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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A BULA E A LITERATURA DOS MEDICAMENTOS POLIVITAMÍNICO DO COMPLEXO B E O COBAVITAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEFIS
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Tuillamys Virgínio de Oliveira[1: Graduando de Licenciatura em Educação Física pela UFRPE – UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO -. ]
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A BULA E A LITERATURA DOS MEDICAMENTOS: POLIVITAMÍNICO DO COMPLEXO B E O COBAVITAL
RESUMO: O número crescente de usuários de produtos vitamínicos e medicamentos de forma geral leva a indústria farmacêutica ter que suprir as demandas do mercado de maneira rápida, muitas vezes a busca pelo lucro por partes de alguns laboratórios faz com que seja levantada algumas questões a respeito da qualidade do produto e das informações contidas nas bulas desses medicamentos. O presente trabalho teve como objetivo fazer comparações a respeito das informações contidas nas bulas dos medicamentos polivitamínico do Complexo B e Cobavital, a fim de mostrar as diferenças encontradas entre as informações dos fabricantes e o que é encontrado sobre essas substâncias na literatura. Foi utilizado como material a pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo. Os resultados obtidos com as comparações mostraram que apesar das informações contidas nas bulas dos medicamentos concordarem em parte com o que diz a literatura, foi possível encontrar falhas no que diz respeito à qualidade dessas informações, no caso do Complexo B foi observado à falta de informações a respeito da função de cada vitamina existente no produto e no Cobavital a omissão da forma de ação da ciproeptadina no organismo. Com isso foi possível à conclusão de que é preciso uma conscientização por partes das autoridades no que diz respeito às informações que são disponibilizadas para quem faz uso não só dos vitamínicos, mas também de outros medicamentos de forma geral.
Palavras Chave: Complexo B, Cobavital, Mercado, Farmacêutico.
___________________________________________________________________________
COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN BULA AND THE LITERATURE OF MEDICINES: POLYVITAMINIC OF COMPLEX B AND COBAVITAL
Abstract: The increasing number of users of vitamin products and drugs in general leads a pharmaceutical industry to meet the demands of the market quickly, often the search for profit for parts of some laboratories raises some questions about it The quality of the product and the information contained in the package inserts in the medicines. The aim of the present study was to compare the information contained in the package inserts of multivitamin B Complex and Cobavital, an end of view as the information found between the information of the manufacturers and what is found on these substances in the literature. Qualitative bibliographical research was used as material. The results obtained with the comparisons presented to the extent that they are found in the information contained in the package leaflets agreed in part with the literature, it was possible to find flaws with respect to each other information, it Complex B wasn’t observed the lack of Information Regarding the function of each vitamin, there is no product and no Cobavital omission of the form of action of cyproheptadine in the body. There is more information on the information that is available to those who use hygiene products, but also other medicines in general.
Keywords: Complex B, Cobavital, Market, Pharmacis
INTRODUÇÃO
Atualmente vem sendo observado o crescente número de indivíduos que fazem uso de medicamentos com objetivo de suplementação de vitaminas e outros componentes como estimuladores de apetite, segundo Ramos (2016, p. 22), “Embora ainda esteja longe da realidade norte-americana, que já tem vitaminas e suplementos incorporados ao dia a dia da população, a adesão brasileira aumenta a passos largos”. 
E com o aumento desse consumo, a indústria farmacêutica precisa trabalhar de maneira rápida e eficaz para atender a demanda da população e com isso lucrar bastante dinheiro com as vendas, segundo a IMS Health, a indústria farmacêutica brasileira no ano de 2017 atingiu o número significativo de 87 bilhões de reais com o mercado de varejo.
Porém, com essa necessidade de colocar medicamentos no mercado no período de tempo curto, é possível se questionar sobre a qualidade dos produtos que estão sendo comercializados, como afirma Silva (2000, p.22): “O medicamento vem sendo tratado como uma mercadoria qualquer, sendo profundamente inquietante verificar-se a delapidação sistemática que vem sendo feita dos acervos científico, técnico e cultural da Farmácia brasileira”.
