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Direito Processual do Trabalho - Roteiros

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Conceituação - autonomia 
► CONCEITO: “conjunto de princípios, doutrina e normas jurídicos destinados a regular a 
atividade dos órgãos jurisdicionais do Estado na solução dos dissídios, individuais ou 
coletivos, entre empregados e empregadores ou mesmo decorrentes de outras relações de 
trabalho, previstos expressamente em lei.”Ou: “ramo da ciência jurídica, constituído por um 
sistema de normas, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a 
pacificação justa dos conflitos decorrentes das relações de emprego e de trabalho, bem como 
regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.” 
 
► AUTONOMIA: 
• Disciplina jurídica com autonomia: quando possui princípios, doutrina e objeto próprios. 
• A Teoria Geral do Processo identifica os pontos comuns a todos os grandes ramos do 
direito processual (jurisdição, defesa, processo, procedimento), bem como indica os 
princípios gerais comuns aos três (contraditório, ampla defesa, imparcialidade etc.): 
- Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho 
- Direito Processual ► função instrumental: deve estar a serviço do Direito Material 
e não o contrário. 
- A TGP do Trabalho tem por objeto “investigar setores específicos da área processual 
trabalhista, suas estruturas peculiares, os conceitos próprios e os valores especiais 
almejados pelo direito material do trabalho” e, após a EC 45/2005, também outros ramos 
do direito material (civil, administrativo, penal etc.) que poderão ensejar ações de 
competência da Justiça do Trabalho. 
 
1.1 – INTEGRAÇÃO DO DIR. PROC. DO TRABALHO: 
Quando não existir norma jurídica específica a ser utilizada em determinado caso concreto ou 
para aperfeiçoar a norma existente, caberá ao aplicador da lei utilizar-se das demais normas 
legais integrantes do sistema jurídico e, ainda, na ausência destas, a analogia, os costumes e 
aos princípios gerais do direito. Tal atividade caracteriza a manutenção da ordem jurídica 
como um todo e faz com que o Dir. Proc. do Trabalho esteja integrado com os demais 
seguimentos do Direito, mesmo na hipótese de ausência de previsão específica. 
 
1.2 – FONTES DO DIR. PROC. DO TRABALHO 
1.2.1 – FONTES MATERIAIS: as fontes materiais são aquelas anteriores à exteriorização 
da norma jurídica (momento pré-jurídico). Indicam os fatores que culminaram na criação 
de uma determinada regra jurídica. Emergem do próprio direito material do trabalho (com 
base nos fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, éticos e morais do povo). 
o Obs: após a ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela EC 45/2004, é 
possível afirmar que tais fontes podem também emergir de outros ramos do direito 
material. 
 
1.2.2 – FONTES FORMAIS: são as que conferem ao DPT o caráter de direito positivo: 
a) fontes formais diretas: lei em sentido genérico (atos normativos e administrativos 
editados pelo Poder Público) e o costume; 
b) fontes formais indiretas: extraídas da doutrina e da jurisprudência (cf. OJs, 
Súmulas1, Precedentes Normativos); INTERPRETAÇÃO E ELUCIDAÇÃO DO 
DIREITO. 
 
c) fontes formais de explicitação: fontes integrativas do direito processual, 
INTERPRETAÇÃO E ELUCIDAÇÃO DO DIREITO; tais como a analogia, os 
princípios gerais do direito e a equidade (art. 8º da CLT). 
 
- FONTES FORMAIS: 
a) Constituição Federal; 
b) Emendas Constitucionais; 
c) Tratados Internacionais sobre direitos humanos, desde que aprovados por quórum 
especial do CN (art. 5º, § 3º da CF); 
d) Leis Complementares; 
e) Leis Ordinárias e Leis Delegadas; 
f) Tratados Internacionais ratificados pelo Brasil; 
g) Medidas Provisórias; 
h) Decretos; 
i) Resoluções do Congresso Nacional. 
j) Súmulas Vinculantes do STF (art. 103-A da CF), TST, STJ e OJ’s. 
k) Sentença normativa 
 
- FONTES INFRACONSTITUCIONAIS aplicáveis ao DPT: 
a) CLT; 
b) Lei 5.584/70 ► estabelece normas procedimentais do processo trabalhista; 
c) CPC, aplicado subsidiariamente (art. 769/CLT) e supletivamente (Art. 15 
CPC), desde que haja compatibilidade com o DPT; 
d) Lei 6.830/80, aplicada no processo de execução trabalhista, por força do art. 
899/CLT. 
e) Lei 7.701/88 ► organização e especialização dos tribunais, em processos 
coletivos e individuais. 
f) Lei Complementar 75/93 (LOMPU) ► Ação Civil Pública, Ação Anulatória de 
cláusula convencional etc. 
g) Lei 7.347/85 (LAC); 
h) Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor); 
i) Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e Adolescente); 
j) Lei 7.853/89 (Lei de Proteção à Pessoa Portadora de Deficiência); 
k) Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso); 
l) DL 779/69 (prerrogativas processuais da Fazenda Pública); 
m) Regimentos Internos dos tribunais (autorizados pelo art. 96, I, da CF; dispõem 
sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e 
administrativos). 
																																																													
1 Diferenças entre Súmula e OJ: denomina-se súmula um conjunto de decisões, tido como jurisprudência, 
com a finalidade de tornar público para a sociedade tal posicionamento e também para, internamente, buscar a 
uniformidade entre as decisões dos juízes ou ministros. A OJ tem o mesmo objetivo, mas tem maior 
dinamismo. Enquanto a Súmula exige critérios como a repetição de certa quantidade de decisões por 
determinado tempo, a OJ tem tramitação menos rígida. A Súmula para ser alterada ou cancelada requer um 
processo aprofundado de discussão na Corte que lhe deu origem. A OJ tem maior possibilidade de ser alterada 
ou cancelada. Há OJs Transitórias, que se aplicam a casos específicos de determinada categoria profissional ou 
empresa ou que tenham relação com leis cuja situação jurídica se estende por pouco tempo – ou porque a lei 
mudou ou porque vai mudar. 
BREVE HISTÓRICO SOBRE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SOBRE A JT: 
 
