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AULA 2 DIREITO CONTRATUAL

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AULA 2 - DIREITO CONTRATUAL 
 
 
1. Formação dos Contratos II 
2. Classificação dos Contratos I. 
3. Classificação dos Contratos II. 
4. Exceções à Relatividade dos Efeitos dos Contratos. 
5. Dos Vícios Redibitórios. 
6. Da Evicção e dos Contratos Aleatórios. 
7. Do Contrato Preliminar e do Contrato com Pessoa a Declarar. 
8. Da Extinção do Contrato I. 
9. Da Extinção do Contrato II. 
 
 
 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS II 
 
Lugar da celebração 
 
 Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
 
 Onde a proposta foi feita é que será reputado celebrado, o que 
corrobora a teoria da recepção e não da expedição. 
 
 
 Mas quando os contratantes residem em países diferentes, o que 
aplica-se aos contratos firmados pela internet, cabe a LINDB, 9 § 2º, ou 
seja, o lugar onde residir o proponente, ou seja, quem fez a ofertaou 
proposta. 
 
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituirem. 
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em 
que residir o proponente. 
 
 Nestes casos, assevera a doutrina que, embora o CDC no art. 51, I não 
permite redução aos direitos do consumidor, isso pode ocorrer se o país onde 
for domiciliada a empresa com quem contratar o permitir; vai valer as regras 
de lá.1 
 
 Da mesma forma que a empresa brasileira que exportar, tem que 
respeitar claramente o CDC, mesmo no comércio exterior, sendo o fornecedor 
o único responsável pelos produtos ou serviços, bem como pelas informações. 
 
 O provedor aonde é feito o anúncio não responde pela regularidade do 
mesmo se atuar apenas como veículo. 
 
1 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 
2013, p. 751. 
 
 
 Cabe ainda, o foro de eleição, quando for o caso. 
 
 
Domicílio de eleição (art. 78 CC): autoriza os contratantes a 
especificar o domicílio (foro) onde irão exercitar e cumprir as obrigações do 
contrato. 
Contudo, deve-se estar atento as regras do CPC, arts. 46 e 47 no 
tocante as demandas decorrentes do contrato. 
 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis 
será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer 
deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser 
demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será 
proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação 
será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão 
demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua 
residência ou no do lugar onde for encontrado. 
 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o 
foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o 
litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e 
demarcação de terras e de nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, 
cujo juízo tem competência absoluta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos Contratos I e II e Exceções à 
Relatividade dos Efeitos dos Contratos2. 
 
 
Quanto aos efeitos: 
 
 
a) Unilateral: criam obrigações para uma das partes e benefício para a 
outra (ex.: doação pura, fiança). 
 
 
b) Bilateral (ou sinalagmático): pois cria direitos e deveres equivalentes 
para ambas as partes. Ex: compra e venda, locação. 
 
c) Plurilateral: contém mais de duas partes, como os contratos de 
sociedade e de consórcio. 
 
 
d) Onerosos: ambos os contraentes têm vantagem e proveito 
econômico. ex: compra e venda, locação. 
 
 contrato unilateral e oneroso: são aqueles onde existe uma 
pequena contraprestação da outra parte. 
 
 Ex.: doação modal - há um encargo por parte do donatário, já que 
o doador exige que o donatário faça algo em troca da coisa (art. 
553 CC). 
 
 Ex.: mútuo feneratício - empréstimo de dinheiro a juros (art. 591 
CC). Empréstimo entre amigos em geral não tem juros (mútuo 
simples), sendo unilateral e gratuito. 
 
 
e) Gratuitos: só beneficiam uma das partes. (ex.: doação pura). 
 
 
f) Comutativos: são de prestações certas e determinadas, os quais não 
envolvem risco, existindo certa equivalência entre a prestação e a 
contraprestação. ex: compra e venda, troca, locação. 
 
 Estes serão estudados mais aprofundadamente a frente, no 
estudo dos vícios redibitórios (defeitos ocultos em coisa recebida 
que a tornam imprópria ao uso a que se destina, diminuindo o 
seu valor), da evicção (perda da coisa em virtude de sentença 
judicial que a dá a outra pessoa em função de cláusula 
preexistente no contrato). 
 
2 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 
2013, p. 759 ss. 
 
 
 
g) Aleatórios: são caracterizados pela incerteza, onde uma das partes 
terá mais vantagem do que a outra, que depende de um fato futuro e 
incerto (aleatório). 
 
Jogo, aposta e seguro (aleatórios por natureza) já que o risco é 
parte integrante destes. 
 
“Ex: contrato de seguro onde eu pago mil reais para proteger meu carro 
que vale vinte mil; se o carro for roubado eu receberei uma indenização 
muito superior ao desembolso efetuado, mas se durante o prazo do 
contrato não houver sinistro, a vantagem será toda da seguradora.”3 
 
 
Contrato aleatório especial: 
 
Venda de coisa futura: Venda de colheita futura com cláusula 
que a coloca como perfeita e acabada com ou sem safra, se esta se 
perder sem culpa do agricultor, como no caso da geada. Se total, como 
o descrito no exemplo, chama-se emptio spei (458 CC).4 
 
Se em relação a parte da safra, e nada for colhido, será nulo o 
contrato, liberando o comprador; mas se parcial e algo for colhido, 
mantém o contrato, devendo ser pago o total do preço ajustado, 
independentemente do quanto for entregue. Chama-se emptio rei 
speratae (459 CC).5 
 
Venda de coisa existente, mas exposta a risco: é a venda de 
mercadoria transportada em navios pequenos, onde se assume o risco 
de naufrágio, será válido o contrato mesmo que a embarcação tenha 
sucumbido quando da realização do contrato. 
 
