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Formação Urbanística de Londres

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LONDRES
A cidade Londres foi fundada pelos Romanos na margem norte do rio Tâmisa, em 43 D.C.. 
Não há sinais de que tenha existido uma cidade celta previamente à povoação romana. 
A antiga vila se desenvolveu próxima à ponte de Londres construída pelos romanos que permitia atravessar o rio Tâmisa.
Pintura mostra como era a Ponte de Londres na Idade Média, repleta de casas, lojas e cabeças dos executados na Torre de Londres.
Fonte: http://mapadelondres.org/museu-de-londres-mapa/
ORIGEM
Modelo de Londínio entre 85 e 90 d.C., em exibição no Museu de Londres, mostrando a primeira ponte construída sobre o Tâmisa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Londres
Esta fase durou cerca de 17 anos até à pilhagem pelos Icenos, tribo celta, liderada pela rainha. Londres foi reconstruída possibilitando um rápido desenvolvimento nos anos seguintes. 
LONDRES ROMANA
SÉCULO II
Em função de sua importância na região, Londres foi capital da província Romana Britânica no século II. Neste século, a cidade era cercada por uma muralha, onde hoje se localiza a City.
Mapa da Londres medieval
Fonte: http://tavolagoiana.blogspot.com.br/2011/06/londres.html
Plano irregular: arruamento linear, mas com quadras irregulares.
http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/viewFile/1370/1344
 SÉCULO XI
Planta da Torre de Londres
Fonte: http://tavolagoiana.blogspot.com.br/2011/06/londres.html
 SÉCULO XI
A Torre atuou como residência real, e foi apenas bem mais tarde que se tornou famosa como prisão. Durante o período medieval, também atuou como Royal Mint, tesouraria, e abrigou inclusive o início de um jardim zoológico.
 SÉCULO XII
Em 1123, o Priorado de São Bartolomeu foi fundado na cidade, e outras casas monásticas rapidamente se seguiram. Em determinado ponto do período medieval, chegaram a existir 13 mosteiros na cidade.
Igreja de São Bartolomeu O Grande
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:St_Bartholomew_the_Great,_West_Smithfield,_London_EC1_-_geograph.org.uk_-_1142452.jpg
Interior da Igreja de São Bartolomeu O Grande
Fonte: http://www.visitlondon.com/things-to-do/place/39620577-st-bartholomew-the-great-church
 SÉCULO XII
Em 1176, a pedra fundamental da Ponte de Londres foi assentada, apenas alguns metros de distância da antiga ponte romana sobre o Tamisa, e aquela permaneceria a única em Londres até 1739. 
Ponte de Londres no século V
Fonte: http://tavolagoiana.blogspot.com.br/2011/06/londres.html 
Época dos Stuarts (1603-1714)
Durante o reinado de Jaime I, a cidade passou por um importante processo de urbanização. 
Ele fez o primeiro projeto de urbanização da cidade e sob o reinado de Charles I surgiu o Hyde Park, o primeiro parque aberto ao público de Londres.
www.sharonlathan-imagegallery.com
A Londres medieval era um labirinto de ruas tortuosas e becos.
A maioria das casas eram construídas em madeira, ou sebes e pique, caiadas. A ameaça de incêndio era constante, e leis foram aprovadas para se certificar de que todos os chefes de família tinham equipamentos de combate a incêndios à mão. 
 Residência de alto nível na Londres medieval Fonte: http://tavolagoiana.blogspot.com.br/2011/06/londres.html
Uma lei do século 13 requisitava que novas casas necessariamente utilizassem ardósia na construção dos telhados, ao invés de palha, mas esta parece ter sido ignorada.
1665 
A população londrina sofreu com uma grande epidemia de peste bubônica. Quase um quarto da população londrina morreu vitimada pela doença. 
1666
Ocorreu o Grande Incêndio de Londres, que desabrigou 100.000 pessoas e permitiu a remodelação de algumas áreas, o alargamento de vias e a fixação de regulamentos para as novas habitações. 
