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RG aplicação da lei penal no tempo

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Aplicação da lei penal No tempo P. da Irretroatividade (lei mais severa)
P. da retroatividade (lei mais benéfica)
P. da ultratividade (lei excepcional ou temporária)
No espaço P. da territorialidade temperada (regra)
P. da extraterritorialidade 
Lei penal no tempo:
	Irretroatividade da lei mais severa
	Retroatividade da lei mais benéfica
	Ultratividade da lei excepcional
	
A lei que de qualquer modo prejudicar o agente nunca retroage.
	
A lei que de qualquer modo beneficiar o agente retroage, inclusive para fatos já decididos por sentença transitada em julgado.
Ela supera a coisa julgada.
	
É uma lei ligada a uma situação especial.
Ex: cria uma lei dizendo que é crime o desperdício de agua enquanto durar a seca decretada pelo ministério da saúde.
A lei se auto revoga, não tem prazo, e enquanto durar a situação especial. 
Continuam aplicando aos crimes praticados na sua vigente, mesmo após a sua revogação.
Sumula 611, STF – Compete ao juízo da execução a aplicação da lei mais branda após o transito em julgado.
Súmula 711, STF – Aplica-se a lei mais severa ao crime continuado ou permanente, desde que tenha entrado em vigou antes de cessada a permanência ou a continuidade. Ex: iniciei um sequestro estando em vigou uma lei mais benéfica, mas o dia que cessou o crime, estava em vigor uma outra lei mais severa, aplicar-se-á a lei mais severa, se ela já estava em vigor antes de cessar o crime.
Sumula 501, STJ – se tem uma lei antiga parte mais benéfica, e uma lei nova parte mais benéfica. É vedada a combinação de leis. Ou aplica a lei antiga toda ou a lei nova toda.
Lei intermediaria: 
Lei 1 (1 a 4) Lei 2 (6m a 2 anos) Lei 3 (4 a 8)
FATO Processo
Quando a Lei 2 entrou em vigou, ela revogou a lei 1, pois ela é mais benéfica. E como a lei 3 é mais rigorosa, ela só vai valer dali par frente, sem retroagir. 
Resumindo, nesse caso sempre sera a mais benéfica. Pois se a Lei 1 for a mais benéfica, nenhuma das outras iriam retroagir. E se a lei 3 fosse mais benéfica ela que iria retroagir e seria aplicada.
Lei penal no espaço:
	P. da territorialidade temperada
	P. da extraterritorialidade
	Aplica-se a lei brasileira ao crime praticado em território brasileiro, sem prejuízo do disposto em tratados ou convenções internacionais. 
	Aplica-se a lei brasileira ao crime praticado fora do território brasileiro, nas hipóteses legais.
Território brasileiro: 
Território físico (é o nosso solo e nosso mar territorial e espaço aéreo correspondente) e 
Território por extensão (embarcações ou aeronaves brasileiras publicas em qualquer lugar que se encontrem ou embarcações ou aeronaves brasileiras –alto mar ou espaço aéreo correspondente)
Hipoteses de extraterritorialidade:
Incondicionada: (PAG) – 
crime contra a vida ou liberdade do Presidente da republica.
Praticados contra a Administração Publica
Genocídio
vai ser julgado no brasil ainda que tenha sido absolvido ou cumprido pena no outro pais, com a ressalva que pena aplicada no estrangeiro pode ser retraída aqui.
Condicionada: (TAB) 
Crime por Tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir
Crime em Aeronava ou embarcação privada brasileira no estrangeiro, desde que não tenha sido julgado lá.
Crime praticado por ou contra brasileiro fora do Brasil
Questão 01 Acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa correta. 
a) Se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar, naquele país, crime de corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), ficará sujeito à lei penal brasileira em face do princípio da extraterritorialidade. 
b) O ordenamento jurídico-penal brasileiro (não) prevê a combinação de leis sucessivas sempre que a fusão puder beneficiar o réu. (ele não prevê, sumula 501, não admite)
c) Na ocorrência de sucessão de leis penais no tempo, não será possível a aplicação da lei penal intermediária mesmo se (desde que) ela configurar a lei mais favorável. (se a lei intermediaria dor mais favorável, será possível sim)
 d) As leis penais temporárias e excepcionais são dotadas de ultratividade. Por tal motivo, são aplicáveis a qualquer delito, desde que seus resultados (a conduta) tenham ocorrido durante sua vigência.
 Questão 02 Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano (crime permanente), 300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena (lei mais severa) relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
 a) Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga em depósito. 
b) Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito. Sumula 711, STF
 c) As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre que essa atitude puder beneficiar o réu. (Sumula 501, STJ)
d) O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que lhe seja aplicada por ser, no seu caso, mais benéfica. 
Questão 03 Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015 (lei temporária), tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015 (tempo do crime durante a vigência da lei temporaria), destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de
 A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). (Aplica-se a lei no momento do crime)
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. (não é lei excepcional, mas sim temporária, pois ela tem prazo certo para acabar)
 Questão 04 Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma aeronave pública brasileira (território brasileiro), que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima.
 Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta. 
A) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da territorialidade. 
B) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade (critério da territorialidade) e princípio da justiça universal. Pois aeronaves publicas, não importa aonde esteja, é território brasileiro.
 C) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade(territorialidade) desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser julgado no estrangeiro. (responde mesmo sendo julgado no estrangeiro e cumprido pena)
D) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso. (totalmente errada)
Questão 05 No ano de 2005, Pierre, jovem francêsresidente na Bulgária, atentou contra a vida do então presidente do Brasil (p. extraterritorialidade) que, na ocasião, visitava o referido país. Devidamente processado, segundo as leis locais, Pierre foi absolvido. Considerando apenas os dados descritos, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é aplicável a lei penal brasileira, pois como Pierre foi absolvido no estrangeiro, não ficou satisfeita uma das exigências previstas à hipótese de extraterritorialidade condicionada. (não importa se foi absolvido ou condenado no outro pais, o Brasil tem direito de julga-lo e condena-lo, a extraterritorialidade é incondicionada - PAG)
b)É aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade incondicionada, exigindo- se, apenas (não se exige nada, ela é incondicionada), que o fato não tenha sido alcançado por nenhuma causa extintiva de punibilidade no estrangeiro. 
c)É aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade incondicionada, sendo irrelevante o fato de ter sido o agente absolvido no estrangeiro. 
d) Não é aplicável a lei penal brasileira, pois como o agente é estrangeiro e a conduta foi praticada em território também estrangeiro, as exigências relativas à extraterritorialidade condicionada não foram satisfeitas. 
Questão 06 John, cidadão inglês, capitão de uma embarcação particular de bandeira americana, é assassinado por José, cidadão brasileiro, dentro do aludido barco, que se encontrava atracado no Porto de Santos (mar territorial brasileiro), no Estado de São Paulo. (art.7, II, a, CP)
Nesse contexto, é correto afirmar que a lei brasileira: 
a) não é aplicável, uma vez que a embarcação é americana, devendo o José ser processado de acordo com a lei estadunidense. 
b) é aplicável, uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracada em território nacional. 
c) é aplicável, uma vez que o crime, a pesar de haver sido cometido em território estrangeiro, foi praticado por brasileiro.
 d) não é aplicável, uma vez que, de acordo com a Convenção de Viena, é competência do Tribunal Penal Internacional processar e julgar os crimes praticados em embarcação estrangeira atracada em território de país diverso.

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