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Aulas de Direito do Trabalho 2012 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO I. PRINC. DA PROTEÇÃO DO TRABALHADOR HIPOSSUFICIENTE: IN DUBIO PRO MISERO ou PRO OPERARIO – Na dúvida ao interpretar, o legislador deve-se escolher a interpretação mais favorável. DA NORMA MAIS FAVORAVEL – Deve-se aplicar independentemente da sua posição na escala hierárquica a norma mais favorável ao trabalhador. (CF X ACT); Art. 620 CLT – as condições estabelecidas em convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em acordo. Princ. da norma favorável. DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA – Intimamente ligada a teoria do direito adquirido – aquelas que já estão fixadas no contrato do trabalhador ou no regulamento empresarial – se incorporam ao contrato de trabalho; qualquer alteração que traga uma condição melhor para o empregador será assimilada, senão, não valerá – a não ser para novos empregados. DIFERENÇAS - em relação aos signatários: CCT – Sindicato profissional x Sindicato patronal; campo de abrangência: engloba toda categoria profissional e toda a categoria econômica. ACT – Sindicato Profissional x uma ou mais empresas – campo de abrangência: só engloba as empresas que assinaram o ACT e os trabalhadores que ali prestam serviço. EXEMPLO: A CCT – DARIA 20% DE AUMENTO; O ACT DARIA 15% DE AUMENTO + ESTABILIDADE DE 1 ANO. 1. TEORIA DA ACUMULAÇÃO (MINORITÁRIA) – P. EX: O TRAB. IRÁ ACUMULAR O MAIS FAVORÁVEL DO ACT MAIS O PREVISTO DO CCT. (EX: CCT + ACT) 2. TEORIA DO CONGLOBAMENTO (MAIORIA): aplica-se o que for mais favorável – no conjunto – ao trabalhador. (EX: O ACT) II. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO: A REGRA: é que o empregado seja contratado por prazo indeterminado – permanente – duradouro; EXCEÇÃO: as situações estabelecidas previamente em lei - contrato a termo – prazo determinado Aulas de Direito do Trabalho 2012 2 III. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE: (MTO IMPORTANTE) A verdade real, a realidade dos fatos deve prevalecer sobre aquela verdade formal, meramente documental. IV. PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA: Só será válida a alteração, em regra, se houver mútuo consentimento e não cause prejuízos, direta ou indiretamente, ao empregado. ART. 468 CLT: Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. V. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL: O empregado tem o direito de receber seu salário de forma integral, sem descontos abusivos, no momento oportuno. PRINC. DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL – NÃO É MAIS ABSOLUTO!!! Não é uma regra absoluta - art. 7º - VI – CF. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO: MATERIAIS – representam o momento pré-jurídico, que antecede a formação da lide. Toda e qualquer pressão exercida pelos trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho. (ex: greve) FORMAIS – representam o momento jurídico, a norma pronta, editada e regulada – produzindo seus regulares efeitos. DIVIDE-SE EM: 1. FORMAIS HETERÔNOMAS – porque existe um terceiro, em geral, – o Estado - é quem intervém, quem realiza, cria e edita a norma. Normalmente tem origem estatal. (Exs.: CF, MP, EC, SENTENÇA ARBITRAL, SENTENÇA NORMATIVA, SÚMULA VINCULANTE DO STF, LC, LO, DECRETO) Aulas de Direito do Trabalho 2012 3 2. FORMAIS AUTÔNOMAS – editadas, elaboradas, produzidas pelos próprios destinatários. (Exs.: CCT, ACT e COSTUME) RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO DETALHES: ART. 114 DA CF – ALTERAÇÃO IMPORTANTE: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I. as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; RELAÇÃO DE TRABALHO RELAÇÃO DE EMPREGO É gênero; Contém a relação de emprego; Critério objetivo; Lato sensu. É Espécie; Strictu Sensu; REQUISITOS CARACTERIZADORES DA RELAÇÃO DE EMPREGO: S.O.P.P.A. NÃO 1. Subordinação Jurídica – advém da relação jurídica entre empregado e empregador; 2. Onerosidade – obrigação é prestar o serviço e é um direito receber a contraprestação pelo trabalho 3. Pessoalidade – INTUITU PERSONAE em relação ao empregado. 4. Pessoa Física (Sempre) 5. Alteridade (o risco da atividade econômica é assumido pelo empregador, jamais pelo empregado) 6. Não-Eventualidade (caráter contínuo, permanente, habitual, duradouro). ***Se faltar algum dos requisitos – não será mais uma relação de emprego, e sim uma relação de trabalho. Lei 9.608/98 – TRABALHO VOLUNTÁRIO, caráter gratuito – relação de trabalho, jamais de emprego, pois não há onerosidade. O empregador pode ser pessoa física ou jurídica! Aulas de Direito do Trabalho 2012 4 Sobre a relação de emprego temos duas Súmulas do TST que sempre são cobradas nas provas de concurso público. A Súmula 386 que fala da possibilidade de reconhecimento da relação de emprego entre o policial militar e a empresa privada e a Súmula 363 que fala da impossibilidade de reconhecimento da relação de emprego com órgãos da administração direta, indireta, autárquica e fundacional. Súmula 386-TST - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Súmula 363 – TST - A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. A Súmula 363 do TST estabelece as verbas que serão devidas quando reconhecida a nulidade de um contrato de trabalho com a Administração sem a prévia existência de um concurso público. São elas: os depósitos do FGTS e os salários referentes às horas trabalhadas. Relação de emprego Relação de trabalho 1. Empregado doméstico 2. Empregado rural 