Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Química Curso de EngenhariaCurso de Engenharia QuQuíímica XImica XI 2° semestre - 2013 Hallan Bruno de Matos Hallan Bruno de Matos AngeiraAngeira GomesGomes E-mail: hallanbruno@hotmail.com Bibliografia recomendada Hilsdorf, J.W.; Barros, N. D. de; Tassinari, C. A.; Costa, I. Química Tecnológica, Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2004. Richter, C.A.; Azevedo Netto, J.M. Tratamento de água, Ed. Edgard Blücher, São Paulo, 1991. � Leme, F. P. Teoria e técnicas de tratamento de água, ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Rio de Janeiro, 1990. Bernardo L. Métodos e técnicas de tratamento de água”, ABES, Rio de Janeiro, Vol. I e II, 1993. Gentil, V. Corrosão, 6ª ed., LTC, Rio de Janeiro, 2011. Garcia, R. Combustíveis e combustão industrial, Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 2002. Carreteiro, R. P.; Belmiro, P. N. A. Lubrificantes e lubrificação industrial, Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 2006. Mano, E. B.; Mendes, L. C. Introdução à Polímeros, Ed. Edgard Blücher Ltda. São �Paulo, 2004. Calendário Recesso10Aula18 Prova Final3 Fev 1ª prova11 Reposição27Aula4 Nov 2ª prova20Aula28 Aula13Aula21 Aula6 Jan Feriado14 Aula16Aula7 Out Aula9Aula30 Aula2 Dez Aula23 Aula25NovAula16 Set AtividadeAtividadeDiaDiaMêsMêsAtividadeAtividadeDiaDiaMêsMês Água Água Água 1. Tratamento de água para uso industrial Principais características físicas analisadas: Teor de matéria sólida, Odor, Cor, Turbidez, Variação de vazão. Matéria sedimentável = sedimenta em um período entre 1 e 2 h. Matéria não sedimentável = não sedimenta no tempo arbitrário de 2 horas, só será removida por processos de oxidação biológica e de coagulação, seguida de sedimentação. Água Odor = é causado pelos gases formados no processo de decomposição; Cor e a turbidez = indicam o estado de decomposição do esgoto, as características químicas são de origem de matéria orgânica e inorgânica. A variação da vazão dependerá do tipo de rede, dos despejos admitidos, qualidade do material empregado e principalmente da natureza da indústria. Água 1. Aeração; 2. Neutralização; 3. Coagulação; 4. Floculação; 5. Sedimentação; 6. Filtração; 1.1. Etapas do tratamento Água * Aeração Transferência de substâncias voláteis da água para o ar e de substâncias voláteis do ar para água, de forma a obter o equilíbrio entre as substâncias químicas presentes. * Coagulação Processo através do qual os coagulantes são adicionados à água, reduzindo as forças que tendem a manter separadas as partículas em suspensão; * Floculação Aglomeração de partículas por efeito dos transportes de fluido, visando à formação de partículas com tamanho e massa específica que favoreçam sua remoção por sedimentação, flotação ou filtração direta Água * Sedimentação (decantação) A decantação é a separação das partículas sólidas, que sendo mais densas que a água tendem a sedimentar no fundo do tanque decantador com uma certa velocidade (velocidade de sedimentação). * Filtração A filtração é a passagem de água através de um meio poroso para remover matéria suspensa. Água 2. Tratamento de água com dureza Água com alto teor de dureza são impróprias para uso industrial. O cálcio e magnésio possuem características naturais de se agregarem nas paredes das tubulações. Em altas temperaturas cristalizam-se formando incrustações, causando sérios dano. O tratamento de água dura é conhecido como abrandamento e pode ser realizado principalmente das seguintes maneiras: Cal soda Troca iônica Água * Cal soda Consiste na aplicação de substâncias (cal e carbonato de sódio), que reagem com os compostos de cálcio e de magnésio, precipitando-os. CO2 + Ca(OH)2 CaCO3 + H2O Ca(HCO3)2 + Ca(OH)2 2 CaCO3 + 2 H2O Mg(HCO3)2 + Ca(OH)2 CaCO3 + MgCO3 + 2 H2O MgCO3 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaCO3 MgSO4 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaSO4 CaSO4 + Na2CO3 CaCO3 + Na2SO4 CaCl2 + Na2CO3 CaCO3 + 2 NaCl MgCl2 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaCl2 Água Necessidade de ajustes finais, pois a água abrandada ainda possui dureza; Tecnologia bem estabelecida; Produção de lodo; Possibilita remover da água contaminantes tais como metais pesados e outros; Utilização de produtos químicos; Geralmente aplicado para águas com dureza elevada; DesvantagensVantagens Água * Troca iônica Resina de troca iônica: consiste em fazer a água atravessar uma resina catiônica que captura os íons Ca2+ e Mg2+, substituindo-os por íons que formarão compostos solúveis. R(-SO3Na)2 + Ca2+ → R(-SO3)2Ca + 2 Na+ R(-SO3Na)2 + Mg2+ → R(-SO3)2Mg + 2 Na+ Água Requer o tratamento do efluente da regeneração; Não há formação de lodo no processo; Ocorre saturação da resina, exigindo a sua regeneração; As resinas podem ser regeneradas; Requer um pré- tratamento da água; Alta eficiência para remoção dos íons responsáveis pela dureza; DesvantagensVantagens Água 3. Incrustações As incrustações são deposições ou precipitações sólidas, de natureza alcalinas, que ocorrem nas superfícies internas de caldeiras e tubulações. Normalmente, com a elevação da temperatura ocorre uma maior dissolução da substâncias sólidas na água. Porém existem substâncias que apresentam difícil dissolução e as que com um aumento da temperatura tornam-se cada vez menos solúvel. Ex: CaSO4 = solubilidade diminui com o aumento da temperatura. CaCO3 = solubilidade não altera com a temperatura. Água As principais causas da