Mas se o alienante já sabia do naufrágio quando contratou, a sua 
má-fé não o protege, podendo ser anulado o contrato6 (arts. 460, 461 e 
422 CC). 
 
 
 
 
Quanto à formação: 
 
 
3 http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Fonte-das-Obriga%C3%A7%C3%B5es/5/aula/7 
4 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 
2013, p. 820. 
5 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 
2013, p. 820. 
6 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 
2013, p. 820. 
a) Paritários: são os contratos tradicionais, onde as partes 
conjuntamente resolvem as cláusulas contratuais em pé de igualdade. 
 
 
b) De adesão: contrato previamente pronto por uma das partes, 
cabendo à outra parte aderir ou não ao mesmo. Dessa forma, 
prepondera a vontade de apenas um dos contratantes, não havendo 
qualquer possibilidade a outra parte de negociá-lo. Somente adere ao 
mesmo, sem qualquer autonomia quanto a sua vontade. 
 
 OCódigo de Defesa do Consumidor, além de estabelecer um 
conceito de contrato de adesão (art. 54)7 proíbe cláusulas 
abusivas nos contratos de adesão, porque o mesmo não foi objeto 
de discussão (art. 51)8. 
 
7 Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela 
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou 
serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu 
conteúdo. 
 § 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato. 
 § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, 
cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior. 
 § 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres 
ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar 
sua compreensão pelo consumidor. 
 § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas 
com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
 
8 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao 
fornecimento de produtos e serviços que: 
 I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de 
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. 
Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização 
poderá ser limitada, em situações justificáveis; 
 II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos 
previstos neste código; 
 III - transfiram responsabilidades a terceiros; 
 IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor 
em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; 
 V - (Vetado); 
 VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; 
 VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; 
 VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo 
consumidor; 
 IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o 
consumidor; 
 X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira 
unilateral; 
 XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito 
seja conferido ao consumidor; 
 XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que 
igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; 
 XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do 
contrato, após sua celebração; 
 XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais; 
 XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor; 
 XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias. 
 § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que: 
 I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence; 
 II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal 
modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual; 
 
 Ex.: contrato de adesão: com a Copel, Sanepar, telefonia, 
transporte terrestre, aéreo e náutico, seguro, entretenimento 
(espetáculos públicos, cinemas, jogos etc), bancário etc. 
 
 
 
 
 
c) Contrato-tipo (de massa, em série ou por formulário): próximo ao 
de adesão porque também pré-fabricado, mas admite discussão sobre o 
conteúdo, sendo deixados claros, a fim de serem preenchidos de acordo 
com a vontade dos contratantes. Não há, necessariamente, a 
desigualdade do contrato de adesão, já que as cláusulas não são 
impostas, mas pré-redigidas. Destina-se a grupos específicos. 
 
Ex.: certos contratos bancários que tem espaços em branco quanto a 
taxa de juros, prazo e condições do financiamento, para serem 
preenchidos à máquina, após o acordo das partes. 
 
 
 
Quanto ao momento de sua execução: 
 
a) De execução instantânea: se cumprem num só ato, imediatamente. 
Ex.: compra e venda à vista, troca, doação. 
 
 
b) De execução diferida: se cumprem num só ato, mas a execução é 
futura. Ex.: a compra e venda a prazo, que se forma em um só ato, mas 
sua execução é diferida no tempo. 
 
c) De execução continuada ou trato sucessivo: se prolongam por 
dias, semanas e meses, sendo feito por atos reiterados. Ex: locação, 
seguro. 
 
 
 
Quanto ao agente: 
 
 
 III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e 
conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso. 
 § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto 
quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer 
das partes. 
 § 3° (Vetado). 
 § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao 
Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula 
contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo 
equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. 
 
a) Personalíssimo (intuitu personae): é celebrado com certa pessoa 
em virtude de suas qualidades pessoais. Cabe perdas e danos para o 
não cumprimento (art. 389 CC). 
 
“Ex: contrato um ator famoso para gravar um filme, caso ele desista, 
não aceitarei o filho no lugar dele. Quando a obrigação é de fazer um 
serviço, em geral o contrato é personalíssimo.” 9 
 
 
b) Impessoais: pode ser cumprido pelo obrigado ou por 3º, como nas 
obrigações de dar uma coisa. Se admite a execução forçada do contrato 
(art. 475 CC). 
 
Ex.: se Antônio me deve um mil reais, não tem problema que seu pai ou 
Carlos me paguem. 
 
c) Individuais: neste, as vontades são individualmente consideradas, 
mesmo se houver várias pessoas contratando. 
 
d) Coletivos: quando há 2 pessoas jurídicas de direito privado, 
representando categorias profissionais (sindicatos). 
 
