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MACROECONOMIA

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Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
MACROECONOMIA 
Primeiramente, é importante salientar que as microeconomias formam 
as macroeconomias. 
Existem três tipos de políticas macroeconômicas: fiscal, monetária e 
cambial, na qual as duas primeiras são políticas internas e a última é uma 
política externa e, por isso, mais complexa. Vale dizer, também, que as 
políticas monetária e cambial competem ao Banco Central realizá-la, enquanto 
a fiscal cabe ao Estado. 
POLÍTICA FISCAL 
É a gestão estratégica das receitas e despesas do governo. As receitas 
e despesas caracterizam o resultado fiscal, público e orçamentário do Estado. 
Vale ressaltar que há inúmeras políticas fiscais funcionando em um Estado 
Federalista, como o Brasil. Entretanto, dentre elas, a mais abrangente é a do 
Governo Federal, na qual é responsável por 70% do país. Na política fiscal há 
um jogo político forte, o qual é corrompida, muitas vezes, pela corrupção, 
diferente das outras duas políticas macroeconômicas que são feitas pela Banco 
Central. 
Nesse contexto, não há um “R-D” no Brasil, mas é possível chegar lá 
com a soma de tudo (setor público consolidado), exceto com o setor bancário. 
Processo orçamentário no Brasil 
Não se pode gastar ou arrecadar mais do que o previsto em lei. O Poder 
Executivo, em escala municipal, estadual e federal, elabora a proposta 
orçamentária e encaminha ao Legislativo. Este, por sua vez, discute, altera e 
aprova a proposta, devolvendo ao Executivo o orçamento, o qual sanciona a lei 
e a cumpre. Após passado o ano, o Legislativo avalia se o Executivo cumpriu 
aquilo que estava previsto. 
 
 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
O que são pedaladas fiscais? 
Pedaladas fiscais é, basicamente, usar o dinheiro dos bancos públicos 
para pagar contas do Governo, para que este não infrinja a lei de não ter déficit 
público. 
Leis fundamentais para entender a política fiscal no Brasil 
Lei 4320/64: criou normas para a elaboração e execução do orçamento 
público no Brasil. 
FHC criou nova lei 101/00: lei de responsabilidade fiscal – quebrou 
Dilma. Com essa lei, alterou alguns artigos da lei 4320/64 e criou regras para o 
controle do déficit e controle da dívida pública. 
Peças orçamentárias no Brasil 
Há três orçamentos no Brasil, de acordo com a Constituição. 
- PPA (Plano Pluri Anual): vale por quatro anos; plano estratégico de 
investimentos (obras) para os próximos quatro anos. O PPA antigo é valido até 
o primeiro ano de mandato do próximo governo, até aprovar o seu próprio PPA 
que valerá para os seus próximos três anos + um ano do próximo mandato. 
- LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias): “filha da PPA”. Vale por um 
ano, ou seja, todo ano tem que ser aprovada. Dá diretrizes (regras) para a 
elaboração do orçamento, apesar de ser tratada como orçamento. 
- LOA (Lei Orçamentária Anual): consiste no orçamento de verdade, o 
“R-D”. Essa lei é subordinada à LDO e PPA. É a previsão da receita e 
autorização do que vai gastar. Não significa que vai gastar tudo do orçamento, 
mas só poderá ser gasto o que está na lei. 
Classificação das receitas e das despesas 
As receitas podem ser: correntes e de capital 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
 - Receitas correntes: tributos, impostos, taxas e contribuições são as 
principais fontes de receita corrente. Além disso, há as receitas das empresas 
estatais e os juros recebidos. 
 - Receitas de capital: receitas de operações de crédito (dívida pública); 
pegar dinheiro emprestado. É a principal fonte de capital; amortizações 
recebidas. 
 As despesas podem ser: correntes e de capital 
 - Despesas correntes: mantém a máquina pública funcionando. Ex: 
salários de funcionários públicos, aposentadorias e pensões do INSS, juros da 
dívida pública, etc. 
 - Despesas de capital: investimentos públicos; ampliar a máquina 
pública. Ex: obras, como escolas, hospitais, etc. (A obra é gasto de capital, a 
contratação de médicos é gasto corrente); amortização da dívida pública. 
Tipos de dívida pública 
A dívida pública pode ser: mobiliária e contratual. 
A dívida mobiliária é a que se move, pois são feitas com base em títulos 
públicos. Estes, por sua vez, são papéis do governo federal e de raros 
governos estaduais e municipais, no qual, quem os compram, está 
emprestando dinheiro ao governo, de olho nos juros para se beneficiar. 
