Aula01 - A psicologia ou as psicologias

Prévia do material em texto

14/02/2014
1
A Psicologia ou as PsicologiasA Psicologia ou as Psicologias
Ciência e Senso ComumCiência e Senso Comum
 Psicologia no cotidiano:
◦ Poder de persuasão;
◦ Poder de sedução;
◦ Capacidade de ouvir problemas;
 Psicologia do Senso Comum
14/02/2014
2
Senso Comum: conhecimento da Senso Comum: conhecimento da 
realidaderealidade
 Vida cotidiana  atividades diárias que
vivenciamos;
 Ciência  atividade reflexiva acerca da realidade
(abstração da realidade);
 Ninguém vive o tempo inteiro analisando
cientificamente a realidade;
 O senso comum produz “teorias” próprias para
explicar e simplificar a vida cotidiana.
Senso Comum: visão de mundoSenso Comum: visão de mundo
 O senso comum se apropria de termos
criados pela ciência: histérico, neurótico,
psicopata,complexado, louco...
 “O senso comum mistura e recicla esses
outros saberes, muito mais especializados, e
os reduz a um tipo de teoria simplificada,
produzindo uma determinada visão de
mundo” (BOCK, 2006,p.18).
14/02/2014
3
Formas de ConhecimentoFormas de Conhecimento
 Ciência  conhecimento sistematizado, baseado em
métodos rigorosos;
 Filosofia origem e significado da existência humana;
 Religião  origem do homem, seus mistérios, princípios
morais, divindade;
 Arte  expressão do conhecimento que traduz
emoção e sensibilidade
 Senso Comum  conhecimento mais intuitivo,
cotidiano.
PSICOLOGIA DO SENSO COMUM
X
PSICOLOGIA CIENTÍFICA
14/02/2014
4
O que é ciência?O que é ciência?
 “A ciência compõe-se de um conjunto de
conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade
(objeto de estudo), expresso por meio de uma
linguagem precisa e rigorosa” (Bock, 2006, p.19)
 Objetividade
 Sistematização
 Controle
 “O conhecimento científico pode ser
transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.”
(Bock, 2006, p.19)
O que é ciência?O que é ciência?
 Um novo conhecimento é produzido sempre a
partir de algo anteriormente desenvolvido;
◦ Ex.: a crise do petróleo levou ao motor movido a
álcool, à criação de energias alternativas...
 SÍNTESE:
◦ Objeto específico;
◦ Linguagem rigorosa;
◦ Métodos e técnicas específicas;
◦ Processo cumulativo de conhecimento;
◦ Objetividade.
14/02/2014
5
Diversidade do objeto de estudo da Diversidade do objeto de estudo da 
psicologiapsicologia
 Psicólogos comportamentalistas
◦ Objeto de estudo = comportamento
 Psicólogos psicanalistas
◦ Objeto de estudo = inconsciente
 Outros  consciência, percepção,
personalidade, subjetividade...
 A diversidade deve-se ao fato de se tratar
de uma ciência muito jovem;
 Diferente do que ocorre em ciências mais
exatas (astronomia, física...), na psicologia
pesquisador e objeto se confundem;
 A concepção de homem de cada
pesquisador contamina o objeto de
pesquisa.
Diversidade do objeto de estudo da Diversidade do objeto de estudo da 
psicologiapsicologia
14/02/2014
6
Concepções de homemConcepções de homem
 Homem natural: o homem nasce puro e é
corrompido pela sociedade;
 Homem abstrato: características inatas, que não
mudam conforme o meio;
 Homem histórico: marcado pelas condições sociais
e históricas que o cercam;
 Dependendo da concepção de homem, teremos
uma concepção diferente do objeto de estudo.
Psicologia = Ciência???Psicologia = Ciência???
 Diante de tudo isso, é possível afirmar
que a psicologia se configura realmente
como uma Ciência?
 É mais prudente falar em “Ciências
Psicológicas” embrionárias que ainda
estão se desenvolvendo.
14/02/2014
7
14/02/2014
8
A Subjetividade como Objeto da A Subjetividade como Objeto da 
PsicologiaPsicologia
 Subjetividade: diz respeito àquilo que é
particular, singular,único do sujeito;
 Aspectos subjetivos: intenção, ação,
consciência...
Matéria-Prima = Homem
Expressões visíveis
(comportamento)
Expressões invisíveis
(sentimentos)
Expressões singulares
(aquilo que nos diferencia)
Expressões genéricas
(aquilo que nos assemelha)
 Subjetividade: “(...) é o mundo de ideias,
significados e emoções construído
internamente pelo sujeito a partir de suas
relações sociais, de suas vivências e de sua
constituição biológica; é, também, fonte de
suas manifestações afetivas e
comportamentais.” (Bock, 2006, p.23)
 Subjetividade = modos de ser.
A Subjetividade como Objeto da A Subjetividade como Objeto da 
PsicologiaPsicologia
14/02/2014
9
 A experiência constrói nosso mundo
interior.
 Ao mesmo tempo, a subjetividade não é
apenas fabricada, ela também pode ser
automoldável;
 É possível a construção de subjetividades
que não se submetam à “massificação que
exclui e estigmatiza o diferente” (utopia).
A Subjetividade como Objeto da A Subjetividade como Objeto da 
PsicologiaPsicologia
 Movimento e transformação;
 “O importante e bonito do mundo é isso: que as
pessoas não estão sempre iguais, ainda não
foram terminadas, mas que elas vão sempre
mudando. Afinam e desafinam.” (Guimarães
Rosa, citado por Bock, 2006)
 Estudo da Subjetividade  compreensão da
totalidade da vida humana.
A Subjetividade como Objeto da A Subjetividade como Objeto da 
PsicologiaPsicologia
14/02/2014
10
O Lugar da PsicologiaO Lugar da Psicologia
Ciências 
Sociais
Ciências 
Biológicas
Ciências 
Humanas
Psicologia
Psicologia e MisticismoPsicologia e Misticismo
 Fundação oficial da Psicologia enquanto
ciência  1879, por Wilhelm Wundt, que
criou o primeiro laboratório de
experimental de psicologia.
 Tarô
 Astrologia
 Quiromancia
 Numerologia
ESTAS NÃO SÃO 
PRÁTICAS DA 
PSICOLOGIA
14/02/2014
11
Psicologia e MisticismoPsicologia e Misticismo
 As práticas místicas não são construídas a
partir do método científico;
 Elas também se opõem à Psicologia pelo
fato de evidenciarem “a concepção de
destino, da existência de forças que não
estão no campo do humano e do mundo
material” (Bock, 2006, p.26).
 A prática do misticismo vestida com a
“roupa” da psicologia enquanto profissão
é passível de punição;
 Charlatanismo;
 Desempenho inadequado da profissão.
Psicologia e MisticismoPsicologia e Misticismo
14/02/2014
12
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
 BOCK, A.M.B., FURTADO. O., TEIXEIRA, 
M.L.T. Psicologias – uma introdução 
ao estudo de psicologia. São Paulo: 
Saraiva, 2006.