Com essa questão entre o aumento no consumo de medicamentos vitamínicos e a forma como os laboratórios estão dando conta dessa demanda muitas vezes de maneira leviana, o presente estudo tem como objetivo comparar o que diz as bulas dos medicamentos, Polivitamínico do Complexo B e Cobavital com o que diz a literatura a respeito dos componentes desses medicamentos, visando à busca de incongruências nas informações disponibilizadas pelos fabricantes do medicamento a população que faz uso dessas substâncias.
MATERIAIS E MÉTODOS 
Foi realizada uma comparação entre as bulas de dois fármacos: Complexo B e Cobavital. Comparando-se as informações com a literatura de caráter qualitativo através do levantamento bibliográfico no intuito de comparação sobre: mecanismo de ação, tempo de meia vida e de eliminação, dosagens máxima e mínima permita, efeitos colaterais, orientações quanto a esses efeitos, conservação do medicamento, responsável técnico, advertência quanto ao uso concomitante de outros medicamentos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As vitaminas são substancias essenciais para um bom funcionamento do organismo e assim manter suas funções metabólicas normais, porém, o organismo humano não produz essas substâncias e é preciso que se adquira através da alimentação, uma dieta que não contenha as quantidades adequadas ou ausência de vitaminas podem trazer ao individuo perturbações conhecidas como estados carenciais, disvitaminoses, hipovitaminoses ou avitaminoses.
 Atualmente existem medicamentos responsáveis por suprir a deficiência de produção dessas substâncias importantes ao organismo por uma má alimentação, de acordo com Sacramento (2006):
Uma alimentação equilibrada fornece ao organismo as vitaminas que ele normalmente necessita. Todavia, em certas condições, tais como nos casos de dietas insuficientes, perturbações na absorção e necessidades aumentadas de tecidos – crescimento, gestação, lactação, trabalhos físicos pesados, hipertireoidismo, estados patológicos acompanhados de febre – administração de vitamínicos pode tornar-se necessária, através de vitaminas específicas ou polivitamínicos. (SACRAMENTO, 2006, p. 913).
Ou seja, vemos que quando o indivíduo consegue balancear sua alimentação, consequentemente estará dando ao organismo condições de realizar suas funções metabólicas de maneira natural, mas quando isso não acontece é preciso que se faça uso de medicamentos que suplementem essa carência.
Hoje em dia é possível observar que com o aumento de praticantes principiantes de atividades físicas em academias um número alto do uso de poli vitamínicos, não com objetivo de suprir carências dessas vitaminas e sim com o simples objetivo de se ganhar massa muscular e consequentemente aumentar seu peso de forma rápida. Entre os principais medicamentos recomendados por profissionais de academia para o favorecimento do ganho de massa muscular estão o Complexo B e o Cobavital que ao serem utilizados de maneira simultânea ajudam no processo de hipertrofia muscular sem o uso de esteroides anabolizantes. Segundo Santos & Santos (2002):
A busca de um corpo esteticamente perfeito e a falta de uma cultura corporal saudável tem levado a população a usar de forma abusiva, substâncias que possam potencializar no menor espaço de tempo possível os seus desejos. Dentre essas substâncias, o suplemento tem um destaque primordial, talvez por falta de uma legislação rigorosa que autorize a sua venda sem receita médica, ou devido às indústriaslançarem constantemente no mercado produtos ditos ergogênicos prometendo efeitos imediatos e eficazes. Paralelo a isso, alguns profissionais de Educação Física vêm estimulando o uso do suplemento com o intuito de melhorar a performance de seu aluno, sem levar em conta os meios para se atingir os objetivos traçados.(SANTOS & SANTOS, 2002, p.175)
A facilidade que os usuários desses medicamentos têm em adquiri-los principalmente pelo baixo custo e por não exigirem receita médica faz com que se tenha um número tão alto de vendas desses suplementos vitamínicos, mas será que eles cumprem o que prometem? Será que eles trazem informações de fácil compreensão na bula para quem faz uso do medicamento? Essas informações realmente são verdadeiras quando comparadas com a literatura?