A dívida contratual é toda dívida que não é formada a base de títulos. 
Ex: prefeito assina contrato de empréstimos com os bancos: dívida bancária; 
dívida com prestadores de serviço em geral. 
Dívida Federal em função do emitente: STN (Secretária do Tesouro 
Nacional) e BC (Banco Central). 
 - Dívida do Tesouro: o Tesouro Nacional se endivida para financiar o 
déficit federal, portanto, é ligada a gestão da política fiscal. Isso nunca é feito 
pelo Banco Central. 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
 - Dívida do Banco Central: ligada a política monetária. Controle de 
moeda: retira a liquidez para controlar o volume de moeda, a fim de não deixá-
la perder valor. Isso é feito através de vendas de papéis do BC, que são 
vendidos aos bancos para diminuir a sua liquidez. Dessa forma, o BC nunca 
financia o déficit fiscal. 
*Tesouro direto: pessoa física empresta ao governo, comprando títulos 
diretamente, sem passar pelos bancos, garantindo uma maior rentabilidade. 
Dívida em função da origem do credor 
A dívida pode ser: interna e externa. 
 - Dívida interna: toda dívida que os governos devem a credores 
domiciliados internamente no país. Ex: prefeito pega dinheiro emprestado no 
banco com CNPJ no Brasil. (Dívida apenas dos governos). 
 - Dívida externa: dívida que o país deve a credores domiciliados 
externamente. A dívida privada também é dívida externa, portanto há dívida 
externa pública e privada, tendo a última uma maior expressão (o Governo 
Federal não apresenta uma significativa dívida externa). 
Déficit x Dívida pública 
O déficit e o superávit são as diferenças entre os gastos e a receita do 
governo em um determinado período. Dessa forma, são considerados variáveis 
de fluxo, visto que este valor se altera constantemente com o tempo. Por 
exemplo: o saldo do governo altera o tempo todo, pois entra e sai dinheiro 
constantemente. 
A dívida pública é o montante dos débitos contraídos pelo setor público, 
considerada, portanto, variável de estoque, na medida em que se movimenta 
lentamente ao longo do tempo. Por exemplo: a dívida pública é paga, em 
parcelas, apenas uma vez por mês. 
Tipos ou impactos da política fiscal 
A política fiscal pode ser: expansionista ou contracionista. 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
 - Expansionista: reduz a receita e/ou aumenta a despesa. Com isso, a 
tendência é que o governo entre em déficit. Contudo, não quer dizer que vai 
ficar em déficit necessariamente, mas caso esteja em superávit, ele irá diminuir 
e, em caso de déficit, este irá aumentar. 
 O primeiro impacto com essa política é a tendência que o consumo 
suba, pois o governo gastando mais, quer dizer que a sociedade está em 
superávit. Dessa forma, o PIB aumenta, o emprego aumenta, entretanto há um 
provável aparecimento da inflação de demanda. E, além disso, a tendência é 
que a taxa de juros suba, pois o governo estará pegando muito dinheiro dos 
bancos para tapar o déficit e a sociedade estará buscando também o crédito 
bancário para continuar consumindo. Dessa forma, há uma intensa pressão por 
crédito por parte do governo e sociedade, o que implica em um aumento da 
taxa de juros por parte dos bancos. Vale salientar que quem define a taxa de 
juros é a políticamonetária, entretanto a política fiscal influência na taxa. 
Assim, a política fiscal expansionista visa resolver, primeiramente, o 
desemprego, caracterizando-se pela política tradicional de expansão de 
demanda. 
 - Contracionista: aumenta a arrecadação de impostos e/ou reduz os 
gastos. Com isso, a tendência é que o governo entre em superávit. Contudo, 
não quer dizer que vai entrar em superávit, mas caso esteja, este irá aumentar 
e, caso esteja em déficit, este irá diminuir. 
O primeiro impacto dessa política é a redução do consumo, pois o 
governo em superávit quer dizer que a sociedade estará em déficit. Dessa 
forma, o PIB diminui, o desemprego aumenta, não há risco de inflação de 
demanda, a taxa de juros tende a cair, pois não terá pressão por crédito, visto 
que o governo tenderá ao superávit, portando buscando menos dinheiro nos 
bancos. Além disso, como é um momento pessimista, a sociedade também 
reduz os empréstimos bancários. 
