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BEHAVIORISMO Behaviorismo, proposto inicialmente por Watson, é o estudo do comportamento, não se preocupando com a subjetividade. Ou seja, é uma parte da psicologia dotada de ceticismo, o qual só trabalha com aquilo que pode ser visto, por uma visão mais empirista. Trabalha, portanto, com a simples interação entre indivíduo e meio ambiente. Dessa forma, se afasta da Psicologia Analítica e da Psicanálise. Tratando da interação “estímulo-resposta”, o behaviorismo retrata que nosso comportamento depende da nossa interação com o meio. Ou seja, comunga com a teoria da tabula rasa, a qual diz que chegamos ao mundo no zero e, à medida que o tempo passa, adquirimos experiências no meio social. Dessa forma, o behaviorismo destaca dois tipos de comportamento: respondente e o operante. O primeiro é o reflexo ao estímulo do ambiente, por exemplo, os sotaques que adquirimos a depender de onde nascemos. Dizem os behavioristas que os comportamentos são condicionados após uma história de pareamento, ou seja, o tempo todo estamos sendo condicionados a fazer coisas e nem os nossos instintos se livram disso: para eles, ações que parecem ser instintivas foram também condicionadas pelo ambiente, como por exemplo o medo. O comportamento operante, promovido por Skinner, se esquiva da simples interação indivíduo-ambiente e o acrescenta entre esses dois, dessa forma “estímulo-comportamento operante-resposta”. Dessa forma, Skinner diz que nosso comportamento também é modificado a partir da forma como o ambiente reage ao meu comportamento. Para ilustrar, há o exemplo das crianças que testam os seus pais: ela faz coisas e espera uma resposta positiva ou negativa dos seus pais. A diferença entre o behaviorismo de Watson e Skinner é, portanto, o incremento do comportamento operante. O tempo todo a nossa cultura está nos reforçando e nos punindo e, a partir daí, condicionamos os nossos comportamentos. Dessa forma, resposta gera uma conseqüência e essa conseqüência afeta na probabilidade do comportamento acontecer de novo. A conseqüência pode ser reforçadora, a qual aumenta a probabilidade daquilo acontecer novamente e punitiva, a qual diminui essa probabilidade. O reforço pode ser positivo, quando aumenta a probabilidade futura da resposta ou negativo, quando não quer extinguir o comportamento, mas modificá-lo. Por exemplo, quando brigamos com nossos cães quando eles fazem suas necessidades em um local onde não queremos que eles façam. Dessa forma, isso se caracteriza como um reforço negativo, visto que não queremos que eles parem de fazer as necessidades, mas queremos modificar o local dessa prática. QUESTÕES PARA FIXAR: 01. Quem é o fundador do Behaviorismo e quais as diferentes denominações dessa tendência teórica? O fundador do behaviorismo é o inglês John Watson e essa tendência teórica pode ser chamada também de Análise Comportamental, comportamentalismo, teoria comportamental e análise experimental do comportamento. 02. Para os behavioristas, qual é o objeto da psicologia e como é caracterizado? Para os behavioristas, o objeto da psicologia é o comportamento humano, na interação sujeito-meio ambiente, a qual desfoca totalmente dos pensamentos mentalistas e subjetivos, como a psicanálise e a psicologia analítica. A interação sujeito-meio ambiente, para os behavioristas, é considerado fator principal de como somos condicionados a fazer o que fazemos e ser o que somos. 03. Como o homem é estudado pelo behaviorismo? O homem é estudado através de sua interação com o meio em que vive, pois o ambiente é o fator condicionante dos comportamentos humanos, variando em tempo e espaço. O homem, então, responde a um estímulo do meio e a conseqüência do ato que determinará a probabilidade dessa resposta ocorrer novamente. Assim, para os behavioristas, tudo o que aprendemos até hoje foi condicionado pelo meio em que vivemos, inclusive algumas respostas que tratamos como instintos, como exemplo, o medo. 04. Qual o mais importante teórico behaviorista? O teórico que inicio a teoria do behaviorismo foi Watson, mas quem a tornou mais completa foi Skinner. 