A legislação trabalhista e a Justiça do Trabalho: resultado do processo de luta e de 
reivindicações operárias que se desenrolava a partir do Século XIX, no exterior e no Brasil. 
Fase de constitucionalização dos direitos trabalhistas: No exterior, a preocupação em 
estabelecer normas legais de proteção ao trabalhador tomou forma na Constituição mexicana 
de 1917, e constou também das recomendações do Tratado de Versalhes, de 1919, do qual 
se originou a Organização Internacional do Trabalho – OIT. A Constituição alemã de 
Weimar, de 1919, modelo clássico de organização de um Estado social-democrata, também 
procurou garantir direitos básicos ao trabalhador. 
No Brasil, as primeiras normas trabalhistas surgiram a partir 1890, como é o caso do 
Decreto nº 1.313/1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1923 
foi criado o Conselho Nacional do Trabalho: constituído de 12 membros, era órgão consultivo 
para assuntos trabalhistas e previdenciários. Não decidia sobre divergências surgidas nas 
relações de trabalho. 
A partir da Revolução de 1930 acelerou-se o processo, com a criação do 
Ministério do Trabalho. O Conselho Nacional do Trabalho, agora vinculado ao novo 
Ministério, passou, em 1931, a ter competência para opinar em matéria contenciosa (em que 
há divergência entre as partes interessadas) e consultiva e, em 1934, também para julgar. Em 
1932, o Governo Provisório, chefiado por Getúlio Vargas, criou dois organismos destinados a 
solucionar conflitos trabalhistas: Comissões Mistas de Conciliação e Juntas de Conciliação 
e Julgamento. As primeiras tratavam de divergências coletivas, relativas a categorias 
profissionais e econômicas. Eram órgãos de conciliação, não de julgamento. As segundas 
eram órgãos administrativos, mas podiam impor a solução às partes. Só não podiam executá-
las, o que era feito por intermédio dos procuradores do Departamento Nacional do Trabalho. 
A Justiça do Trabalho foi prevista pela Constituição de 1934. O Congresso 
Nacional discutiulongamente o projeto de lei que a estruturava, e tal demora foi uma das 
razões alegadas para o fechamento do Congresso Nacional e a implantação do Estado Novo, 
em 1937. A Justiça Trabalhista foi instituída em 1939 e estruturou-se em três instâncias. 
- Na base, as Juntas de Conciliação e Julgamento, que mantiveram o nome e a 
composição, com a diferença que seu presidente passava a ser um Juiz de Direito 
ou bacharel nomeado pelo Presidente da República para mandato de dois anos. Os 
vogais eram indicados pelos sindicatos, para mandato também de dois anos. 
- Em nível intermediário, os Conselhos Regionais do Trabalho, para deliberação 
sobre recursos. 
- Em nível superior, o Conselho Nacional do Trabalho, integrado por 19 membros, 
nomeados pelo Presidente da República para mandato de dois anos, permitida a 
recondução, e assim distribuídos: quatro representantes de empregados, quatro de 
empregadores, quatro funcionários do Ministério do Trabalho e das instituições de 
seguro social, e sete pessoas de reconhecido saber, das quais quatro formadas em 
Direito. 
A Constituição de 1946 transformou a JT em órgão do Poder Judiciário, 
mantendo, porém, a estrutura que tinha como órgão administrativo, inclusive com a 
representação classista. Ela permaneceu assim nas Constituições de 1967 (alterada pela 
Emenda de 1969) e de 1988. Esta trocou o título do classista da 1ª instância (JCJ), de vogal 
para juiz. E estabeleceu que em cada unidade da Federação haveria "pelo menos um" Tribunal 
Regional do Trabalho. Hoje existem 24 TRTs (cf. art. 674/CLT). 
Em 9 de dezembro de 1999 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 24, que 
alterou dispositivos da Constituição Federal pertinentes à representação classista na Justiça do 
Trabalho, extinguindo-a. O TST passou então a ser composto de 17 ministros, togados e 
vitalícios. A emenda mudou também a denominação das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, que passaram a se chamar Varas do Trabalho. Nas comarcas onde não forem 
instituídas, a emenda estabeleceu que a jurisdição das Varas será atribuída aos juízes de 
direito. 
Em 2003, foi sancionada a Lei 10.770, que criou 269 novas Varas do Trabalho. A 
criação das Varas foi iniciativa do TST, devido ao expressivo aumento do número de 
processos trabalhistas. 
Em dezembro de 2004, após mais de 12 anos de tramitação no Poder Legislativo, um 
primeiro bloco de alterações constitucionais – sobre o qual houve consenso entre deputados e 
senadores após dois turnos de votações – passou a integrar o ordenamento jurídico do País. A 
Emenda Constitucional nº 45/04 foi publicada no DOU dia 31 de dezembro de 2004. 
 
- Características marcantes: 
► Prioridade nas conciliações (cf. arts. 764, 846, 850, 852-E e 860/CLT): sempre sujeitos à 
conciliação. 
► Representação das classes (patrões e empregados) nos órgãos julgadores (no Brasil, até a 
promulgação da EC 24/1999). 
- EC 45/2004: ampliada a competência da JT, passando a julgar os conflitos 
decorrentes de toda relação de trabalho, não somente as relações de emprego. 
o Criados o Conselho Superior da Justiça do Trabalho e a Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, que funcionarão 
junto ao TST (art. 111, § 2º). 
o STF suspende liminarmente a interpretação que estendia aos servidores 
públicos estatutários o direito de demandar na JT (ADI 3395). 
 
- ATRIBUIÇÕES DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
 
O artigo 114 da CF manteve o Poder Normativo da Justiça do Trabalho e estabeleceu 
novas atribuições, tais como o julgamento de ações sobre representação sindical, atos 
decorrentes da greve, indenização por dano moral ou patrimonial resultantes da relação 
de trabalho e os processos relativos às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores por fiscais do trabalho. 
A Justiça Trabalhista passou a julgar ainda mandados de segurança, habeas corpus e 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
As partes poderão ajuizar dissídios coletivos na Justiça do Trabalho, quando uma 
delas se recusar à negociação coletiva ou à arbitragem. O ajuizamento do dissídio coletivo de 
natureza econômica é facultado às partes, de comum acordo. Foi mantida a competência para 
executar, de ofício, as contribuições sociais (devidas por empregadores e empregados), e 
seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. 
TST: 27 ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 
anos, nomeados pelo Presidente após aprovação pela maioria absoluta do Senado. 1) Um 
quinto para advogados e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício e 2) 
Juízes dos TRTs (magistratura de carreira). 
TRT: mínimo 7 juízes, escolhidos dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 
anos. 1) Um quinto para advogados e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo 
exercício e 2) Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
O artigo 111 da CF dispõe quais são os Órgãos da Justiça do Trabalho: 
• TST 
• TRTs 
• Juízes do Trabalho 
o Nas comarcas não abrangidas pela JT, atribui-se jurisdição trabalhista aos 
juízes de direito, com recurso para o respectivo TRT (Art. 112 CF). Juiz 
Estadual ou Federal poderá julgar matéria trabalhista. Caso seja instalada Vara 
do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista e 
remete-se os autos à JT, independentemente da fase processual (Súmula 10 
STJ) à competência absoluta. 
 
A EC 24/1999 promoveu a extinção da representação classista da JT. 
 
Acesso à JT: concurso público ou 5º Constitucional previsto na CF. 
 
ORGANIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO DO TST: 
• Tribunal Pleno (27 ministros) 
• Órgão Especial 
• SDC 
• SDI 1 
• SDI 2 
• Turmas (8, com 3 ministros em cada) 
 
Novo CPC e sua aplicação ao Direito Processual do Trabalho: 
 
CPC: “Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou 
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e 
subsidiariamente.” 
a) Corrente 1: o art. 15 do NCPC, ao entrar em vigor, derrogaria o art. 769 da CLT, por 
ser norma posterior reguladora da mesma temática. 
b) Corrente 2: diante da norma do art. 769 - regra própria, de se concluir pela 
inaplicabilidade do art. 15 ao Processo do trabalho, que não é omisso quanto ao tema. 
c) Corrente 3: a norma do art. 15 serve de suplemento à do art. 769, complementando-a; 
 
´ Deputado Efraim Filho (sub-relator da proposta que incluiu no novo CPC a expressão 
“supletiva”) explica: “a aplicação subsidiária visa ao preenchimento de lacuna; a 
aplicação supletiva, à complementação normativa” 
´ Interpretação mais adequada: Na ausência de normas de direito processual do 
trabalho, as disposições do Novo CPC serão aplicadas subsidiária (no caso de omissão 
total) ou supletivamente (no caso de omissão parcial ou para aperfeiçoar o 
regramento), a fim de suprir lacuna ou complementar a sistemática processual, desde 
que haja compatibilidade com os princípios do DPT. 
´ Há uma convivência harmônica entre o Art. 15 do CPC e o Art. 769 da CLT, pois 
o sentido apresentado por elas é convergente. Art. 769 remete ao “direito processual 
comum” a qualidade de fonte subsidiária do DPT, não restringindo apenas ao CPC. 
Sempre que o uso de preceitos do processo comum servir para violar estrutura 
principiológica do DPT, há incompatibilidade e a consequente inviabilidade de sua 
operacionalização. 
 
Aplicação Subsidiária do CPC no Processo do Trabalho 
 
• art. 769, CLT: em caso de omissão, aplica-se o direito processual comum 
subsidiariamente, naquilo em que for compatível. 
• art. 889, CLT: aplicação dos preceitos que regem o processo dos executivos fiscais 
para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
• art. 15, CPC: aplicaçãosupletiva e subsidiária do CPC ao DPT. 
 
A IN 39 identificou três categorias de normas do CPC (rol não exaustivo): 
a) as não-aplicáveis (art. 2º); 
b) as aplicáveis (art. 3º); 
c) as aplicáveis em termos, com as necessárias adaptações (as demais referidas na IN a 
partir do art. 4º). 
 