Relação dívida PIB = dívida interna + dívida externa pública/ PIB 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
Quanto mais alto o indicador = dívida do governo crescendo com relação 
à economia do país. Para resolver é necessário anos de política fiscal 
contracionista. O Consenso de Washington obrigou os países a fazerem isso 
na década perdida. 
Ou seja, a política contracionista combate o excesso de dívida do 
governo. 
*A diferença entre o neoliberalismo e os antigos liberais é que os 
neoliberais dizem que é necessário um governo superavitário, diferente dos 
liberais antigos que dizem que o governo deve ficar em equilíbrio. 
Doutrinas para tributação: neutralidade e equidade. 
Neutralidade: tributo ideal é aquele que seja mais neutro possível, ou 
seja, não distorce os preços dos bens e serviços e a distribuição de renda da 
sociedade. Para não distorcer os preços, basta o tributo não ser indireto. 
Tabela de neutralidade: 
Extrato
s da 
sociedade 
Renda % 
tributos 
Tributo
s pagos 
Renda 
dos tributos 
pagos 
MÉDIA 10.000 20% 2.000 8.000 
ALTA 50.000 20% 10.000 40.000 
 
Equidade: o tributo deve distorcer para fazer justiça através dos tributos. 
Para isso, utiliza-se de dois critérios: capacidade de pagamento, onde cobra-se 
mais tributos dos ricos, gastando mais com os pobres; benefício, onde quem 
usa mais, paga mais. 
Tabela de equidade segundo critério de capacidade de pagamento: 
Extrato
s da 
sociedade 
Renda % 
tributos 
Tributo
s pagos 
Renda 
dos tributos 
pagos 
MÉDIA 10.000 20% 2.000 8.000 
ALTA 50.000 30% 15.000 35.000 
 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
 
Tabela de equidade segundo critério de benefício: 
Extrato
s da 
sociedade 
Renda % 
tributos 
Tributo
s pagos 
Renda 
dos tributos 
pagos 
MÉDIA 10.000 40% 4.000 6.000 
ALTA 50.000 30% 15.000 35.000 
*Não se pode acreditar na equidade e neutralidade ao mesmo tempo. 
Tipos de carga tributária 
Há três tipos de cargas tributárias: neutra, progressiva e regressiva. A 
carga tributária neutra diz respeito à um gráfico em linha reta horizontal e 
constante, no qual simboliza a mesma quantidade de tributos sendo pago, 
independente da classe social; a carga tributária progressiva, vista no Welfare 
State, com predominância de tributos diretos, consiste na maior arrecadação 
de tributos de acordo com a classe social dos indivíduos. Ou seja, quanto mais 
rico for o sujeito, mais tributos ele irá pagar, a fim de manter um bem estar 
social para toda a população. Por fim, a carga tributária regressiva diz respeito 
à cobrança de tributos para aqueles que mais usam os artifícios estatais que, 
neste caso, é a população de menor renda. Dessa forma, quanto mais alta for a 
classe social do indivíduo, menos tributos ele irá pagar, visto que os ricos usam 
mais os meios privados do que estatais. Esse tipo de carga tributária é 
presente em toda a América Latina, mas principalmente no Brasil, no qual tem 
predominância de tributação indireta. 
*70% da arrecadação dos tributos brasileiros são de tributos indiretos: 
ICMS (indireto estadual) e IPI (indireto federal) são dois dos três tributos que 
arrecadam mais receita, totalizando em mais ou menos 70% da receita 
tributária do país. Brasil é assim, pois historicamente sempre foi mais fácil 
arrecadar indiretamente, visto que era muito difícil bater na porta dos ricos para 
cobrar tributos. Ou seja, cobrando tributos indiretos, não tinha que ficar 
cobrando diretamente, visto que ao consumir, já está pagando. Embora hoje o 
sistema fiscal seja muito mais forte e com capacidade de arrecadar diretamente 
dos ricos, os tributos indiretos continuam predominando no país. 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
 
Curva de Lafer 
A curva de Lafer representada por um aclive e, passando por certo 
ponto, um declive, diz respeito à existência de uma carga tributária que produz 
uma arrecadação máxima. Ou seja, a partir desta carga tributária, incremento 
de tributos será ineficiente, pois a sociedade reagirá negativamente e o 
governo arrecadará menos. Essa reação negativa se dá por duas vias: a via 
legal e a ilegal. A via legal pode ser pela mudança de país ou pela redução do 
ânimo de trabalho. Já a ilegal é pela sonegação de impostos. 
