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EPIDEMIOLOGIA HEP 0143 Aulas na sala Pedro Egydio Instituto de Ciências Biomédicas Depto Epidemiologia Prof. Cassia Maria Buchalla Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Monitora: Bruna Lara PROGRAMA DATA TEMA Responsável 21/fev Introdução conceitos básicos Cassia 28/fev História Natural e níveis de prevenção Fredi 07/mar Transição demográfica e transição epidemiológica Cassia 14/mar Medidas de frequência e de associação Fredi 21/mar Indicadores de Saúde e Sistemas de Informação Cassia 28/mar Características das Pessoas, do local e do tempo Cassia 04/abr Estudos descritivos (mortalidade e morbidade) Fredi 11/abr Prova ou Exercício – 1º Avaliação Fredi 25/abr Ensaio Clinico Cassia 09/mai Coorte Cassia 16/mai Caso controle Fredi 23/mai Estudos ecológicos Fredi 30/mai Estudos de revisão e metanalise Cassia 06/jun Avaliação de testes diagnósticos Fredi 13/jun Avaliação final (prova) Cassia e Fredi 27/jun Revisão da prova Cassia e Fredi OBJETIVOS DA DISCIPLINA Desenvolver o raciocínio epidemiológico, com visão interdisciplinar que permita ampliar seu campo de atuação Oferecer aos alunos conhecimentos básicos sobre o método epidemiológico de forma a familiarizá-los com a : quantificação e caracterização de agravos à saúde na população, identificação de fatores de risco, os principais delineamentos usados em estudos epidemiológicos BIBLIOGRAFIA Waldman EA. Vigilância em Saúde Pública, volume 7 / colaboração de Tereza Etsuko da Costa Rosa.São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. (Série Saúde & Cidadania). Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/visa/files/Volume07.pdf Bonita R, Beaglehole R, Kjellstrom T. Epidemiologia Básica. Geneva; World Health Organization; 2010. Disponível em: http://libdoc.who.int/publications/2010/9788572888394_por.pdf Medronho RA, Bloch KV, Weneck GL. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Editora Atheneu; 2008. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara; 1999. Gordis L. Epidemioloigia. 2º ed. Rio de Janeiro; Revinter; 2004. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Introdução a Epidemiologia. 4a Edição. Rio de Janeiro: Medsi/Editora Médica e Científica Ltda; 2006. O QUE É EPIDEMIOLOGIA? CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA É o estudo da ocorrência e da distribuição dos estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, incluindo o estudo dos determinantes influenciando esses estados e a aplicação desse conhecimento para o controle dos problemas de saúde. Miquel Porta CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA Maria Zélia Rouquayrol É a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA Oswaldo Paulo Forattini É o ramo do estudo científico que tem por objeto os eventos concernentes à saúde e à qualidade de vida na comunidade antrópica, em seus aspectos causais, condições determinantes e de distribuição, objetivando aplicar os conhecimentos auferidos para a solução dos problemas a ela relacionados. CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA Brian MacMahon A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da freqüência de doenças no homem. CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA Abraham M. Lilienfeld Estudo dos padrões de ocorrências de doenças nas populações humanas e dos fatores que influenciam estes padrões. CONCEITO DE SAÚDE PÚBLICA É a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde por meio dos esforços organizados da sociedade (The Acheson Report). Donald Acheson Conceito de Saúde Pública Donald Acheson É a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e prom over a saúde at ravés dos esforços organizados da sociedade. ( The Acheson Report ) USOS DA EPIDEMIOLOGIA Compreender a História Natural das Doenças Conhecer as doenças que acometem a população Identificar fatores que determinam esse quadro Propor medidas de prevenção potencialmente efetivas Avaliar as medidas de prevenção e controle Medir a carga