3. Empregado 1. Trabalhador avulso 2. Trabalhador eventual 3. Trabalhador autônomo 4. Trabalho voluntário 5. Estagiário Regular Aulas de Direito do Trabalho 2012 5 MODALIDADES DE RELAÇÃO DE TRABALHO Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Texto EV.AU ES.AVU Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Aulas de Direito do Trabalho 2012 6 Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula RetânguloAna Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Aulas de Direito do Trabalho 2012 7 Aulas de Direito do Trabalho 2012 8 MODALIDADES DE RELAÇÃO DE EMPREGO Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Nota sinalizadora riscos do negócio assumidos pelo empregador Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Aulas de Direito do Trabalho 2012 9 Ana Paula Retângulo Aulas de Direito do Trabalho 2012 10 Aulas de Direito do Trabalho 2012 11 Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Ana Paula Retângulo Aulas de Direito do Trabalho 2012 12 Aulas de Direito do Trabalho 2012 13 Aulas de Direito do Trabalho 2012 14 SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO: CAI MUITO!!! EMPREGADO = Art. 3º CLT – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência (SUBORDINAÇÃO JURÍDICA) deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. EMPREGADOR = Art 2º CLT - Considera-se empregador a empresa, individual(FÍSICA) ou coletiva (JURÍDICA), que, assumindo os riscos da atividade econômica (ALTERIDADE), admite, assalaria e dirige a prestação pessoal (PESSOALIDADE) de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º - GRUPO ECONÔMICO: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, Aulas de Direito do Trabalho 2012 15 para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis (TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS) a empresa principal e cada uma das subordinadas. Pode-se entrar com ação contra qualquer uma delas, algumas delas ou todas elas – mesmo que elas tenham ramos de ativ. Diferentes (a resp. é solidária). A responsabilidade será personalíssima da empresa X, em relação à assinatura e baixa DA CTPS. (Ex.: EMPRESA GLOBO: TV, RÁDIO, JORNAL). SÚMULA 129 – TST: o fato do trabalhador, no mesmo horário de trabalho, prestar serviço a mais de uma empresa do grupo econômico, não configura por si só, a coexistência de mais de um contrato de trabalho. *Ou seja, no mesmo horário de trabalho, todas as empresas daquele grupo econômico podem exigir a prestação simultânea, sem que isso se configure a coexistência de múltiplos contratos de trabalho, salvo acordo em contrato. OUTROS TIPOS DE EMPREGADOS: 1. MÃE SOCIAL; 2. RURAL 3. PÚBLICO 4. URBANO – CLT 5. MAIS. CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO DE DIREITO PRIVADO – empgdo e empgdor são livres para estipularem as cláusulas contratuais, desde que respeitem as normas de proteção mínima ao trabalhador (CF E CLT). INFORMAL – contrato verbal, tácito. EXCEÇÃO: formais: temporário, de aprendiz; BILATERAL – gera direitos e obrigações para ambos. (empgdo e empgdor); INTUITU PERSONAE em relação ao empregado – pessoalidade; COMUTATIVO – tem que haver uma equivalência entre o salário e o tipo de serviço prestado; SINALAGMÁTICO – as partes se obrigam a prestações recíprocas e antagônicas; o direito de um é o dever do outro. CONSENSUAL – nasce do livre consentimento entre as partes; Aulas de Direito do Trabalho 2012 16 DE TRATO SUCESSIVO OU DE DÉBITO PERMANENTE – a cada período renovam-se os direitos e as obrigações; ONEROSO. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO – ART. 443 CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. VERBAL OU ESCRITO- DETALHE: a simples assinatura da CTPS já configura a existência de um contrato escrito. – ART.29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. A não assinatura da CTPS é apenas uma infração administrativa, não significa dizer que não exista o contrato. TÁCITO OU EXPRESSO (PRÉVIO ACORDO) PRAZO DETERMINADO (EXCEÇÃO) OU INDETERMINADO (REGRA) CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO (CAI MUITO!!!) ART. 443 CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - CONCEITO: Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 2º - REQUISITOS DE VALIDADE: O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; – Ex.: a empresa é permanente, o serviço é que é especificado, transitório – momentos de pico, final de ano. b) de atividades empresariais de caráter transitório; Ex.: a própria empresa é transitória - que trabalha, apenas, em alguns períodos do ano. Aulas de Direito do Trabalho 2012 17 c) de contrato de experiência. Não é obrigado ser escrito. Art. 445 – PRAZO MÁXIMO: O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Art. 451 – PRORROGAÇÃO (dentro do prazo máx. de validade): O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. SÓ SE ADMITE 1 (UMA) ÚNICA PRORROGAÇÃO. Art. 452 – CONTRATOS SUCESSIVOS: Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos (FERIADOS: ANO NOVO, CARNAVAL, SÃO JOÃO). Tem que haver um prazo de 6 meses de descanso entre um contrato e outro, salvo serviços especializados ou certos acontecimentos (feriados). ***AVISO PRÉVIO E MULTA INDENIZATÓRIA – somente nos contratos a prazo indeterminado, salvo se o contrato determinado forrompido antes do tempo. Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar- lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. (Vide Lei nº 9.601, de 1998) § 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. O MÁX DE INDENIZAÇÃO SERIA O MÁX. QUE RECEBERIA EM CASO SEMELHANTE EM RELAÇÃO AO EMPREGADOR. Aulas de Direito do Trabalho 2012 18 TOMADOR DE SERVIÇOS OU CLIENTE CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO (CAI MUITO!!!) Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. ***SE EXISTIR TAL CLÁUSULA – Esqueça os arts. 479 e 480 da CLT e aplique as regras do contrato a prazo indeterminado. Ou seja, o empgdor deverá dar o aviso prévio e pagar a multa de 40% do FGTS; se for o empgdo – terá de cumprir ou pagar aviso prévio. DECRETO 99.684/90 – regulamenta a lei do FGTS. Art. 14 – nos contratos p/ prazo determinado, se houver rompimento imotivado e antecipado pelo empgdor – o empgdo terá direito a duas multas – 40% FGTS + metade dos salários. Ou seja pune duas vezes o empgdor. (não será cobrado no TRT PE) CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO – LEI 6.019/74 e DEC. 73.841/74 (NÃO É MTO ABORDADO NA PROVA) É o contrato por prazo determinado mais utilizado no Brasil! O trabalhador temporário é empregado temporário da empresa de Trabalho Temporário, embora, exerça suas atividades nas dependências do tomador de serviços ou cliente. Só pode ser executado no meio urbano, jamais no rural. ART. 2º- LEI 6.019/74 (IMPORTANTE) – O TRABALHO TEMPORÁRIO – só pode ser usado nestas 2 hipóteses: 1. Atender necessidade temporária de substituição de seu pessoal, regular e permanente; 2. No caso, de acréscimo extraordinário de serviço. EMPRESA INTERPOSTA TRABALHADOR TEMPORÁRIO Aulas de Direito do Trabalho 2012 19 ***Fora desses casos – Fraude a lei, será reconhecido o vínculo de emprego diretamente com o tomador de serviços ou cliente. ART. 4º - LEI 6.019/74 – A pessoa física ou jurídica urbana; é empregada da empresa de trab. Temporário. Não é contratado a prazo indeterminado, e sim é feito um contrato entre cliente e empresa interposta, onde o trab. Temporário tem seu contrato com a empresa interposta – com prazo certo (o mesmo prazo em que ele servir a empresa de trab. Temporário). ART. 9º - o contrato é obrigatoriamente escrito – formal; deve indicar o motivo da contratação (uma daquelas 2 hipóteses), e tbém os direitos inerentes aos trabalhadores. Art. 10. O contrato não poderá exceder de 3 meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho. Art. 11. No contrato deverá constar os direitos inerentes aos trabalhadores. Parágrafo único: será nula de pleno direito - qualquer cláusula de reserva – que proíbe a contratação pelo tomador de serviços - cliente do trab. Temporário depois dos 3 meses. Art. 12. Assegurados os direitos: Remuneração compatível com a função que exercer; Jornada de 8 horas; H.E = 50%; Férias proporcionais; RSR; Adicional Noturno; saldo do FGTS; seguro contra acidente de trabalho, 13º; Proteção Previdenciária. Art. 16. No caso de falência da empresa de trab. Temporário – a empresa tomadora de serviços ou cliente é solidariamente (jamais será presumida) responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como, em referência ao mesmo período, pelas remunerações e indenizações previstas nessa lei. Nas demais hipóteses será resp. Subsidiária. Falta grave: nas dependências de ambos (tomador ou empresa de trabalhador temporário) resultará em sua dispensa por justa causa. O trab. Temporário poderá pleitear a rescisão indireta, qdo houver falta grave por parte do empregador, nos casos especificados na CLT – Art. 483. Qto aos trabalhadores temporários (empregados) - as ações são de competência da Justiça do Trabalho. Aulas de Direito do Trabalho 2012 20 TERCEIRIZAÇÃO É a empresa realizar um serviço – não através de seus próprios empregados, e sim se utilizando de terceiros ligados a outra empresa ou não. SÚMULA 331 – TST - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza (ATIVIDADES MEIO), bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. ***SEVILICO (Nova redação) IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. (acrescenta os itens V e VI) V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação. ATIVIDADE FIM – Ativ. principal, fundamental e necessária ao desenvolvimento do negócio da empresa. *** Os contratos devem ser feitos diretamente com seus trabalhadores, jamais por meio de empresa interposta. ATIVIDADE MEIO – Ativ. acessória, secundária, complementar. É lícita, legal. ***Se a empresa interposta não cumprir as obrigações trabalhistas – o tomador de serv. (mesmo que seja a adm pública) responderá de forma subsidiária!!! OJ SDI 383 – A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974. Aulas de Direito do Trabalho 2012 21 DONO DA OBRA (é completamente irresponsável, salvo se for incorporadora, construtora). OJ SDI-I 191 - Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato deempreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. SUBEMPREITADA - ART. 455 CLT – Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. O SUBEMPREITEIRO TEM A RESP. PRINCIPAL – pelas obrigações assumidas. O EMPREITEIRO PRINCIPAL – se for demandado na justiça poderá entrar com ação regressiva contra o subempreiteiro, e tbém reter créditos que ainda esteja devendo ao subempreiteiro. Ele tem RESP. SOLIDÁRIA (de acordo com o entendimento que tem prevalecido). ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO BILATERAL – REGRA GERAL (CLT) Mútuo consentimento; Ausência de prejuízo UNILATERAL – Também é válida, desde que a alteração traga benefícios maiores para o empregado. PRINC. DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL – ART. 468 CLT: Nos contratos individuais de trabalho (CIT) só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento (CONCORDÂNCIA DO EMPREGADO), e ainda assim desde que não resultem, direta ou DONO DA OBRA EMPREITEIRO PRINCIPAL SUBEMPREITEIRO O TRABALHADOR OJ 191 SDI-1/TST ART. 455 CLT Aulas de Direito do Trabalho 2012 22 indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. ALTERAÇÃO UNILATERAL JUS VARIANDI JUS RESISTENTIAE * o empgdor tem o poder de mando, de comando, de direção e de gestão dentro da empresa, pois assume os riscos do negócio. Ele pode punir o empgdo. Por isso, pode fazer pequenas alterações no contrato de trabalho, de maneira unilateral, desde que não traga prejuízo ao empregado. ART.468 § ÚNICO - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Súmula 265 do TST - A transferência para o período diurno de trabalho implica na perda do adicional noturno. Súmula 372 do TST I- Percebida a gratificação de função por 10 ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo ao seu cargo efetivo, não poderá retirar- lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. (Perde a função de confiança, mas não perde a gratificação de função. Tornou-se direito adquirido.). ALTERAÇÃO OBJETIVA ALTERAÇÃO SUBJETIVA Função; Remuneração; Jornada; Quantidade e qualidade de trabalho; Local da prestação de serviços (art. 469 CLT - ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.). Diz respeito aos sujeitos da rel. de emprego. Em relação à figura do empregado não é possível a alteração do contrato de trabalho (Intuitu Personae), somente a do empregador. ART. 10 CLT – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. ART. 448 CLT – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. SUCESSÃO DE EMPREGADORES - A transferência da titularidade do negócio de um titular para outro. Sempre que uma empresa suceder a outra, no mesmo local, sem solução de continuidade, desenvolvendo a mesma atividade, o mesmo equipamento, a Aulas de Direito do Trabalho 2012 23 mesma clientela e os mesmos empregados, Posição do TST – Os contratos de trabalho em vigor, no momento da Sucessão, passam a ser de única e exclusiva responsabilidade da empresa sucessora. Por outro lado, os contratos que foram rompidos, terminados antes da sucessão, são de responsabilidade única da empresa sucedida. OBJETIVA: FUNÇÃO – (Promoção – Se a empresa tiver quadro organizado de carreira, onde as promoções são feitas alternadamente por antiguidade e merecimento – o empgdo não pode recusar, pois já sabia das condições; Rebaixamento – o direito brasileiro não o aceita; Aproveitamento – tem que se dar, no mesmo nível, ou nível superior; acontece na esfera pública e na privada; Reversão ao cargo anterior (art.468 § único CLT); Mudança de função obrigatória – readaptação do empgdo). REMUNERAÇÃO – IRREDUTIBILIDADE SALARIAL – REGRA: Os salários são irredutíveis; EXCEÇÃO: (art. 7º, VI, CF) Permite-se a redução salarial temporária (Art. 614, § 3º - só vale pelo prazo de 2 anos), desde que implementada por ACT ou CCT (somente). JORNADA - Ex: Se o empgdor reduzir a jornada de trabalho, por mera liberalidade dele – não poderá mais aumenta-la para a condição anterior, devido ao Princípio da Condição mais Benéfica – Direito adquirido. Súmula 265 do TST - A transferência para o período diurno de trabalho implica na perda do adicional noturno. (JUS VARIANDI) LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - ARTS. 469 e 470 da CLT: MUITA ATENÇÃO – CAI MUITO!!! Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. O ato tem que ser bilateral. Não confundir TRANSFERÊNCIA com REMOÇÃO - Na remoção não há mudança de domicílio e na transferência tem que haver mudança de domicílio. § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. PODE SER TRANSFERIDO UNILATERALMENTE! Aulas de Direito do Trabalho 2012 24 § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. PODE SER TRANSFERIDO UNILATERALMENTE! PERIGO!!! TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA! § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A SUCESSÃO DE EMPREGADORES INTANGIBILIDADE CONTRATUAL DESPERSONALIZAÇÃO DO EMPREGADOR CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Preservação dos contratos de trabalho na sua essência, na sua integralidade. Os contratos permanecem íntegros, mesmo após a sucessão. O contrato de trabalho somente é INTUITU PERSONAE em relação ao empregado. Os contratos de trabalho continuam vigorando, mesmo havendo a sucessão de empregadores. Os direitos adquiridosdos empregados são mantidos. REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DA SUCESSÃO Transferência do negócio de um titular para outro. Continuidade da relação de emprego. EXCEÇÕES À SUCESSÃO DE EMPREGADORES: (Não há sucessão.) Empregados domésticos – é a pessoa física que presta serviços de natureza não-eventual a empregador doméstico (pessoa ou família), sem fins lucrativos no âmbito residencial deste. Empregador pessoa física – Art. 483, § 2º No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. Caso em que não precisará conceder aviso prévio ao empregador (herdeiros). Falência da empresa – O arrematante de bens da empresa ou da própria empresa falida não será considerado sucessor. Aulas de Direito do Trabalho 2012 25 INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO INTERRUPÇÃO SUSPENSÃO Não trabalha – mas recebe normalmente! Continua contando tempo de serviço, continua recolhendo o FGTS. É o sonho de todo trabalhador! Não trabalha e também não recebe! Em regra, não recebe salário, não conta tempo de serviço, não recolhe o FGTS. Art. 473 da CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por