No quadro a seguir busca-se mostrar as informações contidas nas bulas dos medicamentos Complexo B e Cobavital a respeito dos seus mecanismos de ação, tempo de meia vida e de eliminação, dosagens máxima e mínima, efeitos colaterais, orientações quanto a esses efeitos, conservação do medicamento, responsável técnico e advertências quanto ao uso concomitante de outros medicamentos: 
	COMPLEXO B
	Mecanismo de ação: Complexo B® repõe as vitaminas do complexo B, melhorando o funcionamento do organismo e regulando as manifestações clínicas já existentes devido a carência destas vitaminas.
Tempo de meia vida e de eliminação: Não há informações a respeito do tempo de meia vida e de eliminação do medicamento no organismo.
Dosagens máxima e mínima: Não existem relatos de efeitos atribuíveis a superdosagem. Se for constatado que alguém utilizou uma quantidade maior do que a indicada, é necessário que seja encaminhado a unidade de saúde mais próxima o mais rápido possível. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. Não há informações a respeito da dosagem mínima.
Efeitos Colaterais: Este medicamento pode causar algumas reações adversas: Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarréia, desordem da condução cardíaca, tontura, olhos secos, peles secas, piora de úlcera péptica (lesão no estômago ou duodeno), desmaios, hiperglicemia (aumento de glicose no sangue), prurido na pele (coceira na pele), hiperuricemia (altos níveis de ácido úrico no sangue), mialgia (dor muscular), vômito e náusea (enjôo). Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): sonolência, dor de cabeça, parestesia (dormência, formigamento), reações alérgicas, doença pulmonar, eritema (vermelhidão na pele), rash cutâneo (vermelhidão na pele). Em pessoas com reconhecida hipersensibilidade à tiamina e reação anafilática. Esses fenômenos são raros, parecendo estar mais relacionados à administração endovenosa de tiamina pura. A administração de tiamina associada a outras vitaminas do complexo B parece reduzir o risco dessas reações.
Orientações quanto a esses efeitos: Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Conservação do medicamento: Manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e da umidade. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Comprimido revestido concentrado (15mcg + 25mg + 3,3mg + 30mg + 50mg + 10 mg): trata-se de comprimido revestido na cor marrom, circular e biconvexo. Comprimido revestido (3mg + 2mg + 5mg + 2 mg + 20mg): trata-se de comprimido revestido na cor amarela, circular e biconvexo.
Responsável técnico: Reg. MS: nº 1.0235.0242 Farm. Resp.: Dr. Ronoel Caza De Dio CRF - SP nº 19.710
Advertência quanto ao uso concomitante de outros medicamentos: Interações Medicamento-Medicamento Riboflavina: os antidepressivos tricíclicos ou fenotiazínicos podem aumentar suas necessidades; probenicida diminui sua absorção gastrintestinal. Piridoxina: pode reduzir os níveis séricos de fenitoína e fenobarbital; pode reverter os efeitos antiparkinsonianos da levodopa (o mesmo não ocorre com a associação carbidopa-levodopa), claranfenicol, etionamida, hidralazina, imunosupressores (como adrenocorticóides), azatioprina, ciclofosfamida, clorambucil, corticotropina, mercaptopurina), isoniazida ou penicilamina; podem causar anemia ou neurite periférica por sua ação antagônica à piridoxina, anticoncepcionais orais contendo estrogênios; pode aumentar as necessidades de piridoxina. Nicotinamida: o uso de tetraciclinas, suplementos de ferro, quinolonas, hidantoína, bisfosfonatos podem reduzir o efeito da nicotinamida. Interações Medicamento-Substância Química O uso concomitante com álcool impede a absorção intestinal de alguns componentes da fórmula. Interações Medicamento - Exames Laboratoriais Não foi encontrado nenhum relato bibliográfico que descreva sobre interações laboratoriais em pacientes que fizessem uso de Complexo B® .
	COBAVITAL
	Mecanismo de ação: COBAVITAL® associa a ação anabolizante-protéica (aumento da massa corpórea) da cobamamida ao efeito estimulante do apetite da ciproeptadina.
Tempo de meia vida e de eliminação: Não há informações a respeito do tempo de meia vida e de eliminação do medicamento no organismo.