 
 
 
 
 
ADI 5516/2016. ANAMATRA INGRESSA NO STF CONTRA INSTRUÇÃO 
NORMATIVA QUE DISCIPLINA APLICAÇÃO DO NOVO CPC AO PROCESSO DO 
TRABALHO. A Anamatra ingressou com ADI 5516 para suspender a eficácia da IN nº 
39/2016. Para a Anamatra, a IN viola o artigo 22, I, da CF, ao invadir a competência da 
União para dizer quais seriam os dispositivos do CPC que seriam aplicáveis ao processo 
trabalhista, assim como os que não seriam. Além disso, para a entidade, a IN viola os 
artigos 5º, II, da CF (princípio da reserva legal) e o art. 96, I, “a”, da CF (competências 
privativas dos Tribunais para editar seus Regimentos Internos apenas sobre as matérias 
internas do Tribunal). “O Tribunal Superior do Trabalho não possui competência, quer 
constitucional, quer legal, para o fim de expedir Instrução Normativa com a finalidade de 
‘regulamentar’ a lei processual federal”. De acordo com a entidade, a IN viola o princípio da 
independência dos magistrados, contido em vários dispositivos da CF, já que cabe a 
cada juiz ou Tribunal, no exercício da prestação jurisdicional, conferir a interpretação 
da lei ao julgar os casos concretos, e não ter de se submeter a normas de “sobredireito” 
DISPOSITIVOS	DO	
NOVO	CPC	
Aplicáveis	
Subsidiariamente	
(omissão	total)	
Suple4vamente	
(omissão	parcial)	
Não	aplicáveis	
Disposição	
expressa	
Incompa4bilidade	
Regra	
imper4nente	
editadas por um Tribunal, que não tem função legislativa. “A IN, pela sua natureza, parece 
incompatível com a independência judicial”. 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
- Princípio da transcendência ou do prejuízo: nos processos sujeitos à apreciação da JT 
só haverá nulidade quando dos atos resultar manifesto prejuízo às partes litigantes 
(Art. 794, CLT) 
- A nulidade não será pronunciada (Art. 796, CLT): 
o quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
o quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
o Art. 249, § 2º, CPC. Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem 
aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará 
repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou 
sejam consequência. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL 
 
- Princípios jurídicos: “proposições fundamentais que informam a compreensão do fenômeno 
jurídico. São diretrizes centrais que se inferem de um sistema jurídico e que, após inferidas, a 
ele se reportam, informando-o.” 
 
- Normas x Princípios x Regras: ao contrário das regras, princípio não revoga princípio, eles 
se harmonizam para a aplicação da justiça no caso concreto (proporcionalidade/ponderação de 
princípios). Violar um princípio é a mais grave das inconstitucionalidades, pois viola todo o 
sistema de comandos. Sem princípio não há ordem constitucional e garantia de liberdades. 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS: devido processo legal, igualdade/ 
isonomia, contraditório, ampla defesa, vedação da prova ilícita, motivação das decisões, 
publicidade dos julgamentos, imparcialidade do juiz, juiz natural, duplo grau de jurisdição, 
acesso individual ou coletivo à Justiça ou da Inafastabilidade do controle jurisdicional, 
razoabilidade da duração do processo (economia e celeridade processual). 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 
 
1) Princípio da Proteção: no Direito Material, é um princípio basilar. No Direito 
Processual, não pode frustrar o Princípio da Igualdade, com o objetivo de 
compensar a desigualdade existente na realidade socioeconômica (entre 
empregado e empregador) com uma desigualdade jurídica em sentido retificador. 
Incidência na função informadora: inspira o legislador na criação da norma. 
a. Exemplo: (i) a ausência do reclamante na audiência inaugural provoca o 
arquivamento da reclamação, enquanto a ausência do reclamado implica a 
revelia e a consequente confissão ficta; (ii) o depósito recursal é exigido 
apenas do empregador (899, § 4º CLT); (iii) impossibilidade de o juiz declarar 
de ofício a prescrição no Processo do Trabalho (incompatibilidade com o 
princípio da proteção ao hipossuficiente). 
 
2) Princípio da finalidade (ou efetividade) social do processo: princípio que informa o 
processo trabalhista e o distingue do processo civil é o princípio da finalidade social, 
cuja observância decorre uma quebra do princípio da isonomia entre as partes, 
pelo menos em relação à sistemática tradicional do direito formal. Esse princípio 
permite que o juiz tenha uma atuação mais ativa, na medida em que auxilia o 
trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar a prolação da sentença. 
a. Exemplo: não se pronuncia a prescrição intercorrente em ação ajuizada por 
sindicato, como substituto processual, se não houve notificação pessoal do ente 
coletivo ou dos substituídos para adoção de medidas necessárias ao andamento 
do feito, sob pena de ofensa ao Princípio da Finalidade Social do Processo. 
 
3) Princípio Dispositivo ou da Demanda: exige iniciativa da parte para iniciar-se a 
ação. Sem autor não há jurisdição. Exceções no processo trabalhista: (i) reclamação 
trabalhista instaurada por ofício oriundo da Delegacia Regional do Trabalho (CLT, art. 
39), (ii) da execução promovida ex officio pelo juiz (CLT, art. 878). 
a. Há incidentes processuais em que o órgão julgador pode dar início sem 
necessidade de provocação da parte: (i) incidente de resolução de demandas 
repetitivas (art. 976, NCPC), (ii) conflito de competência (art. 951, NCPC), 
(iii) incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 133 a 137, 
CPC). 
 
4) Princípio inquisitivo ou do Impulso Oficial: após iniciado, o processo se desenvolve 
por impulso oficial. Art. 765 da CLT e art. 852-D. Art. 765 da CLT: “os Juízos e 
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo 
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento delas”. 
 
5) Princípio da Instrumentalidade ou da Finalidade: o processo deve estar a serviço 
do direito material, ser instrumento de justiça. Quando a lei prescrever ao ato 
determinada forma, sem cominar nulidade, será válido se, feito por outra forma, lhe 
alcançar a finalidade, desde que não haja prejuízo. A forma não é um fim em si 
mesma. Art. 794 da CLT. 
 
6) Princípio do Ônus da Prova: Art. 373/CPC: autor deve provar fato constitutivo de 
seu direito e réu deve provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo de tal direito. 
Art. 818/CLT: a prova das alegações incumbe a quem as fizer. 
 
a. Inversão do ônus da prova: se o trabalhador tiver dificuldade de se 
desincumbir do ônus probatório, tal princípio vem sendo mitigado, ocorrendo a 
inversão do ônus da prova (na busca da verdade real), com base no CDC (art. 
6º, item VIII). Art. 373 CPC (excessiva dificuldade de cumprir o encargo ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário à inverte-se o ônus da 
prova por decisão fundamentada). IN 39/2016: não se aplica ao Processo do 
Trabalho a distribuição diversa do ônus da prova por convenção das 
partes. 
b. Súmulas 6, item VIII (ônus da prova da equiparação salarial); 212 (ônus da 
prova do término do contrato de trabalho) e 338 (cria a presunção relativa de 
veracidade da jornada de trabalho alegada pelo empregado em processo 
judicial). 
c. Art. 852-D/CLT: procedimento sumaríssimo à juiz poderá liminar ou excluir 
as provas que considerar excessivas,impertinentes ou protelatórias. 
 
7) Princípio da Oralidade: interage com outros princípios (imediatidade, identidade 
física do juiz, concentração, irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias). 
a. Discussão oral da causa, na presença do magistrado. Mais acentuado no 
Processo do Trabalho (concentração dos atos em audiência). Art. 840, § 2º e 
850/CLT. 
b. Participação nas audiências, direta e oralmente. Debates orais (defesa, 
impugnação, contraditas, protestos, razões finais, decisões interlocutórias ou 
mesmo sentença etc.). 
 
