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KANT, HEGEL, MARX E SARTRE

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KANT 
Criticista, discordava da dicotomia racionalismo-empirismo. Vai cobrar a parte 
da moralidade. 
Vai ser da fusão da razão e experimento que o conhecimento vai se dá. O “sair 
de si” é a instância maior da razão. Dessa forma, o conhecimento se dá pela 
matéria, que é o que nós criamos e a forma, que é o que nós somos. Portanto, 
a matéria e a forma atuam ao mesmo tempo: para conhecer as coisas, 
precisamos da experiência sensível (matéria), mas ela não será nada se não 
houver uma razão anterior a experiência. 
O conhecimento formula-se por proposições analíticas (a priori) e sintéticas (a 
priori e a posteriori). A primeira não é necessário o experimento, obedece ao 
princípio lógico, enquanto que para a sintética unifica vários elementos, como, 
por exemplo, 5 + 7 = 12 (a priori), onde há a unificação de 5 e 7; e “essa flor é 
vermelha” (a posteriori), pois precisa conhecer a flor para dizer que é vermelha. 
*o que diferencia os dois “a prioris” é a unificação. 
Crítica da Razão Prática 
Uma boa vontade é algo que você faz porque quer fazer, sem buscar 
recompensas. Inteligência, coragem e felicidade não são boas em totalidade, 
pois a inteligência pode ser usada para fazer o mal, a coragem pode ser usada 
para reagir a um assalto e a felicidade pode ser adquirida através de um 
assassinato. 
Por sofrer influência das inclinações da sensibilidade, na vontade humana 
trava-se, então, um conflito entre a razão e a sensibilidade. É desse conflito, 
onde a vontade vai ser constrangida pela razão, que se originam os 
mandamentos ou imperativos. Eles podem ser: 
- Hipotéticos: o agir moral está condicionado a alguma coisa; medo do 
constrangimento; visa alcançar um fim. 
- Categóricos: agir sem esperar recompensas; verdadeiramente moral; três 
máximas morais: universalidade de conduta, onde todos vão agir 
universalmente em harmonia; dignidade humana, onde todos vão tratar o outro 
de forma humana, independente das diferenças; e boa vontade, onde o “tu 
deves” dá a lei e nós fazemos de forma autônoma. 
MARX 
Em 1848, proletariado procurava expressar sua própria ideologia, oposta ao 
liberalismo e tendo inspiração de início o socialismo utópico. 
Nem todos os teóricos do socialismo reconhecem o antagonismo entre 
burguesia e proletários, mas que a sociedade pode viver em harmonia 
mediante boa vontade de ambos. 
Crítica marxista ao socialismo utópico 
Marx e Engels contrapôram-se ao socialismo utópico com o socialismo 
científico. Criticam, pois não vê nos socialistas utópicos meios concretos para 
impor o que propunham, embora serviu de conscientização dos proletários. O 
socialismo utópico era inócuo por ser: 
- Paternalista: operários apenas como classe sofredora 
- Conservador: nega ao proletário autonomia política, negando as revuoluçoes 
- Moralista: com pequenas experiências condenadas ao fracasso, abrir 
caminho ao novo evangélio social. 
*Marx dota-se de determinismos positivistas ao afirmar que apenas a sua teoria 
era o caminho viável. 
No materialismo dialético de Marx, ele se posiciona ao contrário de Hegel, ao 
dizer que a matéria é dado primário, por ser a fonte da consciência e esta é o 
dado secundário, por ser reflexo da matéria. 
Dialética é formada por 3 fases: tese, antítese e síntese. Explica-se a realidade 
pela contradição entre a tese e antítese e a superação disto pela antítese. 
O materialismo histórico aplica os princípios do materialismo dialético no 
campo da história. Explicação da história por fatos materiais: econômicos e 
técnicos. 
A sociedade estrutura-se em níveis: 
1º Infraestrutura: constitui a base econômica. Relações do ser humano com o 
esforço de produzir a própria existência e as relações entre proprietários e não 
proprietários. Portanto, a infraestrutura é determinante. 
2º Superestrutura: caráter político-ideológico: estrutura jurídico-política e 
estrutura ideológica. 
Estrutura jurídico-política é representada pelo Estado e pelo direito, ou seja, 
serviços e leis estão a serviço da classe dominante. Estrutura ideológica são as 
expressões da consciência social, ou seja, religião, leis, educação, literatura, 
filosofia, ciência, etc. Também estão a servgiço da classe dominante, pois sua 
cultura reflete as ideias e valores da classe dominante. 
*Infraestrutura determina a superestrutura. Ao logo da história, as concepções 
de moral e direito (superestrutura) foi modificados de acordo com as alterações 
na infraestrutura. Ex: passagem do feudalismo para o Estado Moderno, onde 
foi mudada as relações econômicas. 
Essas determinações tem caráter dialético: ao perceber as contradições, o ser 
humano pode agir ativamente naquilo que o determina. O individuo se 
autoproduz à medida que transforma a natureza pelo trabalho, ou seja, existir 
decorre do agir. Nenhuma natureza humana é idêntica em todo espaço e 
tempo. 
Relações de produção e luta de classes 
- Relações de produção: ser humano usa as técnicas e se organizam por meio 
da divisão social do trabalho. 
- Forças produtivas: avanço tecnológico que alteram as forças de produção. Ex: 
troca de pedra pelo metal, técnicas de adubagem sofisticadas, etc. 
- Modo de produção: maneira pela qual as forças produtivas se organizam em 
determinadas relações de produção num dado momento histórico. Forças de 
produção, quando se desenvolvem além de certo ponto, configura na 
contradição com as antigas relações de produção, expressa pela luta de 
classes. 
- Luta de classes: configura-se no motor pelo qual a história se faz. 
- Mais-valia: valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho, e 
que é apropriado pelo capitalista. Proletário não é capaz de reverter esse 
quadro de exploração por estar alienado. Alienação tem origem na vida 
econômica. Ao vender sua força de trabalho mediante salário, o operário 
também transforma-se em mercadoria e daí vem o fetichismo: mercadoria 
adquire “vida”, pois os valores de troca passam a ser superiores dos valores de 
uso. 
*O que faz com que essa alienação não seja percebida é a ideologia, ou seja, 
ideias e valores das classes dominantes são disseminadas pela sociedade, 
permeando a concepção de mundo dessa sociedade. Esconde que o Estado 
representa os interesses da classe dominante e, portanto, o Estado é um mal a 
ser extirpado. 
- Ditadura do proletariado: duas fases, o socialismo, onde ainda haveria ideias 
burguesas resistentes, bem como o Estado, portanto o socialismo seria usado 
para não haver contrarevoluções e, por fim, o comunismo, em uma espécie de 
“anarquia feliz”. 
 