05. O que é comportamento reflexo ou correspondente? Dê exemplos. Comportamento reflexo é a resposta involuntária que damos a um estímulo do meio. Ex: se encostamos em algo extremamente quente sem querer, nós retiramos a mão imediatamente. 06. Como o comportamento respondente pode ser condicionado? Dê exemplo. O comportamento respondente pode ser condicionado através da criação de outro estímulo para que ocorra a mesma resposta de reflexo. Exemplo: se colocarmos a mão na água gelada, a tendência é que nossos vasos sanguíneos se contraiam involuntariamente. Para condicionar esse comportamento, toda vez que colocarmos a mão na água gelada, um sino toca. Após várias repetições, vai chegar uma hora que o simples ato de tocar o sino vai contrair os vasos sanguíneos da mão, sem que ela seja mergulhada em água gelada. 07. O que é comportamento operante? Dê exemplos. Comportamento operante são todos aqueles atos que tem influência sobre ou fazem algo no mundo ao redor. Caracteriza a maioria de nossas interações com o meio ambiente. Por exemplo, tocar algum instrumento, escrever uma carta, etc. Nessa relação indivíduo-ambiente, há a relação fundamental que é a relação entre a resposta do indivíduo e a conseqüência gerada e essas conseqüências são as variáveis de controle mais relevante. 08. Como se condiciona o comportamento operante? Dê exemplo. O comportamento operante é condicionado pela conseqüência que a resposta do indivíduo trará: se essa conseqüência for um reforço, a tendência é que a probabilidade da resposta se repetir aumente, caso seja punição, é provável que a possibilidade de punição caia. Para ilustrar as duas situações temos dois exemplos: quando estudamos e tiramos notas boas, alguns pais recompensam o filho de alguma forma prazerosa, seja dando dinheiro ou levando para jantar, incentivando o filho, então, a continuar a estudar, portanto a probabilidade que aquilo se repita aumenta, portanto é um exemplo de reforço positivo. Já para a forma punitiva, temos o caso de quando uma criança bate nos pais e os pais a punem imediatamente, seja dando palmadas ou botando de castigo, fazendo com que a criança saiba que será punida caso ela volta a repetir o ato, extinguindo ou minimizando drasticamente, então, a possibilidade daquilo voltar a acontecer. 09. O que é reforço? O que é reforço negativo e positivo. Dê um exemplo para cada caso. Reforço é toda conseqüência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura dessa resposta, seja aumentando ou diminuindo essa probabilidade. Há dois tipos de reforços: o positivo e o negativo. Reforço positivo é toda conseqüência que a tendência seja que a probabilidade daquela resposta se repetir aumente (exemplo foi dado na questão acima). Reforço negativo é aquele que faz com que a probabilidade daquela ação não ocorrer novamente aumente. Ou seja, o reforço negativo não quer que a ação se extingua, mas quer que seja modificada. Por exemplo: seu cachorro faz xixi no meio da casa e você o reforça negativamente brigando com ele e mostrando o lugar certo para isso. Nesse caso, você não quer que o cão pare de fazer xixi, mas quer condicioná-lo a fazer em determinado lugar. 10. Explique os processos de esquiva e fuga com os reforçamentos negativos. Esquiva é quando nós recebemos o primeiro estímulo ou ambiente e estamos condicionados a saber o que acontecerá logo em seguida. Dessa forma, para nos livrarmos do segundo estímulo antes que ele ocorra, nós respondemos de uma forma que possamos nos esquivar desse segundoestímulo. Isso acontece, pois já passamos ou vimos alguém passar por uma situação em que houve o reforço negativo. Por exemplo: a tendência é que no Brasil não haja muitas pessoas andando nas ruas de madrugada, pois fomos condicionados a saber que isso pode ocasionar em um assalto, ou seja, nós nos esquivamos de andar nas cidades durante a noite. O caso da fuga é semelhante ao da esquiva com uma ressalva: nossa resposta acontece após o ato já estar ocorrendo e nós respondemos para minimizar o reforço negativo ou cessá-lo. Por exemplo: quando estouram fogos de artifício no São João e, após o barulho, nós tapamos o ouvido com o intuito de diminuir ou cessar o barulho da explosão, pois sabemos, através do reforço negativo, que esse barulho incomoda os nossos tímpanos. 