da doença na população Avaliar o risco individual para a doença HISTÓRICO Hipócrates Sobre o Ar, as Águas e os Lugares (século 5aC) John Graunt (1629-1674) Considerado o Pai da demografia e epidemiologia Era alfaiate Observou a regularidade dos eventos vitais na população -> observação de um padrão na ocorrência do evento Mediu ->Excesso de nascimentos do sexo M Mediu ->Excesso de mortalidade do sexo M JAMES LIND (1716-1794) A bordo do navio HMS Salisbury, Lind dividiu doze marinheiros com escorbuto em diferentes grupos, que receberam diferentes formas de terapia. O grupo que recebeu laranjas e limões na dieta, se recuperou da doença. Lind publicou os seus resultados em 1753 mas apenas em 1795 a dieta dos marinheiros britânicos foi alterada com a introdução de frutas cítricas na forma de suco. Novos conhecimentos-> incorporados Em 1747, o cirurgião escocês James Lind conduziu o primeiro ensaio clínico registrado na história da Medicina. DADOS AGREGADOS: 1836 Conhecimento médico pode ser derivado da agregação de dados dos pacientes Pierre Louis (1787-1872)www.cardenashistoriamedicina.net JOHN SNOW (1813-1858) HISTÓRICO John Snow Estudou as mortes por cólera em distritos de Londres supridos por duas companhias de água, 1854 Companhia Pop. 1851 Mortes por cólera Coef. Mort /1000 Southwark 167654 844 8 Lamberth 19133 18 0,9 John Snow Mapas Original HISTÓRICO Explicação da causa das doenças -> teoria unicausal microbiologia contágio de germes LOUIS PASTEUR (1822-1895) MODELOS DE EXPLICAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA 1. Miasmas – emanações que causavam a doença 2. Cadeia de eventos - linear 3. Ecológico - agente, hospedeiro e ambiente 4. Rede de Causas – multicausalidade, causas necessárias e suficientes 5. Múltiplas causas - múltiplos efeitos 6. Sistêmico - 7. Social - 8. Ambiental ampliada - relações homem/homem e homem/natureza MODELO SISTÊMICO http://www.psiquiatriageral.com.br/epidemiologia/conceito.htm Rouquayrol M, Almeida Filho N. Epidemiologia & Saúde. 6ª. ed. Rio de Janeiro, MEDSI, 2003. TEORIA DOS GERMES Bacteriologia: Conceito da unicausalidade Agente Hospedeiro w w w .p erso n el.p su .ed u Um agente causa apenas aquela doença (especificidade) Todos os doentes têm o agente Basta ter o agente para ter a doença (causa suficiente) FASE DA CAUSALIDADE MÚLTIPLA Agravos à saúde Conceito da multicausalidade Meio ambiente Natureza multifatorial Agente Hospedeiro Físico Biológico Social EPIDEMIOLOGIA Parte da premissa que os agravos à saúde não ocorrem ao acaso na população e que: √ Esta distribuição desigual é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população. √ A elucidação desses fatores determinantes das doenças é uma das preocupações constantes da Epidemiologia √ O conhecimento desse fatores permite a aplicação de métodos preventivos e curativos √ Quando direcionado a alvos específicos, definidos cientificamente, a eficácia da medida é maior Os trabalho pioneiros de Lind, Louis e Snow, consistem em exemplos e formas simples decomparação e medidas de frequência. Não havia métodos ou teoria para os estudos e eles tiveram que inventar a forma de seus estudos epidemiológicos INÍCIO DA EPIDEMIOLOGIA Como ciência no século XIX, sob a influência: nascimento da clínica desenvolvimento da bioestatística filosofia REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Novos riscos Nova organização do trabalho Novas doenças QUESTÕES PARA RESPONDER NA SALA DE AULAS 1. John Snow é considerado hoje como “pai da Epidemiologia”. Por quê? 2. Você acredita que a Epidemiologia será útil para o desenvolvimento das suas atividades profissionais. Por quê? LEITURA COMPLEMENTAR Capitulo 1 do livro: Bonita R, Beaglehole R, Kjellstrom T. Epidemiologia Básica. Geneva; World Health Organization 2010. Capitulo 1 do livro: Waldman EA. Vigilância em Saúde Pública, volume 7 / colaboração de Tereza Etsuko da Costa Rosa.São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998.
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