*A curva de Lafer carrega uma perspectiva liberal, no qual diz que a 
arrecadação de muitos tributos ferirá a economia. Reagar reduziu a tributação 
para aumentar a receita em seu governo. 
Efeito Oliveira-Tanzi: representa um impacto no resultado fiscal do 
governo. 
Dentro desse efeito, há dois efeitos: pelo lado da receita e pelo lado da 
despesa. 
Pelo lado de receita: perda de arrecadação tributária por parte do 
governo, devido ao impacto de uma elevada inflação associada à defasagem 
do tempo entre a ocorrência do fato gerador do tributo e o seu efetivo 
recolhimento pelo contribuinte. 
*Fato gerador: situação definida em lei, que quando ocorre gera um 
tributo a pagar. 
*Quando ocorreu no Brasil, o governo brasileiro criou o indexador de 
tributos, o que o excesso causou a inflação inercial. 
Exemplificação: 
Itens 01 de Abril 10 de Maio 
Impostos em $ R$100,00 R$200,00 
BTN 
(indexador)/imposto 
1 BTN = R$10,00 1 BTN = R$20,00 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
transformado para BTN 
 
Ou seja, em 01 de Abril, o indivíduo devia 10 BTN’s que era igual ao 
valor de 100 reais, entretanto, em 10 de Maio, com o aumento do preço do 
BTN, passou a dever 200 reais com os mesmos 10 BTN’s. E, assim, o governo 
corrigiu a tributação segundo a inflação com a indexação de tributos. 
Pelo lado da despesa: ganho financeiro do governo quando ele atrasa 
pagamentos de maneira proposital, em um ambiente de elevada inflação, mas 
ao fazer tais pagamentos, o governo não os corrige. 
Formas de mensuração do resultado fiscal: três critérios para ajustar o 
superávit, déficit e equilíbrio. 
R-D = Resultado Nominal: sem qualquer correção, apenas o mero 
cálculo. Se a inflação for muito alta, esse cálculo de nada serve, pois há o 
apodrecimento da moeda. 
FMI cria o Resultado Operacional: é o Nominal descontado a inflação. 
Resultado Primário = Resultado Operacional – juros da dívida pública 
paga. 
Juros Nominais: pegar o valor que o governo pagou de juros e somar 
com a inflação do período. Ou seja, sair de RN direto para RP. 
POLÍTICA MONETÁRIA 
A política monetária se caracteriza pela gestão estratégica de volume de 
moeda (liquidez) que circula no mercado financeiro, feita pelo Banco Central. 
*Gestão da liquidez é a moeda física e escritural (presente nos 
computadores dos bancos). 
De uma maneira geral, quando aumentaa liquidez, a taxa de juros tende 
a cair, com o provável advento da inflação de demanda e quando diminui a 
liquidez, a taxa de juros tende a subir, desaparecendo a inflação de demanda. 
Para explicar melhor isso, é preciso falar da política monetária expansionista e 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
a política monetária contracionista. Vale lembrar que o primeiro impacto dessas 
políticas é diretamente nos bancos. 
Política monetária expansionista 
Com esta política, o Banco Central visa o aumento da liquidez. E o que 
isso implica? Bom, isso acarreta, logo de início, o decréscimo da taxa de juros, 
o que acarreta em um aumento do consumo das famílias – este se dá de 
maneira célere, no qual o consumo a crédito é estimulado, pois os juros estão 
baixos, bem como o consumo a vista também é estimulado, pois o dinheiro 
bancarizado não está rendendo de forma significativa – e também a tendência 
de que o investimento privado suba – porém este irá reagir de forma lenta, não 
crescendo na mesma celeridade que o consumo. É importante salientar que 
não é 100% certo que o investimento privado suba, pois como já dizia Keynes, 
há a armadilha de liquidez. Entretanto, em condições normais, a tendência é de 
que o investimento privado suba em caso de política monetária expansionista. 
Dito isto, o PIB também tende a subir, o que acarreta em um nível de emprego 
crescente, gerando, portanto a inflação de demanda. Dessa forma, o principal 
inimigo dessa política é o desemprego. 
*Na política fiscal, a taxa de juros é o resultado do processo, ou seja, a 
taxa de juros cresce por pressão de créditos, já na política monetária ela é o 
início do processo, é a causa. 
Política monetária contracionista 
Esta política é exatamente o oposto da anterior, onde o objetivo é secar 
a liquidez, a fim de combater o principal inimigo que é a inflação de demanda. 