Dosagens máxima e mínima: As reações de superdosagem de anti-histamínicos podem variar de depressão ou estímulo do Sistema Nervoso a convulsões. Podem também ocorrer sinais e sintomas do tipo atropínico (boca seca, pupilas dilatadas e fixas, rubor entre outros), assim como sintomas gastrintestinais. No caso de ingestão acidental de doses exageradas, entre em contato com seu médico. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. Não há informações a respeito da dosagem mínima.
Efeitos Colaterais: Os efeitos colaterais que aparecem frequentemente são sedação e sonolência. Em crianças, a sedação pode constituir efeito desejável pela possibilidade de reduzir a tensão emocional frequentemente associada com a anorexia. Muitos pacientes que noinício se queixam de sedação, podem deixar de apresentá-la após três ou quatro primeiros dias de tratamento. Mais raramente, podem ocorrer secura das mucosas, cefaleia (dor de cabeça), náuseas e erupções cutâneas (lesões na pele). Muito raramente pode ocorrer estimulação do Sistema Nervoso Central, manifestada por agitação, confusão ou alucinações visuais. 
Orientações quanto a esses efeitos: Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
Conservação do medicamento: Este medicamento deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (15-30ºC), em local seco. Proteger da luz. Se armazenado nas condições indicadas, o medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade impresso na embalagem externa. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. COBAVITAL® 1 mg + 4 mg: os microcomprimidos são cor rosa cereja, redondos, planos, com vinco em uma das faces. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Responsável técnico: Farm. Resp: Ana Paula Antunes Azevedo CRF-RJ nº 6572.
Advertência quanto ao uso concomitante de outros medicamentos: A ciproeptadina pode potencializar os efeitos de agentes antidepressivos, anticonvulsivantes e do álcool, bem como dos IMAO (inibidores da monoamino-oxidase).
De acordo com a bula do complexob o medicamento traz em sua formulação as vitaminas B1, B2, B6 e B12, sendo responsáveis pelo tratamento do baixo consumo dessa categoria e regulando carências quando existem quadros clínicos relacionados a essas deficiências vitamínicas.
Apesar de trazer algumas informações de fácil entendimento para o leitor, a bula do medicamento deixa a desejar no que diz respeito à função de cada composto mostrando os nomes científicos das vitaminas sem dizer para que cada uma serve, além de não informar sobre o tempo de meia vida e sobre o uso de doses mínimas. No quadro a seguir busca-se trazer respaldo literário - científico a respeito dessas vitaminas, de acordo com Sacramento (2006):
	B1
	A vitamina B1, também conhecida como tiamina, aneurina, vitamina antiberibérica, vitamina antineurítica, é um fator fundamental ao metabolismo dos carboidratos. As necessidades diárias de tiamina são largamente cobertas por uma alimentação que inclua carne, fígado, leguminosas (feijão, vagem, ervilhas), hortaliças, batata. As necessidades orgânicas todavia, crescem proporcionalmente com a ingestão de carboidratos e aumentam substancialmente durante certos estados fisiológicos ou patológicos, como trabalho físico pesado, gravidez, febre, má absorção, diaréia prolongada, hipertireoidismo e hepatopatias.
Mecanismo de ação: A tiamina, sob a forma de pirofosfato (cocarboxilase), funciona como coenzima no metabolismo intermediário dos carboidratos. Ela intervém nas reações de descarboxilização oxidativa do ácido pirúvico, que é um dos produtos intermediários dos desdobramentos da glicose no organismo. Dessa reação resulta a conversão de piruvato em acetilcoenzima A, que integra o ciclo de Krebs, indispensável à produção de energia vital.
Tempo de meia vida e eliminação: A eliminação da tiamina efetua-se principalmente pela urina e, em menor quantidade, pelo leite e pelo suor. A tiamina nas fezes corresponde à fração da vitamina ingerida e não absorvida, acrescida de mais uma parte sintetizada pela flora intestinal e igualmente não absorvida.
