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FALHA POR FADIGA CARGA VARIADA MECÂNICA DOS SÓLIDOS III Prof. Marcelo Cavalcanti Rodrigues 1 2 ABORDAGEM Métodos de vida sob Fadiga; Resistência a Fadiga e Limite de Resistência a Fadiga; Gráfico resistência x vida (S-N). Fatores Modificadores do Limite de Resistência a Fadiga; Concentração de Tensão e Sensibilidade a Entalhe; Tensões Flutuantes; Combinação de Modos de Carregamento. FADIGA!!!! Algumas pessoas confundem o mecanismo de fadiga com cansaço ou exaustão, e repetem frequentemente que tal peça rompeu por que o material estava fadigado. Fadiga é um mecanismo de degradação que se manifesta na forma de trincas e por conseqüência fratura peças e equipamentos devido a cargas repetidas (cíclicas). Ex: Eixos, molas, engrenagens, ventiladores, etc. Os elementos que operam sob tensões constantes ou com variações pouco freqüentes tais como a maioria dos tanques, vasos de pressão e tubulações usualmente não sofrem fadiga. Quando uma peça rompe por fadiga é por que a quantidade de ciclos de tensão superou seu limite de resistência, não porque o material estava "cansado". 3 4 CARGA ESTÁTICA LIMITE DE ESCOAMENTO FALHA ESTÁTICA CARGA DINÂMICA LIMITE DE RESISTÊNCIA A FADIGA FALHA POR FADIGA TRINCAS 5 De um modo geral para que ocorra fadiga é necessário que três fatores sejam aplicados juntos: solicitações dinâmicas; solicitações de tração; deformação plástica. A falha por fadiga ocorre devido a nucleação e propagação de defeitos em materiais devido a ciclos alternados de tensão/deformação. Inicialmente as tensões cisalhantes provocam um escoamento localizado gerando intrusões e extrusões na superfície; isto aumenta a concentração de tensões dando origem a uma descontinuidade inicial. Á medida que esta descontinuidade vai ficando mais "aguda" a mesma pode começar a propagar gerando uma "trinca de fadiga" cujo tamanho aumentará progressivamente até a fratura do componente. 6 7 8 9 10 Propagação e início da trinca e falha por fadiga 11 Métodos da Vida sob Fadiga Existem três métodos fundamentais para estimar a vida sob fadiga usados em projetos: Método da vida sob tensão; Método da vida sob deformação; Método da mecânica da fratura linear elástica; Tais métodos predizem a vida em número de ciclos (N) até a ocorrência da falha. Obs: A vida de 1 ≤ N ≥ 103 ciclos é chamada de fadiga de baixo ciclo e a fadiga de alto ciclos ocorre em N > 103 ciclos. 12 Métodos da Vida sob Fadiga (Método da vida sob tensão) A vida sob fadiga é determinada em amostras que são submetidas a forças repetidas ou variáveis de magnitudes especificadas, onde ciclos e inversões são contados até a sua destruição. Utiliza-se a maquina de viga rotativa de alta velocidade de R. R. Moore. Onde submete-se a amostra a flexão pura de geometria apresentada abaixo. A amostra é usinada e polida na direção axial (evitar risco circunferenciais). Existem outras maquinas que submetem as amostras a tensões axiais flutuantes ou invertidas, tensões torcionais ou combinadas. 1. O primeiro ensaio é feito a uma tensão um pouco inferior à resistência última do material. 2. O segundo ensaio é feito a uma tensão menor que a do primeiro ensaio onde continua o processo para traçar o diagrama S-N. 13 Métodos da Vida sob Fadiga (Método da vida sob tensão) A ordenada do diagrama S-N é denominada de resistência à fadiga Sf . Diagrama S-N traçado a partir dos resultados de testes de fadiga axial completamente inversa. Aço normalizado; Sut = 116 kpsi; máximo Sut = 125 kpsi. O gráfico acima jamais se torna horizontal para metais não – ferrosos ou ligas, neste caso esses materiais não tem limite de resistência à fadiga. Limite de resistência a fadiga ou limite de fadiga Se 14 2. Limite de Resistência Para estimar os limites de resistência Mischkle analisou uma grande amostra de dados reais e concluiu que: Em que Sut é a resistência à tração última. S’e refere-se a estimação do limite de resistência a fadiga para amostra de viga rotativa. 2.1 Resistência à Fadiga Até cerca de 103 ciclos (baixa ciclagem), a resistência à fadiga Sf é apenas ligeiramente menor que a resistência à tração Sut . A figura ao lado indica que o dominio de fadiga de alta ciclagem estende-se de 103 ciclos até o limite Ne (106 a 107 ciclos). Experiências mostraram que os dados de fadiga de alto ciclo são retificados, pois os resultados são mais esparsos. 