8) Princípio da Imediatidade ou Imediação: o juiz está obrigado ao contato direto com 
as partes e sua prova testemunhal e com as demais provas ou mesmo com terceiros. 
Tal princípio “dá conteúdo ao princípio da oralidade”, tem como objetivo facilitar na 
busca da verdade real. Art. 820/CLT. 
a. Larga incidência da prova oral no Processo do Trabalho. 
b. A imediação e identidade física do juiz complementam-se. Significa a primeira 
que o magistrado deve, pessoalmente, estar presente no momento da produção 
da prova oral; deve ser ele mesmo o responsável por ouvir as partes, as 
testemunhas e eventualmente terceiros que possam ter algo a esclarecer no 
feito, dirigindo os trabalhos de modo a formar seu convencimento à luz de tudo 
que observar diretamente. 
 
9) Princípio da Concentração: aplicação conjunta de vários princípios e procedimentos 
para regulamentar e orientar a apuração de provas e proferir a decisão em uma única 
audiência. Busca atingir a celeridade. 
a. Arts. 849 e 852-C/CLT (unicidade das audiências) 
b. Exemplos: reunião dos atos processuais em audiência, presença das partes e do 
juiz obrigatória, provas produzidas em audiência (845 CLT), decisão e 
respectiva notificação em audiência (art. 852 CLT). 
 
10) Princípio do Jus Postulandi pessoal das partes: aplicável nas reclamações 
trabalhistas e nas ações dos Juizados Especiais, nestes, em função do valor da causa. 
a. Arts. 791 e 839 da CLT; Súmula 425 TST. 
b. Restrito a empregados e empregadores, não abrangendo outras pessoas, ainda 
que figurem como parte nos dissídios trabalhistas. IN 27/2005 TST. No 
entanto, grande parte da doutrina entende que todas as pessoas que figurem em 
uma ação trabalhista podem demandar sem advogados. 
 
11) Princípio da Busca da Verdade Real: deriva do princípio material da primazia da 
realidade sobre a forma. Art. 765/CLT. 
a. Exemplo: se a prova documental é contraditória, prevalece a prova 
testemunhal. 
 
12) Princípio da Indisponibilidade: irrenunciabilidade do direito material. 
a. No processo, por sua característica de instrumentalidade e por sua função 
finalística, busca-se o cumprimento dos direitos indisponíveis dos 
trabalhadores. 
b. Renúncia: limitada!!! 
 
13) Princípio da Conciliação: art. 764/CLT. 
a. Constituição: previsão da competência da JT para conciliar e julgar os 
dissídios individuais e coletivos. A busca da conciliação é essencial, sendo 
obrigatória em pelo menos dois momentos distintos: antes e após a instrução 
(arts. 846 e 850). 
b. A conciliação é um importantíssimo meio de resolução de conflitos, garantindo 
eficiência ao Judiciário, promovendo a pacificação social, atenuando a pressão 
numérica dos processos, reduzindo o tempo global da tramitação destes e 
preservando a qualidade da atuação jurisdicional. A sentença pode ser a pior 
solução para um conflito, porque é uma solução jurídica, enquanto que as 
partes têm problemas reais, com dimensões psicológicas, sociais e outras, além 
da jurídica. 
c. Art. 764: os dissídios serão sempre submetidos à conciliação. Art. 831, 
parágrafo único: irrecorribilidade de acordos. Súm. 259 TST: Só por ação 
rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do 
art. 831 da CLT. 
d. Art. 831 da CLT estabelece uma condição intrínseca para a validade da 
sentença trabalhista, ao determinar que ela somente “será proferida depois de 
rejeitada pelas partes a proposta de conciliação”. 
 
14) Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias: art. 893, § 
1º/CLT. 
a. Art. 1015 CPC: alteração da diretriz antes estabelecida, de recorribilidade 
ampla e imediata das interlocutórias na fase de conhecimento. Súmula 214 
TST. O art. 1.015 do NCPC elenca hipóteses de decisões interlocutórias que 
comportam agravo de instrumento – taxativamente. 
b. Sentido mais enfático no Processo do Trabalho. 
 
15) Princípio da Normatização Coletiva (ou da Jurisdição Normativa): 
a. Único seguimento do Poder Judiciário que possui poder normativo. A CF 
atribuiu à JT competência para estabelecer normas gerais e abstratas, relativas 
às condições de trabalho, com eficácia ultra partes, quando do julgamento dos 
dissídios coletivos, ao proferir a sentença normativa (rectius: acórdão 
normativo). Art. 114, §§ 1º e 2º da CF. 
b. Limitação: não é absoluto, há limites na própria CF, nas leis de ordem pública 
de proteção ao trabalhador (CF, art. 7º; CLT, arts. 8º e 444) e nas cláusulas 
(normas) anteriores previstas em convenções e acordos coletivos que 
disponham sobre condições mínimas de determinada categoria profissional 
(CF, art. 7º, XXVI). 
c. IN 39/TST: Art. 14. Não se aplica ao Processo do Trabalho o art. 165 do 
CPC, salvo nos conflitos coletivos de natureza econômica (CF, art. 114, §§ 1º e 
2º). “Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual 
de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de 
conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a 
auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.” 
 
16) Princípio da informalidade: o processo do trabalho não faz tantas exigências 
técnicas quanto o processo civil, até mesmo em função do jus postulandi das próprias 
partes (arts. 791 e 839 da CLT). 
a. Exemplos: arts. 840 CLT (petição inicial mais simples que a prevista no art. 
319 do CPC) e 899 da CLT (recurso por “simples petição”, atualmente em 
desuso, em função do próprio princípio do contraditório). 
b. “O processo do trabalho é essencialmente prático e prima por maior 
informalidade; por menor solenidade; por maior simplicidade; por menor 
embaraço de natureza acadêmica ou dogmática; por maior efetividade. A 
tendência moderna não é a de entronizar a forma em detrimento da essência, o 
que, aliás, o processo do trabalho sempre rejeitou”. 
 
17) Princípio da Extrapetição: autoriza que o juiz condene o reclamado a certos pedidos 
que não constem na petição inicial do reclamante. 
a. Súmula 211, TST. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. 
INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO 
JUDICIAL. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, 
ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. 
b. Art. 322 CPC: § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção 
monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. 
 
18) Princípio do Contraditório: é o Direito de informação e o Direito de reação no 
processo. 
a. Art. 10 CPC: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base 
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de 
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
b. Matérias de ordem pública: o juiz só pode decidir de ofício após as partes 
serem ouvidas. As partes participam, evitando a decisão surpresa. Não podem 
ser expostas de ofício pelo magistrado, ainda que sejam matérias de ordem 
pública. VEDAÇÃO À DECISÃO SURPRESA. 
c. IN 39/16: art. 4º: Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que 
regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que 
vedam a decisão surpresa. § 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no 
julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição,aplicar 
fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência prévia 
de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, 
à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o 
Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, 
concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de 
recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em 
contrário. 
 
19) Princípio da Cooperação: dirigido ao Estado. Advém do contraditório: antes de 
decidir, o juiz deve ouvir as partes. Gera deveres para as partes, para o juiz, para os 
auxiliares da justiça. Implica em deveres para o Tribunal: Dever de prevenção (antes 
de punir o juiz deve advertir), Dever de esclarecimento (esclarecer as demandas das 
partes), Dever de consulta (se houver no PJE documento impertinente, o juiz pode 
tornar aquele documento indisponível), Dever de auxílio (cabe ao magistrado expedir 
certidões para auxiliar as partes). 
a. Cooperação das partes com o tribunal e do tribunal para com as partes. 
Ressalta-se para as PARTES o dever de boa-fé, traduzido no dever de agir com 
ética e lealdade processual. 
 
20) Princípio da Garantia da Resolução Integral do Mérito 
a. Art. 4 CPC: As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução 
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
b. Art. 6: Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
c. Art. 76: verificada a incapacidade processual ou a irregularidade de 
representação da parte, juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável 
para que seja sanado o vício. 
d. IN 39/2016: aplica-se ao Processo do Trabalho os preceitos do CPC que 
regulam o saneamento de incapacidade processual ou de irregularidade de 
representação da parte. 
e. OJ 140 SDI 1= DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA 
ÍNFIMA. DESERÇÃO. OCORRÊNCIA. Ocorre deserção do recurso pelo 
recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal, ainda que a 
diferença em relação ao "quantum" devido seja ínfima, referente a centavos. 
 