Dosagens máxima e mínima: Para síndromes de deficiências de tiamina, as doses recomendadas são de 5 a 10 mg por dia, três vezes por dia. Para casos graves, foram sugeridas posologias bem mais elevadas, porém não há evidencias satisfatórias que doses diárias superiores a 30 mg proporcionem melhoras das respostas terapêuticas.
Efeitos Colaterais: A tiamina não produz efeitos tóxicos, quando administrada por via oral, pois o excesso é rapidamente excretado pela urina. Reações anafilactóides (choque tiaminico), às vezes fatais, podem ocorrer após administração de altas doses em pacientes sensíveis.
Orientações quanto a esses efeitos: Por essa razão, deve se evitar a via parenteral em pacientes que tenham revelado intolerância a vitamina b por via oral.
	B2
	A vitamina B2, também conhecida como riboflavina, é amplamente distribuída na natureza. Uma dieta que inclua as fontes principais de riboflavina (carne, fígado, ovo, leite, queijo, ervilha, feijão, verduras), fornece ao homem quantidade suficientes dessa vitamina. As necessidades do organismo em relação a riboflavina aumentam durante a gravidez e a lactação.
Mecanismo de ação: Conjugada a proteínas especificas, a riboflavina atua, através da FMN e da FADE, nos processos de oxirredução do organismo, participando do metabolismo dos aminoácidos, ácidos graxos, carboidratos, e da utilização desses produtos na produção de energia e do trabalho de síntese celular.
Tempo de meia vida e eliminação: A riboflavina é eliminada pela urina (300 a 800 mg por dia), pelo leite, pelo suor e com as fezes. A fração excretada com as fezes é quase toda sintetizada pela flora intestinal.
Dosagens máxima e mínima: 5 a 10 mg por dia de preferencia contidos num complexo vitamínico B.
Efeitos Colaterais: Nenhum efeito tóxico foi encontrado no homem.
	B6
	Vitamina B6 é a denominação genérica de três substancias naturais derivadas da piritidina e que apresentam propriedades biológicas muito semelhantes: Piridoxol (ou Priridoxina), Piridoxal e Piridoxamina. É muito difundida nos tecidos animais e vegetais, ao lado de outras vitaminas do complexo B. Levedura, fígado e carne de bovinos, atum fresco, nós, avelã, rim de porco, carne de coelhos e de galinha, ovo, legumes, verduras frescas, constituem boas fontes de vitamina B6. É ainda sintetizada pela flora bacteriana intestinal. Durante o cozimento ocorre perdas consideráveis da vitamina B6.
Mecanismo de ação: A vitamina B6 age como coenzima em numerosos sistemas enzimáticos (Descarboxilase, Transaminase, Dessulfurase), relacionados com aminoácidos.
Tempo de meia vida e eliminação: A excreção efetua-se principalmente pela urina, sendo reduzida a eliminação pelo leite e pelo suor. Quando administrada por via oral, 50% da dose ingerida são eliminados em 12 horas sob as formas de ácido 4-piridoxo, piridoxina, piridoxol, piridoxamina. Quando administrada por via parental, em indivíduos normais, cerca de 10% da dose ministrada são eliminados na primeira hora que se segue à injeção.
Dosagens máxima e mínima: Como suplementação para adultos e crianças, 10 a 50 mg diários, de preferencia em associação com outras vitaminas do complexo B. Para adultos e crianças com anemia hipocromica ou megaloplastica persistente ou neurites periféricas induzidas por drogas, 100 a 200 mg por dia. Para o tratamento de crises convulsivas em lactentes, 100 mg por dia.
Advertência quanto ao uso concomitante de outros medicamentos: Convém não associar à piridoxina à l-dopa, em função do antagonismo existente entre essas drogas.
	B12
	A vitamina B12 é a definição genérica de um grupo de substancias estruturadas quimicamente segundo o modelo da cianocobalamina. Essa substancia, de estrutura muita complexa, é produzida por meio de culturas de numerosos microorganismos. Particularmente os estreptomicetos utilizados na fabricação de estreptomicina. O nome da cianobalamina está relacionado com a presença, da molécula da vitamina B12 de um grupo ciânico ligaldo ao átomo do cobalto. A vitamina B12 é essencial ao funcionamento de todas as céluas do organismo.
