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BRASIL COLÔNIA
1500 - 1822
Professora Elaine
A Conquista do Brasil  
- 22 de abril 1500: frota portuguesa de Cabral chega a Porto Seguro na Bahia
- 1° contato com os índios : troca de sorrisos e presentes
- A 1ª Missa no Brasil rezada no Brasil  
A CHEGADA DOS PORTUGUESES
As nações indígenas em 1500  
- tupi-guarani, Jê, aruaque, caríba, charrua, pano, tucano e outros
- tupinambas: eram canibais
- Exploração, violência, escravidão (contra o índio)  
A Exploração do pau-brasil
- a mão-de-obra indígena
- trabalho por quinquilharias = escambo
- venda da tinta na Europa = lucros para Portugal  
OS PRIMEIROS ANOS
A colonização necessária  
- ameaça de invasões estrangeiras (piratas holandeses, ingleses e franceses ameaçavam o litoral)
No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil. 
PERÍODO COLONIAL
Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. 
No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades.
OS GOVERNOS GERAIS
Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. 
A capital do Brasil neste período foi Salvador.
A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.
O AÇÚCAR E OS ENGENHOS
O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.
As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
A sociedade açucareira era patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder familiar, social e político. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos. Era também imobilista e estratificada.
A SOCIEDADE AÇUCAREIRA
A Vida do escravo  
- Muito trabalho sem remuneração (coisificação)
- Castigos físicos e tratamento desumano 
- Preconceito 
- Fugas, revoltas e formação dos quilombos
- Quilombo dos Palmares – líder Zumbi
ESCRAVIDÃO
Após domínio da Espanha em Portugal (União Ibérica) a Holanda, em busca de açúcar, resolveu enviar suas expedições para invadirem o Nordeste do Brasil. Sua primeira expedição ocorreu em 1621, na Bahia, contudo, esta não foi bem sucedida. 
Em 1630 os holandeses invadiram Pernambuco e ali impuseram seu domínio.
A Holanda enviou seu príncipe (Maurício de Nassau) para governar a colônia holandesa no Brasil. Nassau dominou enorme parte do território nordestino e os portos que forneciam escravos, na África. 
OS HOLANDESES NO BRASIL
A Insurreição Pernambucana durou de 1645 a 1654 quando os colonos conseguiram expulsar definitivamente os holandeses do Brasil. 
Com o tempo, os colonos demonstram descontentamento com a política holandesa e estoura um movimento de contestação.
As missões jesuíticas na América, também chamadas de reduções, foram os aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos padres jesuítas. O objetivo principal das missões jesuíticas foi o de evangelizar e catequizar os nativos.
AS MISSÕES
BANDEIRISMO
De apresamento: captura de índios 
De prospecção: busca de metais preciosos
Sertanismo de contrato: captura de escravos fugitivos
Ex: Borba Gato, Raposo Tavares, Fernão Dias, Domingos Jorge Velho. 
Monções: bandeirismo de comércio por vias fluviais
As bandeiras eram expedições particulares que partiam de São Paulo durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Geralmente ultrapassavam a linha do Meridiano de Tordesilhas o que contribuiu para aumentar consideravelmente o território brasileiro. Utilizavam os rios Tietê, Paraná, São Francisco e os afluentes meridionais do Amazonas.
O Tratado de Tordesilhas, na realidade, nunca foi respeitado. A situação se agravou com a União Ibérica.
A cobiça dos portugueses pela área do Prata é comprovada pela fundação da Colônia do Sacramento em 1680, defronte a Buenos Aires, centro da disputa entre espanhóis e portugueses.
O contrabando, facilitado pela presença da Colônia do Sacramento provocou intensos choques entre portugueses e espanhóis, levando-os a assinarem diversos tratados a respeito da região.
EXPANSÃO E FRONTEIRAS
TRATADOS E FRONTEIRAS
Primeiro Tratado de Utrecht (1713) Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Defendia a posição brasileira na questão do Amapá.
Segundo Tratado de Utrecht (1715) Firmado entre Portugal e a Espanha, garantindo a posse da Colônia de Sacramento para Portugal.