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para 
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1o Nas 
hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a 
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do 
juiz. § 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome 
foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. 
 
Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular 
assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber 
citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito 
sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração 
de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. § 1º A procuração 
pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. § 2o A procuração deverá conter o nome do 
advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o 
nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a 
procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, 
inclusive para o cumprimento de sentença. 
 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios 
processuais; 
 
Súmula nº 383 do TST: NOVA REDAÇÃO, adequando-a ao CPC. 
• I - É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até 
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional 
(CPC/2015, art. 104 - CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente 
de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do 
recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, 
considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. 
• II - Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em 
procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão 
competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja 
sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a 
providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das 
contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 
320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando 
com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Obs: com exceção do prazo, regra 
aplicável ao Proc. Trabalho 
 
Art. 485, § 7º CPC: Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos 
deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. Extinguindo sem mérito, ao receber o 
RO com os argumentos expostos pelas partes, o juiz pode se retratar: para que seja 
alcançado o mérito! O princípio é evidente! 
 
Art. 488 CPC: Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for 
favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485. 
(extinção sem mérito) = reflete a primazia da resolução de mérito! 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: (...) Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado 
vício ou complementada a documentação exigível. 
 
Para interpor o Agravo, deve-se juntar vários documentos = mas a primazia do julgamento 
do mérito: Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: § 3o Na falta da 
cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do 
agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único. 
→fornecer 5 dias para sanar o vício!!! 
 
B) NEGOCIAÇÃO PROCESSUAL 
 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da 
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou 
durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade 
das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de 
nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre 
em manifesta situação de vulnerabilidade. → inaplicabilidade ao Processo do Trabalho. 
 
ATO 168 TST: regulamentação do procedimento de mediação e conciliação pré-processual 
em dissídios coletivos de natureza econômica, jurídica ou de greve. 
 
Obs: PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: 
- Súmula 114, TST: É inaplicável na JT a prescrição intercorrente. 
- Súmula 327 STF: O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. 
- IN 39/2016: NÃO SE APLICA AO PROCESSO DO TRABALHO A 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
 
HERMENÊUTICA OU EXEGESE DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Conceito: É a ciência da interpretação e verificação do alcance das normas jurídicas. A 
hermenêutica é composta pela: 1) Interpretação, 2) Integração, e 3) Aplicação/eficácia.1) INTEGRAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Integração é a forma 
de suprir lacunas no ordenamento jurídico vigente. Essas lacunas também são chamadas de 
omissões ou anomias. Classificação das lacunas: 
• Normativas: São as lacunas tradicionais, clássicas. São aquelas verificadas nas 
hipóteses de ausência de norma para o caso concreto. (anomia). Art. 769 CLT 
• Ontológicas: São aquelas verificadas nas hipóteses de existência de normas 
desatualizadas. Ancilosamento das normas jurídicas. 
• Axiológicas: São aquelas verificadas nas hipóteses de existência de normas injustas 
ou insatisfatórias. Axioma (vem da ideia de valor). 
 
Qual a aplicabilidade ao processo do trabalho destes estudos? 
 
1) Teoria tradicional ou restritiva: defende a aplicação apenas das lacunas normativas. 
Principio do devido processo legal, previsto no art. 5º, LIV, CF que traz uma segurança 
jurídica, evitando surpresas. 
 
2) Teoria moderna, ampliativa, sistemática ou evolutiva: sustenta a aplicação de lacunas 
normativas, ontológicas e axiológicas. Principio da efetividade e celeridade processual e ideia 
do acesso a ordem jurídica justa. NOVO CPC! 
• Exemplo: Pressuposto recursal: Preparo. O CPC traz previsão semelhante ao 
contido na CLT, diferindo, no entanto, do momento de sua comprovação. 
o Art. 1.007, do CPC: “No ato de interposição do recurso, o recorrente 
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo 
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.” 
o A CLT exige a comprovação das custas no prazo recurso e não 
necessariamente no ato de sua interposição, conforme artigo 789, §1º. 
Súmula 245/TST: O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo 
alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação 
legal. 
• Exemplo: Juízo de admissibilidade recursal a quo. 
o O CPC trouxe como inovação a supressão do juízo de admissibilidade 
recursal a quo, conforme art. 1.010, §3º: “Após as formalidades previstas 
nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, 
independentemente de juízo de admissibilidade.” 
o Dispositivo aplicável à JT, quanto ao juízo de admissibilidade do RO feitos 
pelas Varas do Trabalho, pois compatível com o artigo 769, da CLT. 
o Nova redação do art. 1030 CPC: aplicação no Processo do Trabalho, 
respeitadas as limitações do art. 769 da CLT. 
 
2) APLICAÇÃO 
 
2.1 - Eficácia da lei processual trabalhista no tempo ou direito intertemporal. Art. 912 e 
915 da CLT, art. 6º da LINDB e art. 5º, XXXVI, CF. 
 
Art. 915, CLT. Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos 
alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta 
Consolidação. 
 
Art. 6º, LINDB. A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. §1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já 
consumado segundo a lei vigente o tempo em que se efetuou. §2º Consideram-se adquiridos 
assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como àqueles cujo 
começo do exercício tenha termo fixo, ou condição pre-estabelecida inalterável, a arbítrio 
de outrem. § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. 
 
Art. 5º, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXVI-A lei não 
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 
“Teoria do efeito imediato ou da eficácia imediata” – A nova lei incide imediatamente nos 
processos em curso. Além disso, aplicável o principio da irretroatividade das leis. A lei nova 
não poderá retroagir prejudicando ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada. 
 
Temos também o “sistema de isolamento dos atos processuais”, em que a nova lei não 
poderá retroagir atingindo ato processual já praticado. 
 
Art. 926 CPC: uniformização de jurisprudência pelos tribunais, mantendo-a estável, íntegra e 
coerente. 
 
Exemplo: cancelamento da Súmula 434 TST (recurso interposto antes do acordão não era 
válido). O STF superou este entendimento, entendendo que: “A extemporaneidade não se 
verifica com a interposição de recurso antes do termo a quo e consequentemente não gera 
a ausência de preenchimento de requisito de admissibilidade da tempestividade. O 
princípio da instrumentalidade do Direito Processual reclama a necessidade de interpretar 
os seus institutos sempre do modo mais favorável ao acesso à justiça (art. 5º, XXXV, 
CRFB) e à efetividade dos direitos materiais. As preclusões se destinam a permitir o 
regular e célere desenvolvimento do feito, não sendo possível penalizar a parte que age de 
boa-fé e contribui para o progresso da marcha processual com o não conhecimento do 
recurso por ela interposto antecipadamente, em decorrência de purismo formal 
injustificado.” 
 
O NCPC prevê em seu artigo 218, parágrafo 4º: “§ 4o Será considerado tempestivo o ato 
praticado antes do termo inicial do prazo.” 
 
 
B- EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL TRABALHISTA NO ESPAÇO. 
 
Principio da territorialidade: A lei processual terá incidência no âmbito do território nacional. 
 
Exceções: transferência de empregados removidos para o exterior, cujo contrato estava 
sendo executado no Brasil; os cedidos para empresas localizadas no estrangeiro, desde que 
mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro; e aqueles contratados por 
empresas sediadas no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior, em filiais, por 
exemplo. 
 
Art. 3º: A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-
lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: I - 
os direitos previstos nesta Lei; II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, 
naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a 
legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. Parágrafo único. 
Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre 
Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de 
Integração Social - PIS/PASEP. 
 
FORMAS OU MÉTODOS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS. 
1) Autotutela, também chamada de autodefesa; 
2) Autocomposição 
3) Heterocomposição 
 
A) Autotutela ou autodefesa: forma mais primitiva de solução dos conflitos: “fazer justiça 
com as próprias mãos”. É vedada pelo ordenamento jurídico e considerada crime. Imposição 
de força (física, econômica, social, política, cultural) por uma das partes e submissão da parte 
contrária. 
 