15 2.1 Resistência à Fadiga Pode-se então trabalhar com a equação que ajusta a curva da Resistência a Fadiga usando Sf = aNb (1) em que N é o número de ciclos até a falha e as constantes a e b são definidas pelos pontos 103 , (Sf )103 , e 106 , Se com (Sf )103 = f Sut . Logo obtém os expoentes: (2) (3) Onde f é a fração de Sut . Há ajustes de curva com f tratado como uma constante, normalmente 0.9, mas variando com Sut . Sut,kpsi 60 90 120 200 f 0,93 0,86 0,82 0,77 16 2.1 Resistência à Fadiga Se uma tensão completamente invertida a for provida, estabelecendo Sf = a na eq. (1), o número de ciclos N até a falha é: (4) A fadiga de baixo ciclo é definida como uma falha que ocorre em um intervalo de 1≤N≤103 ciclos. 2.2 Fatores Modificadores do Limite de Resistência Sabe-se que uma amostra usada em laboratório para determinar os limites de resistência é preparado com muito cuidado e ensaiado sob condições controladas. Na prática alguns fatores influenciam no limite de resistência a fadiga Se: Material: composição, etc; Manufatura: método, tratamento térmico, corrosão por microabrasão, condição de superfície, concentração de tensão; Ambiente: corrosão, temperatura, estado de tensão, etc; Projeto: tamanho, forma, vida, estado de tensão, concentração de tensão. 17 18 19 20 Ex: Um aço 1050 HR tem resistência a tração Sut = 105 kpsi e uma resistência ao escoamento de 60 kpsi. Estime o limite de resistência de viga rotativa a 106 ciclos; Estime a resistência para um espécime de viga rotativa polido correspondendo a 104 ciclos até a falha; Estime a vida esperada sob uma tensão completamente invertida de 55 kpsi. SOLUÇÃO Como Sut = 105 kpsi < 212kpsi. Para N = 104 até a falha. Com a = Se = S’e e Ne = 106 ciclos. Então a fração f de Sut representada por (Sf)103ciclos é: Portanto a resistência a fadiga Sf para N = 104 ciclos é: c) N = ? Para a = 55 kpsi. 2.2 Fatores Modificadores do Limite de Resistência Foram identificados fatores que quantificam os efeitos de condição de superfície, tamanho, carregamento, temperatura, etc. A equação de Marin é escrita como: (5) Em que ka = fator de modificação de condição de superfície; kb = fator de modificação de tamanho kc = fator de modificação de carga kd = fator de modificação de temperatura ke = fator de modificação de confiabilidade kf = fator de modificação por efeitos variados S’e= limite de resistência da amostra de viga rotativa Se = limite de resistência no local crítico de uma peça de máquina na geometria e na condição de uso. Obs.: Utiliza-se os fatores de Marin para estimar o limite de resistência quando os ensaios de resistência de peças não estiverem disponíveis. 21 22 2.2 Fatores Modificadores do Limite de Resistência 2.2.1 Fator de superfície ka O fator de modificação depende da qualidade de acabamento da peça real, e da resistência a tração do material. Mischke, Lipson, Noll e Horger analisaram e encontraram uma equação para quantificar os acabamentos mais comuns em peças. (6) Em que Sut é a resistência à tração mínima e a e b são encontrados da Tabela 7-4. Acabamento superficial Fator a Expoente Sut,kpsi Sut,MPa b Retificado 1,34 1,58 -0,085 Usinado ou laminado a frio 2,70 4,51 -0,265 Laminado aquante 14,4 57,7 -0,718 Forjado 39,9 272, -0,995 23 2.2.2 Fator de Tamanho kb O fator de Tamanho foi avaliado usando 133 conjuntos de pontos de dados. Os resultados para flexão e torção podem ser expresso como: (7) Para carregamento axial não há efeito de tamanho, kb =1. O que fazer quando uma barra redonda em flexão não está rodando, ou quando uma seção transversal não-circular é usada. Ex: qual é o fator de tamanho para uma barra de 6mm de espessura e 40mm de largura? Resposta: “dimensão efetiva de“ que é obtida igualando o volume do material tensionado, e acima de 95% da tensão máxima ao mesmo volume em um espécime de viga rotativa. Para uma seção circular girando, a área de tensão de 95% é a área em um anel tendo um diâmetro externo d e um diâmetro interno de 0,95d, assim: (8) Equação válida também para círculo vazado rodando. 24 2.2.2 Fator de Tamanho kb Para um sólido não rotativo ou para elementos circulares vazados, a área de tensão de 95% é duas vezes a área externa de duas cordas paralelas tendo um espaçamento de 0,95d, em que d é o diâmetro. (9) Igualando as eqs. (8) e (9): (10) Uma seção retangular de dimensões h x b tem A0,95σ =0,05hb. Assim: (11) Ver Tabela 7-5. 