Mecanismo de ação: Sob a forma de coenzimas (cobamidas), a vitamina B12 intervém em diversas reações metabólicas do organismo. Da mesma forma que o ácido fólico, ela intervém na biossíntese e na transferência de grupos metila lábeis nas reações de transmetilação. Como ocorre na síntese da colina, a partir da metionina. Da serina, a partir da glicina; e da metionina, a partir da hemocisteína. Participando do metabolismo das purinas e primidinas, que representam os constituintes essenciais dos ácidos nucleicos e nucleoproteínas, a vitamina B12 intervém na formação dos glóbulos vermelhos normais. Ela atua na fase pré-megalobástica, propiciando a maturação dos eritrócitos. Exerce ainda influência sobre o metabolismo do ácido fólico, seja liberando-o de suas formas conjugadas, seja catalisando a formação de coenzima do ácido folínico.
Tempo de meia vida e eliminação: Quando administrada por via oral, a eliminação da vitamina B12 efetua-se principalmente pelas fezes, (1µg/g), o que revela a pequena capacidade de absorção do intestino em relação a cianocobalamina. Parte da vitamina B12 eliminada por esta via provém da síntese bacteriana intestinal. A eliminação da urina processa-se muito lentamente (1µg/24h), e a eliminação pelo leite é quase nula. Quando a vitamina é administrada pela via parental, a eliminação urinária é elevada.
Dosagens máxima e mínima: No tratamento da anemia perniciosa de Biermer, 15 a 30µg por dia, durante 5 a 10 dias, seguidos de 15µg por dia, durante esse período prolongado. No tratamento dos espru e de outras anemias macrociticas, 15µg a 30µg , duas vezes por semana.
Efeitos Colaterais: São raros. Foram, todavia, relatados casos de sensibilização cutânea. Admite-se que, excepcionalmente, e com doses elevadas (superiores a 5000µg) possam ocorrer acidentes do tipo anafilático.
Advertência quanto ao uso concomitante de outros medicamentos: O cloranfenicolinterfere na maturação de eritrócitos em muitos pacientes tratados com a vitamina B12, porem não se conhece mecanismo dessa interação.
Cada vitamina do complexo B exerce funções diferentes dentro do organismo e essas informações específicas são omitidas do paciente que lê a bula, como por exemplo, os alimentos que ao serem consumidos fornecem essas vitaminas, claro que o paciente pode procurar um nutricionista e ter tal conhecimento ou até mesmo pela internet, porém o comprador que vai adquirir o medicamento e não tem de onde tirar as orientações corretas, poderiam ter tais informações simplesmente ao ler a bula. Quando se compara a função que o medicamento diz realizar que é a regulação e suplementação de problemas ocorridos devido à falta das vitaminas, o comprimido do complexo b cumpre com a proposta que é trazida pelo mesmo na bula.
O Cobavital, é um medicamento que não se encaixa na categoria de polivitamínicos, é comercializado como um estimulante de apetite, mas também é muito utilizado com o objetivo de ganho de massa muscular por se tratar de um anabolizante natural graças as coenzimas presentes na vitamina B12, como afirma PERERIRA et al (2004):
Existem vários anabolizantes que são vendidos legalmente em casas de produtos naturais, farmácias e lojas de esportes. Entre eles as Coenzimas B12 vendidos nas farmácias com os nomes comerciais de Cobavital, Coenzima B12 e Enzicoba, com a informação de que são produtos naturais e, em geral não possuem efeitos colaterais nem restrições ao seu uso. A procura de anabólicos naturais, de suplemento alimentar, à venda no mercado, para promover a rehidratação durante e, sobretudo, após o esforço físico, têm sido uma prática comum nos dias de hoje, especialmente, entre os atletas que, pela modalidade e/ou intensidade do desporto que praticam, podem utilizar este recurso na suplementação alimentar e melhora na sua condição física.(PERERA et al, 2004, p.32)
O preço acessível e a vantagem de se ter um processo anabólico de forma natural faz com que o Cobavital seja muito consumido por praticantes de atividades físicas, de acordo com a bula, o produto é indicado para: Estimular o apetite, ajudar no processo de distúrbios de peso e estatura da criança, estado de fraqueza e diminuição do apetite, períodos de convalescença (período entre o término de uma doença e a restauração completa da saúde do paciente), e agindo também no processo de anabolismo-proteico, e no estímulo do apetite.