 
 
Quanto ao modo por que existem: 
 
a) Principais: é aquele que tem vida própria, existe por si só, não 
depende de outro para existir. Ex.: locação, empréstimo. 
 
b) Acessórios: a sua existência depende de outro contrato. Seguem a 
sorte do principal (art. 184 CC). Ex: a fiança, depende da locação; 
hipoteca garante um empréstimo; cláusula penal no contrato. 
 
c) Derivados ou subcontratos: seu objeto está esta estabelecido em 
outro contrato, ou seja, os direitos dele dependem do escrito em outro. 
Ex.: sublocação em relação a locação, subempreitada em relação a 
empreitada. 
 
 
Quanto à forma: 
 
a) Solenes ou formais: a lei exige solenidades para sua conclusão. Ex.: 
doação, fiança devem ser escritos (arts. 541 e 819 CC); compra e venda 
de imóvel, deve ser por escritura pública (arts. 108 e 215 CC). 
 
 
9 http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Fonte-das-Obriga%C3%A7%C3%B5es/5/aula/7 
 
b) Não solenes ou informais: na maioria dos contratos são informais e 
consensuais, bastando o acordo de vontades para sua formação, 
podendo ser verbais (arts. 107 e 104 III). 
 
 
c) Consensual: todo contrato é consensual, exige acordo de vontades. 
 
 
d) Reais: além do acordo de vontades, a lei exige a entrega da coisa(tradição). Estes, podem até ser informais, dependem da entrega da 
coisa. Ex: doação de bens móveis (art. 541, § ú CC) 
 
“Porém na compra e venda, troca, locação, etc., já vai existir 
contrato após o acordo de vontades e mesmo antes da entrega da coisa, 
de modo que uma eventual desistência pode ensejar perdas e danos ou 
até a execução compulsória do 475. 
Então se A promete emprestar sua casa de praia para B passar o 
verão (= comodato), só haverá contrato após a ocupação efetiva da casa 
por B. 
Já se A se obriga a alugar sua casa de praia a B durante o verão 
(= locação), o contrato surgirá do acordo de vontades, e eventual 
desistência de A, mesmo antes da entrega das chaves, ensejará 
indenização por perdas e danos (389). 
A tradição não é requisito de validade, mas de existência dos 
contratos reais”.10 
 
 
 
Quanto ao objeto: 
 
a) Pré-contrato: tem por objeto que se faça um contrato definitivo. Pode 
vincular a ambos ou não. 
Ex.: promessa de compra e venda de imóvel se irrevogável; 
promessa unilateral ou opção se gera obrigações para apenas uma das 
partes. 
 
 
b) Definitivo: é o contrato em si, de acordo com o que se quer 
contratar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Fonte-das-Obriga%C3%A7%C3%B5es/5/aula/7 
 
Quanto a designação: 
 
 
a) Típicos: têm previsão na lei, disciplinados pelo legislador, pois são os 
mais comuns. Vão do art. 481 ao art. 853 no CC. 
 
b) Atípicos: contratos não previstos em lei, de acordo com o exercício 
da autonomia privada. 
 
c) Misto: típico e atípico (mistura dos dois). Ex.: um contrato típico com 
cláusulas criadas pelas partes em algumas situações. 
 
d) Nominados: tem designação própria. 
 
e) Inominados: não tem designação própria. 
 
f) Coligados: vários contratos que se apresentam interligados. 
 
 
Exceções à Relatividade dos Efeitos dos Contratos 
 
 
Estipulação em favor de terceiro (436 a 438 CC): 
 
Quando uma pessoa convenciona com outra que está dará uma 
vantagem/benefício a 3ª pessoa que não figura na relação contratual. 
 
Não pode haver contraprestação da pessoa que recebe, e permite 
que a obrigação assumida possa ser exigida tanto pelo estipulante 
quanto pelo beneficiário dele. 
 
Ex.: mando depositar o aluguel de que sou locatário na conta do 
meu filho, ele ou eu pode exigir o pagamento; seguro de vida; prole 
eventual. 
 
 
Promessa de fato de terceiro (art. 439 CC) 
 
 Quando uma pessoa se compromete com a outra de que obterá 
prestação de fato de um terceiro. Não sendo executada, resolve-se em 
perdas e danos. 
Ex: um promoter promete a um empresário trazer determinado 
comediante para fazer um show. Se este não vier, o promoter é que 
arcará com as perdas e danos, já que tinha se responsabilizado pela 
apresentação do comediante, não integrando este o contrato inicial 
(empresário e promoter), mas somente um segundo contrato do artista 
com o promoter. 
Dos Vícios Redibitórios. 
 
- defeitos ocultos na coisa recebida em virtude de um contrato 
comutativo oneroso (são de prestações certas e determinadas, os 
quais não envolvem risco, existindo certa equivalência entre a prestação 
e a contraprestação) que a tornam imprópria para o uso a que se 
destina ou lhe diminuem o valor. 
 
- Fundamento: todo alienante deve GARANTIR que o bem se 
destine ao seu uso. 
 
 Dessa forma, o adquirente pode recusar a coisa (rescinde o 
contrato por ação redibitória). 
 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada 
por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe 
diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
 
 Ou ficar com ela, requerendo abatimento no preço (por ação 
quanti minoris ou estimatória). 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o 
adquirente reclamar abatimento no preço. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que 
recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor 
recebido, mais as despesas do contrato. 
 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça 
em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da 
tradição. 
Ex.: se o cavalo morrer logo após ser adquirido, decorrente de doença pré-
existente a compra/tradição, cabendo obrigatoriamente ação redibitória, nesse caso, 
em face do perimento da coisa (morte do animal). 
 