Excepcionalmente, a autotutela é permitida pelo direito brasileiro: 
• Esfera penal = A legitima defesa. 
• Esfera civil = o desforço imediato na tutela da posse, defendendo-a com as próprias 
mãos. 
• Esfera trabalhista: âmbito coletivo = Greve e lock-out; âmbito individual = “Jus 
resistentiae” e a despedida ou a rescisão indireta. 
 
B) Autocomposição: as próprias partes buscam a solução sem o emprego da força. Duas 
classificações doutrinárias: 
• Quanto à manifestação de vontade: seria uma autocomposição unilateral (renúncia) e 
uma autocomposição bilateral (transação). 
• Quanto ao local de realização: a autocomposição extraprocessual (Exemplos: ACT, 
CCT, conciliação na CCP, e a mediação*) e a autocomposição intraprocessual 
(Exemplo: as conciliações no processo). 
 
Quanto à mediação, duas correntes de enquadramento: 
• Mediação como forma de autocomposição (prevalece, pois o mediador pratica 
métodos persuasivos, não impositivos) 
• Mediaçãocomo espécie de heterecomposição: em razão da presença de um terceiro. 
 
Mediadores: MTE ou MPT. 
 
C) Heterocomposição: presença de um terceiro com poder de decisão sobre as partes. 
Exemplos: jurisdição (Estado é o terceiro) e arbitragem (árbitro é terceiro). 
 
Existe uma discussão sobre a constitucionalidade da arbitragem, diante da ofensa aos 
princípios: (i) amplo acesso ao poder judiciário e (ii) imparcialidade. Todavia prevalece o 
entendimento de que a arbitragem é constitucional, tendo em vista que a arbitragem é 
facultativa, não é obrigatória, o árbitro é de livre escolha das partes e eventuais 
nulidades poderão ser discutidas perante o poder judiciário. 
 
A arbitragem é cabível ou não na área trabalhista? 
• No âmbito dos conflitos coletivos, a arbitragem é permitida, inclusive está prevista na 
própria CF, art. 114, §§ 1º e 2º 
• No âmbito dos conflitos individuais, prevalece a posição no sentido da 
inaplicabilidade. A Lei 9.307/96 permite arbitragem na hipótese de envolvimento de 
direitos patrimoniais disponíveis. (ofende o princípio da indisponibilidade dos 
direitos trabalhistas). 
 
3- Comissão de Conciliação Prévia: é uma forma auto-impositiva de solução dos conflitos. 
Tentativa de desafogar o Poder Judiciário na solução dos conflitos individuais trabalhistas. 
• Criação facultativa: A CCP em si não é obrigatória. 
• Local de criação: pode ser criada no âmbito da empresa, do grupo de empresas ou no 
âmbito de sindicato. Na hipótese da existência simultânea de CCP sindical e CCP 
empresarial, o empregado deverá optar por qual delas? O empregado poderá optar 
por qualquer delas, e se provocar as duas será competente a que primeiro conhecer do 
pedido. 
• Princípio da Paridade: vale tanto para o âmbito sindical, quanto para CCP empresarial 
e significa igual número de representantes dos empregados e dos empregadores 
(“composição paritária”). 
• CCP Sindical: composição e normas de funcionamento definidas em CCT ou ACT. 
Não é a Lei que define. 
• CCP Empresarial: regras na CLT. 
o Composição: mínimo 2 e máximo 10 membros. ½ empregador e ½ eleita 
pelos empregados. 
o Suplentes: mesmo número de titulares. 
o Mandato e reeleição: 1 ano, permitida 1 recondução. 
o Estabilidade/Garantia de emprego: apenas aos representantes (eleitos) dos 
empregados (titulares + suplentes), até 1 ano após o final do mandato. 
§ Qual é o “dies a quo”, qual o termo inicial? 1º corrente (majoritária): 
é o registro da candidatura (aplicação analógica das regras da garantia 
de emprego do dirigente sindical). Necessidade do inquérito judicial. 
2º corrente: é a eleição (ausência de previsão legal). Desnecessidade 
do inquérito judicial. 
§ Trata-se de hipótese de interrupção do contrato individual de 
trabalho: O membro da CCP, representante dos empregados 
desenvolverá sua atividade normal na empresa, afastando-se apenas 
quando convocado para atuar como conciliador, devendo ser 
computado esse período no tempo de serviço. 
§ Há a necessidade ou não de inquérito judicial para apuração de falta 
grave? 1ª Corrente: facultativo - ADI 2.139 e 2.160, STF, em liminar, 
fez uma interpretação conforme o art. 625-D, “caput” CLT, ofende o 
art. 5º, XXXV, CF (princípio do amplo acesso do poder judiciário ou 
da inafastabilidade da jurisdição). Além desse argumento tínhamos a 
Súmula 2 do TRT da 2º Região que trazia a facultatividade da 
passagem. 2ª Corrente: obrigatoriedade – interpretação gramatical/ 
literal do art. 625-D, “caput” CLT. A obrigatoriedade da passagem 
consubstancia uma condição da ação, no caso o interesse processual. A 
ausência resultava na extinção do processo sem resolução do mérito. A 
passagem consubstancia um pressuposto processual. A ausência 
resultava na extinção do processo sem resolução do mérito. 
• Provocação da CCP: poderá ser por escrito ou reduzida a termo. Após a provocação 
será aberto um prazo de 10 dias para a realização da sessão de tentativa de 
conciliação. Na sessão temos dois caminhos possíveis: a) Acordo (título executivo 
extrajudicial, trazendo eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas 
expressamente ressalvadas – Súmula 330 TST) ou b) Tentativa infrutífera de 
conciliação (empregado recebe Declaração de Tentativa Conciliatória Frustrada). 
o A provocação da CCP importará na suspensão do prazo prescricional. Na 
suspensão, o prazo volta a contar pelo que sobrou. 
o Se o prazo de 10 dias for exaurido sem a realização da sessão será fornecida 
ao empregado a Declaração de Tentativa Conciliatória Frustrada. 
 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
CRITÉRIOS ABSOLUTOS: matéria, pessoa, função. 
 
CRITÉRIO RELATIVO: lugar. Critério da Soberania Nacional: 651, § 2 CLT. 
 
Art. 2º, § 1º da IN 39/2016 TST: não se aplica ao Processo do Trabalho art. 63 do CPC 
(modificação da competência territorial e eleição de foro). 
 
