CICLO MENSTRUAL 17 08

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CICLO MENSTRUAL
Elisa Freitas Macedo
Os ovários já estão prontos em torno de 28 semanas de gravidez. O ovário tem 2 tipos de células: as células da granulosa e as células da teca. As células da teca ficam mais na parte externa e as células da granulosa ficam mais internamente (mais na medula do ovário). Depois que os ovários são formados, as células da granulosa e da teca e da granulosa já produziram os hormônios no feto feminino, já faz estrogênio e progesterona junto com a placenta.
A produção hormonal já começa a recrutar os oocitos primários, que no futuro vai ser um ovulo. Então, esse recrutamento oocitário já começa na vida intra-uterina. Quando o feto está pronto, a menina já nasce com cerca de 7 milhões de oocitos primários. Depois, quando ela entra na puberdade, esses oocitos, a partir da adolescência, muitos deles vão ficando atrésicos (atróficos), e vai perdendo ao longo da puberdade.
Por ocasião da primeira menstruação, a menina fica com mais ou menos 400 mil oocitos primários. Para que, na mulher, ocorra uma menstruação, para depois ocorrer o fluxo menstrual, ela recruta 1 mil folículos. Então, em cada ciclo menstrual, a mulher recruta 1 mil folículos primordiais (oocitos primários). 
Como a ovulação e a menstruação vão ocorrer basicamente? Para que ocorra uma ovulação, o hipotálamo manda um hormônio (GnRH – hormônio liberador de gonadotrofinas) para a hipófise. A hipófise, na parte anterior, vai fazer o FSH e o LH, que são as gonadotrofinas (estimulam o ovário). O FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) vão estimular o ovário a fazer estrogênio, progesterona e testosterona, através da via do LDL colesterol (aula passada). O FSH vai agir nas células da granulosa para fazer estrogênio na primeira fase do ciclo. O LH vai agir nas células da teca, para fazer testosterona na primeira fase do ciclo. Na segunda fase do ciclo, o LH vai agir nas células da granulosa, previamente luteinizadas, para fazer progesterona. 
O FSH, estimulado pelo GnRH, vai agir nas células da granulosa na primeira fase do ciclo. Considera-se o ciclo de 28 dias. A primeira fase do ciclo, vamos considerar como 14 dias e a segunda fase do ciclo, os outros 14 dias. A primeira fase do ciclo é chamada de fase folicular (primeiros 14 dias). A segunda fase do ciclo é chamada de fase lútea. 
Na primeira fase do ciclo, o FSH vai agir nas células da granulosa para produzir estrogênio. E o endométrio vai ficar mais proliferativo. Aí, o LH na primeira fase do ciclo, também age nas células da teca para fazer testosterona.
Na segunda fase do ciclo, o LH vai agir nas células da granulosa luteinizadas (célula da granulosa já foi estimulada pelo FSH), com produção de estrogênio, para fazer progesterona. Nessa fase, o endométrio vai estar mais secretor. Essa progesterona, produzida nas células da granulosa na segunda fase do ciclo sob ação do FSH vai ser precursora para a produção de testosterona na primeira fase do outro ciclo. Essa é chamada a teoria das duas células. Ou seja, a progesterona produzida nas células da granulosa, na fase lútea, ela vai ser precursora da testosterona produzida nas células da teca no ciclo seguinte. 
Então, nos primeiros 14 dias, o FSH vai agir nas células da granulosa, vai produzir o estradiol. A partir do momento em que o estradiol vai sendo produzido, o próprio estradiol vai inibindo o FSH. Ou seja, o FSH começa a aumentar no 26º dia do ciclo anterior. A mulher menstrua e ele vai subindo. A partir do momento em que ele vai subindo, vai produzindo estrogênio nas células da granulosa do ovário. Esse estrogênio vai subindo e vai fazendo um feedback de alça longa no ovário para inibir o FSH. Então, estrogênio vai subindo e FSH vai aumentando.