 Para entrar com as ações edilícias (redibitória/estimatória) 
prazo decadencial de 30 dias (bens móveis); 1 ano (bens 
imóveis), contados da entrega da coisa (tradição). 
 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no 
preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, 
contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da 
alienação, reduzido à metade. 
 
 O prazo pode ser ampliado pelos contratantes. 
Ex.: na oferta de veículos o prazo é de 1, 2 ou até 5 anos. 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula 
de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta 
dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. 
 
 Isso é assim especificado, quanto a denúncia do defeito para 
manter a probidade e boa-fé das relações contratuais. 
 
 Exceções a contagem de prazo a partir da tradição: 
- máquina sujeita a experimentação (somente quando se der o 
perfeito funcionamento constatado na experimentação - § 1º 445); 
- venda de animais (da manifestação da doença de que é portador 
até 180 dias) 
Art. 445. 
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o 
prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de 
cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os 
imóveis. 
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos 
serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, 
aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras 
disciplinando a matéria. 
 
 
 Não cabem as ações edilícias quando: 
- a coisa é vendida conjuntamente, o defeito oculto de uma não 
permite a rejeição de todas, a não ser que se tornem um todo 
inseparável (uma coleção original com dedicatória do autor de Pontes de 
Miranda, par de sapatos); 
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza 
a rejeição de todas. 
 
- a entrega de uma coisa por outra, não é vício redibitório, é caso 
de inadimplemento contratual, cabendo perdas e danos. 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais 
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. 
 
- erro quanto a qualidade essencial do objeto, não é vício 
redibitório, cabendo ajuizamento de ação anulatória do negócio jurídico. 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a 
alguma das qualidades a ele essenciais; 
 
 No CDC, protege-se o vício oculto e o aparente (art. 26). 
 
 Vício aparente produto não durável: 30 dias; 
 
 Vício aparente produto durável: 90 dias da entrega; 
 
 
 Vício oculto produto não durável: 30 dias, contados da ciência do 
vício; 
 
 Vício oculto produto durável: 90 dias, contados da ciência do 
vício; 
 
 Ex.: comprar um carro em uma loja ou concessionária protege-se 
os vícios ocultos e aparentes (CDC); contratarde particular para 
particular – direito civil. 
 
 
 
 
Da Evicção e dos Contratos Aleatórios11. 
 
Evicção – do latim evincere, significa a perda da coisa em virtude 
de sentença judicial que a entrega a alguém (evictor) por causa jurídica 
pré-existente no contrato. 
- Fundamento: todo alienante deve GARANTIR que o bem se 
destine ao seu uso. 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste 
esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
 
Ex.: Antônio Marcos adquire de Bento a propriedade de um 
apartamento, o qual, posteriormente, perde essa propriedade, em 
razão de sentença judicial proferida em ação que movida por Maria 
Carla. Na sentença o juiz declarou que a compra e venda feita de 
Bento para Antônio Marcos seria inválida, pois Maria Carla seria a 
real proprietária do apartamento (proprietária originária) – e não 
Bento, o qual, portanto, não o poderia ter vendido o apartamento para 
Antônio Marcos. 
A vítima de evicção, no caso, Antônio Marcos, terá o direito de 
regresso contra Bento, tendo em vista que este lhe vendeu um bem 
que não poderia ser vendido. Nesse sentido, Antônio Marcos terá o 
direito de cobrar a devolução do preço ou outra contraprestação dada 
em troca do bem + indenização por perdas e danos caso houverem, 
além dos custos com a ação judicial e honorários de advogado. 
Requisitos: 
- perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa 
alienada; 
- onerosidade da aquisição; 
- ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa (457 CC); 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa 
era alheia ou litigiosa. 
 
11 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 812 ss. 
 
 
- anterioridade do direito do evictor; 
 
Verbas devidas além da restituição das quantias pagas: 
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição 
integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente 
resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, 
na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção 
parcial. 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa 
alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
 Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, 
diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 
 
 Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se 
esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa 
evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
 
 
 
Contratos Aleatórios – neste tipo contratual, não há previsão do 
total da prestação das partes desde logo, por depender de um risco 
futuro, que pode provocar sua variação. 
São, dessa forma, caracterizados pela incerteza, onde uma das 
partes terá mais vantagem do que a outra, que depende de um fato 
futuro e incerto (aleatório). 
 
Jogo, aposta e seguro (aleatórios por natureza) já que o risco é 
parte integrante destes. 
 
“Ex: contrato de seguro onde eu pago mil reais para proteger meu carro 
que vale vinte mil; se o carro for roubado eu receberei uma indenização 
muito superior ao desembolso efetuado, mas se durante o prazo do 
contrato não houver sinistro, a vantagem será toda da seguradora.”12 
 
 
Contrato aleatório especial: 
 
Venda de coisa futura: Venda de colheita futura com cláusula 
que a coloca como perfeita e acabada com ou sem safra, se esta se 
perder sem culpa do agricultor, como no caso da geada. Se total, como 
o descrito no exemplo, chama-se emptio spei (458 CC).13 
 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, 
cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de 
receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha 
havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. 
 