um dia (CF: 5 dias – Lic. Paternidade), em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). * alistamento, juramento, carimbar certificado de reservista. VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que Prestação do serviço militar obrigatório à Aeronáutica, Exército e Marinha. (1 ano) - Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. § 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação; Acidente de Trabalho (continua contando tempo de serviço e recolhendo FGTS) ou doença após o 15º dia de afastamento. (continua contando tempo de serviço e recolhendo FGTS); Greve – (Art. 9º da CF e Lei 7.783/89) – ela poderá ser convertida em Interrupção se resolverem efetuar os pagamentos dos dias parados, em virtude de acordo; Eleição do Empregado para o cargo de Dirigente Sindical – Art. 543, § 2º - CLT - Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo.; Súmula 269 – TST - O empregado Aulas de Direito do Trabalho 2012 26 comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro; Encargos Públicos específicos – Mesário nas eleições, Jurado do tribunal do Júri; Descansos trabalhistas remunerados – RSR, Férias, Feriados; Licença-Maternidade (Gestante e Mãe Adotiva (Chd até 12 anos - 120 dias); Pode ser ampliada até 180 dias, se a mulher aderir ou a empresa fizer sua adesão ao programa Empresa Cidadã. Art. 395 da CLT - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.; Licença Remunerada; Acidente de Trabalho ou doença – primeiros 15 dias. eleito diretor de S.A. Terá o seu contrato de trabalho suspenso, exceto se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego; Licença Não Remunerada; Suspensão Disciplinar – Art. 474 CLT - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho; Suspensão do empregado estável para ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave. (Art. 494/853 CLT) Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação. Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo. Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias (prazo decadencial), contados da data da suspensão do empregado. Faltas Injustificadas; Prisão do Empregado; Afastamento do empregado para exercer determinados encargos públicos – Ministro de Estado, Secretário; Aposentadoria por invalidez – Art. 475 CLT – O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. STF – se se recuperar, no prazo de 5 anos, poderá retornar ao emprego; TST – Se se recuperar, poderá retornar mesmo se ultrapassar os 5 anos. Art. 476-A da CLT - O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação Aulas de Direito do Trabalho 2012 27 profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação. FÉRIAS (Direito constitucional) Período Aquisitivo – 12 meses; AGENTE 86 = Y - 6 / X + 8 Art. 130 - Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I – 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 vezes; II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas; III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas; IV - 12 dias corridos, quando houvertido de 24 a 32 faltas. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. TEMPO PARCIAL Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22 horas, até 25 horas; II - 16 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 20 horas, até 22 horas; III - 14 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15 horas, até 20 horas; IV - 12 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10 horas, até 15 horas; V - 10 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 horas, até 10 horas; VI - 8 dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5 horas. Aulas de Direito do Trabalho 2012 28 Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. Período Concessivo – 12 meses. É o período que tem o empregador para conceder as Férias do empregado. Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período (REGRA), nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito (PERÍODO CONCESSIVO). § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 períodos (EXCEÇÃO), um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. § 2º - Aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez (UM SÓ PERÍODO). Pagamento das Férias em DOBRO – art. 137 – CLT Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134 (Período Concessivo), o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Fixação de Férias por sentença – art. 137, § 1º - CLT § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. § 2º - A sentença dominará pena diária de 5% do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. Aulas de Direito do Trabalho 2012 29 § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo. Concessão de Férias - arts. 135/136 – CLT Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo. § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Férias Coletivas – arts. 139/140 - CLT Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos. § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. § 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. (Caindo muito!)Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar- se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da Aulas de Direito do Trabalho 2012 30 remuneração da tarefa na data da concessão das férias. § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. § 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. ABONO PECUNIÁRIO Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. (É um direito do empregado.) § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo (ACT) entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. ***O trabalhador não pode vender a totalidade das férias, somente é permitido vender 1/3 delas. Cálculo: 1. Remuneração = R$ 1.200,00 2. Remuneração + 1/3 (1.200/3) = Férias (1.200 + 400 = R$ 1.600,00) 3. Ao trabalhador é facultado converter 1/3 das férias em abono pecuniário: 10 dias = 1/3 do período de férias 10 dias 10 dias 30 dias de férias = R$ 1.600,00 1/3 dessas férias é = a 1.600/3 = R$ 533,33 (abono pecuniário) O trabalhador gozará 20 dias de férias e receberá suas férias + o abono. Aulas de Direito do Trabalho 2012 31 ABONO PECUNIÁRIO Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS Art. 145. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art.143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias. OJ-SDI1-386 - TST - É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria (no período concessivo ), o empregador tenha descumprido o prazo (Pagamento das férias até 2 dias antes de seu início.) previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SUM-171 - TST - Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) SUM-261 - TST -O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 1. FÉRIAS INTEGRAIS = PERÍODO AQUISITIVO COMPLETO! * O trabalhador não perde nunca! Mesmo que tenha sido dispensado por justa causa. 2. FÉRIAS INTEGRAIS SIMPLES = Gozadas ou indenizadas DENTRO DO PERÍODO CONCESSIVO! 3. FÉRIAS INTEGRAIS EM DOBRO = Gozadas ou indenizadas APÓS DO PERÍODO CONCESSIVO! 4. FÉRIAS PROPORCIONAIS = PERÍODO AQUISITIVO INCOMPLETO! ESPÉCIE DE DISPENSA FÉRIAS INTEGRAIS FÉRIAS PROPORCIONAIS SEM JUSTA CAUSA RECEBE RECEBE POR JUSTA CAUSA RECEBE NÃO RECEBE PEDIDO DE DEMISSÃO RECEBE RECEBE CULPA RECÍPROCA RECEBE RECEBE PELA METADE (SÚM. 14 - TST) *Acrescidas do terço constitucional. * Férias integrais nunca perde. Art. 484 – CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a Aulas de Direito do Trabalho 2012 32 indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. SÚM. 14 – TST - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Detalhes: 1. Quando cometerem falta grave, tanto empregado quanto empregador, ensejam a culpa recíproca. Se o empregado tinha direito aos 40% do FGTS – receberá 20%; se teria direito à metade dos salários que seriam devidos até o final do contrato, no caso de contrato a prazo determinado – receberá a metade da metade. FÉRIAS – PERDA D O DIREITO Art. 133 - CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias; (receberá o terço constitucional) III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e (receberá o terço constitucional) IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. (receberá o terço constitucional) § 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. § 3º - Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. Ex: 7 MESES 30 DIAS 5 MESES Trabalhou e pediu as contas! Retornou à empresa nesse prazo, após sua saída. Assim, continuará o tempo necessário para completar o período aquisitivo. 7 MESES 90 DIAS 5 MESES Trabalhou e pediu as contas! Retornou à empresa nesse prazo, após sua saída. Assim, começa-se a contagem de um novo período aquisitivo. Aulas de Direito do Trabalho 2012 33 PRESCRIÇÃO Art. 149 - CLT- A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 (PERÍODO CONCESSIVO) ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. ART. 7º - CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos (no curso do contrato, para reclamar o gozo das férias - quinquenal) para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos (bienal – para reclamar a indenização das férias) após a extinção do contrato de trabalho (para reclamar os últimos 5 anos); (também o AVULSO) Ex: O trabalhador foi admitido em 01 MAR/2008 e dispensado em 20.10.10, e não gozou férias nenhuma. Admissão: 01.03.2008. Dispensado: 20.10.2010. 20.10.10 01.03.08 19.07.02 Trabalhou 2 anos, 7 meses e 19 dias Detalhes: Devemos observar que, se já pagou o A.P. trabalhado – tendo baixa na CTPS no próprio dia 20/10 – é o final do contrato; se não, deveremos acrescentar mais 30 dias de A.P. indenizado – e a baixa da carteira será dia 20/11. É importante saber, que o A.P., trabalhado ou indenizado, integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais. AQUISITIVO CONCESSIVO 01.03.2008 até 28.02.2009 (1 dia depois) 01.03.2009 até 28.02.2010 FÉRIAS INTEGRAIS EM DOBRO 01.03.2009 até 28.02.2010 01.03.2010 até 28.02.2011 FÉRIAS INTEGRAIS SIMPLES 01.03.2010 até 20.11.2010 (baixa da CTPS) 20.11.10 01.03.10 19.08.00 Trabalhou 8 meses e dezenove dias (fração superior ou igual a 15 dias considera-se 1 mês – (1-12 avos)) = 9 meses - 09/12 (9-12 avos) 01.03.2011 até 28.02.2012 FÉRIAS PROPORCIONAIS Aulas de Direito do Trabalho 2012 34 JORNADA DE TRABALHO JORNADA CONSTITUCIONAL: Art. 7º - CF: XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; Detalhe: 1. Turno ininterrupto de revezamento (6h diárias – salvo ACT ou CCT) = é quando a empresa funciona 24h por dia e os trabalhadores vão se revezando em turnos – hora trabalham pela manhã, ora à tarde, ora à noite. Se o trabalhador sempre laborar à tarde, ou à noite, ou pela manhã, isso não é turno ininterrupto de revezamento – e sim, turno fixo, pois para que seja turno ininterrupto de revezamento tem que haver a alternância de horários. 