A partir do momento em que o estrogênio vai subindo, ele vai estimulando o LH. Porque esse LH é o que vai ter que agir na segunda fase do ciclo para produzir progesterona nas mesmas células da granulosa. Quando está no 8º dia do ciclo mais ou menos, FSH já vai estar todo inibido. Só que o estradiol não inibe o FSH diretamente, quem inibe o FSH na verdade é uma substancia que chama inibina, que também é produzida nas células da granulosa. O estrogênio vai subindo, aumenta a inibina, e a inibina inibe o FSH. A partir do momento que o estrogênio vai subindo, a inibina vai inibindo, vai estimulando LH. Com o estrogênio alto, estimulando o LH, vai chegar um momento que no 14º dia ocorre um pico de LH. Nesse pico de LH, 24 horas depois ocorre a ovulação. Ou seja, o folículo maduro rompe do ovário. 
Ocorreu ovulação e, daí pra frente, eu vou ter domínio de progesterona, porque o LH vai agir nas células da granulosa produzindo progesterona. Isso não significa que o estrogênio estará baixo, mas a progesterona estará mais alta que ele.
Na primeira fase, o estrogênio estará mais alto que a progesterona. Na segunda fase, progesterona estará mais alta que estrogênio. Não se sabe por que quando ocorre esse pico de LH vai ocorrer também um pico de FSH. Os autores acham que é para terminar de maturar aquele folículo maduro. 
Na segunda fase do ciclo, como já tem mais progesterona, o meu endométrio vai ficar mais secretor, e não mais proliferativo. E, a partir do momento em que a mulher menstrua no 24º-25º dia, esse folículo ovulou, se transformou em um ovulo maduro. O ovulo não sofreu fecundação, com isso, não há gonadotrofina coriônica humana. Se não há gonadotrofina coriônica humana, o corpo lúteo vai começar a regredir, aí vai se transformar em corpo amarelo, corpo albicans, a produção de estrogênio e progesterona vai diminuir. Aquele endométrio, que está proliferativo e secretor, nutrido pelas artérias espiraladas, entra em isquemia e necrose, e ocorre absorção. 
Quando ocorre fecundação nesse ovulo, eu tenho a produção de gonadotrofina coriônica, que é o famoso hCG, que não deixa o corpo lúteo regredir. O corpo lúteo não regride, vai produzindo progesterona vai mantendo a gravidez até a placenta tomar conta em 11 semanas. 
O ciclo menstrual é um termo cientifico para nossas alterações fisiológicas, cuja finalidade é reprodução sexual e fecundação. Ele é regulado pelo sistema endócrino.
Acima do hipotálamo, tem o sistema límbico, que é responsável pelas nossas relações externas, então, na verdade, o hipotálamo não é o primeiro a mandar estímulos. Na verdade, o sistema límbico manda estímulos para o hipotálamo, para ocorrer tudo aquilo. O sistema límbico é muito importante para o fluxo menstrual (ex: mulheres que moram juntas e menstruam juntas?).
A média de duração do ciclo menstrual é de 28 dias, mas pode variar entre 21 e 35 dias. Tem impacto social, pessoal econômico, a mulher que tem TPM fica ansiosa, depressiva, etc. 
O ciclo menstrual normal dura em torno de 2 a 7 dias, o volume da menstruação total é em torno de 20 a 90 ml, e o intervalo é entre 21/24-35 dias. O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia do sangramento. 
Menarca é a data da primeira menstruação. A menstruação menácne é a mulher que está menstruando. 
Climatério antecede a menopausa, o climatério é a incapacidade da mulher de todo mês não conseguir recrutar o folículo, porque o ovário, ao longo da vida, vai envelhecendo, então vai chegar o momento que ele vai se tornando incapaz de recrutar o folículo para que ocorra a ovulação e não ovula. O climatério não acontece de uma vez só, ele acontece aos poucos. Tem mês que não vai recrutar, não vai ovular, não vai menstruar. Tem mês que recruta e menstrua. Esse período de irregularidade, é chamado de climatério.
A menopausa é quando a mulher não menstrua por mais de um ano, ausência de fluxo menstrual natural por mais de um ano. Só que antes tem o climatério. A mulher no climatério e a menina no inicio da menarca tem um ciclo menstrual irregular. A menina jovem, quando começa a menstruar, não tem um ovário totalmente maduro, então acontece o mesmo que acontece com a mulher em climatério, por ser um ovário imaturo, tem mês que recruta, ovula e menstrua, e tem mês que não recruta, não ovula e não vai menstruar. 
