
3) necessidade;
4) lesividade;
5) materialidade da ação ou da exteriorizaçãoda ação;
6) culpabilidade ou da responsabilidade pessoal;
7) jurisdicionalidade;
8) separação entre juiz e acusação (princípio acusatório);
9) prova;
10) contraditório (defesa).
	II) Abolicionismo Penal
 Os abolicionistas propõem acabar com o sistema penal, para conseguir visualizar outras formas de resolver o problema sem ser através da punição.
 Principais idéias do abolicionismo penal: 
1) nós já vivemos em uma sociedade sem direito penal (cifra oculta). Todas as demais situações problemas são resolvidas fora do sistema penal.
2) sistema anômico: as normas não cumprem a função esperada (não tutelam o objeto da vida). Não há prova empírica de que a lei penal possui o efeito de dissuadir a prática criminosa.
3) o sistema penal cria e reforça desigualdade. Cria estigmas.
4) o sistema é burocrata (ex.: agricultor que comete crime ambiental ao colher raízes para sua mulher).
5) o sistema não se preocupa com a vítima (daí a sugestão da justiça restaurativa).
6) o sistema é uma máquina de produzir dor inutilmente. Ele não transforma. Ele destrói. É higienista.
7) A pena é ilegítima, pois não supõe o consentimento por parte do acusado. As finalidades não se cumprem. Há altos índices de reincidência.
	III) Neorrealismo de Esquerda
 Os críticos super idealistas se depararam na prática com a Teoria das janelas quebradas, parte da idéia de que crimes ou pequenas incivilidades (ex.: pichar um muro) podem atrair crimes mais graves.
 E os críticos super idealistas também se depararam com o Movimento de Tolerância Zero, que é a política criminal policial resultante da teoria das janelas quebradas, é você mandar a polícia para rua para prender, punir todo mundo que estiver cometendo pequenos delitos. 
 O efeito colateral disso é que quem foi selecionado foram os pobres, negros, as minorias, nos EUA a abordagem dos negros e latinos aumentou demais, isso deu margem à descriminalização, abuso por parte da polícia.
VITIMOLOGIA
1. CONCEITOS
 Conceito clássico de vitimologia é de Benjamim Mendelsohn, que diz que “a vitimologia é a ciência que se ocupa da vítima e da vitimização, cujo objeto é a existência de menos vítimas na sociedade, quando esta tiver real interesse nisso”.
 Conceito amplo de vítima é “pessoa que sofre os resultados infelizes dos próprios atos, dos de outrem ou do acaso”. 
 O conceito estrito é “a pessoa ou comunidade que sofre as conquências do crime”.
2. FASES DA VÍTIMA (primeira aula)
 Idade de Ouro
 Neutralização
 Revalorização
3. VITIMIZAÇÃO (primeira aula)
 Vitimização, segundo Edgar de Moura Bitterncourt, é a “ação ou efeito de alguém, grupos de pessoas ou nações vitimarem-se e vitimarem pessoas, grupos ou povos”.
	3.1. Vitimização Primária
	3.2. Vitimização Secundária
	3.3. Vitimização Terciária
4. EVOLUÇÃO E FINALIDADE DA VITIMOLOGIA
 De acordo com Mendelsohn, a vitimologia possui os seguintes objetos:
a) vítima dos delinqüentes;
b) vítima sem intervenção de terceiros (ex.: acidente de trabalho);
c) fatores comuns às vítimas;
d) diversas categorias de vítimas;
e) reincidência criminal.
 Procura entender e analisa as condições e os processos de vitimização pelos quais certos tipos de pessoas e certas categorias sociais aparecem mais grave e frequentemente como vítimas – BITTENCOURT, Edgard de Moura.
5. DUPLA PENAL
 Dupla penal é a relação entre a vítima e o criminoso, a rigor ela é sempre contraposta, os interesses são contrapostos, mas nem sempre.
 Essa relação pode ser harmônica ou contraposta, mas em alguns graus.
 Para Mendelsohn, a classificação que leva em conta a participação ou provocação da vítima, que vai estabelecer o grau de harmônica ou contraposta é: 
a) a vítima ideal (completamente inocente);
b) a vítima menos culpada que os criminosos;
c) a vítima tão culpada quanto o criminoso (dupla suicida, aborto consentido, eutanásia).
d) a vítima mais culpada que o criminoso (vítima por provocação);
e) vítima como única culpada (imaginária, simulada, agressora), nessa relação não existe dupla penal.
 A classificação de Hans Von Henting analisa a relação vítima e criminoso não pela relação de harmonia e contraposição, Von Henting analisa a relação da vítima e criminoso através da ordem cronológica:
	1º grupo – criminoso – vítima – criminoso (sucessivamente): é o criminoso que novamente se torna reincidente após sofrer um processo de vitimização no cárcere.
	2º grupo – criminoso – vítima – criminoso (simultaneamente): caso do usuário de drogas que é vítima e passa a traficar.
	3º grupo – criminoso – vítima (imprevisível): é a vítima que se torna criminosa por um fator imprevisível (ex.: linchamento, saque, uso de drogas).
TÉCNICAS E TESES CRIMINOLÓGICAS
1. INVESTIGAÇÃO SOCIOLÓGICA
 Se divide em 03 métodos:
a) Investigação extensiva (quantitativa)
b) Investigação intensiva (opiniões/pontos de vista)
c) Investigação – ação (intervenção do cientista)
 Investigação sociológica, no fundo, é como se faz pesquisa sociológica.
2. INVESTIGAÇÃO POLICIAL
 Podem se dar através de:
a) Recognição visuográfico do local crime (reconstrução da cena)
b) Perfil criminal (criminal profiling) – definição de um perfil psicológico, social, físico, etc, de indivíduo não identificado.
3. TESTES
a) Testes de personalidade projetivos: medes a personalidade por meio de figuras, representações abstratas, etc (ex.: teste de Rorschach – aquele papel com uma mancha preta).
b) Testes de personalidade prospectivos: visa descobrir as intenções presentes e futuras dos indivíduos.
c) Testes de inteligência: quociente de inteligência – QI.

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