11. O que é extinção e punição? Dê um exemplo para cada caso. Extinção ocorre quando uma ação deixa, rapidamente, de ser reforçada. Por exemplo: quando estamos paquerando uma pessoa, essa pessoa nos dá um reforço positivo, então nós estamos sendo condicionados por ela a continuar a paquerar. Entretanto, se por um acaso a pessoa passar a te ignorar, ou seja, parar de reforçar a nossa ação positivamente, a tendência é que nós paremos de paquerá-la. Ou seja, houve a extinção da nossa ação por conseqüência da extinção do reforço da pessoa que estava sendo paquerada. A punição ocorre quando queremos extinguir alguma ação feita por outra pessoa ou animal. Para ilustrar, há o exemplo dado na questão 08. A diferença entre a punição e o reforçamento negativo é que este não quer extinguir a ação e sim modificá-la, enquanto aquele quer extinguir ou minimizar o máximo possível. GESTALT A Gestalt também tem como objeto da psicologia o comportamento humano, porém com um enfoque na percepção humana. Ou seja, é o estudo sobre as sensações. Faz uma crítica ao behaviorismo, pois retrata que entre o meio ambiente e a resposta do indivíduo há a percepção humana que é um fator determinante para o estudo do comportamento, dizendo que o meio é um fator que influência, mas não determina. Com as percepções, a Gestalt que dizer que, apesar de o estímulo ser o mesmo para determinadas pessoas, nós o percebemos de maneiras diferentes, variando de indivíduo para indivíduo e essa percepção e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano. A Gestalt comunga com a teoria do isomorfismo, onde a parte está sempre relacionada com o todo. A partir daí, cria-se a ideia de que quando a gente vê uma parte de um objeto, ocorre uma tendência à restauração do equilíbrio da boa forma, garantindo o entendimento do que se percebe. A boa-forma A Gestalt encontra nesses fenômenos de percepção as condições para compreensão do comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. Se nos elementos percebidos não há equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade, não alcançaremos a boa-forma. Meio geográfico e meio comportamental O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e, portanto, estará submetido à lei da boa-forma. O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é determinado pelo “meio” ou “meio ambiental”. Há dois tipos de meio: o geográfico, que é o meio físico propriamente dito e o meio comportamental, que é o meio resultante da interação do indivíduo com o meio físico, e implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção. Dessa forma, o comportamento é desencadeado pela percepção do meio comportamental. A tendência de juntar os elementos para garantir a boa-forma é que a Gestalt denomina de força do campo psicológico. É o campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Ocorre de acordo com três princípios: proximidade, onde os elementos mais próximos tendem a ser agrupados, semelhança, onde os elementos mais semelhantes tendem a ser agrupados e fechamento, onde completamos os elementos faltantes da figura para garantir a sua compreensão. QUESTÕES PARA FIXAR: 01. Qual o ponto de partida da teoria da Gestalt? O ponto de partida da teoria da Gestalt é o estudo do comportamento humano, tendo a percepção como um fator determinante. 02. Qual a crítica que a Gestalt faz ao Behaviorismo? A Gestalt, assim como o Behaviorismo, tem como objeto da psicologia o estudo do comportamento. A crítica que os gestaltistas fazem sobre os behaviorismo é que o comportamento humano não é condicionado apenas pela interação estímulo do meio- resposta. Para os gestaltistas, o meio é um fator importante, mas não determinante, pois entre eles há o processo de percepção. Ou seja, o que percebemos e como percebemos as coisas varia de pessoa para pessoa e influencia diretamente no comportamento do indivíduo. 