Com esta política, a taxa de juros sobe, o que acarreta num decréscimo do 
consumo, juntamente com a tendência do investimento privado ao declive 
(novamente, apenas tendência, pois, nesse caso, pode haver uma espécie de 
armadilha da liquidez ao contrário, assim como ocorreu no primeiro governo 
Lula, onde as taxas de juros estavam altíssimas, mas o investimento 
continuava alto). Nesse cenário, o PIB tende a cair, aumentando a taxa de 
desemprego. 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
Há quatros ferramentas para a gestão de liquidez: 
- Gestão da taxa básica de juros 
- Open-market 
- Taxa de redesconto 
- Depósitos compulsórios 
Gestão da taxa básica de juros 
A taxa básica de juros é a taxa que o governo paga para aqueles que 
emprestam dinheiro ao governo. Vale lembrar que em qualquer país do mundo, 
o governo é a maior economia, é o grande jogador. Ou seja, se o governo der 
calote, a economia desanda. Dessa forma, a principal referência econômica é 
essa taxa de juros básica, a qual, no Brasil, chama-se “Taxa de SELIC”, sendo 
a principal taxa do sistema bancário brasileiro. 
Em 1999, o Brasil adotou o regime de meta de inflação, ou seja, alguém 
que tem poder determina para outro que não tem, uma obrigação a cumprir e 
esse alguém irá fazer de tudo para cumprir. Quem tem poder no Brasil é o 
Conselho Monetário Nacional (mais alto que o BC). Este conselho é constituído 
pelo Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco 
Central. Esse conselho determina para o Banco Central a meta de inflação e o 
Banco Central irá fazer de tudo para cumprir. Vale lembrar que um Banco 
Central independente – o que não é o caso do Brasil – é muito mais fácil de 
cumprir. 
Para realizar isso, há um órgão dentro do BC chamado COPOM (nos 
EUA é o FOMC que é constituído pelo FED + representantes da sociedade, 
trabalhando com metas de inflação e a de geração de empregos). 
Quem vota e fala no COPOM é o presidente do BC e os diretores, ou 
seja, somente BC. Eles trabalham somente com metas de inflação. Na reunião 
da COPOM definem a SELIC nos próximos quarenta e cinco dias. Vale lembrar 
que a SELIC não interfere na rentabilidade das operações pré-fixadas, mas 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
interferem muito nas pós-fixadas. Ex: 2% ao ano + SELIC (que pode aumentar 
ou diminuir). Com o aumento da SELIC os bancos se animam e começam a 
emprestar mais ao governo, acarretando em uma diminuição do dinheiro para a 
população, o que termina no aumento da taxa de juros, ou seja, aumentar a 
SELIC é uma política contracionista. Em caso de redução da SELIC ocorre o 
oposto, caracterizando-se em uma política expansionista. 
*Os bancos se movem pelo governo, ou seja, ele é a referencia da 
economia. Dessa forma, temos a política interferindo na economia. 
Open-market 
O open-market é o mercado aberto de títulos. Com a liquidez alta, o BC 
faz leilão de venda de títulos para diminuir a liquidez, vendendo esses títulos 
aos bancos. Com isso, há uma nova liquidez mais reduzida circulando. Dessa 
forma, a leilão de papeis se caracteriza por uma política contracionista. 
*O Tesouro Nacional faz a mesma coisa, mas com a intenção de tapar o 
déficit. 
*Resgate de dívida é o BC pagar a dívida. Quando resgata + juros, a 
liquidez aumenta ainda mais que o início, isso enxergando isoladamente. 
Sabendo disso, o BC vende mais títulos com o mesmo preço do resgate, 
fazendo com que a liquidez diminua de novo. 
Por exemplo: a liquidez está avaliada em 100 mil reais e o BC acha que 
é uma liquidez alta, o que vai acarretar em uma perda de valor da moeda no 
mercado. Dessa forma, o BC um título de 20 mil reais para um banco, 
diminuindo a liquidez para 80 mil reais. Entretanto, quando houver o resgate da 
dívida, o BC irá pagar ao banco que comprou com juros (vamos supor um juros 
de 10%), então ele irá devolver 22mil reais, aumentando a liquidez para 102 mil 
reais. E, então, o BC vende mais títulos no valor de 22 mil reais ou maiores 
para que a liquidez reduza novamente aonde o BC achar necessário. 
 
 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
Taxa de redesconto 
Antes de explicar a taxa de redesconto, é preciso entender que os 
bancos estão captando e emprestando dinheiro dos clientes a todo o tempo. 