TRATADOS E FRONTEIRAS
Tratado de Madri (1750) Estabeleceu os limites respeitando o princípio do uti posseditis e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". A Colônia de Sacramento passaria para o domínio da Espanha e o Brasil teria a posse da região de Sete Povos das Missões.
Os padres jesuítas espanhóis, juntamente com os comerciantes da região não se conformaram com as decisões do Tratado de passar a região dos Sete Povos das Missões para o domínio português: instigaram os índios a uma luta, ocasionando a "Guerra Guaranítica”.
TRATADOS E FRONTEIRAS
Tratado de Santo Ildefonso (1777) Seguiu em linhas gerais os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no extremo sul do Brasil.
A descoberta de ouro nos séculos XVII e XVIII vai provocar uma profunda mudança na estrutura do Brasil colonial.
MINERAÇÃO
Para administrar a região mineradora foi criada, em 1702, a Intendência das Minas, órgão responsável pela fiscalização e exploração das minas. Realizava a distribuição de datas-lotes a serem explorados, e pela cobrança do quinto ( 20% do ouro encontrado).
Em1720, foram criadas as Casas de Fundição- transformavam o ouro bruto ( pó ou pepita ) em barras já quintadas.
Quando ocorre o esgtamento da exploração aurífera, o governo português fixa uma nova forma de arrecadar o quinto: 100 arrobas anuais de ouro por município.
CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO
A mineração mudou o eixo econômico da vida colonial -do litoral nordestino para a região Centro-Sul; incentivou o comércio interno, garantindo a interligação da região das minas com outras regiões do Brasil.
Houve também um grande aumento populacional na região das minas. 
A sociedade passa a ter um caráter urbano e multiplica-se o número de comerciantes, intelectuais, pequenos proprietários, funcionários públicos, artesãos. A sociedade mineradora passa a apresentar uma certa flexibilidade e mobilidade.
Barroco 
Na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Características são:
 
* emocional sobre o racional; 
* efeitos decorativos
e visuais
* entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
* violentos contrastes de luz e sombra;
* pintura com efeitos ilusionistas
O GADO E O TROPEIRISMO
Nos séculos XVII e XVIII, os tropeiros eram partes da vida da zona rural e cidades pequenas dentro do sul do Brasil.
Os tropeiros conduziam o gado e levaram mercadorias para serem comercializadas na feira de Sorocaba. De São Paulo seguiam para os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Em direção às minas, o transporte feito no lombo de animais foi fundamental devido aos acidentes geográficos da região, que dificultavam o transporte. O tropeiro passou a ser o principal abastecedor do mercado das Minas Gerais.
 Contestavam aspectos específicos do Pacto Colonial, não propriamente falando em independência, possuindo caráter regionalista. 
Rebeliões Nativistas
Aclamação de Amador Bueno (1641)
Com o fim da União Ibérica, o governo português proibiu a escravização indígena. Inconformados com essa exigência da metrópole, um grupo de bandeirantes paulistas resolveu armar um levante. Buscando a vitória, os bandeirantes se dirigiram ao rico fazendeiro Amador Bueno, que também era a favor da escravização indígena. 
Os bandeirantes paulistas convocaram Amador Bueno para que liderasse a revolta, aceitando o cargo de governador da província de São Paulo. 
Amador Bueno não aceitou a proposta e jurou fidelidade ao governo português, temendo represálias. Assim, a revolta bandeirante perdeu sua sustentação
Latifundiários do Maranhão revoltaram-se porque faltavam escravos e os jesuítas condenavam a escravidão indígena.
O governo português criou a Companhia de Comércio do Maranhão para controlar o comércio na região.
Com a intervenção da Coroa Portuguesa, foi nomeado um novo governador para a região que puniu os revoltosos com a condenação à prisão ou ao exílio. Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram condenados à morte. 
Revolta de Beckman (Maranhão - 1648)
Chefiados por Manuel e Tomas Beckman, os colonos se rebelaram, expulsando os jesuítas do Maranhão, abolindo o monopólio da Companhia e constituindo um novo governo, que durou quase um ano
Guerra dos Emboabas (1708-1709)
Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado. 
