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CONTINUAÇÃO KEYNES + NEOLIBERALISMO

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CONTINUAÇÃO KEYNES + NEOLIBERALISMO 
Com a crise do petróleo, há a quebra do Estado keynesiano. A partir daí, os pensadores voltam 
ao passado para buscar uma solução, que seria, de novo, o liberalismo, no caso, o 
neoliberalismo. Na UK assume Thatcher, enquanto nos EUA assume Reagan, ambos 
neoliberais, e afirmavam que a culpa da crise era do keynesianismo. Thatcher inicia as 
privatizações no Reino Unido, e é fortemente reprimida pelos sindicatos e funcionários 
públicos, os quais respondiam com intensas greves (nessa época a Europa era muito 
keynesianista). 
Thatcher, apesar das intensas greves que enfrentava, não afrouxou e transformou o 
keynesianismo em uma espécie de “smithianismo”. 
Vale lembrar que, no período de crise, a America Latina continuou o seu crescimento 
econômico. Houve o adiamento da crise. 
Com a crise do petróleo, os países exportadores desse recurso passaram a receber elevadas 
entradas de dólar, surgindo, a partir daí, a figura dos petrodólares, que consiste nos dólares 
que surgiram nesse mercado, que foram depositados em bancos europeus e americanos. Com 
isso, aumentou a liquidez internacional, acarretando na caída das taxas de juros. Isso explica o 
adiamento da crise na América Latina, pois com os juros baixos, ao invés de tirar o “pé do 
acelerador”, os países latinos financiavam-se com o dinheiro de fora, via divida externa e 
investiam muito, principalmente, em infraestrutura, estimulando a economia. 
EXPLICANDO A TAXA DE JUROS 
Há dois tipos de taxa de juros: as pré-fixadas e as pós-fixadas. 
A primeira não pode mudar. Ou seja, o financiamento com as taxas de juros pré-fixadas serão 
as mesmas para sempre, até o pagamento. Ex: 10% AA. 
Já as pós-fixadas há a taxa de juros anual acoplada a um indexador, que serve de proteção com 
a correção da inflação. Ex: 10% AA + IGPM. 
Dessa forma, a pré-fixada é mais segura, porém mais cara, visto que, por não poderem mudar, 
há um estudo da provável inflação que ocorrerá nos próximos anos. Já após pode ser mais 
barata ou mais cara, pois ela é corrigida segundo a inflação. 
Retomando o raciocínio do financiamento da América Latina a juros baixíssimos, tinha um 
grande porém: esses juros eram pós-fixados, ou seja, corrigidos segundo a inflação. 
Nesse período, Volker assume o Banco Central em crise, em 1978. Ele optou pelo 
endividamento: elevou muito a taxa de juros para estimular a volta do dólar aos EUA, assim 
como todos os países que precisavam de dólar o fez, em uma espécie de leilão. Dessa forma, 
para financiar o défict americano, os EUA elevam a taxa de juros, assim como todas as taxas de 
juros do resto do mundo. Ou seja, quem estava endividado com as taxas pós-fixadas quebrou, 
pois foram corrigidas com o LIBOR ou o PRIME. 
Assim, pois, a América Latina entra em profunda crise com a estagflação e hiperinflação, 
acarretando em um calote na dívida externa, o que marcou a década perdida de 1980. 
QUEDA DO MURO DE BERLIM E A CONSENÇÃO DE WASHIGTON 
Em 1989 ocorre a queda do muro de Berlim, marcando a vitória do capitalismo. A partir daí, 
houve uma reunião em Washigton com economistas do FMI, BID, BIRD e Tesouro Americano, 
com a pauta voltada para a America Latina. Eles diziam que não podiam deixar a America 
Latina quebrada, pois havia o medo do socialismo voltar e, também, por conta de que as 
empresas não iriam ganhar mais dinheiro em cima do continente em crise, somado à forte 
imigração ilegal que aumentaria bastante. 
Com isso, refinanciaram a dívida externa, por meio do plano Braddy, porém com o acordo de 
que os países iriam entrar no processo de privatizações, abertura da economia, demissão de 
funcionários públicos, etc., o que caracteriza a teoria smithiana do neoliberalismo. 
No Brasil, Collor é eleito com um discurso liberal: abre a economia e quebra o keynesianismo, 
porém ele fez tudo por pressão, sem saber exatamente o que tava fazendo. Com a eleição de 
FHC, ele continua o trabalho de Collor, porém com muita racionalidade. Lula entra e mantém a 
agenda de FHC. 
Com a crise de 2008 volta a teoria keynesianista.

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