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Resumo da Aula 3 e exercícios resolvidos comentados. Grandezas Escalares e Vetoriais. Antes de definirmos o que são grandezas Escalares e Vetoriais, vamos deixar claro que para qualquer grandeza ser definida é necessário uma unidade de grandeza. As principais grandezas, na Física, são: comprimento, tempo e massa. No Sistema Internacional de Unidades (SI), comprimento é medido em m, o tempo em s e a massa em kg. É completamente desconexo falarmos que o deslocamento de um automóvel é 60 km/h – km/h é unidade de velocidade e não de deslocamento – e dessa forma, esta grandeza já está definida erradamente, causando confusão na interpretação do problema. Grandezas Escalares São grandezas que ficam totalmente definidas com um valor e uma unidade. Exemplos: A massa de um corpo: ao dizermos que um fusca verde parado tem massa de 700 kg, estamos definindo-o completamente. A temperatura: ao dizermos que tomo banho com a água à 39o celsius, sabemos que tomo um banho quente. Note que as duas grandezas que definimos afirmamos seu valor e sua unidade. Grandezas Vetoriais São grandezas que para estarem completamente definidas precisão, além do valor e da unidade, apresentarmos sua direção e seu sentido. Exemplos: Deslocamento de um móvel: ao dizermos que um carro se desloca 40 km não estamos dando uma informação completa, precisamos saber por onde ele trafega (direção) e se está indo ou vindo (sentido). Todas as outras grandezas derivadas do deslocamento, também são grandezas vetoriais, como a velocidade e a aceleração e ambas tem o mesmo sentido do deslocamento. A direção da velocidade é tangencial ao deslocamento e a direção da aceleração é tangencial a velocidade. Força: Imagine que temos um corpo 5 kg e sobre ele aplicamos uma força de 200 N (N é a unidade de força no SI e é chamada de Newton). Essa informação não nos diz muita coisa sobre o que essa força é capaz de realizar quando aplicado a esse corpo. Precisamos saber mais. Qual é a reta em que esta força está sendo aplicada sobre o corpo? Horizontal, vertical ou faz um ângulo qualquer nesses dois eixos. Essa força está puxando ou empurrando o corpo? Vamos ver na figura: A força F, representada na figura, está fazendo um ângulo de 300 com a horizontal (direção) e está puxando o bloco (sentido). Com essas informações, podemos saber qual o efeito que essa força fará sobre o bloco. Podemos decompor essa força nos eixos horizontal (x) e vertical (y). No eixo x: Fx = F cos 300 (Fx = 500 x 0,86 = 433 N) e no eixo y: Fy = F sen 300 (Fy = 500 x 0,5 = 500 N). Se tivermos apenas as componentes Fx e Fy, podemos calcular o módulo da força F. Para isso, basta vermos que essas 3 forças formam um triângulo retângulo. A força F é a hipotenusa e Fx e Fy são os catetos. Pelo teorema de Pitágoras, temos: (1) (2) . � Circunferência Uma circunferência é uma figura geométrica descrita por um raio (R). O raio é o valor do comprimento de um ponto no meio da circunferência até um ponto qualquer situado sobre a circunferência. A unidade do raio é uma unidade de comprimento, no SI é medido em m. Fazendo-se o raio dar uma volta completa em torno do ponto central, temos uma circunferência. Um arco de circunferência é um pedaço da circunferência. Uma volta completa significa girar o raio em 360o ou 2π radianos (rad) e chamamos de comprimento da circunferência. Circunferência Raio de circunferência Comprimento de uma circunferência é: C = 2πR, a unidade é dada pela unidade do raio, pois tanto os números 2 e π são constantes e não tem unidades. A circunferência também pode ser descrita por: C = πD, onde D é chamado de diâmetro e equivale a 2 x raio. Movimento Circular Uniforme O movimento circular uniforme é aquele em que o corpo descreve uma circunferência, ou um arco de circunferência, com velocidade constante. Para um móvel fazer uma mudança de direção do movimento é necessário a aplicação de uma aceleração. Na circunferência a alteração da direção da velocidade se dá a cada instante e com isso temos uma aceleração em todos os pontos da mesma. Essa aceleração, no entanto, não altera o valor (módulo) da velocidade, mas apenas a sua direção, para que a trajetória seja modificada gerando uma circunferência. Como não temos mudanças no valor da velocidade temos um movimento constante. Um vetor aceleração para conseguir traçar uma circunferência, deve ter a direção do raio da circunferência e o sentido para o centro da mesma. É por causa do sentido para o centro da circunferência que chamamos essa aceleração de aceleração centrípeta. Perceba que a velocidade é sempre tangente à trajetória, ou seja, à circunferência e tem o