Região de Londres destruída pelo Grande Incêndio de 1666
Fonte: http://tavolagoiana.blogspot.com.br/2011/06/londres.html 
O fogo quase destruiu o distrito de Westminster e alguns subúrbios adjacentes ao distrito. 
O prejuízo contabilizado foi de, na época, 10 milhões de libras. Saldo total: destruição de
44 prédios públicos, 87 igrejas, a St. Paul’s Cathedral e 13.200 casas, ou seja, 1/3 da
capital britânica.
Após o grande incêndio, Christopher Wren propõe uma remodelação da estrutura da cidade. 
No entanto, é retomado o antigo traçado urbano, alargando ruas e reservando uma faixa de terreno livre para a construção de um cais ao longo do rio. 
As residências anteriormente construídas em madeira, passam a ser construídas em pedra e tijolo.
Nessa época impuseram-se aos construtores padrões definidos de construção, dependendo cada um da largura das ruas: 
 Três andares acima do térreo, nas grandes vias; 
 Dois andares nas ruas médias;
 Um andar nas ruas estreitas.
RESIDÊNCIAS
Normalmente estreitas, com portas e chaminé de escuta. Às vezes sem chaminé.
O espaço interior é dividido em dois compartimentos no piso, que correspondem à cozinha/sala e quarto, zonas de estar e dormir.
Quando se torna necessário mais de um quarto, são feitas divisões por tabiques.
O espaço intermediário pode assumir
uma forma linear, conectando dois 
espaços distantes, ou unir uma série
de espaços que não têm relação entre si.
 
Desenho de circulação : Composta
Estes nós pontuam as vias de circulação 
Através de uma edificação e criam
Oportunidades para parada, descanso e reorientação.
Ao redor da city medieval, formou-se uma coroa de subúrbios, cujo traçado seguia o das ruas dos campos. 
No século XVIII, foram construídas várias pontes, que ligariam as duas margens do rio Tâmisa (Ponte Westminster em 1750 e Ponte Blackfriars em 1769). Londres foi aos poucos se tornando uma grande cidade ajudada pelo aumento da imigração rural e irlandesa, e, consequentemente, tornando-se uma cidade sem infra-estrutura e sem saneamento básico decente. Em 1849, a cidade sofreu com a epidemia de cólera que acabou matando 14.000 pessoas.
Pontes de Westminister e Blackfriars
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/historia-incendio-destruiu-terco-londres-seculo-xvii-694374.shtml
 1855
Criou-se a Metropolitan Board of Works. A área sob sua jurisdição foi denominada “Metrópole”. A MBW realizou várias obras, como a reparação e expansão da infra-estrutura de água e esgoto e construção de reservatórios de água. Também abriu várias ruas, ergueu pontes sobre o rio Tâmisa, criou parques públicos e adquiriu terrenos vagos na área metropolitana.
Distritos da Metrópole de 1855
Fonte:https://en.wikipedia.org/wiki/Metropolis_Management_Act_1855
1863
Londres começa a construir o primeiro metrô do mundo. Com o desenvolvimento dos meios de transporte, Londres cresce e em 1929 conta com 8,7 milhões de habitantes.
Primeiro Metrô de Londres – The Tube
Fonte:http://www.telegraph.co.uk/travel/destinations/europe/united-kingdom/england/london/galleries/The-history-of-the-Tube-in-pictures-150-years-of-London-Underground/
O Plano do Condado de Londres – 1943
 O Plano do Condado de Londres (London County Plan) foi elaborado em 1943, durante a Segunda Guerra, com o objetivo de propor medidas para após o término da Guerra e foi desenvolvido por uma grande equipe, coordenada pelo então Arquiteto-Chefe do Conselho (J. H. Forshaw) com a assessoria de Patrick Abercrombie.