Se em relação a parte da safra, e nada for colhido, será nulo o 
contrato, liberando o comprador; mas se parcial e algo for colhido, 
mantém o contrato, devendo ser pago o total do preço ajustado, 
independentemente do quanto for entregue. Chama-se emptio rei 
speratae (459 CC).14 
 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o 
adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito 
o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda 
que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. 
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o 
alienante restituirá o preço recebido. 
 
Venda de coisa existente, mas exposta a risco: é a venda de 
mercadoria transportada em navios pequenos, onde se assume o risco 
de naufrágio, será válido o contrato mesmo que a embarcação tenha 
sucumbido quando da realização do contrato. 
 
Mas se o alienante já sabia do naufrágio quando contratou, a sua 
má-fé não o protege, podendo ser anulado o contrato15 (arts. 460, 461 e 
422 CC). 
 
 
12 http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Fonte-das-Obriga%C3%A7%C3%B5es/5/aula/7 
 
13 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 820. 
14 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 820. 
15 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 820. 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas 
expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo 
o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. 
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser 
anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava 
a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. 
Do Contrato Preliminar 
 
 
Contrato preliminar – (pactum de contrahendo) visa celebrar um 
contrato definitivo, ou seja, é uma espécie de pré-contrato, onde se deve 
respeitar os requisitos essenciais do contrato a ser celebrado. 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os 
requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo 
antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das 
partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra 
para que o efetive. 
Requisitos 
Objetivos Subjetivos Formais 
Objeto licito, possível, 
determinado ou 
determinável (104, II). 
 
Capacidade para 
contratar (104, I) e 
legitimidade para 
alienar o bem. 
 
Seriam os requisitos 
para cada contrato 
descrito na lei 
(estudar-se-á em cada 
contrato) 
Não deve tentar 
contra a ordem 
pública e os bons 
costumes, ser contra 
a lei ou impossível de 
se realizar. 
 
Ex.: vender a 
virgindade (contra os 
bons costumes); 
venda de um órgão 
(ilegal); vender terreno 
no céu (impossível). 
 
Necessidade de 
outorga uxória se os 
contraentes forem 
casados. 
 
 O art. 462 CCnão exige para 
o contrato 
preliminar esse 
requisito 
 
Ex.: mesmo que o 
contrato definitivo 
exija instrumento 
público (compra e 
venda de imóvel), o 
preliminar pode ser 
particular. 
 
 
Art. 463. Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao 
registro competente. 
 Esse registro não é considerado requisito necessário para que 
torne obrigatória a celebração do contrato definitivo entre as 
partes. 
 
 Contudo, se for registrado, deverá respeitar que se for relativo a 
compra e venda de bem imóvel (promessa de compra e venda), 
deverá ser registrado no cartório de registro de imóveis. 
 
 E no registro de títulos e documentos, quando se tratar de bens 
móveis. 
Enunciado 30 I Jornada Direito Civil CJF 
 A disposição do parágrafo único do art. 463 do novo Código Civil 
deve ser interpretada como fator de eficácia perante terceiros. Ou 
seja, mesmo se não registrado, gera obrigação de fazer para as partes. 
 
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a 
vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, 
salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação. 
Nesse sentido, diz a doutrina16, que o legislador primou pela 
aplicação do princípio da execução específica da obrigação de fazer 
contida no contrato preliminar. Ou seja, somente se não houver 
interesse do credor ou em função da natureza da obrigação, é que o 
contraente que cumpriu sua parte, poderá pleitear perdas e danos. 
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a 
outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos. 
 
 Caberá a quem adquirir o bem realizar o registro evitando, assim, 
a venda sucessiva do bem. 
Todavia, mesmo sem o registro, poderá pleitear a adjudicação 
compulsória do imóvel registrado em nome do promitente vendedor. 
A adjudicação compulsória é uma espécie de ação judicial que visa 
promover o registro imobiliário que efetiva à transmissão da 
 
16
 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 826. 
 
 
propriedade imobiliária, quando não vier a ser realizada a escritura 
definitiva em razão de uma promessa de compra e venda de imóvel. 
Ocorre quando a pessoa compra o bem em prestações e ao chegar 
ao final, não procede a escritura, e quando vai proceder o vendedor (PF) 
já morreu, ou o vendedor (PJ) já encerrou suas atividades. 
Tem que mover a ação, e se o juiz entender como correta a 
adjudicação, ordenará a expedição de carta de adjudicação, a qual se 
constitui no título próprio a ser transcrito no registro imobiliário 
(Decreto-Lei nº 58/1937, art. 16). 
 Se a ação for proposta pelo vendedor contra o comprador (não 
quer mais ser responsável pelo bem, principalmente quanto à 
responsabilidade tributária), o comprador será intimado para 
comparecer em cartório para assinar a escritura de compra e venda. 
Se o comprador não for assinar, o imóvel ficará depositadoem 
juízo, por conta e risco do comprador, que responderá pelas despesas 
judiciais e custas do depósito (Decreto-Lei nº 58/1937, art. 17). 
STJ - Súmula 239: Adjudicação Compulsória - Registro do 
Compromisso de Compra e Venda 
 O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do 
compromisso de compra e venda no cartório de imóveis. 
STJ, interpretando o art. 33 da Lei de locações (8.245/1991), 
entende: cabe ação de adjudicação compulsória do inquilino para 
adquirir imóvel vendido pelo locador sem a observância do direito de 
preferência. 
 