25 26 27 2.2.3 Fator de Carregamento kc Os ensaios de fadiga que são carregados com flexão rotativa, axial e torcional, os limites de resistência diferem. (12) 2.2.4 Fator de Temperatura kd Temperatura operacional baixa (menor que a ambiente) = fratura frágil; Temperatura operacional alta (maior que a ambiente), deve observar o escoamento, pois a resistência a ele cai rapidamente com a temperatura. Fluência. Neste caso utiliza-se um ajuste de curva: (13) Em que 70≤TF ≤1000°F. Se o limite de resistência da amostra rodando for conhecido à temperatura ambiente use: (14) a partir da Tabela 7-6 ou da eq. (13). ST - resistência a tração a temp de operação. SRT – resistência a tração a temp ambiente. Ex: 7-5 Um aço 1035 apresenta uma resistência á tração de 70 kpsi e deve ser usado em uma peça que trabalhe a 450°F. Estime o fator de modificação de temperatura de Marin e (Se )450° , se a) O limite de resistência a temperatura ambiente por ensaio for (S’e )70° =39 kpsi. b) Somente a resistência a tração, a temperatura ambiente, for conhecida. SOLUÇÃO: A partir da eq. (13), Logo, b) Usar a Tab 7-6, interpolar: Logo a resistência a tração, a 450°F é estimada: A partir da eq 7-8, 28 29 2.2.5 Fator de Confiabilidade ke Leva em consideração o espalhamento (confiabilidade) de dados para um limite de resistência médio. (15) Onde za é a variante de transformação Gaussiana. Para isso utiliza-se a Tabela A-10 (distribuição de função normal Gaussiana) e a Tabela 7-7 que apresenta fatores de confiabilidade ke corresondentes a 8% de desvio-padrão do limite de resistência. 2.2.6 Fator de Efeitos Diversos kf Tensões residuais: podem melhorar (tensões de compressão) ou afetar (tensões de tração), operações de jateamento, laminação a frio constroem tensões de compressão melhorando a resistência a fadiga. Isto significa que a direção de operação modifica a resistência a fadiga. Corrosão: Quando a corrosão e o tensionamento ocorrem ao mesmo tempo. Neste caso o projetista deve minimizar os fatores que afetam a vida de fadiga: Tensão alternante; freqüência cíclica; Tensão média ou estática; Concentração de eletrólito ; fendas locais; Oxigênio dissolvido no eletrólito; Temperatura; taxas de fluxo de fluido ao redor do espécime; 30 EXERCICIO Uma haste de ¼ in de perfuração foi tratada termicamente e retificado. As medidas de dureza são de 490 Brinell. Estime o limite de resistência a fadiga se a haste é usada com flexão rotativa. SOLUÇÃO: Para aços a relação entre a resistência última e a dureza Brinell é: Assim: Sut = 500 (490) 30(490) = 259,7kpsi ou 230,3 kpsi. Observando que: Logo, S’e = 107 kpsi. A partir da Tab. 7-4, a = 1.34 e b = -0.085 Portanto, Se = ka.kb.S’e = 0.843(1.02)(107)=92.00kpsi 31 3. Concentração de Tensão e Sensibilidade a Entalhe A existência de irregularidades ou descontinuidades (furos ou entalhes) aumenta as tensões próxima a descontinuidade. O fator de concentração de tensão Kt (Kts) é usado com a tensão nominal para obter a máxima tensão resultante decorrente do defeito. Alguns materiais não são sensíveis a presença de entalhes, logo: ou (16) Em que Kf (fator de concentração de tensão nominal em fadiga) é um valor reduzido de Kt e σ0 é a tensão nominal. Então Kf é um fator reduzido de Kt devido a sensibilidade a entalhes. (17) A sensibilidade ao entalhe q é: ou (18) Se q=0, Kf =1 o material não tem qualquer sensibilidade ao entalhe. Se q=1, Kf = Kt , o material tem sensibilidade completa ao entalhe. 32 3. Concentração de Tensão e Sensibilidade a Entalhe No projeto encontre Kt a partir da geometria da peça. Especifique o material, encontre q e solucione para Kf a partir de: ou eq 7-31 (19) Para aços e ligas de alumínio 2024, usa-se a fig 7-20 para determinar q para flexão e carga axial. Para carga de cisalhamento, usa-se a fig. 7-21. Devido as dispersões dos resultados, utiliza-se Kf = Kt toda vez que houver duvida quanto ao valor real de q. A sensibilidade ao entalhe de ferros fundidos é muito pequena, varia de 0 a 0,20. recomenda-se que q = 0,20 seja usado para todos os graus de ferro fundido. 33 3. Concentração de Tensão e Sensibilidade a Entalhe A fig 7-20 tem como base a equação de Neuber: eq 7-32 (20) Fig 7-20: Diagrama de sensibilidade a entalhe para aços e ligas de alumínio forjado UNS A92024-T submetidas a flexão inversa ou a cargas axiais inversas. Para entalhes de raio maiores, use os valores de q correspondentes à ordenada r = 0,16 in (4mm). 34 Fig 7-21: Curvas de sensibilidade a entalhe para materiais em torção inversa. Para raios de entalhe maiores, utilize os valores de qcis correspondentes a r = 0,16 in (4mm). 