Menopausaprecoce é aquela que ocorre antes de 45 anos de idade. Menopausa tardia é quando ela ocorre após os 55 anos de idade. Selenidade é aquele período após a menopausa, aqueles sintomas da menopausa, geralmente com 60-65 anos, que é onde tem o alivio dos calores, das ondas de fogacho, etc; geralmente, ela ocorre 5 a 10 anos após a menopausa. 
Eixo hipotálamo-hipofise-ovario: O útero tem papel passivo, ele não faz hormônio nenhum. Ele só é responsivo àquilo que o ovário está fazendo. Então, a retirada do útero (histerectomia), não tem nada a ver com função de libido. Quem faz libido é a testosterona, produzida pelos ovários, e pela supra-renal. A partir do momento em que o sistema límbico manda estimulo para o hipotálamo, e o hipotálamo libera GnRH para fazer as gonadotrofinas, que é o FSH e o LH, aí o FSH e o LH começam a estimular os ovários, o aumento do FSH e do LH vai inibindo também o GnRH. Esse é o chamado feedback de alça curta. O hipotálamo, na liberação do GnRH funciona na forma de pulsatilidade, ele vai soltando pulsos de GnRH. A partir do momento que o estradiol e a testosterona vão subindo e inibindo o FSH, e aumentando LH, é o feedback de alça longa. 
Nos primeiros 14 dias, eu tenho uma fase folicular. Ela recebe esse nome porque é a fase em que eu vou pegar um folículo imaturo e vou levar ele até a maturidade. Nessa fase, eu pego vários folículos, estimulo e apenas um vai se tornar maduro (folículo de Graff). O folículo de Graff está pronto para ovular, ele tem o oocito dentro dele. Dos 1500 óvulos, apenas 1 irá ovular. Na fase folicular, eu faço o amadurecimento do folículo, até chegar no folículo maduro (folículo de Graff), que é o folículo pronto para ovular. Então, a menstruação ocorreu aqui. O FSH já vem subindo no 26º dia do ciclo anterior, vai estimular o estrogênio nas células da granulosa. Aí, com esse estrogênio, que sofre estimulo do FSH nas células da granulosa, ele que vai fazendo maturação folicular, é o estrogênio estimulado pelo FSH, produzido nas células da granulosa. Esse estrogênio vai fazer a maturação folicular, vai aumentando a inibina e o FSH. Chegando no meio do ciclo ocorre o pico de LH, porque o estrogênio subindo, vai maturando o folículo, o folículo fica pronto, ocorre o pico de LH, o pico de LH serve para que o ovulo solte o folículo e caia no peritônio. Ovulou, esse folículo vai se transformar em corpo lúteo, com produção de progesterona nas células da granulosa luteinizadas. Nós chamamos essa fase de fase lútea, porque há a produção do corpo lúteo. Não ocorreu a gravidez, não tem hCG, o corpo lúteo não tem estímulo, vai se transformar em corpo amarelo e corpo albicans. Caiu progesterona, caiu estrogênio, isquemia nas artérias espiraladas do endométrio e ocorre a menstruação.
O corpo lúteo produz progesterona, sobre ação do LH nas células da granulosa. Só que essa progesterona nas células da granulosa vai ser precursora pra minha produção de testosterona nas células da teca sob ação do LH no outro ciclo. Por isso que é a teoria das duas células. 
Qual é a ação do estrogênio? O estrogênio faz a maturação folicular e faz com que o endométrio fique mais proliferativo, ele vai acolchoando. Ele vai tornando o colchão macio, para que se houver uma fecundação na hora que o ovo fecundado cai, ocorre a nidação. A ovulação vai ocorrer no 14º dia, aí houve a fecundação, produção de gonadotrofina coriônica humana, aí o corpo lúteo continua fazendo progesterona. Aí o endométrio secretor já fica proliferativo pela primeira fase, o endométrio fica aconchegante para receber esse ovo fecundado. As taxas hormonais estão altas, porque o hCG não deixa cair, fazendo com que ocorra a gestação. O estrogênio é estimulado pelo FSH nas células da granulosa, na primeira fase do ciclo. 