Quanto aos imóveis loteados, art. 26 lei 6766/7917 que os 
compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão 
 
17 Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão 
poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o 
modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes 
indicações: 
I - nome, registro civil, cadastro fiscal no Ministério da Fazenda, nacionalidade, estado 
civil e residência dos contratantes; 
II - denominação e situação do loteamento, número e data da inscrição; 
III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, confrontações, área 
e outras características; 
IV - preço, prazo, forma e local de pagamento bem como a importância do sinal; 
V - taxa de juros incidentes sobre o débito em aberto e sobre as prestações vencidas e não 
pagas, bem como a cláusula penal, nunca excedente a 10% (dez por cento) do débito e só 
exigível nos casos de intervenção judicial ou de mora superior a 3 (três) meses; 
VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre 
o lote compromissado; 
VII - declaração das restrições urbanísticas convencionais do loteamento, supletivas da 
legislação pertinente. 
poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento 
particular, e para os não loteados, admite-se também a forma 
particular.18 
STF Súmula nº 413 - Compromisso de Compra e Venda de Imóveis - 
Direito a Execução Compulsória - Requisitos Legais 
 O compromisso de compra e venda de imóveis, ainda que não 
loteados, dá direito a execução compulsória, quando reunidos os 
requisitos legais. 
 Em qualquer dos casos se faz necessária a outorga uxória. 
 
 
Do Contrato com Pessoa a Declarar. 
 
Permite a indicação de outra pessoa para agir em seu lugar, 
adquirindo direitos e contraindo obrigações. 
 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-
se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as 
obrigações dele decorrentes. 
 
 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco 
dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se 
revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. 
 
§ 1º O contrato deverá ser firmado em 3 (três) vias ou extraídas em 3 (três) traslados, 
sendo um para cada parte e o terceiro para arquivo no registro imobiliário, após o registro e 
anotações devidas. 
§ 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será 
obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. 
§ 3o Admite-se, nos parcelamentos populares, a cessão da posse em que estiverem 
provisoriamente imitidas a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas entidades 
delegadas, o que poderá ocorrer por instrumento particular, ao qual se atribui, para todos os 
fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando a disposição do inciso II do art. 
134 do Código Civil. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
§ 4o A cessão da posse referida no § 3o, cumpridas as obrigações do cessionário, constitui 
crédito contra o expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de contratos de 
financiamentos habitacionais. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
§ 5o Com o registro da sentença que, em processo de desapropriação, fixar o valor da 
indenização, a posse referida no § 3o converter-se-á em propriedade e a sua cessão, em 
compromisso de compra e venda ou venda e compra, conforme haja obrigações a cumprir ou 
estejam elas cumpridas, circunstância que, demonstradas ao Registro de Imóveis, serão 
averbadas na matrícula relativa ao lote. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
§ 6o Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessasde cessão valerão 
como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da 
respectiva prova de quitação. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
 
18
 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 826. 
 
 
 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, 
adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do 
momento em que este foi celebrado. 
 
 
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no 
momento da indicação. 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da 
nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. 
 
 Guarda relação com, por exemplo: 
 
 a estipulação em favor de terceiro (ex.: aluguel meu que mando 
depositar na conta do meu filho); 
 
 cessão de contrato (transferência posição ativa e passiva do dos 
direitos e obrigações de uma pessoa em um contrato bilateral já 
finalizado, mas de execução continuada). 
 
 
 
Da Extinção do Contrato I e II. 
 
Extinção com cumprimento: 
 
- Extinção se dá pelo cumprimento instantâneo; diferido ou 
continuado. 
 
 
a) De execução instantânea: se cumprem num só ato, imediatamente. 
Ex.: compra e venda à vista, troca, doação. 
 
 
b) De execução diferida: se cumprem num só ato, mas a execução é 
futura. Ex.: a compra e venda a prazo, que se forma em um só ato, mas 
sua execução é diferida no tempo. 
 
c) De execução continuada ou trato sucessivo: se prolongam por 
dias, semanas e meses, sendo feito por atos reiterados. Ex: locação, 
seguro. 
 
 
- E, ainda, pela quitação fornecida pelo credor. 
 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este 
pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a 
quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
Extinção sem cumprimento: 
 
- nulidade absoluta - violou preceito de ordem pública (efeitos ex tunc, 
anulando desde a realização do ato). Quanto aos defeitos do negócio 
jurídico, se o contrato for realizado sob coação física ou por simulação, 
gera nulidade absoluta. Juiz deve reconhecer de ofício e tem eficácia 
erga omnes 
 
Ex.: contrato realizado com ou por absolutamente incapaz. 
 
- nulidade relativa (anulabilidade) – advém de alguma causa que pode 
eivar de vício, podendo este ser sanado pela parte (convalescer com o 
tempo caso não seja alegada ou aceita), mas para ser levantada, deverá 
ser suscitada pelo prejudicado. Juiz não pode reconhecer de ofício e tem 
eficácia apenas entre as partes. Efeitos ex nunc, desde a sentença que 
considerar a anulabilidade. 
 
Ex.: contrato realizado sob coação moral. 
 