Quando se observa as informações contidas na bula do medicamento pode-se notar uma clareza superficial a respeito do produto e algumas omissões a respeito de outros compostos existentes na sua formulação como, por exemplo, a ciproeptadina, um anti-histamínico que age nos receptores H1 tendo funções antialérgicas, é indicado nos casos de rinite alérgica, conjuntivite alérgica, reações cutâneas alérgicas, rinorréia e urticária, tendo um efeito secundário no estímulo do apetite. (Beccari et al, 1969).
Ao ler a bula sobre o cobavital, não se tem informações a respeito da ação da ciproeptadina, apenas alguns alertas sobre ter precauções em pacientes com aumento de próstata e aumento da pressão intraocular, para o uso em idosos e sobre a habilidade em conduzir máquinas, pois a atenção do paciente pode está prejudicada, não deixando claro o motivo que causa essas perturbações que no caso é a presença desse composto na formulação do medicamento.
CONCLUSÃO
Com isso, fica claro a falta de importância que é dada pelos laboratórios farmacêuticos a população que faz uso dos produtos, ao analisar as bulas dos medicamentos polivitaminico do complexo B e com o estimulante de apetite Cobavital, comparando suas informações entre o que diz a literatura e o que dizem os fabricantes, é possível ver que o objetivo real não é instruir de maneira verdadeira a população, e sim fazer uso de informações básicas muitas vezes insuficientes sobre os componentes contidos na formulação do medicamento.
É preciso que se haja uma conscientização por parte das autoridades responsáveis pelo comercio de medicamentos, para que pessoas sem a devida instrução não se prejudiquem ao fazer uso de substâncias que ao invés de ajudar irão atrapalhar de alguma forma a vida do individuo, e que isso seja aplicado a todos os medicamentos, desde os estimulantes de apetite, polivitaminicos até drogas mais pesadas como medicamentos de tarja preta. Pois é necessário que se saiba o que essas substâncias são capazes de fazer no organismo, e não apenas para que serve o remédio.
REFERÊNCIAS
BECCARI A.; Ronddinini, B. Sperirnentazione, su 40 bambini, della ciproeptadina come stimolante dell'appetito. Minerva Pediátrica, 1969. p. 334-345.
BRASIL. IMS: MERCADO FARMACÊUTICO DEVE ATINGIR R$ 87 BILHÕES EM 2017. In: Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), 2015. Disponível em: <http://febrafar.com.br/ims-mercado-farmaceutico-deve-atingir-r-87-bilhoes-em-2017/>. Acesso em: 10 jul 2017.
PEREIRA, E.V.P.; KROLL, B.L.; SOUZA, E.B.; Análise da freqüência de eritrócitos policromáticos micronucleados em camundongos (Mus domesticus domesticus), tratados com Enzicoba (cobamamida). Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, 8(1), jan./abr. p.31-37, 2004.
RAMOS, K. Suplementação e Vitaminas 2016, 2016. Disponível em: <http://www.guiadafarmacia.com.br/suplementos-especiais/suplementacao-e-vitaminas/suplementacao-e-vitaminas-2016/11202-consumo-crescente>. Acesso em: 10 jul 2017. 
SACRAMENTO, E. F.; Silva, B. B. Vitaminas e Minerais. In: Silva, P. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanbara Koogran, 2006. p. 913 – 930.
SANTOS, M. A. A.; Santos, R. P. Uso de suplementos alimentares como forma de melhorar a performance nos programas de atividade física em academias de ginástica. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 16(2): 174-85, jul./dez. 2002. Disponível em: < http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v16%20n2%20artigo5.pdf>. Acesso em: 10 jul 2017.
SILVA, M. A. F. Realidade e perspectiva de mercado de trabalho. Revista Exame, p. 22, maio/junho 2000. Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/102/artigo.pdf>. Acesso em: 10 jul 2017.

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