Nessa linha, quando se paga uma conta, ou saca dinheiro, o dinheiro sai de 
uma conta e vai pra outra, tendo, portanto, no final do dia, um saldo. Dessa 
forma, é possível que no final do dia um banco esteja com saldo negativo e 
outros estejam com saldo positivo. Nesse contexto, há uma coisa chamada 
Mercado Interbancário, que é um mercado criado entre os próprios bancos, 
onde o Banco Central não entra, pois não há a presença de governo (dessa 
forma, os brancos estatais estão atuando como um banco e não como o 
governo). 
Diante disso, os bancos com caixa positivo emprestam aos bancos com 
caixa negativo, no qual esse empréstimo é chamado de “certificado de depósito 
interbancário”. Vale lembrar que nesses empréstimos há a cobrança de juros, 
onde esses juros são chamados de “Taxa de CDI”, caracterizada pela segunda 
principal taxa bancária, atrás apenas da SELIC. Esses empréstimos são de 
curto prazo e não há uma taxa fixa, ou seja, cada banco determina a sua 
própria taxa. 
Entretanto, há situações em que os bancos não emprestam aos outros, 
apesar dessa “amizade” que há entre eles. Situações em que determinado 
banco está para quebrar e, arriscar um empréstimo para esse banco, seria 
arriscar uma grande chance de calote. 
Essa situação extrema em que algum banco está para quebrar pode ser 
explicada pelo estado de “descasamento entre ativos e passivos”, que 
acontece quando os deficitários dão calote nos bancos, caracterizando comoum alto índice de inadimplência e, portanto, não haverá dinheiro para pagar 
aos superavitários. Quando chega a este estado, os bancos, em um primeiro 
momento, conseguem empréstimos no mercado interbancário, mas como essa 
situação começa a se tornar rotineira, os demais bancos começam a achar 
estranho e, portanto, não emprestam mais. Dessa forma, o banco quebra de 
vez e a única salvação é recorrer ao Banco Central. 
Leonardo David – 1º Semestre – T1AA – 2017.1 
 
Se o Banco Central emprestar, resolve momentaneamente o problema 
do banco deficitário, mas este faz uma dívida com o Banco Central, onde o 
nome desse empréstimo é “operação de redesconto”, no qual o BC calibra a 
taxa de redesconto de acordo com a taxa do CDI. Assim, caso o BC coloque a 
taxa de redesconto muito próxima ao do CDI, ele estará relaxando a política 
monetária, não criando dificuldade para os bancos. Esse comportamento se 
caracteriza por uma política monetária expansionista. 
Entretanto, se o Banco Central emprestar, mas aumentar muito a taxa 
comparado ao CDI, ele estará criando dificuldade no mercado, fazendo com 
que os bancos fiquem com medo desta taxa, fazendo com que eles evitem 
estar no descasamento. Para evitar o descasamento, os bancos passam a 
emprestar menos, aumentar os juros, selecionar os seus clientes, ou seja, 
passam a emprestar menos e melhor, reduzindo os créditos. Dessa forma, 
essa prática se caracteriza por uma política monetária contracionista. 
*Não é lógico colocar a taxa de redesconto abaixo da CDI, pois o BC 
quer que os bancos recorram ao mercado interbancário e não a ele. 
Por outro lado, se o Banco Central não emprestar, acontece o que 
chamamos de “intervenção do BC no banco deficitário”. 
Antes de explicar, é importante dizer que é proibido divulgar os bancos 
que estão no redesconto. Se isso acontecer, todos os clientes tiram o dinheiro 
desse banco, acarretando em uma quebra de vez. Dessa forma, os únicos que 
sabem quando um banco está nessa situação são os próprios bancos entre si. 
Vale lembrar, também, que não são nas primeiras vezes em que um 
banco entra no redesconto que o BC não irá emprestar, mas quando essa 
prática se torna constante, aí ocorre a intervenção do Banco Central, onde este 
radicaliza, não empresa, tornando público a quebra do banco deficitário. 
Diante disso, no Brasil há duas formas de intervenção: a RAET e a LEJ. 
A RAET se caracteriza por uma intervenção mais light que a LEJ, onde 
as ações do banco são proibidas de serem negociadas – ou seja, quem tiver 
ação nesse banco simplesmente perde -, os diretores do banco e acionistas 
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majoritários são afastados e seus bens ficam indisponíveis, não podendo 
movimentá-los. Além disso, o BC entra no banco com o interventor, entretanto, 
nesse processo, o banco não fecha as portas para os seus clientes. 