35 Em que √a é definida como a constante de Neuber (material). Igualando as eq 7-30 e 32, tem-se: 7-33 (21) Para o aço, com Sut em kpsi: 7-34 (22) De modo a usar a eq 7-32 ou 33 para torção de aços de baixa liga, aumente a resistência última de 20 kpsi na eq 7-34 e aplique esse valor de √a. A equação de Neuber modificada, na qual leva-se em conta o fator de concentração de tensão de fadiga Kf fornecido por eq 7-35 (23) Sendo que a Tab 7-8 prevê valores de √a para aços com furos transversais, mangas e reentrâncias. 37 c) A partir da Tab 7-8, a = 139/Sut =139/690=0,2015mm Pela eq. 7-35 Ex: considere um espécime não-entalhado com um limite de resistência de 55 kpsi. Se tal espécime fosse entalhado de modo que Kf=1.6, qual seria o fator de segurança contra falha para N>106 ciclos, em uma tensão inversa de 30 kpsi? Solucione reduzindo S’e; Solucione aumentando a tensão aplicada. SOLUÇÃO O limite de resistência do espécime entalhado é fornecido por A máxima tensão pode ser escrita como 38 EXEMPLO: um eixo rotativo usinado e apoiado em mancais em A e D carregado por uma força não-rotativa F de 6.8 kN. Estime a vida da peça. Monta-se o gráfico dos momentos atuantes na peça, fazendo o somatório dos momentos e das forças verticais. Pode-se ver que a falha ocorrerá provavelmente em B, em vez de C, ou no momento máximo. O ponto B tem seção transversal menor; momento flexor maior; e fator concentração de tensão maior que C. Calculando a resistência em B. Da Tabela A-20 Sut = 690 MPa e Sy = 580 MPa. Limite de Resistência a fadiga. Da Tab 7-4. ka = 4.51(690)-0.265 = 0.798 (Usinado ou laminado a frio) Da equação (7-19), kb = (32/7.62)-0.107 = 0.858 e kc = kd = ke = kf = 1. logo: Se = 0.798(0.858)347.8 = 238 MPa. Para encontrar o fator geométrico de concentração de tensão Kt , tem-se a tabela A-15-9 com D/d = 38/32 = 1.1875 e r/d = 3/32 = 0.09375, obtendo aproximadamente Kt = 1.65. A partir da Tab 7-8, a = 139/690 = 0.201 mm. então, utilizando a equação 7-35 para 106 ciclos ou mais é: 39 Para calcular a tensão em B, o momento em B é: Calculando a tensão de flexão em B. Essa tensão é maior que Se e menor que Sy, logo tem-se vida finita (material falha por fadiga). Assim pode-se calcular a vida por dois procedimentos. O primeiro é conservador que consiste em supor Kf constante independente do número de ciclos N. O segundo utiliza-se a equação 7-38. A partir da equação 7-10. Da equação 7-11, 7-9, 7-13 e 7-15 respectivamente. 40 (II) Ao utilizar a equação 7-38, requere-se um valor de N que é desconhecido. Como não se conhece KN, em vez de aplicar o fator de concentração de tensão de fadiga a tensão , reduz as resistências no diagrama S-N desse fator. (7-38) A tensão nominal é: A partir da Equação 7-37, fazendo Sut = 690/6.9 = 100kpsi. A equação de S-N incorporando o fator de concentração de tensão de fadiga pode ser escrita como: 41 4. Caracterização de Tensões Flutuantes Tensões flutuantes observadas em equipamentos rotativos tomam forma senoidal. Podendo criar outros formatos. Sabe-se que em tensões periódicas, o que importa são os picos (alto e baixo) e não a forma de onda. Logo, Fmax e Fmin em um ciclo de força podem ser usados para caracterizar o padrão de força, então define-se a componente alternante e média, respectivamente: e A figura 7-23 mostra algumas relações de tempo-tensão. 42 Fig 7-23: (a) tensão flutuante com ondulação de alta frequencia; (b e c) tensão flutuante não-senoidal; (d) tensão flutuante senoidal; (e) tensão repetida; (f) tensão senoidal completamente inversa. 43 As componentes de tensão são: σmin = tensão mínima; σmax = tensão máxima; σa = componente alternante; σm = componente média; σr = variação de tensão; σs = tensão estática ou estável; A tensão estável (estática), não é igual a tensão média podendo ter valor entre σmin e σmax e existe devido a uma carga fixa ou pré-carga aplicada a peça. Ex: mola helicoidal. Assim, (7-39) Temos a razão de tensão: 44 Na ausência de entalhe, σa e σm são iguais as tensões nominais σao e σmo induzidas pelas cargas Fa e Fm. Na presença de um entalhe utiliza-se Kfσao e Kfσmo contanto que o material permaneça sem deformação plástica. Assim o fator de concentração de tensão de fadiga Kf é aplicado em ambas as componentes. Problema: quando a componente estável de tensão é grande o suficiente para provocar escoamento localizado do entalhe. (deformação plástica). O engenheiro prudente controla o conceito, o material, condição de uso e geometria para que nenhuma deformação plástica ocorra. Método da tensão média nominal e