A) Competência em razão da matéria 
 
Regras de competência material: 
(i) Original: relações oriundas das relações de emprego 
(ii) Derivada: relações de trabalho. Exemplos: 
a. relação médico autônomo e clínica (ação de cobrança profissional autônomo-
cliente não é JT, mas Justiça estadual – Súmula 363 TST); 
b. no caso de advogados, ainda há divergência doutrinária; 
c. ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve 
(Súmula Vinculante 23 STF); 
d. ações sobre representação sindical (entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores); 
e. MS, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria 
sujeita à sua jurisdição; 
f. as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho (ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do 
trabalhador falecido); 
g. competência para processar e julgar ação civil pública que contenha pedido de 
indenização por danos morais coletivos; causas que envolvam acidentes de 
trabalho (justiça comum detém competência para processar e julgar APENAS 
as ações em que o INSS figure sozinho no polo passivo = responsabilidade 
objetiva para assegurar benefícios ao trabalhador acidentado ou incapacitado 
em decorrência de doença ocupacional); 
h. iniciar e conduzir a execução das contribuições sociais, sem lançamento, sem 
inscrição em dívida ativa e sem ajuizamento de ação de execução (maior 
eficácia ao sistema de arrecadação da Previdência Social); 
i. Súmula Vinculante 53: competência da JT alcança apenas a execução 
das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação 
constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
Súmula 368 TST: JT é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à 
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário de contribuição. Atenção: sentença 
que se limita a reconhecer a existência do vínculo empregatício não 
constitui título executivo judicial para execução de crédito de 
contribuições previdenciárias. Logo, a JT não tem competência para 
determinar a execução dos créditos previdenciários se não houve 
condenação pecuniária sobre o período do vínculo de emprego 
reconhecido em juízo. 
ii. STF, no RE 569056 PA (que deu origem à SV 53), declarou de forma 
incidente a inconstitucionalidade do art. 876 do CLT: por ele a JT 
poderia executar não apenas as verbas constantes da condenação, mas 
também as sentenças que se limitam a reconhecer a existência do 
vínculo. 
i. Súmula 414 TST: I. A antecipação da tutela concedida na sentença não 
comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável 
mediante recurso ordinário. A ação cautelaré o meio próprio para se obter 
efeito suspensivo a recurso. II. No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser 
concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em 
face da inexistência de recurso próprio. III. A superveniência da sentença, nos 
autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava 
a concessão da tutela antecipada (ou liminar). 
j. ADI nº 3.684: incompetência da JT para processar e julgar ações penais. 
k. Será cabível a ação civil pública na esfera trabalhista quando se verificar lesão 
ou ameaça a direito difuso, coletivo ou individual homogêneo decorrente da 
relação de trabalho, consubstanciando tal ação coletiva um mecanismo de 
proteção dos direitos sociais constitucionalmente garantidos. Ressalte-se que 
um mesmo fato, desde que tendo impacto sociocomunitário, pode dar origem 
tanto a interesses difusos, como a coletivos, como ainda a individuais 
homogêneos. Desse modo, nada impede que em uma mesma ação civil pública 
se cumulem pretensões de obrigação de fazer, de não fazer ou de suportar e de 
condenação pecuniária por dano genérico, relativas aos direitos difusos e 
coletivos, com demanda reparatória decorrente das lesões perpetradas aos 
direitos individuais homogêneos. Aliás, tal medida vai ao encontro dos 
princípios de economia e celeridade processuais, tão estimados nesta Justiça 
Especializada. 
(iii) Extraordinária (art. 652 CLT + avulsos): quadros de carreira; ações possessórias; 
cadastramento no PIS (Súmula 300 TST); meio ambiente de trabalho (Súmula 736 
TST); seguro desemprego (Súmula 389 TST); 
 
A incompetência material é de natureza absoluta e deve ser declarada de ofício pelo juiz, 
sob pena de nulidade dos atos decisórios. Mas cabe ao réu alegá-la antes de discutir o 
mérito, em sede de preliminar (NCPC, art. 337, II). Pode ser alegada em qualquer tempo e 
grau de jurisdição. 
 
ANTES DEPOIS 
Art. 114. Compete à Justiça do 
Trabalho conciliar e julgar os 
dissídios individuais e coletivos 
entre trabalhadores e 
empregadores, abrangidos os 
entes de direito público externo 
da administração pública direta 
e indireta dos Municípios, do 
Distrito Federal, dos Estados e 
da União, e, na forma da lei, 
outras controvérsias decorrentes 
da relação de trabalho, bem 
como os litígios que tenham 
origem no cumprimento de suas 
próprias sentenças, inclusive 
coletivas. 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração 
pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, 
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas 
data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita 
à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com 
jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, 
o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou 
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização 
das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais 
previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, 
decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de 
trabalho, na forma da lei. 
 
B) Competência funcional 
 
Primeiro grau: Varas do Trabalho; Grau recursal ordinário: Tribunais Regionais do Trabalho; 
Grau recursal extraordinário: TST e, em algumas hipóteses, pelo STF. 
 
Essa regra pode ser tratada de forma diversa segundo a lei (113 CF/88), como, por exemplo, 
nos dissídios coletivos e na ação rescisória, a competência material é exercida 
originalmente pelos Tribunais. 
 
C) Competência em razão da pessoa 
 
Fixada em virtude da parte que figura na relação jurídica processual. 
 
ADI 3395/04: foi mantida a competência da Justiça Federal para julgar os casos relativos às 
relações de trabalho dos servidores públicos federais, com reflexos diretos para os demais 
servidores públicos. JT competente apenas para julgar servidores públicos celetistas. 
 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
 
 
 
COMPETÊNCIA RELATIVA: LOCAL 
 
- Objetivo: facilitação acesso; facilidade para obtenção de documentos, conforme 630, §4º 
CLT 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela 
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
IN 39/2016: Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em 
razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código 
de Processo Civil: I - art. 63 (“as partes podem modificar a competência em razão do valor e 
do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações”). 
Parágrafos 651 CLT: exceção ao caput = ainda mais favorável: 
 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta 
da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado 
tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, 
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o 
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
5ª TURMA Processo TRT/SP nº. 0001912-40.2010.5.02.0086 RECURSO ORDINÁRIO DA 
86ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO RECORRENTE: EMSA EMPRESA SUL 
AMERICANA MONTAGENS SA RECORRIDO: ANTÔNIO VIEIRA DE LIMA 
CONFLITO DE NORMAS. DIREITO MATERIAL APLICÁVEL. Com espeque no artigo 
3º, II, da Lei nº 7.064/82, bem como no Princípio da Proteção (prevalência da norma mais 
favorável ao trabalhador), independentemente do Princípio da Territorialidade, é garantido 
ao empregado que presta serviço no exterior a aplicação da legislação brasileira quando 
esta for mais benéfica, valendo-se da teoria do conglobamento mitigado, vez que a lei 
nacional é o patamar mínimo assegurado ao empregado contratado no Brasil ou 
transferido para prestar serviços no exterior. A ausência de prova da legislação angolana 
não gera, por conseguinte, a extinção do feito sem resolução de mérito. (Relator Donizete 
Vieira) 
 
PROC. TRT/SP nº 00009403220115020443 - 11ª Turma RECURSO ORDINÁRIO 
ORIGEM: 3ª VARA DO TRABALHO DE SANTOS /SP RECORRENTE: ANSELMO 
BRUNO DE LIMA RECORRIDO: COSTA CRUZEIROS – AG. MARÍTIMOS E TUR 
LTDA EMENTA. TRABALHADOR RECRUTADO NO BRASIL PARA PRESTAR 
SERVIÇOS EM VÁRIOS PAÍSES. A reclamada admite que o recorrente esteve à bordo de 
embarcação que passava por diversos países, elencando entre eles o Brasil. Nesse quadro, a 
circunstância do navio em que prestou serviços o obreiro ser de bandeira italiana não tem o 
alcance sustentado nos autos, na medida em que a embarcação era privada, e tendo em vista 
que houve prestação de serviços em território nacional. Assim sendo, e considerando que as 
partes são brasileiras, reputo que estão presentes os elementos de conexão necessários à 
atração da jurisdição nacional, nos termos do art. 651, §1º e 2º, da CLT. Exegese em 
conformidade com o direito fundamental de acesso do trabalhador à Justiça. Pelos mesmos 
fundamentos, tem-se que a legislação aplicável é a nacional. Até porque, ainda que se 
considere que o trabalhador prestou serviços no exterior, o simples fato dele postular pedidos 
com base na CLT revela que éesta a legislação que lhe é mais favorável a qual, assim, deve 
prevalecer, nos termos da Lei 7064/82, arts. 2º e 3º. Não há que se olvidar que a Súmula 207, 
do C. TST foi cancelada. (relator ARMANDO AUGUSTO PINHEIRO PIRES) 
 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do 
contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da 
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
OJ 149 SDI II: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA 
TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE 
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. (DEJT divulgado 
em 03, 04 e 05.12.2008) 
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, 
da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT (realização de atividades fora do lugar do 
contrato de trabalho à foro de celebração do contrato ou prestação dos serviços). Nessa 
hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a 
ação foi proposta. 
 
ATOS PROCESSUAIS 
 
CLT: artigos 770 a 782. CPC: artigos 188 a 237. 
 
-CONCEITO: São aqueles que têm por efeito a constituição, a conservação, o 
desenvolvimento, a modificação ou cessação da relação processual. Os atos processuais 
integram uma série contínua que evoluí em direção à sentença e são praticados dentro do 
tempo prefixado em lei. 
 