No caso da LEJ ocorre o mesmo processo que na RAET, mas a grande 
diferença é que o banco fecha a porta inclusive aos seus clientes, fazendo com 
que, quem tivesse dinheiro neste banco, perderia de uma hora para outra. 
Em 1995 três bancos grandes quebraram. O BC, com medo do efeito 
dominó (medo dos clientes dos outros bancos sacarem seus dinheiros, fazendo 
com que os outros bancos quebrem), criou o PROER. O PROER é um 
programa de reestruturação, no qual propõe aos bancos superavitários a 
compra desses bancos que quebraram, a fim de salvar o dinheiro dos clientes, 
por meio da efetiva fusão entre esses bancos. Entretanto, houve críticas de que 
não seria um bom negocio aos bancos superavitários, pois estes não iriam 
querer arcar com as inadimplências do banco quebrado. Dessa forma, o Banco 
Central disse que vai administrar os clientes podres, fazendo com que os 
bancos comprem somente a parte boa dos bancos que quebraram. Assim, o 
Banco Excel comprou o Econômico, formando o Excel-Econômico, o Unibanco 
comprou o Nacional, formando o Nacional-Unibanco e o HSBC comprou o 
Bamerindos, formando o HSBC-Bamerindos. 
Depois o Banco Central criou o PROES, que foi o sistema público 
estadual bancário, no qual propôs a privatização dos bancos públicos 
estaduais. E também os próprios bancos criaram o FGC, que é uma 
instituição privada, na qual, caso algum banco passe por uma situação de 
falência, tem a proteção do FGC. 
Depósitos compulsórios 
Antes de tudo, é necessário dizer que os depósitos compulsórios não 
são impostos, apesar de obrigatórios. Dito isto, depósito compulsório é um 
percentual que varia de 0% a 100%, no qual atinge o valor do passivo do 
banco, ou seja, o dinheiro que os clientes estão emprestando. Portanto, os 
bancos têm que depositar esse percentual instituído sobre os depósitos dos 
clientes no Banco Central. Por exemplo: digamos que o depósito compulsório 
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está em 70% e que entrou 100mil reais durante a semana de um banco, dessa 
forma, na segunda feira, ele é obrigado a depositar no Banco Central 70mil 
desse dinheiro, disponibilizando apenas 30mil para circular na sociedade. 
Quanto mais alto o depósito compulsório, menor o volume de crédito 
disponível, acarretando no aumento de juros. Portanto, o aumento do depósito 
compulsório se configura em uma política monetária contracionista. 
Quanto mais baixo o depósito compulsório, maior o volume de crédito 
disponível, acarretando em uma diminuição de juros. Portanto, a diminuição do 
depósito compulsório se configura em uma política monetária expansionista. 
Nesse contexto, por essa lógica, é possível concluir de que o dinheiro irá 
acabar. Entretanto, o dinheiro não acaba, pois existe um fenômeno chamado 
“criação endógena de moeda” pelo sistema bancário, explicado pelo 
multiplicador da política monetária. Nela, existe uma variável que chamam de 
“oferta monetária” (M1), formada por mais duas variáveis: a PA + d, na qual 
“PA” é o dinheiro físico da sociedade nas mãos da sociedade e o “d” é o 
dinheiro bancarizado da sociedade. 
Outra variável é a Mh (base monetária), que é formada por PA + R, na 
qual R é o depósito compulsório dos bancos no Banco Central. 
Dessa forma, a equação fica assim: M1 = (PA/d + 1)/(PA/d + R/d) – Mh, 
onde a divisão é o multiplicador que faz com que o dinheiro não só não acabe, 
mas como também aumente. 
*Quem define a PA e a d é a história da moeda de cada sociedade. Por 
exemplo, o brasileiro tem PA baixo. 
POLÍTICA CAMBIAL 
A política cambial é uma política realizada apenas pelo Banco Central. 
Se caracteriza como uma gestão estratégica da taxa de câmbio – relação de 
paridade entre duas moedas. Ou seja, quando a taxa de câmbio aumenta, 
significa uma desvalorização da moeda. Por exemplo: se o dólar subir, isso 
quer dizer que o real sofreu uma desvalorização em relação ao dólar. 