 
- cláusula resolutiva – expressa (para hipótese de inadimplemento 
contratual, normalmente implicando em multa, operando de pleno 
direito); ou tácita que depende de interpelação judicial, sendo 
subentendida em todo contrato bilateral. 
 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende 
de interpelação judicial. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, 
se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, 
indenização por perdas e danos. 
 
- Direito de arrependimento – se previsto, autoriza a recisão do 
contrato por qualquer das partes, sujeitando a perda do sinal ou a sua 
devolução em dobro. 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para 
qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste 
caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu 
devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a 
indenização suplementar. 
 
- Pela Resolução contratual: forma judicial de romper com o vínculo 
contratual. “É o meio de dissolução do contrato em caso de 
inadimplemento culposo ou fortuito. Quando há descumprimento do 
contrato, ele deve ser tecnicamente resolvido”.19 
 
a) por inexecução voluntária culposa: comportamento culposo 
de um dos contraentes, que gera danos ao outro, produzindo efeitos ex 
tunc para os contratos de execução instantânea, e sujeitando a perdas e 
danos e ao pagamento da cláusula penal; 
Para os contratos de execução continuada e trato sucessivo, o 
efeito é ex nunc, não se restituindo as prestações já cumpridas. 
 Mas para ser aplicada, dever-se-á analisar as razões reais, se 
realmente cabíveis a resolução, a partir de princípios da boa-fé e 
da função social do contrato. 
 
 Ademais, deve-se analisar o disposto no art. 476, quanto a 
exceção do contrato não cumprido. 
 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a 
sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes 
contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa 
a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe 
incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de 
satisfazê-la. 
 
 
 
b) por inexecução involuntária: é o fato não imputável as 
partes, como ocorre quando há caso fortuito ou força maior que 
impossibilitem o cumprimento da obrigação, devendo esta ser definitiva, 
porque se temporária, acarreta apenas a suspensão do contrato. 
Não cabe perdas e danos, a não ser que tenha se responsabilizado 
por isso, ou estiver em mora. 
 
19
 http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1111491 
 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, 
cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, 
embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes 
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano 
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
 
c) por onerosidade excessiva - aplicação da Teoria da 
imprevisão ou cláusula rebus sic stantibus (revogável se 
insustentável). 
 
 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de 
uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, 
poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-
la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. 
 
 
Consiste em presumir que nos contratos comutativos de trato 
sucessivo e execução continuada (contratos de longa duração), a 
existência implícita dessa cláusula 
 
 
Por força dela, “a obrigatoriedade de seu cumprimento 
pressupõe a inalterabilidade da situação de fato”. 20 
 
 
Se acontecer fato extraordinário que torne excessivamente 
onerosa o cumprimento, poderá o juiz isentar total ou parcialmente aobrigação.21 
 
“Ex: compro um carro para pagar em três anos com prestações 
atreladas ao dólar, eis que por causa de uma guerra no Oriente Médio, 
o dólar triplica de preço e as prestações se tornam muito vantajosas 
 
20
 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 722. 
21
 GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ 
Saraiva, 2013, p. 722. 
para o vendedor, devendo então o Juiz modificar o contrato para 
restaurar o equilíbrio entre as partes”.22 
 
 
 
 
- Por Resilição: 
 “É o desfazimento de um contrato por simples manifestação de 
vontade, de uma ou de ambas as partes. Ressalte-se que não pode ser 
confundido com descumprimento ou inadimplemento, pois na resilição 
as partes apenas não querem mais prosseguir. A resilição pode ser 
bilateral (distrato, art. 472 , CC) ou unilateral”.23 
 
a) Bilateral (por distrato e por quitação): é a declaração de 
vontade no sentido oposto do contrato. 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este 
pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a 
quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
 
b) Unilateral (por denúncia, revogação ou renúncia e por 
resgate): 
 b.1) denúncia: depende da obrigação ser duradoura 
(locação) e ocorre quando o sujeito comunica que não tem mais 
interesse em continuar com o contrato. 
 
 b.2) revogação ou renúncia: como ocorre no mandato 
outorgado ao advogado pelo cliente, havendo quebra da confiança o 
cliente pode revogar o mandato e o advogado pode renunciar. 
 
 b.3) resgate: é ligado a enfiteuse que é a “permissão dada 
ao proprietário de entregar a outrem todos os direitos sobre a coisa de 
 
22
 http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Fonte-das-Obriga%C3%A7%C3%B5es/5/aula/7 
 
23
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1111491 
tal forma que o terceiro que recebeu (enfiteuta) passe a ter o domínio 
útil da coisa mediante pagamento de uma pensão ou foro ao senhorio. 
 
Assim, pela enfiteuse o foreiro ou enfiteuta tem sobre a 
coisa alheia o direito de posse, uso, gozo e inclusive poderá alienar ou 
transmitir por herança, contudo com a eterna obrigação de pagar a 
pensão ao senhorio direto.”24 
 
Dessa forma, é um direito concedido ao enfiteuta que o 
permite adquirir o domínio pleno da coisa. 
 
 
 
- Pela morte de um dos contraentes, se o contrato for personalíssimo 
(se não for, os herdeiros se responsabilizam). 
 
 
- Pela Rescisão contratual, dissolução por lesão ou estado de perigo. 
 