sentido do movimento do objeto que a descreve. Para termos uma velocidade constante é necessário que a aceleração também seja constante. Assim, a aceleração centrípeta possui um valor constante e é dado pela equação. , onde a é o módulo da aceleração centrípeta, V é a velocidade do objeto e R é o raio da circunferência. A demonstração dessa equação encontra-se no material cedido pela universidade nas páginas 77 e 78. O módulo da velocidade centrípeta pode ser obtido usando a fórmula da velocidade média, ou seja: ∆t é o tempo que um objeto leva para percorrer um comprimento de circunferência (volta). Essa grandeza tem um nome especial no movimento circular, é chamado de Período (T). Período é o tempo gasto para um objeto dar uma volta na circunferência. Então, a velocidade fica: (4), a unidade de Período é a mesma da unidade de Tempo. Da equação (4), obtemos: (5). A quantidade de voltas que um objeto dá em uma unidade de tempo se chama Frequência (f) e a unidade é o inverso do tempo, algumas dessas unidades são: rpm (rotações por minuto) e 1/s (Hertz). A Frequência é o inverso do Período e vice-versa. (6). Exercício: Um disco efetua 30 voltas em 1 min. Determine a frequência em Hertz e rpm. Vamos começar determinando a frequência em rpm, pois é imediato. Frequência é o número de voltas por unidade de tempo, então: f = 30 rpm. Para passarmos para Hertz, precisamos converter o min em s: 1 min = 60 s. Com uma regra de 3 simples, obtemos: 30 voltas em 1 min (transformar min para segundo para resolvermos a regra de 3) 30 voltas em 60 s X voltas em 1 s 60 X = 30 X = 30/60 = 0,5 Hertz. Aceleração total – Movimento circular variável. O movimento circular variável é composto por dois tipos de aceleração: 1) a aceleração centrípeta (para fazer com que a velocidade mude de direção) e 2) a aceleração tangencial, que faz com que o módulo da velocidade se altere. Aa A composição das acelerações total, centrípeta e tangencial forma um triângulo retângulo. A aceleração total é a hipotenusa, e os catetos são as acelerações centrípeta e tangencial. Assim, o teorema de Pitágoras é válido, pois se trata de um triângulo retângulo. (7). Exercício: Sabe-se que um móvel está em uma trajetória circular de raio igual a 100 m, num movimento variado. Sabendo-se que o móvel partiu do repouso e que sua aceleração escalar é de 2 m/s2, determine as acelerações tangencial e centrípeta após 10 s. Como o movimento é variável, a equação horária da velocidade nos dará o módulo da velocidade no instante 10 s. O móvel parte do repouso, então, V0 = 0 m/s. V = V0 + at = 0 + 2x10 = 20 m/s. Com esse valor de velocidade, podemos calcular a aceleração centrípeta. = . Com a aceleração total e a aceleração centrípeta, podemos calcular a aceleração tangencial, usando a equação (7). Movimento uniforme circular pela ótica angular. Pela regra de 3, temos: (comprimento da circunferência) em 2π (uma volta) (comprimento de um arco de circunferência) em = (8). Se multiplicarmos os 2 lados da equação 8 por ∆t, temos: = = (9). Chamamos , de velocidade angular e simbolizamos por, (10) Equação horária escalar e angular: A equação horária escalar é dada por: : + . (11) = , (12) Substituindo (12) em (11), obtemos a equação horária angular (13). Exercício: Considere um ponto material dotado de movimento circular uniforme. Sabe-se que este ponto material completa uma volta a cada 10 s. Sabendo-se que o raio da circunferência são 5 cm, determine. Período e Frequência Período é o tempo gasto para um objeto dar uma volta na circunferência, então: T = 10 s. A frequência é o inverso do Período: f = 1/10 = 0,1 Hertz Velocidade Angular Sabemos que , então T = , , aproximando: 0,6 rad/s Velocidade Escalar V = 0,03 m/s O módulo da aceleração centrípeta. � Exercícios de Frequência: Sabe-se que um móvel percorre uma trajetória circular de 4m de raio, dando 4 voltas em 8s. Determine as velocidades tangencial e angular do móvel, respectivamente. Velocidade tangencial é igual: Nós temos o raio: R = 4m e sabemos calcular o Período (que é o tempo gasto para dar 1 volta). Período 4 voltas em 8s 1 volta em X 4X = 8 X = 2 s Usando o raio e o período na equação para a velocidade tangencial, temos: Velocidade angular: Usando a fórmula: = 3,14 rad/s Resposta correta: 3. Considere um movimento circular uniforme de função horária de posição S = 5 + 4t (SI), com raio de 2m. Determine a função horária de fase. Dada à equação horária da posição, basta dividir todos os membros da equação pelo raio e obteremos a equação horária da fase. . Então: . Resposta correta: 1 F = 500 N 30O F Fy Fx S ϕ R atangencial = aϒ at ac S ϕ R
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