03. Qual a importância da percepção do estímulo para a compreensão do comportamento humano, na teoria da Gestalt? A percepção do estímulo varia de pessoas para pessoa sobre o que percebemos e como percebemos ao olharmos a mesma coisa. Desse modo, essa percepção será um fator fundamental para compreender a resposta do indivíduo ao estímulo, já que ele nem sempre será igual. 04. O que é necessário para alcançarmos a boa-forma? Para alcançar a boa-forma, nosso sistema nervoso está sempre à procura da simetria, fechamento e regularidade. Caso contrário, percebemos as coisas de maneira não nítida, onde enxergamos algo que não condiz com a realidade, que é o caso da ilusão de ótica praticada, por exemplo, no cinema. 05. Qual a importância da relação figura-fundo na percepção? Com a relação figura-fundo, podemos ver a tendência que o nosso cérebro tem em buscar a boa-forma: quanto mais clara estiver a boa-forma, mais clara será a separação entre a figura e o fundo. 06. Explique, através de um exemplo, o meio geográfico e o meio comportamental. O meio geográfico é o meio físico, por exemplo, uma pessoa ou um ambiente. O meio comportamental é o meio resultante da interação do indivíduo com o meio, por exemplo, quando avistamos um desconhecido de longe e o cumprimentamos achando que é um conhecido. Nesse caso, usamos da semelhança entre os dois, por conta de uma situação que nos levou a uma interpretação diferente da realidade. 07. O que é campo psicológico e quais os princípios que o regem? Campo psicológico é, basicamente, um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Ele ocorre de acordo com os princípios da proximidade, semelhança e fechamento, as quais esses fatores fazem a gente enxergar uma imagem não muito estruturada da melhor forma possível. FREUD E A PSICANÁLISE A psicanálise busca o significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias. Freud colocou os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem como problemas científicos. O principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas dos distúrbios nervosos passou a ser sugestão hipnótica. Freud teve contato com o caso de Ana O, a qual sofria patologias físicas mesmo o corpo estando em perfeito estado, e, através da hipnose, a paciente foi capaz de relatar a origem de seus sintomas e, com a rememoração dessas cenas, os sintomas desapareciam, devido à liberação das reações emotivas associadas ao evento traumático. Esse tratamento ficou conhecido como método catártico. Freud modificou a técnica da hipnose, pois além de a pessoa esquecer-se de tudo após ter passado pelo processo, nem todos se sujeitavam a essa técnica. Ele desenvolveu, então, a técnica de concentração, na qual a rememoração ocorria pormeio da conversa e, por fim, abandonou também as perguntas, deixando a pessoa livre para relatar os seus problemas. Alguns conceitos básicos: Inconsciente: conjunto de conteúdos reprimidos, que não estão no campo atual da consciência. Realidade psíquica: aquilo que o indivíduo assume valor de realidade mesmo que não corresponda à realidade objetiva. Segunda teoria do aparelho psíquico: id, ego e superego ID: regido pelo princípio do prazer, são os instintos, localizam-se as pulsões de vida (pulsões sexuais e autoconservação; Eros) e de morte (autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva; tânatos). EGO: equilíbrio entre o que quer (id) e o que se pode (superego). As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamentos. SUPEREGO: Exigências sócias e culturais; reprime o id. Causa o sentimento de culpa, ou seja, o individuo se sente culpado por algo que fez ou que deixou de fazer, alguma coisa considerada má pelo ego, mas que foi muito desejada. Má, pois alguém muito importante pode puni-lo por isso, como a perda do amor e do cuidado dessa pessoa. Portanto, é preciso evitar, mas ainda há o desejo, portanto o sentimento de culpa. Quando essa autoridade externa é internalizada pelo indivíduo, ninguém mais precisa lhe dizer “não”. É como se ouvisse a proibição dentro de si. Com isso, basta haver o desejo que vem o mal estar. A função de autoridade sobre o indivíduo será realizada permanentemente pelo superego. Obs: o id refere-se ao inconsciente, mas o ego e superego têm também partes inconscientes. MECANISMOS DE DEFESA São processos inconscientes realizados pelo ego. A percepção de um acontecimento pode ser algo muito constrangedor e doloroso e, para evitar esse desprazer, o indivíduo “deforma” a realidade. O ego, portanto, exclui do consciente os conteúdos indesejáveis. São eles: Recalque: supressão de uma parte da realidade. Essa parte, que faz parte de um todo, ao ficar invisível, altera e deforma o sentido do todo. É o mais radical mecanismo de defesa. Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai a determinada direção, adotando uma atitude oposta a esse desejo. Ex: atitudes exageradas como a superproteção, escondendo um desejo agressivo intenso. Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores do seu desenvolvimento. Ex: enfrenta situações difíceis na vida com bastante ponderação, mas entra em pânico ao ver uma barata. Projeção: o indivíduo projeta algo de si ano mundo externo e não percebe que aquilo que foi projetado é algo seu que é indesejável. Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência, ou seja, uma defesa que justifica as outras. PSICOLOGIA ANALÍTICA É a teoria que traz a ideia do inconsciente coletivo. As ideias de Jung são similares às de Freud. Para ele, o ego é onde todos os conteúdos conscientes se relacionam, sendo este apenas o que eu sei de mim mesmo. Inconsciente pessoal É o local dos sentimentos e pensamentos não conscientes, mas que pode ser acessados, como por exemplo, os sonhos. Estes servem para nos equilibrar. Jung diz que existe uma camada mais profunda do inconsciente que é coletiva, daí a ideia do inconsciente coletivo, que é o que há de comum em todos os seres humanos, pois todos nós adquirimos ao nascer. É a causa dos arquétipos, como o trapaceiro, o velho sábio e o herói, por exemplo. Persona e Sombra As personas são as máscaras sociais. Ou seja, fingir ser algo que não gostaria para ser aceito no meio social. Ex: ser um bom filho. Entretanto, isso pode gerar um afastamento de si mesmo, criando os “monstros” dentro de si. Esses monstros, por sua vez, são as sombras, que é tudo aquilo que desconhecemos de nós mesmos ou que não aceitamos. Anima e Animus Anima representa o feminino de cada ser. São os cuidados, os afetos, a docilidade. Pessoas com características muito femininas tendem a serem frios, calculistas e vingativas. Já o Animus é representa o masculino de cada indivíduo, regido por ordem, liderança, hierarquia, pela força. Pessoas que apresentam características muito masculinas tendem a ser rígidos, dotados de violência. Complexos São o conjunto de sentimentos, pensamentos e ideias carregados emocionalmente que se relacionam com um tema principal. Tipos psicológicos Pensamento: utiliza a razão. Sentimento: utiliza a emoção; pessoas sentimentais Sensação: pessoas mais obsessivas, céticas. Intuição: pessoas mais desnorteadas que sentem mais as coisas. OBS: o pensamento é o contrário de sentimento, bem como a sensação o contrário de intuição. Pessoas dotadas de pensamento e sensação, bem como sentimento e intuição tendem a ser pessoas com características extremistas para os dois lados. O ideal é ter um pouco de cada. QUESTÃO 01 A teoria behaviorista foi fundamental para a passagem da psicologia do campo da filosofia para o campo da ciência. Tal teoria, fundada por John Watson e, mais tarde, fundamentada por Skinner, tem como o seu objeto da psicologia o estudo do comportamento. Afasta-se, portanto, do inconsciente proposto pela Psicanálise de Freud, e da Psicologia Analítica de Jung, sendo uma teoria dotada de ceticismo, tendo forte influência do positivismo da época. O behaviorismo, basicamente, diz que o comportamento humano se dá pelo estímulo do meio ambiente associado à resposta do ser para aquele estímulo recebido e, por fim, a reação do meio sobre a resposta do indivíduo, podendo esta resposta ser positiva ou negativa. Para ilustrar, pode-se usar o exemplo dos animais de estimação que, quando fazem coisas erradas, nós respondemos negativamente a eles, fazendo com que diminua a probabilidade daquela situação ocorrer novamente. Ou de forma positiva quando queremos, por exemplo, que nossos animais dêem a pata, sente ou deite. Quando eles fazem esses movimentos, nós o gratificamos com