O hipotálamo é na base do encéfalo, fica acima do quiasma optico e abaixo do III ventrículo. Tem múltiplas conexões com o cérebro, tálamo e glote. Ele tem estimulo por feedback de alças curtas e longas. É responsável pela secreção de fatores de liberação hipofisarios, que é o GnRH. Tem uma secreção pulsátil e varia de frequência e amplitude de acordo com o que está sendo produzido lá no ovário. O FSH começa a subir no 26º dia do ciclo anterior. O FSH vai agir nas células da granulosa e vai produzir estrogênio. Junto com o estrogênio, vai produzindo inibina, o FSH vai caindo e o LH vai aumentando. A partir do 14º dia, minha taxa de estrogênio vai estar mais alta, ocorrendo o pico de LH, e o FSH dá um leve pico também. Aí ovulou, rompeu o ovulo (folículo de Graff), transformou-se em corpo lúteo. O corpo lúteo faz produção de progesterona sob ação do LH das células da granulosa. Na segunda fase do ciclo o LH sempre está um pouco mais alto.
A hipófise se situa na sela túrcica, na cavidade do osso esfenoide. A adeno-hipofise faz FSH, LH, tireoide, adrenocorticotróficos, hormônio de crescimento e prolactina. A neuro-hipofise produz ocitocina, ADH (vasopressina-hormonio anti-diuretico). A hipófise posterior (neuro-hipofise) só produz, então, 2 hormônios. A prolactina vai agir na glândula mamaria para promover secreção de leite. O gonadotrófico vai agir nas gônadas, produzindo estrogênio, progesterona e testosterona. O tireotrófico vai agir na tireoide, para fazer o T3 e oT4, que são os hormônios tireoidianos. O adrenocorticotrófico (ACTH) vai estimular a supra-renal a fazer cortisol, a fazer mineralocorticoides, e a fazer também produção de testosterona. O somatotrófico vai agir no osso. O anti-diuretico para fazer o controle do nefron renal. A ocitocina é responsável pela ejeção do leite e pela contração uterina. Enquanto a prolactina é responsável pela produção do leite, a ocitocina é responsável pela ejeção do leite. A ocitocina faz contração endometrial, por isso temos cólica no período menstrual. Isso tudo vem por regulação: sistema límbico- hipotálamo- hipófise.
Os ovários são gônadas femininas, responsáveis pela produção de esteroides sexuais. Esses esteroides são: estrogênio, progesterona, testosterona. E também são responsáveis pela maturação dos folículos. Secretam estradiol e testosterona. A partir da 20ª semana de vida intrauterina, a mulher tem em torno de 7 milhões de folículos primordiais. Os oocitos ficam paralisados, em profise suspensa, na primeira divisão periódica. Após o nascimento, a mulher nasce com em torno de 1 milhão de folículos primordiais em cada ovário, e na menarca ela vai ter em torno de 300 a 400 mil folículos. Se a mulher nasce com em torno de 300 a 400 mil folículos, se ela não tomar anticoncepcional, ela vai ter em torno de 300 a 400 menstruações na vida reprodutiva toda, porque em cada menstruação ela vai ter que recrutar mil folículos. 
No menácne, em cada período menstrual, tem a perda de mil folículos. Somente 400 a 500 oocitos são ovulados. A mulher que toma anticoncepcional não ovula, porque se não ela iria engravidar. Então, se eu pegar um anticoncepcional e tomar, eu não estou gastando esses óvulos, eu não estou gastando esses folículos. Então, teoricamente, o ovário da mulher que toma anticoncepcional está em repouso. Eu não estou gastando folículo porque eu não estou ovulando. “Eu tenho meus folículos guardadinhos, porque se eu quiser engravidar com 70 anos, eu posso engravidar porque eu estou guardando meus folículos”, isso acontece? Não. Porque o ovário envelhece, e, também, a mulher só não ovula, mas ela recruta os folículos, só não ocorre o estagio de maturação, mas o recrutamento ocorre. 
No anticoncepcional, quem faz a contracepção é a progesterona. O estrogênio é só para a mulher ter o sangramento, para imitar a menstruação, mas não é menstruação, pois a mulher não está ovulando. É como se a progesterona estivesse alta e não caísse. Se a progesterona não cai, não vai ocorrer ovulação para que ocorra o ciclo menstrual. 
Primeira fase (fase folicular): recrutamento dos folículos para seleção do folículo dominante, sobre ação do FSH. Age nas células da granulosa, para produção de estrogênio. Folículo primordial (folículo prematuro) pré-antral,antral.