-Características: 
• públicos: 93, IX CF/88. 770 CLT 
• dias úteis, 6 às 20 horas (770 CLT): alterado pela previsão diversa nos regimentos dos 
Tribunais. A penhora, entretanto, poderá ser realizada em domingos ou feriados, desde 
que autorizada pelo Juiz. 
• Forma: 771 CLT 
• Comunicação dos atos: notificação = citação/intimação. 
o Citação: 841 CLT = por registro postal = cita e intima o reclamado. 
o Mediante embaraços: citação por edital: 841, §1º CLT. 
o Inaplicável o princípio da Pessoalidade da notificação (242 CPC): 
verificação do endereço (841, § 1º CLT). A única hipótese de citação pessoal 
prevista expressamente na CLT: 880, §2º CLT: citação para execução, feita por 
oficial de justiça. (Citação da União, na pessoa de seu representante legal, ou 
do MP: LC 73/93) 
o Súmula 427 TST: intimação em nome de advogado diverso = nulidade, 
SALVO SE INEXISTENTE O PREJUÍZO. 
§ Atenção: IN 39/2016: Art. 16. Para efeito de aplicação do § 5º do art. 
272 do CPC, não é causa de nulidade processual a intimação realizada 
na pessoa de advogado regularmente habilitado nos autos, ainda que 
conste pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais 
sejam feitas em nome de outro advogado, se o profissional indicado 
não se encontra previamente cadastrado no Sistema de Processo 
Judicial Eletrônico, impedindo a serventia judicial de atender ao 
requerimento de envio da intimação direcionada. A decretação de 
nulidade não pode ser acolhida em favor da parte que lhe deu causa 
(CPC, art. 276). 
o Súmula 16 TST: presunção do recebimento de notificação de 48 horas após sua 
postagem: RELATIVA! 
• Ato processual por fac símile: 
o Transmissão de dados e imagens nos processos que dependem de petição 
escrita (9800/99): originais devem ser protocolizados até 5 dias do prazo para o 
ato. (Súmula 387 TST). 
 
DOS TERMOS PROCESSUAIS 
 
-art 771 a 773 CLT: aplicação subsidiária dos artigos 206 a 211 CPC. 
 
-Termo processual nada mais é que a exteriorização do ato processual. Os termos 
processuais devem ser assinados pelas partes interessadas, salvo quando estas por motivo 
justificado não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas testemunhas, 
sempre que não houver procurador legalmente constituído (772 CLT). 
 
-Art. 773 da CLT: os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples 
notas, datadas e rubricadas pelos Chefes de Secretaria ou escrivães. 
 
PRAZOS PROCESSUAIS 
 
-Dos prazos: A rigor, na CLT, todos os prazos encontram-se determinados por lei de forma 
imperativa, mas esta permite alguns, que qualificamos de convencionais, como o da 
suspensão do prazo por 60 dias mediante ajuste das partes. (313, § 4º CPC) 
 
-Classificação dos prazos: 
• Próprios: partes (5 dias para Qualquer ato: 218, §3º CPC) 
• Impróprios (658, d CLT e 226 CPC; 841 CLT); 
• Dilatórios (prorrogáveis): 222 CPC: Na comarca, seção ou subseção judiciária onde 
for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. 
• Peremptórios (fatais) = 775 CLT. 
• Legais, judiciais (laudo técnico do perito 852 H, § 4º CLT) e convencionais (313, II 
CPC: até 6 meses). 
 
Obs: Art. 225 CPC. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em 
seu favor, desde que o faça de maneira expressa. APLICÁVEL??? 
 
Art. 775 da CLT: são contínuos os prazos e irreleváveis, sendo facultado ao juiz prorrogá-los 
por tempo estritamente necessário ou em virtude de força maior, devidamente comprovada e 
definida nos termos da lei civil, como fato necessário cujos efeitos não forem possíveis evitar 
ou impedir. 
 
(Obs: Art. 220 CPC. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 
20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados 
instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da 
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período 
previsto no caput.) 
 
Súmula 262 TST 
 
-Contagem dos prazos: 
 
IN 39/2016:Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em 
razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código 
de Processo Civil: III - art. 219 (contagem de prazos em dias úteis); 
 
774 e 775 CLT: O prazo é contínuo e irrelevável (ATENÇÃO AO 219 CPC!!!NÃO 
APLICÁVEL) = Não se interrompe nos feriados. Contudo, não começa a fluir nos feriados, 
sábados e domingos (216 CPC); também não se vence num desses dias. Em ambas as 
hipóteses, é prorrogado o termo inicial ou final para o primeiro dia útil. (224 CPC). Os 
feriados e domingos incluídos no prazo são computados na sua contagem. 
 
Súmula 1 TST: sexta feira 
Súmula 262 TST: sábado. Súmula nº 262 do TST. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO 
OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. (redação do item II alterada 
na sessão do Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014) – Res. 194/2014, DEJT divulgado 
em 21, 22 e 23.05.2014 I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 
10/1986, DJ 31.10.1986) II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal 
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 -inserida em 
08.11.2000) 
 
Nos feriados poderão ser praticados os seguintes atos: produção antecipada de provas, 
notificação a fim de se evitar o perecimento do direito, arresto, sequestro, busca e apreensão, 
depósito, embargos de terceiros e atos análogos. 
ATENÇÃO: 
Art. 214 CPC. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, 
excetuando-se: I - os atos previstos no art. 212, § 2o; II - a tutela de urgência. 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela 
superveniência delas: I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à 
conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; II - a ação de 
alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; III - os processos que a 
lei determinar. 
 
Feriados locais: comprovação ônus da parte (Súm 385 TST) 
 
O Decreto – Lei 779, de 21 de agosto de 1969, determina que direito da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios, das autarquias e fundações de direito público, que não 
exerçam atividadeseconômicas, o quádruplo do prazo fixado no art. 841 da CLT(realização 
da audiência para se defender), contato a partir da ciência da propositura da reclamação 
trabalhista; e em dobro para recurso. 
 
DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO 
 
-Distribuição oral: 5 dias para comparecer, conforme 731 CLT + 786 CLT (→ 840 CLT) 
 
-Alguns prazos existentes no processo do trabalho: art. 850 da CLT: dez minutos para razões 
finais; art. 888 da CLT: 10 dias para a avaliação do bem pelo oficial de justiça, a partir de sua 
indicação; art. 815 da CLT( parágrafo único): Se, até quinze minutos após a hora marcada, o 
juiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do 
livro de audiência; art. 884 da CLT: prazo para a propositura dos embargos à execução, 
contado a partir da ciência da penhora ou da garantia do juízo(30 dias); art. 802 da CLT: 
apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou o tribunal designará 48 horas para instrução e 
julgamento da mesma; §2º do art. 721 da CLT: nas localidades onde houver mais de uma 
Vara e não houver setor específico de mandados judiciais, a atribuição para o cumprimento do 
ato deprecado ao Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro oficial, sempre que, 
após o decurso de nove dias, sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato; art. 
846 da CLT: o prazo para a apresentação de defesa oral será de 20 minutos; art. 774 da CLT: 
salvo disposição em contrário, os prazos começam a fluir a partir da data do recebimento da 
notificação, daquela em que for publicado edital no jornal oficial ou no que publicar o 
expediente da Justiça do Trabalho, ou ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da 
Vara ou do Tribunal; Art. 841 da CLT: prazo de no mínimo cinco dias para contestar em 
audiência; § 2º do art. 851 da CLT: prazo de 48 horas para o juiz assinar a ata de audiência; § 
4º do art. 789 da CLT: 05 dias para o recolhimento de custas judiciais a partir da data de 
interposição do recurso, ou antes do julgamento pela empresa se tratar de inquérito judicial; 
art. 880 da CLT: 48 horas para pagar a dívida ou garantia da execução, sob pena de penhora; 
arts. 895, 896 e 897 da CLT: 08 dias para recursos ordinários, de revista e agravo; art. 536 do 
CPC: 05 dias para embargos de declaração; § 2º do art. 789 da CLT: elaborada a conta pelo 
contador ou perito, o juiz poderá abrir vista às partes no prazo sucessivo de 10 dias.

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