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Balanço Comercial 
O balanço comercial diz respeito às importações e exportações 
realizadas pelos países. Nesse sentido, ao realizar essas atividades, tomando 
como base a relação econômica entre dois Estados, isso quer dizer que um irá 
ficar deficitário, enquanto o outro sofrerá um superávit (jogo de soma zero). 
Com isso, o balanço comercial abre margem para outro tipo de balanço: o 
balanço de capital. 
Balanço de Capital 
Balanço de capital é a entrada e saída de Investimento Estrangeiro 
Direto (IED’s). O IED gera emprego, pois esse dinheiro é utilizado para a 
formação de uma empresa ou para a ampliação de uma já existente. 
Nesse sentido, o balanço de capital se caracteriza pela aplicação no 
mercado financeiro. Há, dessa forma, a renda fixa (taxa de juros, bangs, títulos) 
e a renda variável (bolsa de valores,ações). 
Bom, quando há o balanço comercial, onde são realizadas importações 
e exportações, o país que ficou deficitário necessita de fazer um empréstimo 
para tapar esse déficit. Nesse sentido, o balanço de capital é, basicamente, a 
entrada e saída de empréstimos nos Estados. 
É importante salientar que nenhum país é obrigado a emprestar para 
outro. Contudo, a prática da realização de empréstimos significa uma boa 
atividade na economia, pois além de o credor se beneficiar com o juros, os 
empréstimos fazem o dinheiro rodar. Por outro lado, o deficitário é obrigado a 
financiar, sob pena de o país quebrar. Dessa forma, caso os países não 
emprestem ao país deficitário, este terá que recorrer ao FMI. 
Balanço de Pagamentos 
O balanço de pagamentos é o documento oficial, contável, que registra o 
fluxo de entrada e saída de moedas estrangeira no país, decorrente de 
operações formais – operação que passa por banco – entre residentes e não 
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residentes de um país, no período de um ano, e esse documento é controlado 
pelo Banco Central. 
Estrutura do Balanço de Pagamentos 
O balanço de pagamentos se caracteriza pela soma entre o balanço de 
transações correntes + o balanço de capital. 
O balanço de transações correntes, por sua vez, se dá pelo resultado da 
soma do balanço comercial + balanço de serviços e rendas1 + balanço de 
transações unilaterais2. 
Exemplo: Considere um país que tem, no início do ano, um estoque de 
reservas internacionais igual a 100 bilhões de dólares. Durante o ano, ele teve 
um superávit comercial de 30 bilhões de dólares. Teve um déficit no balanço de 
serviços e rendas de 80 bilhões de dólares. Teve um superávit no balanço de 
transações unilaterais de 10 bilhões de dólares e, por fim, um superávit no 
balanço de capital de 25 bilhões de dólares. Pede-se o saldo do balanço de 
transações correntes, o resultado final do balanço de pagamentos e o saldo 
final do estoque de reservas internacionais.3 
Resposta: Balanço de pagamentos = déficit de 15 bilhões de dólares. 
Saldo final do estoque = 85 bilhões de dólares. 
Contas: Balanço de pagamentos = balanço de transações correntes + 
balanço de capital (+25 bilhões). 
Balanço de transações correntes = balanço comercial (+30 bilhões) + 
balanço de serviços e rendas (-80 bilhões) + balanço de transações unilaterais 
(+10 bilhões). 
 
1
 Exemplos de serviços e rendas são os fretes, os aluguéis, os serviços empresariais 
diversos, os salários de funcionários em trânsito, os cartões de crédito (viagens internacionais), 
os rendimentos de aplicações financeiras, etc. 
 
2 Doações pelo banco 
 
3
 Estoque de moedas estrangeiras conversível, ou seja, todos aceitam lá fora, em poder 
do Banco Central; “colchão de liquidez”, pois dá um alívio ao país, tirando-o da zona de risco. 
Por exemplo: dólar, euro, libre, yen e ouro. 
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Balanço de transações correntes = -40 bilhões de dólares 
Balanço de capital = +25 bilhões de dólares 
Balanço de pagamentos = 25 – 40 = 15 bilhões de dólares. 
Saldo final do estoque = 100 – 15 = 85 bilhões de dólares. 
Logo, o país teve um déficit no ano, porém, devido ao seu estoque, não 
quebrou. 
Dessa forma, é possível concluir que em caso de a reserva estar caindo, 
o risco aumenta e vice versa. 
No caso do Brasil, a melhor maneira de trazer dinheiro do mundo ao 
país é com o aumento da taxa SELIC, ou seja, com uma política monetária 
contracionista.

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