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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CENTRO DE ENGENHARIA E CIENCIAS EXATAS – CECE
ENGENHARIA QUIMICA – 1a SÉRIE
ANA CAROLINA FURMAN
DISCIPLINA: FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL
PROFESSORA: ROSEMEIRE DE LUCCA
REFERENCIAS INERCIAIS
Toledo, 2017
INTRODUÇÃO
Newton tinha uma ideia muito clara a respeito do movimento e a interação entre os corpos do Universo. Com relação ao movimento dos corpos, ele percebeu que quando todas as forças aplicadas em um certo corpo se anulam mutuamente, este corpo só pode ser encontrado em apenas dois estados: o estado de repouso ou o estado de movimento retilíneo uniforme, ambos em relação a um referencial inercial. E a essa ideia, deu-se o nome de Princípio da Inércia ou 1º Lei de Newton. No caso de haver uma força resultante diferente de zero atuando sobre o corpo, então este sofre uma aceleração inversamente proporcional à sua massa inercial e no mesmo sentido da atuação da força, em relação a um referencial inercial adotado arbitrariamente, o que ficou conhecido por Princípio Fundamental da Dinâmica ou 2º Lei de Newton. E em relação à interação, ele postulou que quando dois corpos interagem entre si, sempre surgem duas forças de mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos, cada uma delas atuando em um dos corpos interagentes. A essa ideia, deu-se o nome de Princípio da Ação e Reação ou 3º Lei de Newton. [1]
Referencial inercial é um sistema de referência em que corpos livres (sem forças aplicadas) não têm o seu estado de movimento alterado, ou seja: corpos livres não sofrem acelerações quando não há forças sendo exercidas. Tais sistemas ou estão parados (velocidade = 0) ou em movimento retilíneo uniforme uns em relação aos outros. [2]
A ideia da primeira lei é definir onde a segunda lei funciona, ou seja, em referenciais inerciais. Se usássemos a forma usual da primeira lei, bastaria dizer que referenciais inerciais são aqueles em que a primeira lei é verdadeira. [3]
Este trabalho tem como objetivo tratar de referenciais não inerciais e pseudo-forças. 
REFERENCIAS INERCIAIS
A primeira Lei de Newton pode ser tomada como uma definição de um sistema de referência inercial: se a força total que atua sobre uma partícula é zero, existe um conjunto de sistemas de referência, chamados inerciais, nos quais ela permanece em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme (tem aceleração nula). Se um referencial é inercial, qualquer outro referencial que se mova com velocidade constante em relação a ele é também inercial.
Ao se estudar o movimento dos corpos do ponto de vista de um referencial não-inercial, percebia-se o surgimento de efeitos dinâmicos que passavam a invalidar o Princípio Fundamental da Dinâmica, pois evidenciavam a presença de outras forças que aparentemente não apresentavam causa, agindo sobre os corpos materiais apenas pelo fato de o referencial em questão estar acelerado em relação ao espaço absoluto. Assim, para Newton, referencial inercial é qualquer sistema de referência que se encontra em repouso ou em movimento retilíneo uniforme em relação ao espaço absoluto e portanto, qualquer sistema em que não se pode constatar quaisquer efeitos produzidos por forças sem agente causador aparente, as quais foram chama das posteriormente de forças inerciais. Sendo assim, pode-se afirmar que as três leis de Newton são válidas apenas em referenciais inerciais, por definição, pois não é necessário introduzir as forças inerciais para explicar qualquer fenômeno, já que todos os efeitos podem ser entendidos através de interações físicas reais do ponto de vista de um referencial inercial (o que aliás, foi o procedimento utilizado por Newton durante toda a sua vida). Caso queira-se estudar o movimento de um corpo do ponto de vista de um referencial não-inercial, ou seja, que se encontra acelerado em relação ao espaço absoluto, então deve-se levar em consideração os efeitos causados pelas forças inerciais. Essas forças podem também ser chamadas de força fictícia ou pseudo-força. 
Enfim, as forças inerciais seriam, na perspectiva de Newton, efeitos de causas inerciais que surgem quando estamos observando um fenômeno a partir de um referencial não inercial (tal como o balde girando, um veículo freado bruscamente, o pêndulo de Foucault). Em um sistema de referência em repouso sobre a borda do balde, para se explicar a curvatura da superfície da água, necessita-se assumir que a água está sofrendo uma força inercial radial (sentido para fora), usualmente chamada força centrífuga. Um passageiro que queira explicar porque os corpos no interior do veículo são arremessados para frente durante a frenagem, precisa imputar a esses corpos uma força de inércia de translação. Um observador que, tendo elegido como sistema de referência as paredes do museu onde existe um pêndulo de Foucault, precisa se referir à chamada força de Coriolis para explicar a rotação do plano de oscilação do pêndulo. Todas essas são forças inerciais e a ideia de que forças inerciais são causas fictícias para explicar alguns efeitos está ligada à crença de que há movimentos absolutos e relativos e que somente alguns referenciais são capazes de apreender os movimentos que os corpos verdadeiramente realizam.
CONCLUSÃO
Isaac Newton elaborou a melhor Mecânica de seu tempo. Ele estava querendo diferenciar entre referenciais ditos inerciais, ou seja, aqueles que se encontrassem em repouso ou em movimento retilíneo uniforme em relação ao espaço absoluto, daqueles referenciais ditos não-inerciais, ou seja, aqueles que se encontrassem acelerados em relação a esse ente abstrato chamado de espaço absoluto. Desta maneira, percebeu-se o surgimento de efeitos dinâmicos, que comprovavam a presença de outras forças que aparentemente não apresentavam causa, agindo sobre os corpos materiais, conhecidas como forças fictícias ou pseudo-forças. 
REFERENCIAS 
[1] GARDELLI, D. A Origem da Inércia. NECM-ANGLO, São Paulo – SP. v. 16, n. 1: p. 43-53, abr. 1999
[2] VIEIRA, B.. Referencial Inercial. UNICAMP – 2007
[3] ALVES, A.. Referenciais Não Inerciais e Forças Fictícias. 2016. 39. f.. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Física) – Departamento de Física, Universidade Estadual de Maringá, 2016
[4] FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. Lições de física de Feynman: A Edição Definitiva. Porto Alegre: Bookman, 2008. 1798p. 3 v.
[5] LIMA, P.J. A Física como uma construção cultural arbitrária: Um exemplo da controvérsia sobre o status ontológico das forças inerciais. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. v. 15, n. 1, 2015

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