Os limites do Condado de Londres. Fonte: Forshaw e Abercrombie, 1944, figura entre pgs. 8 e 9.
A preocupação central do Plano era de respeitar a estrutura e localização das atividades existentes em Londres (ainda que “sanando” seus defeitos “drasticamente se necessário”) e manter o forte caráter da cidade, representado na
existência de uma série de bairros (community) cuja população tinha uma forte identidade entre si. 
Com essa a preocupação central foi proposto um planejamento abrangente, que determinou a localização de novas moradias, a alteração do tecido urbano quando necessário, e criou um sistema de espaços livres (áreas verdes, de recreação, praças e parques) em todo o Condado.
Plano de Espaços Livres. 
Fonte: Forshaw e Abercrombie, 1944, mapa entre pgs 46 e 47.
24
Londres foi bombardeada pela Alemanha, o que custou a vida de vários habitantes, além de muitos desabrigados. A reconstrução nos anos 50, 60 e 70 gerou vários estilos arquitetônicos na cidade. Durante as décadas seguintes à Segunda Guerra, Londres recebeu vários imigrantes vindos de países da Commonwealth, o que fez dela uma das cidades mais cosmopolitas do planeta.
Em 1960, Londres se tornou o centro da moda e cultura. Nos anos 80, com seu crescimento econômico, Londres volta a ser um centro internacional importante. Londres também ficou conhecida por ter sofrido vários ataques terroristas feitos pelo Exército Republicano Irlandês até o cessar fogo de 1997 e atualmente por extremistas islâmicos como no Atentado em Londres de 7 de Julho de 2005.
 ATUALIDADE
O traçado viário conserva estruturalmente suas características medievais, ainda que a reconstrução o tenha alterado em certas áreas. Desde os anos 70 foram construídos altos edifícios de escritórios e o primeiro arranha-céu (Natwet Tower) na Cidade. O desenvolvimento de espaços de escritórios se intensificou especialmente no centro, norte e leste da Cidade.
Em resumo, a cidade de Londres se estrutura sobre um sistema urbano poli nuclear que tende a consolidar identidades de comunidades heterogêneas. Possui uma longa tradição urbanística que consolidou ao longo do tempo um sistema de desenvolvimento urbano planejado e complexo, que retoma a importância do direito consuetudinário inglês e os julgamentos prévios de litígios complicados; mas que desenvolveu também uma vasta legislação escrita.
BIBLIOGRAFIA:
ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. 5a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 280p.
BENEVOLO, L. As origens da urbanística moderna. Lisboa: Presença, 1994. 172p.
NORBERG-SCHULZ, C. Arquitectura occidental. Barcelona: G. Gilli, 1983. 240p.
PIRENNE, H. As cidades da Idade Média. Lisboa: Europa-América, 1997. 182p.
ROSENAU, H. A cidade ideal: evolução arquitectónica na Europa. Lisboa: Presença, 1988. p.201.
KOSTOF, S. The city shaped: urban patterns and meanings through history. London: Thames & Hudson, 1991. 352p.
FORSHAW, J. H. e ABERCROMBIE, Patrick – County of London Plan - 1943. Londres: Macmillan and Co Ltd, 1944. (preparado para o London County Council)
http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=13871
http://danielakutschat.com/blog/2012/04/19/mapeamento-e-visualizacao-dos-fluxos-no-transporte-publico/
http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/viewFile/1370/1344
 
Acadêmicos:
Brenda Meireles Postaue – 081.1733
Camila Tomaz – 081.1703
Felipe Duart – 081.1748
Fernanda Gouveia – 081.1496
Geovana Diniz – 081.1562
Matheus Ávila – 081.1818
Raíssa Batista – 081.1560
Yuri Carvalho – 081.1367
Profª Nicolle Suda
Teoria da Arquitetura e do Urbanismo I
6º Semestre – Turma A
Arquitetura & Urbanismo – UNIGRAN

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