Entretanto, os forasteiros, chamados emboabas, formaram suas próprias comunidades, dentro da região de exploração aurífera. Formaram-se asiim, dois grupos rivais. Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato e o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana. 
Entre as lutas mais intensas, o combate desenvolvido no Capão da Traição ficou conhecido pela morte de 300 paulistas pela mão dos emboabas. No ano de 1709, a Coroa Portuguesa determinou a imediata separação territorial das capitanias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao fim da guerra, os bandeirantes buscaram outras jazidas nas regiões de Mato Grosso e Goiás
Guerra dos Mascates (1710-1714)
Conflito ocorrido em Pernambuco, resultado do choque entre a aristocracia rural de Olinda e os comerciantes ("Mascates") de Recife.
A principal causa do confronto foi a decadência da lavoura açucareira devido a concorrência antilhana que levou os senhores de engenho de Olinda a endividar-se com os comerciantes de Recife. 
Olinda era Vila, possuía Câmara Municipal e tinha autonomia em relação a Recife, que era sua comarca e subordinada administrativamente.
Os senhores de engenho de Olinda, liderados por Bernardo Vieira de Melo, invadiram Recife em 1710, derrubando o pelourinho (símbolo de autonomia administrativa) e obrigando o governador a fugir para a Bahia.
A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por pressão dos "mascates" separando-a de Olinda precipitou a guerra.
Logo em seguida, os recifenses conseguiram retomar o controle de sua cidade em uma reação militar apoiada por autoridades políticas de outras capitanias. 
Em 1711, Félix José de Mendonça foi nomeado governador da província com a missão de pacificar o conflito. 
O novo governador apoiou os mascates portugueses e estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses envolvidos com a guerra. Determinou também a administração semestral para cada uma das cidades garantindo autonomia política de Recife.
Revolta de Felipe dos Santos
(1720)
Os mineiros, chefiados por Filipe dos Santos, revoltaram-se, exigindo que o governo português acabasse com as Casas de Fundição e diminuísse o valor dos impostos cobrados.
O principal motivo dessa revolta foi a instalação, pelo governo português, das Casas de Fundição para controlar a cobrança do quinto.
A revolta foi denunciada ao governo de Minas Gerais, que mandou prender Filipe dos Santos. Condenando à morte, ele foi enforcado e esquartejado em praça pública, em Vila Rica.
Era pombalina - Marquês de Pombal
 garantiu o controle da Amazônia ; criou o Banco Real , organizou a arrecadação de impostos (estabeleceu a derrama)
 reconstruiu Lisboa após o terremoto de 1755 ; criou diversas companhias de comércio.
 organizou alfândegas, tribunais e outras instituições do Estado ; procurou reaquecer a lavoura açucareira do nordeste .
 tentou diminuir a dependência econômica de Portugal com a Inglaterra; expulsou os jesuítas de Portugal e suas colônias, confiscando seus bens (Terror Pombalino)
 mudou a capital pro RJ; incentivou manufaturas na colônia 
O grupo composto pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, pelo dono de mina Inácio de Alvarenga e pelo padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira decidiu lutar contra os abusivos impostos cobrados pela Coroa portuguesa na região de Minas Gerais. 
Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim : Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia). 
Inconfidência Mineira (1789)
Influenciados pelos ideais iluministas e pela Guerra de Independência dos Estados Unidos, o objetivo do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. 
Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que entregou seus companheiros em troca do perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas pelas autoridades de Portugal.
O governador da província, Visconde de Barbacena iniciou o processo da devassa. Num primeiro momento, onze foram os condenados à morte pela forca, os outros eram condenados ao degredo perpétuo na África. 
Ao fim da devassa, somente Tiradentes foi condenado a morte: foi enforcado na cidade do Rio de Janeiro no dia 21 de abril de 1792. Logo depois foi esquartejado, e seus quartos foram espalhados pela estrada real, sendo a cabeça exposta na praça central de Vila Rica
Conjuração Baiana – Revolta dos Alfaiates (1798)
Foi um movimento separatista que contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. Em alguns momentos, teve o apoio de padres, médicos e advogados.
A transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763 fez com que privilégios fossem retirados de Salvador e os recursos destinados à cidade foram reduzidos. O aumento de impostos prejudicou sensivelmente as condições de vida da população local.
O movimento foi fortemente influenciados pelos ideais iluministas propagados pela Revolução francesa, pela luta de independência do Haiti e dos Estados Unidos e pela maçonaria. Formou-se então a sociedade secrete “Cavaleiros da Luz”.
Alguns dos participantes do movimento distribuíam panfletos convocando a população a se posicionar contra o domínio de Portugal. Passaram a difundir propostas e ideais radicais entre os regimentos de soldados e a população em geral. 
Os membros da elite que estavam envolvidos no
movimento foram condenados a penas mais leves ou tiveram suas acusações retiradas. Em contrapartida, os populares que encabeçaram o movimento conspiratório foram presos, torturados e, ainda outros, mortos e esquartejados. 
O médico Cipriano Barata foi um ativo propagandista do movimento, atuando principalmente entre a população mais humilde e junto aos escravos. Desse modo, a Conjuração baiana foi assumindo feições revolucionárias, tendo em vista a defesa dos interesses das camadas sociais mais pobres, dos humildes e dos escravos.
Com a delação do movimento, seus representantes foram presos pelas autoridades 
Cipriano Barata
A vinda da Família Real para o Brasil
Em agosto de 1807, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.
Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo.
Abertura dos Portos
Uma das principais medidas tomadas por D. João foi decretar a abertura dos portos brasileiros aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. 
D. João também incentivou o estabelecimento de indústrias no Brasil, promoveu a construção de estradas e reformas em portos; criou o Banco do Brasil e instalou a Junta de Comércio.
Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24% (Tratados de 1810). Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses, prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.
O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes, o Jardim Botânico e o Observatório Astronômico. Vários cursos foram criados (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico), nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.
O objetivo era invadir a região de colonização francesa como retaliação ao processo de invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Após sucessivos ataques, os portugueses conquistaram a rendição do governo da Guiana em 12 de janeiro de 1809. 
Na região da Guiana Francesa, estabeleceu o envio de um destacamento vindo do Pará sob o comando do tenente-coronel Manuel Marques com o apoio de uma esquadra inglesa vinda pelo mar. 
Revolução Pernambucana (1817)
Entre as causas da Revolução Pernambucana de 1817 destacam-se o declínio da cultura da cana-de-açúcar e a influência da Maçonaria.
Os rebeldes conseguiram conquistar Pernambuco, instalaram um governo provisório que deveria abolir alguns impostos e elaborar uma constituição que estabelecesse a liberdade religiosa e de imprensa, bem como a igualdade de todos perante a lei. 
O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e do Frei Caneca, chegando a proclamar a República. 
D. João VI apressou-se em enviar tropas para combater os rebeldes. Após dois meses, as tropas sufocaram o movimento e os principais líderes foram condenados a morte. 
Revolução Liberal do Porto (1820)
A chamada Revolução do Porto foi um movimento iniciado na cidade do Porto no dia 24 de agosto de 1820. 
A burguesia portuguesa se ressentia dos efeitos do Decreto de Abertura dos Portos que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida econômica da metrópole. 
O movimento exigia 
o imediato retorno da Corte para o reino
o estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional 
a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do Pacto Colonial). 
A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. D. João retornou para Portugal no ano de 1821.
Partido Português comerciantes portugueses, militares e funcionários públicos interessados na manutenção da presença de D.João VI no Brasil e na recolonização.
Grupos políticos do período 
Partido Brasileiro os homens mais ricos da colônia, contra a recolonização. Eram escravistas, maçons e proprietários de terras influenciados pelo liberalismo
Liberais radicais setores médios urbanos, querendo algo inspirado na independência dos EUA e na Revolução Francesa. Aceitavam a ideia republicana.
 
Cedendo às pressões de Portugal, dom João voltou em 26 de abril de 1821. Deixou, contudo, seu filho dom Pedro como regente do Brasil. Assim, agradava aos portugueses e aos brasileiros que tinham lucrado com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, especialmente com a abertura dos portos.