alguma coisa que os agrade, aumentando, assim, a probabilidade daquela situação ocorrer outras vezes. Com esse exemplo, foi possível ilustrar uma de suas aplicabilidades no cotidiano: o ato de condicionar nossos animais a fazer, a deixar de fazer, ou modificar as suas ações. QUESTÃO 02 A Gestalt, assim como o Behaviorismo, tem como objeto da psicologia o estudo do comportamento. Entretanto, critica a ideia dos behavioristas de que o comportamento humano se dá, apenas, pela relação ambiente-indivíduo: os gestaltistas acrescentam o princípio da percepção entre o estimulo do meio e a resposta do ambiente, dizendo que o meio em que vivemos é um fator importante para o estudo do comportamento, mas não é determinante, assim como a percepção. Isso porque, segundo os gestaltistas, nós percebemos as mesmas coisas de maneiras completamente diferentes de outras pessoas, variando, assim, de indivíduo para indivíduo a resposta que acarretará em função do estímulo recebido. Diferentemente da teoria da Gestalt, a Psicanálise traz a ideia do inconsciente humano. Essa teoria consiste na compreensão de que a mente humana é dividida em três partes: o Id, o Ego e o Superego. De maneira sucinta, o Id são as nossas vontades e instintos que são reprimidos pelo Superego, que é basicamente o que a nossa sociedade impõe para que sejamos aceitos nela. Ou seja, o superego reprime alguns desejos e vontades do Id, para que nós mesmos nos tornemos autoridades da nossa própria mente, a fim de dizer o que é certo e o que é errado, trazendo, então, o sentimento de culpa. Por fim, o ego é o resultado desses dois: é o nosso consciente, o que nós somos, o que apresentamos à sociedade, o equilíbrio entreo querer (id) e o poder (superego). Dessa forma, no caso de Ana O., Freud explicou o motivo da paciente sentir dores físicas sem ter nenhuma irregularidade em seu corpo. Segundo ele, os conteúdos que foram reprimidos são apenas esquecidos pelo consciente, mas são sempre lembrados pelo inconsciente. Assim, portanto, à medida que a paciente ia relembrando seus conflitos passados e os colocando para fora, as suas patologias iam embora. Isto posto, a teoria da Gestalt e a teoria da Psicanálise se diferencia, principalmente, pela presença do inconsciente no método freudiano de entender o comportamento humano. QUESTÃO 03 A Psicologia Analítica, proposta por Jung, se aproxima bastante da teoria freudiana, sendo esta a base da fundamentação da teoria de Jung. Entretanto, no início do século XX, as duas teorias se rompem, pois Jung passou a discordar de algumas premissas da teoria freudiana, sendo a principal dela a ideia do inconsciente. Para Jung, a mente humana é dividida em três partes: o ego (basicamente a mesma definição da Psicanálise), o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O inconsciente pessoal seriam memórias, ideias e pensamentos que foram reprimidos a fim de proteger o ego no momento presente, entretanto, por ser superficial, podem ser acessados. É o caso de alguns sonhos que trazem informações do passado e do futuro, servindo de um equilíbrio para o nosso comportamento (não é uma previsão do futuro, mas uma compensação a atitudes e ideias do consciente). Por fim, o inconsciente coletivo que é profundo e dificilmente acessado, a não ser em casos especiais, como, também, em alguns sonhos (várias pessoas que nem se conhecem já tiveram o mesmo sonho ou algo muito parecido). Ou seja, Jung traz a ideia de que o ser humano carrega consigo, desde o nascimento, aspectos culturais e históricos herdados de seus ancestrais, dando origem aos ditos arquétipos proposto pelo psicólogo. Estes, por sua vez, são as imagens comuns a todas as pessoas e formadas desde a antiguidade. Por exemplo: a ideia de herói, de vilão, de mãe (em diversos sentidos), etc. Dessa forma, através desses arquétipos, que são comuns a todos os indivíduos ou a maioria deles, a psicologia analítica pode contribuir para a formação dos Direitos Humanos, por serem eles – os arquétipos - legítimos e, portanto, aceitos pelos meios sociais, já que fazem parte do inconsciente coletivo de todas as pessoas.
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