 
HEGEL 
Vivenciou a Revolução Francesa e admirava Napoleão. 
Fundou seu sistema a partir da noção de liberdade da época. Pelo coletivo e 
não solitária. Instancia essencial para a consciência de si mesmo. Por isso, 
critica a filosofia de Kant por ser muito abstrata. 
Obras de Hegel são de difíceis interpretação, na medida em que traz conceitos 
conhecidos com completa diferença em seus sentidos: ser, lógica, absoluto, 
dialética. 
*Nenhum conceito é examinado por si mesmo, mas por seus opostos: ser-
nada, corpo-mente, liberdade-determinismo, estado-particular. 
Dessa forma, o ser está em constante mudança, explicado pela dialética 
hegeliana, convergindo com as ideias heraclianas. 
- A dialética: razão é histórica, ou seja, a verdade é construída no tempo. 
Filosofia do Devir. Ser em constante transformação e o motor dessa 
transformação é a contradição, para dar conta da dinâmica do real. Essa nova 
lógica é chamada de dialética. História resulta de um processo cujo motor é a 
contradição dialética, diferente de Marx que diz que o motor da história é a luta 
de classes.A dialética é formada pela afirmação (ideia), negação (natureza, ideia alienada, 
mundo privado da consciência) e superação (espírito, ideia que toma 
consciência de si por meio da natureza). 
*Espírito é uma atividade da consciência que se manifesta no tempo e se 
expressa em três momentos diferentes: 
- Espírito subjetivo: espírito individual, ser de emoção, desejo, imaginação. 
- Espírito objetivo: opõe-se ao espírito subjetivo; espírito exterior, como 
expressão da vontade coletiva, da moral. 
- Espírito absoluto: realiza a síntese final; mais alta manifestação do espírito 
absoluto é a filosofia. 
 
SARTRE 
Sofreu influência da fenomenologia de Husserl e da filosofia de Heidegger. 
A resistência francesa na Segunda Guerra causou impactos na concepção 
política de engajamento de Sartre. 
Engajamento é a necessidade de se voltar para a análise da situação concreta, 
como responsável pelas mudanças sociais e políticas do seu tempo. A partir 
daí, a liberdade deixa de ser apenas imaginária. 
*Não é possível prever o conteúdo da moral, mas indagar se o que fazemos é 
ou não é em nome da liberdade. 
Para Sartre, a existência precede a essência, pois não há natureza humana, ou 
seja, não há um Deus para nos dar uma essência ao nascermos, como nós 
damos uma essência ao objeto que criamos antes mesmo deles existirem. 
Portanto, nós só existimos e,por conta disso, somos o nada, até nos definirmos 
como um ser dotado de essência. Ou seja, o ser humano primeiro existe, se 
descobre, surge no mundo e só depois se define. O homem é aquilo que ele se 
concebe durante a sua existência e, dessa forma, está condenado a ser livre, 
pois não há um Deus para conceber essa essência, portanto, o homem não é 
mais que o que ele faz. 
*A diferença entre o homem e as coisas é que só ele é livre para adquirir a sua 
própria essência a partir do que fizer durante a sua existência. Portanto, só o 
homem existe, pois é consciente, sendo capaz de ser autoreflexivo. 
- Angústia e má-fé: ao experimentar a liberdade, o indivíduo vive a angústia da 
escolha. Muitas pessoas fogem dessa angústia, alinhando-se à má-fé. Esta, 
por sua vez, caracteriza-se no sentimento de conformidade com tudo o que 
acontece, gerando o engano de si próprio, sob a justificativa que o seu destino 
já estava traçado, estreitando-se com o pensamento do “em-si”, portanto, 
assemelhando-se com as coisas. Essa recusa da liberdade, por não querer se 
responsabilizar pelas suas livres escolhas, Sartre dá o nome de “espírito de 
seriedade”.

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