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Atividade 5 Estudo dirigido 03

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A) PENAL
1) Quais as espécies de concurso de crimes?
a) Concurso material (Art. 69, CP): Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes. A pena é somada. 
b) concurso formal (Art. 70, CP): Quando o agente mediante uma só ação comete dois ou mais crimes. Ocorrera a exasperação da pena.
c) crime continuado (Art. 71, CP): Quando o agente mediante mais de uma ação pratica dois ou mais crimes, sendo os crimes da mesma espécie, condição de tempo (30 dias), lugar, mesma forma de execução. A pena é exasperada. 
2) O que se entende por concurso material benéfico?
Significa que no caso do concurso formal, se for aplicada a exasperação da pena e o resultado for maior que a soma das penas, será aplicada a regra do concurso material (a pena será aplicada cumulativamente, ou seja, a soma das penas) Art. 70, parágrafo único, CP. Logo, a exasperação da pena não pode exceder a soma das penas, aplicando então a regra do concurso material.
3) É possível o crime continuado entre roubo e extorsão praticados na mesma situação fática? 
Não é possível, pois é necessário que sejam da mesma espécie. A doutrina e a jurisprudência entendem como crime da mesma espécie, os que integram no mesmo tipo penal, seja na modalidade simples, qualificada ou tentada.
A corrente minoritária entende que é possível, pois possuem em comum o mesmo bem jurídico. 
4) Admite-se crime continuado quanto a crimes contra a vida?
A sumula 605 foi superada pela reforma do CP em 1984. A súmula dizia expressamente que não era cabível. Agora com a nova interpretação, do artigo 71 paragrafo único, prevê a possibilidade da aplicação do crime continuado nos crimes contra a vida.
5) O que é o crime continuado específico ou qualificado?
Ocorre quando além dos requisitos para aplicação do crime continuado, os crimes são dolosos, com vítimas distintas e cometidos com violência ou grave ameaça.
Aqui a pena pode ser aumentada até o triplo, diferente do crime continuado simples, que a pena e exasperada de 1/6 a 2/3.
B) PROCESSO
1.No rito do júri, pode haver julgamento em plenário sem a presença do réu? Sim, é possível, com base no artigo 457, CPP.
2.Em que ordem devem ser formulados os quesitos? 
Segue a ordem do artigo 483, CPP.
3.Em caso de desclassificação em plenário para crime que não seja da competência do júri, quem deve julgá-lo? 
Caberá ao presidente do júri proferir a sentença, Art. 492, paragrafo primeiro e art. 74, paragrafo terceiro, ambos do CPP.
4.Na hipótese anterior, havendo crime conexo, de quem é a competência para o seu julgamento em caso de absolvição pelo crime doloso contra a vida? E em caso de desclassificação do crime doloso contra a vida?
Em caso de crimes conexos de crimes que não são dolosos contra a vida, seja julgado pelo juiz presidente do tribunal do júri. Art. 429, paragrafo 2°, CPP.
5. O que é o protesto por novo júri? 
“O protesto por novo Júri é privativo da defesa, e somente se admitirá quando a sentença condenatória for de reclusão por tempo igual ou superior a 20 anos, não podendo em caso algum ser feito mais de uma vez” (art. 607, caput).
Assim, condenado por homicídio doloso, sendo a pena igual ou superior a 20 anos de reclusão, o réu podia recorrer, pleiteando novo julgamento, que era admitido, independentemente do exame de mérito. 
Mas, com o advento da lei 11.689/08, aos crimes praticados a partir da entrada em vigor dessa lei, a defesa não pode mais utilizar desse recurso. Mas essa lei é irretroativa, os crimes praticados antes pode se utilizar deste recurso.
C) PENAL
1. Quais os requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos? 
Os requisitos estão previstos no Artigo 44 do CP
- Crime doloso – pena não superior a 4 anos
- Crime culposo – qualquer pena.
- não ser reincidente em crime doloso, mas possui uma ressalva no paragrafo terceiro, que é nos casos das circunstancias favoráveis a medida ser socialmente recomendável.
2. Quais os requisitos para a concessão do sursis?
Os requisitos estão previstos no artigo 77 do CP
- não superior a dois anos, ou
- entre dois a quatro anos, desde que não seja reincidente em crime doloso, circunstancias judiciais favoráveis, não cabível pena restritiva de direito.
3. O que é sursis etário?
Se for maior de 70 anos é cabível para pena entre 4 a 6 anos. (Art. 77 paragrafo segundo). 
4. Qual a diferença entre sursis penal e sursis processual?
 Sursi processual ocorre antes da ação penal, quando a pena mínima em abstrato for até um ano. O Sursi penal ocorre após a ação penal, o sujeito é condenado, com a pena de até quando anos.
5. Crimes hediondos podem ter pena substituída por restritivas de direitos e/ou sursis?
A lei não veda, pode desde que a pena permaneça no patamar subjetivo (até 04 anos). Só que geralmente é superior a 4 anos. Mas pode fundamentar o juiz mesmo assim com os critérios subjetivos. 
D) PENAL
1. O que é o sistema duplo-binário?
Antes era permitido ao autor de uma infração a imposição cumulativa de pena e de MS, posto que a MS tinha como fundamento único a periculosidade (possibilidade do agente a voltar a delinquir). Dessa forma era possível a imposição de medida de segurança para crime impossível, bastando a demonstração da periculosidade.
Com a reforma do código penal em 1984 Passou a adotar o sistema vicariante ou unitário, impossibilitando a aplicação da MS com penas cumulativamente. Além disso, para se aplicar a MS era necessária a comprovação da periculosidade era necessário que o fato seja típico e ilícito. 
2.Qual o prazo de duração da medida de segurança?
Antigamente era muito questionado, pois existia o prazo mínimo que é de 1 a 3 anos, quando completava fazia o exame para ver se tinha cessado a periculosidade, caso não cesse, repetia esse exame em ano em ano. O que ocorria era que o condenado ficava a vida toda cumprindo a MS, o que violava o principio da legalidade em sentido politico.
Agora, o STF fez a sumula 527, fixando o período máximo da MS não deve ultrapassar o limite da pena abstratamente cominada do delito praticado.
3. Quais os critérios para a determinação da medida de segurança aplicável a cada caso?
É necessário a pratica de um fato típico e punível (não pode haver duvida sobre a materialidade do crime). Também não é cabível se houver excludente de ilicitude.
É a existência da periculosidade (Possibilidade do agente voltar a delinquir. Para o inimputável é presumida, já para o Semi-imputável tem que ser comprovada.
4. A medida de segurança possui caráter retributivo ou preventivo?
A pena possui caráter retributivo e a busca pela reinserção do associado. “o mal injusto de crime se pune com o mal justo da pena”.
Já na MS possui um caráter eminentemente preventivo.
5. Qual procedimento deve ser seguido após o vencimento do prazo mínimo da medida de segurança?
Passo o prazo mínimo, fará o exame para ver se ocorrefv u a cessação da periculosidade, não tendo cessado, esse exame ocorrerá periodicamente em ano em ano, até o limite da pena máxima em abstrato da infração praticada (Sumula 527, STF).

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