da tensão residual. Neste caso estabelece que σa = Kfσao e σm = Kfσmo , dando resultados aproximados. O método de Dowling para material dúctil, o qual, para materiais com um ponto de escoamento pronunciado e comportamento aproximado pelo método elástico-perfeitamente plástico, o fator de concentração de tensão Kfm da componente de tensão estável é 45 Para materiais dúcteis em fadiga: Evite a deformação plástica localizada em um entalhe. Estabeleça σa = Kfσao e σm = Kfσmo . Quando a deformação plástica em um entalhe não puder ser evitada, use as eqs 7-42; ou estabeleça σa = Kfσao e utilize Kmf =1, isto é, σa = Kfσao e σm = σmo. 46 CRITÉRIOS DE FALHA POR FADIGA SOB TENSÃO FLUTUANTE Depois de definidas as várias componentes de tensão em uma peça sujeita a tensão flutuante, vamos variar a tensão média como a amplitude de tensão. Métodos de representação gráfica serão abordados. Abaixo observa-se o diagrama de Goodman modificado. Fig 7-24: Diagrama modificado de Goodman mostrando todas as resistências e os valores-limite de todas as componentes de tensão para uma tensão média particular. Fig 7-25: Gráfico das falhas de fadiga por tensões médias em ambas as regiões, de tração e compressão. Sm – Resistência média Su – Resistência última Sa – Resistência alternante Se – Limite de resistência 47 O diagrama abaixo, mostra as quatros componentes de tensão e as duas razões de tensão. A curva que representa o limite de resistência para valores de R, em R = -1 até R = 1, começa em Se no eixo σa, e termina em Sut , no eixo σm. Curvas de vida constante para N = 105 ciclos e N = 104 ciclos pode ser observada. Qualquer estado de tensão, em A, pode ser descrito pelas componentes mínima e máxima, ou pelas componentes média e alternante. Fig 7-26: Diagrama mestre de fadiga criado para o aço AISI 4340, com Sut =158 kpsi e Sy = 147 kpsi. A: σmin = 20 kpsi σmax = 120 kpsi σm = 70 kpsi σa = 50 kpsi 48 O diagrama abaixo, é o diagrama de fadiga que mostra os vários critérios de falha. Para cada critério, pontos na, ou “acima” da, respectiva linha indicam falha. Um ponto A na linha de Goodman, provê a resistência Sm como o valor limite de σm correspondente a resistência Sa que, emparelhada com σm é o valor limite de σa . Cinco critérios de falha são marcados: Soderberg, Goodman modificado, Gerber, elíptico da ASME e do escoamento. 49 Considerando a linha de Goodman modificado, o ponto A é o limite, com Sa e Sm . A inclinação da linha de carga é definida: A equação de critério para a linha de Soderberg é: (7-43) ou (7-48) Goodman modificado é: (7-44) ou (7-49) O critério de falha de Gerber é: (7-45) ou (7-50) O critério elíptico da ASME é: (7-46) ou (7-51) O critério de escoamento de Langer e: (7-47) 50 Equações de intersecção Coordenadas da interseção Linha de carga Linha de carga Fator de segurança de fadiga Tab 7-9:Amplitude e coordenadas estáveis de resistência e intersecções importantes no primeiro quadrante para critérios de falha de Goodman e Langer 51 51 Equações de intersecção Coordenadas da interseção Linha de carga Linha de carga Fator de segurança de fadiga Tab 7-10:Amplitude e coordenadas estáveis de resistência e intersecções importantes no primeiro quadrante para critérios de falha de Gerber e Langer 52 52 52 Equações de intersecção Coordenadas da interseção Linha de carga Linha de carga Fator de segurança de fadiga Tab 7-11:Amplitude e coordenadas estáveis de resistência e intersecções importantes no primeiro quadrante para critérios de falha de ASME elíptico e Langer. 53 Ex: 7-11 Considere uma barra de d = 1,5 in usinada a partir de uma barra AISI 1050 repuxada a frio. A peça deve suportar carga de tração flutuante variando de 0 a 16 kip. Por causa das extremidades e do raio de arredondamento, o fator de concentração de fadiga Kf é de 1,85 para vida de 106 ciclos ou mais. Encontre Sa e Sm , o fator de segurança contra fadiga e escoamento de primeiro ciclo usando: Linha de fadiga de Gerber; Linha de fadiga elíptica da ASME; SOLUÇÃO A partir da Tab A-20, com aço AISI 1050 repuxado a frio, tem-se: Sut =100 kpsi e Sy = 84 kpsi. Como a tração é flutuante entre 0 e 16 kip: Os fatores de Marin são: usinado Tab 7-4. carga axial carga axial eq 7-25 e Limite de resistência a fadiga. As componentes nominais da tensão normal σa0 e σm0 são: Assim, Sabendo que: que é a linha de carga 54 Ex: continuação... a) Linha de Gerber, usando o 1º painel da Tab. 7-10 A partir da Tab 7-10, para linha de Langer (escoamento) Obs: quando