No final de 1821 chegaram ao Rio de Janeiro decretos da corte que exigiam a completa obediência do Brasil às ordens vindas da metrópole. No dia 9 de dezembro de 1821, o governo brasileiro voltou a ser dependente de Portugal. 
Dom Pedro recebeu ordens para voltar a Portugal, mas o Partido Brasileiro, grupo formado por grandes fazendeiros, comerciantes e altos funcionários públicos, o convenceu a ficar.
Seu nome completo era: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. 
Quem foi D. Pedro I ?
D. Pedro nasceu em Portugal, em 1798. Morreu em 1834, 
Foi o primeiro imperador do Brasil e 28° rei de Portugal, ainda que o reinado em Portugal tenha durado sete dias, em 1826. 
Era filho de D. João VI e Carlota Joaquina. Além disso, foi pai de D. Pedro II, segundo imperador do Brasil. 
Aos 18 anos casou-se com dona Maria Leopoldina, arquiduquesa d’Áustria, 
O Dia do Fico 
D. Pedro recebeu listas com assinaturas de cerca de 8.000 pessoas pedindo que ele permanecesse no país. Em 9 de janeiro de 1822, apoiado pelas províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, dom Pedro decidiu permanecer. Ele foi à sacada e disse: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!". Essa data ficou conhecida como o Dia do Fico.
Portugal não aceitou pacificamente a decisão de Dom Pedro. As tropas portuguesas sediadas no Rio de Janeiro tentaram forçá-lo a embarcar, o povo reagiu em defesa de Dom Pedro. 
A Proclamação da Independência 
Em maio de 1822, D. Pedro determinou que qualquer decreto das Cortes só poderia ser executado mediante o "Cumpra-se" assinado por ele. Na prática, isso significava conferir plena soberania ao Brasil. Essa medida teve imediato apoio: a 13 de maio, o Senado da Câmara do Rio de Janeiro conferiu ao príncipe regente o título de Defensor Perpétuo do Brasil. 
Enquanto isso, os liberais radicais sugeriam a D. Pedro a convocação de uma Assembléia Constituinte. O príncipe acatou a sugestão e decretou a sua convocação em junho de 1822. 
No dia 14 de agosto, Dom Pedro partiu para a província de São Paulo que se encontrava agitada por lutas internas. A regência ficou entregue à sua esposa dona Leopoldina. Durante a sua ausência, chega ao Rio de Janeiro uma carta das Cortes Portuguesas, na qual exigia a volta imediata de Dom Pedro à Portugal e a anulação da convocação da Assembléia Nacional Constituinte.
A Proclamação da Independência 
Leopoldina e José Bonifácio enviaram um correio para levar essa carta a Dom Pedro. José Bonifácio e Leopoldina enviam outra carta, cada um reforçava a idéia de que havia chegado a hora de tomar uma decisão.
Às 16 horas e 30 minutos
do dia 07 de setembro de 1822, o correio alcançou Dom Pedro nas margens do rio Ipiranga e entregou-lhe as cartas.
Depois de ler, amassou e pisoteou as cartas, montou seu cavalo e cavalgou até às margens do Ipiranga e gritou à guarda de honra: "Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar...Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas“.
O príncipe sacou a espada e gritou: "Por meu sangue, por minha honra e por Deus, farei do Brasil um país livre", em seguida, erguendo a espada, afirmou: "Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou Morte!".
Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil aceitou pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal. Para isso, pediu um empréstimo à Inglaterra, fato que iniciou a dívida externa do Brasil. 
No dia 1º de dezembro de 1822, aos 24 anos, foi coroado imperador do Brasil e recebeu o título de Dom Pedro I.
Apesar do processo de independência ter base nas idéias iluministas de liberdade, a escravidão foi mantida.
O Brasil continuou com o modelo agrário, baseado em latifúndios e na produção de gêneros primários voltada para a exportação. Ou seja, pouco diferente de quando era colônia de Portugal. 
Ao contrário de outros países da América Latina, que adotaram o sistema republicano, o Brasil adotou o governo monárquico, baseado no poder de um rei.

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