Ocorre a lesão quando uma pessoa, por necessidade ou por falta 
de experiência, assume obrigação manifestamente desproporcional ao 
valor da prestação oposta. 
 
Ocorre estado de perigo quando a pessoa assume obrigação 
excessivamente onerosa com o intuito de se salvar ou a pessoa da 
família; no caso, o dano deve ser grave e conhecido da outra parte, 
havendo aqui a inexigibilidade de conduta diversa diante do ato, posto 
que se encontra na iminência do dano. 
 
 
 
*** PARA LEMBRAR: 
 
 
Dos Defeitos do Negócio Jurídico 
Ignorância 
Art. 138 a 144 CC 
Erro 
Art. 138 a 144 CC 
Dolo 
Art. 145 a 150 CC 
- Completo 
desconhecimento; 
 
- se recair sobre aspectos 
essenciais ou substanciais – 
ato anulável; 
 
- se recair sobre aspectos 
acidentais ou secundários – 
ato válido. 
- é a falsa noção que se tem de um 
objeto ou pessoa; ESPONTÃNEO 
 
- se recair sobre aspectos 
essenciais ou substanciais – ato 
anulável; 
 
- se recair sobre aspectos 
acidentais ou secundários – ato 
válido. 
 
* Art. 139. O erro é 
substancial quando: 
I - interessa à natureza do 
negócio, ao objeto principal da 
declaração, ou a alguma das qualidades 
a ele essenciais; 
II - concerne à identidade ou à 
- Artifício empregado 
para enganar a outra 
parte; INDUÇÃO 
 
- se recair sobre 
aspectos essenciais ou 
substanciais – ato 
anulável; 
 
- se recair sobre 
aspectos acidentais ou 
secundários – ato válido, 
mas deverá pagar 
 
24
 http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1061040/o-que-se-entende-por-enfiteuse 
qualidade essencial da pessoa a quem 
se refira a declaração de vontade, desde 
que tenha influído nesta de modo 
relevante; 
III - sendo de direito e não 
implicando recusa à aplicação da lei, for 
o motivo único ou principal do negócio 
jurídico. 
 
perdas e danos; 
 
- se o dolo for bilateral (de 
ambos), não poderá ser 
alegado por ninguém. 
 
 
Coação 
Art. 151 a 155 CC 
 
 
Estado de perigo 
Art. 156 CC 
Lesão 
Art. 157 CC 
- é o constrangimento feito a 
alguém para obriga-lo a 
praticar determinado ato; 
 
- se por pressão física – ato 
nulo; 
 
- se por pressão moral, 
psicológica – ato anulável; 
 
- excludentes: ameaça a 
exercício regular de um 
direito e temor reverencial. 
- ocorre quando a pessoa 
assume obrigação 
excessivamente onerosa 
com o intuito de se salvar 
ou a pessoa da família; 
 
- dano deve ser grave e 
conhecido da outra parte; 
 
- há aqui a inexigibilidade 
de conduta diversa diante 
do ato, posto que se 
encontra na iminência do 
dano; 
 
- é anulável. 
- ocorre quando uma 
pessoa, por necessidade 
ou por falta de 
experiência, assume 
obrigação 
manifestamente 
desproporcional ao valor 
da prestação oposta; 
 
- é anulável. 
 
 Não será anulado 
o negócio se for 
oferecido 
suplemento 
suficiente ou se a 
parte favorecida 
concordar com a 
redução do 
proveito. 
Fraude contra credores 
Art. 158 a 165 CC 
Simulação 
Art. 167 CC 
- prática fraudulenta e maliciosa de atos 
que desfalquem o patrimônio do devedor 
para salvá-lo de execução por dividas em 
detrimento dos direitos dos credores; 
 
- ato prejudicial ao credor/ intenção de 
prejudicar. 
- é um ato ilusório, que mascara a 
realidade para enganar as pessoas, 
criando uma aparência de direito que não 
existe; 
 
- é nulo, e uma vez assim declarado, o ato 
verdadeiro que aparece, permanece (mas 
poderá ser anulável). 
 
 
Da invalidade dos negócios jurídicos 
 
O ato inválido não gera efeitos. 
Nulidade 
Art. 166 a 170 CC 
Anulabilidade 
Art. 171 a 184 CC 
- invalidade mais grave; 
 
- interesse de todos (ordem pública), 
eficácia erga omnes; 
 
 
- qualquer interessado ou MP; 
 
 
- juiz pode/deve reconhecer de ofício, 
- invalidade menos grave; 
 
- interesse do prejudicado (ordem 
privada), eficácia apenas a quem alega; 
 
 
- só o prejudicado pode alegar; 
 
 
- juiz não pode reconhecer de ofício, 
mas não pode ser sanada; 
 
- não se convalesce com o tempo; 
 
- não pode ser confirmado ou ratificado; 
 
- em regra, não prescreve (salvo exceções, 
permitidas em lei); 
 
- efeito ex tunc, retroagindo a data da 
celebração do negócio. 
 
Ex.: contrato realizado por 
absolutamente incapaz. 
podendo ser sanada; 
 
- pode convalescer com o tempo; 
 
- pode ser confirmado ou ratificado; 
 
 
- prescreve; 
 
- efeito ex nunc, portanto, não retroage, 
operando efeitos a partirda decisão. 
 
Ex.: Contrato assinado sob coação.

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