existência de depósitos são: •excesso de impurezas presentes na água de alimentação; •processo de corrosão que forma subprodutos que se depositam; •condensado ou vapor contaminados; •tratamento químico aplicado inadequadamente. Além de influenciar na condutividade térmica, estes depósitos provocam um sobreaquecimento da chapa metálica, e à medida que a temperatura aumenta a sua resistência à tração de escoamento diminui podendo provocar dilatações e até mesmo rupturas dos tubos em consequência da alta pressão. Água Água Possíveis consequencias causadas por incrustações: •superaquecimento dos tubos, •perda de rendimento, •possível ruptura da tubulação, •maior consumo de combustível, •ataque cáustico, •fragilidade por hidrogênio, •obstrução ao fluxo de água. Água 3.1. Prevenção de incrustações * Descargas de nível Visam limitar o teor admissível de sólidos dissolvidos na água do gerador de vapor. Controla os ciclos de concentração (sólidos em suspensão, sólidos totais dissolvidos, alcalinidade e sílica). Vantagens: •Aumenta a economia na operação do sistema; •Evita arraste devido ao alto teor de sólidos; •Evita desperdício de água, de combustível e de produtos destinados ao tratamento. Água * Descargas de fundo Removem a lama e parte dos sólidos dissolvidos. Tais descargas são manuais e sua importância aumenta quando a concentração de lama na água da caldeira é alta. Água 3.2. Eliminação de incrustações Quando possível, uma limpeza física é feita inicialmente, e em seguida inicia-se a limpeza química. O processo de limpeza química pode ser dividido em: limpeza pré-operacional; limpeza de caldeiras em operação; Água Principal objetivo: retirar os depósitos soltos no interior da caldeira e a parte oxidada do metal. * Limpeza química pré-operacional •1ª fase = remoção de óleos, gorduras e sujeiras. Detergente alcalino a quente (65a 95°C) com duração de 6 a 8 horas com recirculação da solução. •2ª fase = remoção de óxidos de ferro. Ex: HCl com inibidor soluções a 5% com a presença de um inibidor, cuja concentração fica em torno de 0,3% Inibidor = um composto orgânico, o qual é adicionado à solução ácida evitando que o ácido clorídrico ataque o metal base, mas não minimizando o ataque do ácido sobre o óxido de ferro. Água * Limpeza química de caldeiras em operação Metodologia: 1. Acomodação das crostas; 2. Limpeza ácida; 3. Neutralização; 4. Cuidados com a atmosfera de hidrogênio; Água Acomodação das crostas Lavagem alcalina a quente para a remoção das gorduras e óleos além de amolecer e tornar porosos os depósitos, o que facilitará posteriormente a limpeza química ácida. Após a lavagem alcalina, deve-se remover toda a solução básica. Limpeza ácida O ácido mais utilizado para a limpeza química é o clorídrico, mas o sulfúrico, fosfórico e sulfâmico são também bastante usados industrialmente, e sempre acompanhados por um inibidor de oxidação. Após a limpeza ácida a solução no interior da caldeira deverá ser esgotada e lavar a caldeira internamente com jato de água sob pressão para remoção dos depósitos. Água Neutralização A caldeira deverá ser cheia com água limpa e adicionada uma solução alcalina com inibidor para neutralização. Cuidados com a atmosfera de hidrogênio Problemas causados pela liberação de hidrogênio durante a limpeza química: •Fragilidade do aço; •Atmosfera explosiva; Ao realizar uma limpeza química ácida deve-se ventilar o máximo possível a casa de caldeira. Água 4. Corrosão Corrosão é um processo eletroquímico capaz de se desenvolver em meio ácido, neutro ou alcalino, na presença ou não de aeração, podendo ser acelerada pela presença de oxigênio dissolvido; teores elevados de cloro; presença de íons cobre e níquel, responsáveis pela formação de pilhas galvânicas; sólidos em suspensão que se depositam facilmente, de forma não aderente, em regiões estagnantes e de alta transferência de calor (GENTIL, 1996). Vários fatores podem levar ao processo corrosivo pela ação da água: Ex: •relação entre o pH e alcalinidade; •relação entre gás carbônico livre e alcalinidade. Água * Relação entre o pH e alcalinidade Água * Relação entre CO2 livre e alcalinidade Água 4. Água para reatores nucleares Água 4.1. Reatores nucleares mais utilizados •LWR - Light Water Reactors (reator de água leve) BWR Boiling Water Reactor Reator de água em ebulição PWR Pressure Water Reactor Reator de água a pressão Água * PWR - Reator de água a pressão A água é colocada sob alta pressão (155 atm) para eliminar a ebulição, e serve como refrigerante e fluido de trabalho. Dois circuitos: primário e secundário. Circuito primário A água remove o calor proveniente da fissão do urânio no reator. A água é bombeada para dentro do núcleo do reator. A água sai do núcleo com cerca de 325°C. Água * PWR - Reator de água a pressão Água A água quente do circuito primário entrega calor a um circuito secundário de vapor. O vapor produzido é então expandido através da turbina a vapor que movimenta o gerador. Produção de energia. OBS: o sistema é mantido sob alta pressão para que a água do circuito primário não entre em ebulição. Circuito secundário Água * PWR - Reator de água a pressão Água * BWR - Reator de água em ebulição É uma variante dos reatores de água pressurizada. •operam a uma mais baixa pressão (em geral 70 atm); •geram vapor diretamente no núcleo do reator, Ponto positivo: eliminação do trocador de calor intermediário usado em outros modelos para a formação de vapor. Água * BWR - Reator de água em ebulição
Compartilhar