Primeiro estagio de desenvolvimento folicular: a fase inicial depende pouco das gonadotrofinas. O próprio ovário regula o crescimento ate a fase pré-antral. Consiste de um oocito paralisado, envolve uma única camada de células da granulosa. Fica em prófase suspensa, então para no estagio da meiose. As células da granulosa aumentam de tamanho, numero e adquire forma ruboide. 
Folículo pré- antral: aromatase é importante porque essa progesterona feita na 2ª fase do ciclo nas células da granulosa luteinizadas sob ação do LH, vai ser precursora na produção de testosterona nas células da teca no outro ciclo. Essa é a teoria das 2 células: a progesterona sintetizada das células da granulosa sendo precursoras para a testosterona produzida nas células da teca. Aí, a testosterona vai sofrer ação da enzima 3-beta-ol-desidrogenase e vai formar estrogênio. A enzima que transforma testosterona em estrogênio é a aromatase. A progesterona faz testosterona, e a testosterona, sob ação da aromatase, faz estrogênio. A progesterona, na outra fase do ciclo, vai ser precursora, através da enzima 3-beta-ol-desidrogenase da testosterona produzida nas células da teca, sobre ação do LH. E essa testosterona que veio da progesterona vai sofrer ação da aromatase e vai ser precursora do estrogênio produzido nas células da granulosa sob ação do FSH. O FSH estimula o crescimento do folículo, há ação da aromatase, produção de estrogênio e proliferação das células da granulosa. O estrogênio sob ação do FSH é dominante. Até que ocorra o pico de LH, o estrogênio comanda, ele matura a granulosa, ele faz a zona pelúcida, ele ajuda a maturar os folículos. 
O folículo dominante tem uma ação melhor do FSH, que é o que faz o desenvolvimento folicular. A quantidade de estrogênio também eleva um pouco o pico de LH. O LH no meio do ciclo promove luteinização das células da granulosa. Só vai ter produção de progesterona, na 2ª fase do ciclo menstrual, se essas células da granulosa forem luteinizadas pelo FSH com produção do estrogênio. Se não tiver FSH com produção de estrogênio na primeira fase do ciclo, não vai ocorrer pico de LH e não vai ocorrer ovulação, e não vai ter produção de progesterona.
O LH promove luteinização das células da granulosa, do folículo dominante, que resulta na produção de progesterona. A artéria ovariana é ramo direto da aorta. A veia ovariana direita drena para a veia cava inferior. A veia ovariana esquerda drena para a veia renal esquerda. 
O folículo primário já está recrutado no ovário. Aí, o FSH, no 26º dia do ciclo anterior já começa a subir, começando a produzir estrogênio nas células da granulosa do ovário. As células da granulosa são mais internas e as células da teca são mais externas. Então, o folículo vai maturando sob ação do FSH e vai produzindo estrogênio. Então, o folículo vai diferenciando em ovulo, em Cumulus oophorus, até a ruptura folicular. 
Na primeira fase do ciclo (14 dias), o FSH vai agir em um desses folículos primordiais e, o que tiver mais receptores vai se diferenciando. E o folículo maduro vai produzindo estrogênio. A partir do momento em que vai se produzindo estrogênio, vai subindo inibina e inibindo o FSH. Após 24 hs do pico de LH, rompeu o ovulo, se transformou em corpo lúteo. O corpo lúteo vai produzindo progesterona sob ação do LH, nas células da granulosa luteinizadas, até faze o corpo amarelo, o corpo branco, e regredir para começar tudo de novo. Só ocorre o pico de LH se tiver maturação folicular, com produção de estrogênio sob ação do FSH. 
A fase lútea é os outros 14 dias, que nós chamamos de 2ª fase do ciclo menstrual. Aqui ocorre um aumento da progesterona. Após a liberação do oocito, o seu corpo lúteo vai se transformar em corpo amarelo, aumenta as células da granulosa, por acumulo luteinico. Se não houver fecundação ocorre a regressão, corpo amarelo, corpo albicans. 