as tensões aumentam, o ponto A se desloca de encontro a primeira curva que a linha de Gerber. Ou pela Tab 7-10, o fator de segurança contra fadiga pode ser também. O fator de segurança contra escoamento é NÃO HÁ ESCOAMENTO NO LOCAL 55 Ex: continuação... O ponto D indica a mudança de falha por fadiga para escoamento. A partir da Tab 7-10, do terceiro painel. Obs: Se r=1 e rcrit < r, existe uma ameaça de fadiga em primeiro lugar. b) Linha de Fadiga da ASME Tab 7-11, painel 1, com r=1 56 b) Linha de Fadiga da ASME Tab 7-11, painel 1, com r=1, obtém as coordenadas Sa e Sm do ponto B. A partir do painel 3 da Tab 7-11 o ponto D de inersecção entre a linha de Langer (escoamento) e ASME é: A linha de carga critica. Novamente rcrit < r, então a ameaça é de fadiga. O fator de segurança pode ser calculado como: Ex: continuação... 57 Ex: 7-12 Uma mola de chapa plana é usada para reter um seguidor de face plana em contato com um came de placa. O intervalo de movimento do seguidor é de 2 in e está fixo logo, a componente alternante de força, o momento fletor e a tensão também estarão fixos. A mola é pré-carregada para ajustar a várias velocidades do came. A pré-carga deve ser aumentada para prevenir flutuação e salto do seguidor. Para velocidades baixas, ela deve ser diminuída para obter uma vida mais longa das superfícies do came e do seguidor. A mola é uma viga de aço em balanço com comprimento de 32 in, largura de 2 in e espessura de ¼ in. As resistências da mola são Sut =150 kpsi, Sy = 127 kpsi e Se = 28 kpsi completamente corrigidas. O movimento total do came é de 2 in. O projetista deseja pré-carregar a mola deflectindo-a 2 in para baixas velocidades, e 5 in para altas velocidades. Trace as linhas de falha de Gerber-langer com a linha de carga; Quais são os fatores de segurança da resistência correspondentes as pré-cargas de 2 in e 5 in? Quais são os fatores de segurança baseados na deflexão da pré-carga? 58 Ex: 7-12 SOLUÇÃO O momento de área da seção transversal da viga é: Da Tab A-9, viga 1, a força F e a deflexão y em viga em balanço são relacionados por: Então a tensão σ e a deflexão y são: Em que Analisando: As componentes de tensão são: 59 Ex: 7-12 cont... Para = 0 Para = 2 in, Para = 5 in, a) Montando os locais geométricos de Gerber e Langer (Tab 7-10), observa-se que as deflexões de pré-carga (0, 2in e 5in) são exibidas nos pontos A, A’ e A’’. Uma vez σa constante em 11 kpsi, a linha de carga é horizontal sem origem. A intersecção entre a linha de Gerber e a linha de carga é calculada pela eq. 7-45 para Sm e da substituição de 11 kpsi por Sa : A intersecção da linha de Langer e a linha de carga é calculada pela eq 7-47. RISCO DE FADIGA = RISCO DE ESCOAMENTO 60 Ex: 7-12 cont... b) Para = 2 in, ponto A’ Para = 5 in, c) Um fator de segurança baseado na deflexão de pré-carga implica encontrar a deflexão de pré-carga associada a falha. Considerando a fadiga como ameaça, por Gerber O fator de segurança para velocidades mais lentas, Para velocidades altas, idem anterior, 61 Ex: 7-13 Uma barra de aço é submetida a um carregamento cíclico tal que max = 60 kpsi e min = -20 kpsi. Para o material, Sut =80 kpsi, Sy = 65 kpsi, o limite de resistência completamente corrigido é Se = 40 kpsi e f = 0,9. Estime o número de ciclos para falha por fadiga: Critério de Goodman modificado; O critério de Gerber; SOLUÇÃO A partir das tensões fornecidas, A partir das propriedades do material, as eqs: (7-13) e (7-15) (1) Em que Sf substituiu σa na eq: (7-15) 62 Ex: 7-13 cont... Para o critério de Goodman, com n=1 e Se = Sf , a eq (7-49) produz: Substitui na eq (1), b) Para Gerber, pela eq: (7-50) Substitui na eq (1), Portanto, o critério de Goodman é conservador se comparando ao de Gerber, para o qual a diferença moderada de Sf é então aumentada por uma relação logarítmica S, N. 63 Para muitos materiais frágeis, o critério de falha por fadiga segue um local geométrico côncavo para cima de Smith-Dolan, dado por: (7-52) Ou como, (7-53) Para uma linha de carga radial de inclinação r, substituímos Sa /r por Sm na eq. (7-52) então: (7-54) A diferença entre o material frágil e do material dúctil, quanto a fadiga é que: Não ocorre escoamento, uma vez que o material não pode apresentar uma resistência a ele; A resistência a compressão última excede a resistência a tração última; O local geométrico no 1° quad. da falha por fadiga é côncavo para cima e tão plano quanto o Goodman. Materiais frágeis são mais sensíveis a tensão media, sendo