2. Os que trabalham em turnos 12/36, ou 12/48 horas – no dia em que trabalhar as 12 horas não receberá H.E. (Entendimento do TST). XIV - jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva (ACT ou CCT); ** Tem que haver a alternância de horários, se não houver será turno fixo. SUM-423 – TST- Estabelecida jornada superior a 6 horas e limitada a 8 horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. Só terá direito a HE depois da 8ª hora de trabalho.SUM-360 - TST - A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação (intervalo intrajornada), dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal (RSR), não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. OJ-SDI1-360 - TST - Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta. ***Mesmo q sejam 2 turnos que peguem um pedacinho do horário noturno e outro diurno – é turno ininterrupto de revezamento. PERÍODOS DE DESCANSO INTERVALO INTERJORNADA – Entre o final de uma jornada diária e o início de uma nova jornada no dia seguinte. Art. 66 – CLT - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Aulas de Direito do Trabalho 2012 35 Ex.: Se você teve, apenas, o descanso de 10 horas ou de 9 horas – Consequência: terá direito a 1 Hora Extra e ou 2 HE, respectivamente. Súmula 110 – TST - No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. Ex.: Fulano trabalho até à meia-noite de um sábado, DOMINGO foi o RSR e na segunda-feira voltou a trabalhar às 8h da manhã. – Caso em que terá direito a 3 Horas Extras, pois descansou 24h do DOM + 8h da SEG, perfazendo 32 horas de descanso, quando teria que ter 24h + 11h = 35 horas de descanso. INTERVALO INTRAJORNADA – (Intra = dentro). Dentro da jornada diária. Art. 71 – CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo (ACT e CCT) em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. ***Ou seja, o trabalhador não pode estar fazendo H.E. § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. ***Ou seja, pagará o intervalo (todo) como H.E, e terá natureza salarial. TRABALHA INTERVALO INTRAJORNADA (não entra no cômputo da jornada) Mais de 6 horas diárias Mín. 1 hora & máx. 2 horas (salvo ACT ou CCT) Mais de 4 horas até 6 horas 15 minutos Até 4 horas Não tem intervalo Aulas de Direito do Trabalho 2012 36 OJ–SDI-1 342 – I - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. II – (EXCEÇÃO) Ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, é válida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo intrajornada, desde que garantida a redução da jornada para, no mínimo, 7 horas diárias ou 42 semanais, não prorrogada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada. OJ 380-SDI-1 –TST - Ultrapassada habitualmente (HE) a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, “caput” e § 4, da CLT. OJ 381-SDI-1- TST - A não concessão total ou parcial do intervalo mínimo intrajornada de uma hora ao trabalhador rural, fixado no Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, que regulamentou a Lei n.º 5.889, de 08.06.1973, acarreta o pagamento do período total, acrescido do respectivo adicional, por aplicação subsidiária do art. 71, § 4º, da CLT. *** A CF assegurou os mesmos direitos aos urbanos e rurais. Aos rurais são assegurados intervalos para alimentação e descanso de acordo com os usos e costumes da região, sendo de no mín. 1 hora. E se, estes, não forem concedidos, o rural receberá a hora cheia com acréscimo de 50%. OJ 388-SDI-1 – TST - O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã. HORAS IN ITINERE LOCAL DE DIFÍCIL ACESSO OU NÃO SERVIDO POR TRANSPORTE PÚBLICO REGULAR + FORNECIMENTO DO TRANSPORTE PELO EMPREGADOR Art. 58, § 2o - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Aulas de Direito do Trabalho 2012 37 SÚMULA 90 – TST I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. SUM-320 – TST - O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere". Art. 58 – CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.§ 1º...(ABAIXO) § 2o...(ACIMA) § 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração. OBS.: O tempo de deslocamento Trabalho/Casa e Casa/Trabalho não entra no cômputo da jornada. VARIAÇÕES DE HORÁRIO Art. 58 – CLT SUM-366 do TST 0J-372 da SDI-1-TST § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite máximo de 10 A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que Aulas de Direito do Trabalho 2012 38 minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários. minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras. TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Art. 58-A-CLT. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a 25 horas semanais. § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. Art. 59-CLT, § 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. *** Não pode participar de acordo de compensação de jornada. *** Não pode converter 1/3 de férias em abono pecuniário. Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 18 dias, p/ a duração do trab. semanal superior a 22 h, até 25 horas; II - 16 dias, p/ a duração do trab. semanal superior a 20 h, até 22 horas; III - 14 dias, p/ a duração do trab. semanal superior a 15 h, até 20 horas; IV - 12 dias, p/ a duração do trab. semanal superior a 10 h, até 15 horas; V - 10 dias, p/ a duração do trab. semanal superior a 5 h, até 10 horas; VI - 8 dias, p/ a duração do trab. semanal igual ou inferior a 5 horas. Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. Art. 143 - CLT - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo. § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. OJ-SDI-1-358-TST - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de 8 horas diárias ou 44 semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. Aulas de Direito do Trabalho 2012 39 TRABALHO NOTURNO RURAL – LEI 5.869/73 AGRICULTURA PECUÁRIA URBANO – ART. 73 DA CLT Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 %, pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. § 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. § 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo. EMPREGADO HORÁRIO NOTURNO ADIC. NOTURNO HORA NOTURNA FUNDAMENTO LEGAL URBANO 22 ÀS 05 h 20% 52’30’’ ART.73-CLT RURAL PECUÁRIA (vaquinha) 20 ÀS 04h 25% 60’ LEI 5.889/73, ART 7º RURAL AGRICULTURA 21 ÀS 05h 25% 60’ ADVOGADO 20 ÀS 05h 25% 60’ LEI 8.906/94, ART.20 § 3º ***Diferente da lei 8.112/90 em que o adicional noturno equivale a 25%, porém a hora noturna é igual. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO & FERIADOS (RSR) ART.7º, XV CF/88 XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; ARTS. 67 e SEGUINTES DA CLT Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em Aulas de Direito do Trabalho 2012 40 matéria de trabalho. Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. LEI 605/49 * Para ter direito à remuneração do RSR, o trabalhador não deve chegar atrasado, nem ter faltado, de forma injustificada, ou deve cumprir a jornada integral. * Portaria do Ministério do trabalho 417/66 – escala de revezamento – atividades comuns – pelo menos de 7 em 7 semanas o RSR deve coincidir com o DOM. * Para quem trabalha no comércio varejista – pelo menos de 3 em 3 semanas o RSR deve coincidir com o DOM. Toda vez que o empregado laborar no DOM ou no Feriado, ele terá direito a uma folga compensatória em outro dia da semana, sob pena de a remuneração desses dias ser paga em dobro. A empregada doméstica tem direito a 30 diasde férias, e também ao RSR e aos feriados – preferencialmente DOM. SUM-146 - TST - O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. EMPREGADOS EXCLUÍDOS DO CONTROLE DE JORNADA Art. 62 – CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo - Jornada de Trabalho: (Fora do controle de jornada – Não recebem H.E.) I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão (de comando), aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II (gerentes) deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%. ***Ou seja, não são abrangidos pelo regime Jornada de Trabalho os empregados que exercem cargo de confiança, e que recebem gratificação NUNCA INFERIOR a 40% dos salários. Não basta ter, apenas, a função de confiança – de gestão e não receber a remuneração – salários + 40%. HORAS EXTRAS HORAS SUPLEMENTARES ART.7º-CF, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; Art. 59-CLT, § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a Aulas de Direito do Trabalho 2012 41 importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% superior à da hora normal. Art. 59-CLT - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito (individual) entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. SUM-338-TST (Cai demais!!!) I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT (as empresas são obrigadas a terem controle de frequência e cartão de ponto). A não apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida (afastada) por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. PRORROGAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO A. MEDIANTE ACORDO ESCRITO INDIVIDUAL OU COLETIVO – Art. 59-CLT, § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% superior à da hora normal. B. MEDIANTE ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA (banco de horas) - Art. 59-CLT: § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 01 ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias. ***Máx. de 2 horas extras por dia. § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. *** O Banco de horas somente pode ser implementado por ACT ou CCT. Aulas de Direito do Trabalho 2012 42 C. MEDIANTE ACORDO DE COMPENSAÇÃO SEMANAL DE JORNADA: A compensação se dá na própria semana. *** Não precisa de ACT ou CCT, apenas de acordo escrito individual ente empregador e empregado. Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior (nº de horas necessárias + adic. De 50% de H.E), seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis (até a 12º hora + adic. De 50% de H.E) ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. § 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 50% superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. *** Máx. de 4 horas extras. § 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior (o trabalho teve que parar! Tem-se que recuperar o tempo perdido.), que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 horas diárias, em período não superior a 45 dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente. TRABALHO DO MENOR Art. 413 – CLT - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I - até mais 2 horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 horas semanais ou outro inferior legalmente fixada; II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 50% sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. ***No máx. 4 horas extras (somente o menor). Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta Consolidação. SUM-85-TST – (Cai demais!!!) I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo Aulas de Direito do Trabalho 2012 43 individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (o acordo de compensação semanal de jornada) II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Ex: Você trabalhava dessa forma, sem nenhum tipo de acordo legal, e sim tacitamente. Como não ultrapassava às 44h semanais,
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