Na primeira fase do ciclo, o endométrio vai ficando proliferativo, aumenta a vascularização sob ação do estrogênio. Ocorreu a ovulação, aí deixa de ser fase folicular e passa a ser fase lútea, com formação do corpo lúteo. O corpo lúteo vai sofrer ação do LH nas células da granulosa do ovário, com produção de progesterona. O endométrio fica mais secretor. Não houve fecundação, regrediu, caiu tudo, a vascularização desaba, a menstruação, na verdade, só ocorre por isquemia e necrose, por queda hormonal. O aporte sanguíneo daquelas artérias espiraladas já não são mais capazes de nutrir o endométrio, por queda hormonal. E ocorre um desabamento. Aí, no primeiro dia da menstruação, quando ocorre aqui de novo, o endométrio já vai estar fininho. A mulher menstrua, o endométrio está em torno de 14-15 mm. E começa em torno de 5 mm. O endométrio vai proliferando, e aí vai se tornando secretor. Ocorreu ovulação, o endométrio está espessado, aí se transformou em corpo lúteo amarelo, corpo albicans, as taxas de progesterona vão caindo, a vascularização já não é capaz de nutrir esse endométrio que está bem proliferativo (vai proliferando) e secretor (produz secreção – endotelina).
A inibina inibe o FSH a partir do momento que o estrogênio vai sendo produzido nas células da granulosa, sob ação do próprio FSH. A foliculostastina, a ativina e o fator de crescimento aumentam o FSH. Então, a partir do momento em que ocorreu a menstruação, o FSH já está alto, quando não ocorre fecundação, o corpo luteo vai regredindo aos poucos. A partir do momento em que o corpo lúteo vai regredindo, estrogênio e progesterona vão caindo. Se estrogênio e progesterona vão caindo, nessas células da granulosa começa a aumentar foliculostastina, ativina e fator de crescimento. Aí o FSH começa a subir, para que estimule células da granulosa do outro ciclo.
O endométrio proliferativo tem fase estrogênica na primeira fase do ciclo, camada funcional. No endométrio secretor, há modificação histológica, com presença de domínios secretores, ricos em proteínas osmofilicas. Sob ação do estrogênio, o endométrio vai ficando proliferativo. O endométrio vai ficando secretor sob ação da progesterona, na 2ª fase do ciclo. 
A progesterona está alta, porque o que faz a progesterona é o corpo lúteo, e o que faz com que ocorra a ovulação é o pico de LH. Então, a progesterona é dominante na segunda fase do ciclo e o estrogênio na primeira. A ovulação ocorre no 14º dia, no pico de LH. O endométrio, de proliferativo, passa a ser secretor.
No primeiro dia da menstruação, o folículo está imaturo, FSH começa a subir no 27º dia do ciclo anterior. O FSH vai agir nas células da granulosa, produzindo estrogênio. Folículo primordial, pré-antral, antral. O FSH vem crescendo do ciclo anterior porque ocorreu a regressão do corpo lúteo, no que era estrogênio e progesterona. O FSH, quem manda estímulos é o GnRH, lá do hipotálamo, o FSH vai agir nas células da granulosa produzindo estradiol. A partir do momento em que o estradiol vai crescendo, o FSH vai diminuindo, através da produção de inibina e o endométrio vai ficando proliferativo. Ocorre o pico de LH, porque o LH é estimulado pelo estrogênio produzido nas células da granulosa, sob ação do FSH. Então, a partir do momento que o estrogênio vai subindo, ele vai inibindo o FSH, mas aumentando o LH. Ocorreu o pico de LH, ocorreu ovulação, o óvulo soltou da trompa, e no ovário transformou em corpo lúteo. O corpo lúteo vai sofrer ação do LH para produzir progesterona nas células da granulosa, aí o endométrio vai ficar mais secretor. Depois ocorre a progressão para corpo amarelo, vai decrescer estrogênio e progesterona. Quando começa a decrescer estrogênio e progesterona, no 26º dia do ciclo, o meu FSH vai aumentando de novo. Houve queda, endométrio muito secretor, não tem mais vascularização, ocorreu menstruação, e aí começa tudo de novo. 
A progesterona deixa o endométrio mais secretor, o que deixa mais grosso é o estrogênio. O estrogênio vai crescendo e vai estimulando o LH. Se não tem ação do estrogênio na primeira fase do ciclo, não tem pico de LH, e não tem como ocorrer ovulação. O hipotálamo libera GnRH, a hipófiselibera FSH e LH, o ovário libera estrogênio e progesterona. 
O muco cervical cristaliza devido a ação do estrogênio. No momento menstrual, a mulher sente necessidade de comer carboidratos, devido ao aumento de endorfinas, serotonina.