o local geométrico mais baixo, porém tensões de compressão médias são benéficas. O domínio mais provável de utilização pelo projetista está no intervalo de –Sut ≤ σm ≤ Sut . O local geométrico no 1° quadrante é o de Goodman, o de Smith-Dolan ou algo entre eles. No 2° quadrante, uma reta entre –Sut , Sut e 0, Se representa o local geométrico da falha com a seguinte equação. (ferro fundido) (7-55) 64 Na Tab A-24, apresenta-se as propriedades de ferro fundido cinza. Diagrama de fadiga Smith-Dolan para ferro fundido 65 Ex: 7-14 Uma barra de ferro fundido cinza, grau 30, está sujeito a uma carga F aplicada a um conector de seção transversal de 1 in por 3/8 in, com um orifício de diâmetro de ¼ in furado no centro. As superficies são usinadas. Nos arredores do orifício, indique qual é o fator de segurança protegendo contra falha sob as seguintes condições: A carga F = 1000 lbf em tração, permanente; A carga é de 1000 lbf e aplicada repetidamente; A carga flutua entre -1000 lbf e 300 lbf. Use o local geométrico de fadiga de Smith-Dolan. SOLUÇÃO A partir da Tab A-24, Sut =31 kpsi, Suc = 109 kpsi (compressão), ka kb S’e = 14 kpsi. Visto que kc para carregamento axial é 0,9, então Se = ka kb S’e kc =14(0,9)=12,6 kpsi. Pela Tab A-15-1, A = t(w-d) = 0,375(1-0,25) = 0,281 in2 d/w = 0,25/1 = 0,25 e Kt = 2,45. O q = 0,20 para ferro fundido. Fator concentração de tensão de fadiga Para F = 1000 lbf permanente Fa = 0 e Fm = 1000 lbf. logo, Portanto, 66 Ex: 7-14 cont... b) F = 1000 lbf, repetidamente. é linha de carga O fator de segurança é Pela eq. (7-54), pois: Portanto, fator de segurança c) Carga flutua entre -1000 e 300 lbf. 67 A partir da eq (7-55) e Sm = Sa /r. 68 RESISTÊNCIA A FADIGA TORCIONAL SOB TENSÕES FLUTUANTES TEORIA: Alguns ensaios mostram a existência de uma componente de tensão torcional estável, não maior que a resistência ao escoamento torcional, não tem efeito sobre o limite de resistência torcional, contanto que o material seja dúctil, polido, sem entalhe e cilíndrico. No segundo momento dos ensaios, Smith, usou materiais com concentração de tensão, entalhes ou imperfeições superficiais. Observa-se que o limite de fadiga torcional decresce com a tensão torcional permanente. Esse resultado indica que Gerber, ASME elíptica são úteis. Joerres recomenda o uso da relação de Goodman para torção flutuante: LIMITE DE FADIGA TORCIONAL 69 COMBINAÇÃO DE MODOS DE CARREGAMENTO O que fazer quando o carregamento for uma combinação de cargas axiais, flexionais e torcionais? Calcular um limite de resistência separado? Calcular múltiplos fatores de concentração de tensão, para cada carregamento? PROCEDIMENTOS PARA CARREGAMENTOS COMBINADOS “Assume-se que todas as componentes de tensão estejam se invertendo completamente e que estejam sempre em fase”: Calcular as componentes alternadas e médias de tensão; Aplique os fatores de concentração de fadiga correspondentes para cada tipo de tensão, Kf (flexão), Kf (axial) e Kfs (torção); Calcule as tensões de Von Mises para as duas componentes de tensão alternada σ’a e média σ’m ; Selecione o critério de falha por fadiga (Goodman modificado, Gerber, ASME-eliptico ou Soderberg); Para o cálculo de Limite de Resistência à Fadiga Se, use os modificadores ka, kb e kc para flexão. Para Torção o fator de carga kc = 0,59 não deve ser aplicado. Então deve-se dividir as componentes de tensão axial alternada e média por kc = 0,85 (axial). 70 Se o escoamento ocorre o fator de falha estática é calculada pela divisão da Resistência ao escoamento Sy pela tensão máxima de Von Mises 71 Ex: 7-15 Um eixo rotativo é feito de um tubo de 42 x 4 mm, AISI 1018 repuxado a frio, com diâmetro de orifício de 6 mm furado transversalmente em relação a si. Estime o fator de segurança protegendo contra fadiga e falhas estáticas mediante o uso de critérios de falha de Gerber e Langer para as seguintes condições de carregamento: O eixo está sujeito a um torque completamente inverso de 120 N.m, em fase com um momento flexor completamente inverso de 150 N.m; O eixo está sujeito a um torque pulsante flutuando de 20 a 160 N.m e a um momento flexor permanente de 150 N.m; SOLUÇÃO Pela Tab A-20, Sut = 440 MPa e Syt = 370 MPa. Os fatores de Marin calculados e assim: Na Tab A-16, a/D = 6/42 = 0,143 e d/D = 34/42 = 0,810, por interpolação obtemos: A = 0,798 e Kt =2,366 para flexão e A = 0,89 e Kts = 1,75 para torção. Para flexão, Para Torção, 72 Ex: 7-15 cont... Para a sensibilidade ao entalhe, utiliza-se as Fig. 7-20 e 7-21 para raio de entalhe r = 3mm, assim q = 0,78 para flexão e qcis = 0,96 para torção. Os fatores de concentração de tensão sob fadiga são: A tensão de flexão é: A tensão torcional é: A componente de tensão média (permanente) de von Misses σ’m é zero. A componente de amplitude de von Misses σ’a é: Como Se = Sa , o fator de segurança contra fadiga é: O fator de segurança para o escoamento é: PORTANTO A AMEAÇA É DE FADIGA!!! 73 Ex: 7-15 cont... b) Torção pulsante e uma componente permanente de flexão. São as tensões devido a torção pulsante. A componente de tensão de flexão permanente é: As componentes de von Misses são: 74 Ex: 7-15 cont... Linha de carga Da Tab 7-10, a componente de resistência Sa e a componente permanente de resistência Sm são: ou 80,93 85,7 Langer 75 EXERCICIO EX: 7.10 A fig mostra um eixo rotativo, sustentado em mancais de esferas em A e D e carregado por uma força não – rotativa F de 6,8kN. Empregando as resistências mínimas ASTM, estime a vida da peça. SOLUÇÃO A falha provavelmente ocorrerá em B, em vez de C, ou no ponto de momento máximo. O ponto B tem uma seção transversal menor, um momento flexor maior e um fator de concentração de tensão mais alto que C; além disso, na localização de momento máximo existe um tamanho maior e nenhum fator de concentração de tensão. A partir da Tab A-20, tem-se: Sut=690MPa e Sy=580MPa. A partir da Tab 7-4, usinado ou laminado a frio. A partir da eq 7-19, Onde kc=kd=ke=kf=1, O limite de resistência a fadiga é: 76 Para encontrar o fator geométrico de concentração de tensão Kt, a partir da figura A-15-9 com D/d=38/32=1,1875 e r/d=3/32=0,09375, tem-se Kt=1,65. A partir da Tab 7-8, a=139/690=0,201mm. A partir da eq. (7-35), É o fator de concentração de tensão por fadiga que se aplica a 106 ciclos ou mais. Observando o ponto B, o momento fletor em B é: Logo a esquerda de B, o módulo da seção I/c=d3/32= (3,2)3/32=3,22cm3. A tensão de flexão inversa é, para vida infinita, 77 Essa tensão é maior que Se é menor que Sy. Significa que temos vida finita e nenhum escoamento no primeiro ciclo. Existe 2 procedimentos, o primeiro é conservador, consiste em supor que Kf seja constante, independente do número de ciclos N. O segundo consiste em usar a eq (7-38). (Procedimento 1) Usando a eq (7-10) Pela eq (7-11), Pela eq (7-13), A partir da equação 7-15, 78 (Procedimento 2)Para a eq 7-38, requere-se um valor de N, desconhecido. Como não tem-se KN, em vez de aplicar o fator de concentração de tensão de fadiga a tensão , reduziremos as resistências no diagrama S-N desse fator. Obs: Esse procedimento não é aconselhável para tensões combinadas. Pela eq (7-37) com Sut=690/6,0=100kpsi, para Sut<330kpsi e Kf é o fator de concentração de fadiga para 106 ciclos. A eq S-N incorporando o fator de concentração de tensão de fadiga pode ser escrita como Assim: Logo: 79 7-10 Uma barra retangular é cortada a partir de um perfil plano de aço AISI 10 18 repuxado a frio. Ela tem 60 mm de largura por 10 mm de espessura e um orifício de 12 mm feito pelo centro, como na Tab A-15-1. Essa barra é carregada concentricamente, em fadiga puxa-empurra, por forças axiais Fa, uniformemente distribuídas ao longo da largura. Empregando um fator de projeto de nd=1,8, estime a maior força Fa possível de ser aplicada, ignorando a ação de coluna. SOLUÇÃO Tab A-20, Sut=440 Mpa e Sy=370MPa. Logo: 2. Tab 7-4, 3. eq. 7-25 4. Tab A-15-1 d/w=12/60=0,2 logo: Kt=2,5 5. Da eq 7-35, 80 Então: Por outro lado: Força devido ao escoamento. A maior força possível para evitar fadiga é 21,6 kN. 81 7-11 As reações de mancal R1 e R2 são exercidas no eixo abaixo. O eixo gira a 1150 rpm e suporta uma força flexora de 10 kip. Use um aço 1095 laminado a quente. Especifique o diâmetro d utilizando um fator de projeto de nd=1,6 para uma vida de 3 min. As superfícies são usinadas. SOLUÇÃO Decisões de Projeto: diâmetro d; Material e condições: 1095 laminado a quente HR Tab A-20, Sut=120kpsi e Sy=66kpsi. Fator de projeto nd=1,6; Vida finita: 1150 rpm x 3 min = 3450 ciclos; Função: carga de 10000lbf. Limite de resistência a fadiga estimado: Usinada Temos : O momento onde ocorre mudança de seção é: ou 82 Que é o local crítico, em x = 12 in. A partir da fig A-15-9, com D/d=1,5d/d=1,5 e r/d=0,1 assim: Kt=1,68. Usando f = 0,9 e fazendo tentativas para o valor de d. 1ª tentativa: d = 1,0 in. Portanto, a resistência a fadiga é: A tensão é: e r = d/10=1/10=0,1 Portanto:
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