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Farmacia magistral Glossario e Excipientes

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FARMACOTÉCNICA I 
• CÓDIGO FFM 313 
• CARGA HORÁRIA SEMANAL: 6HS 
• HORÁRIOS: 
 
AULAS TEÓRICAS: TERÇAS (sala L10 ss) e 
QUINTAS (sala L11 ss), 13 ÀS 15HS 
AULAS PRÁTICAS: Prédio Novo, Lab. Didático 
Prof. Luiz F. S. Chiavegatto 
FARMACOTÉCNICA I 
• OBJETIVOS: Capacitação dos alunos na área de 
manipulação de formas farmacêuticas, dando-
lhes conhecimento quanto ao emprego de 
métodos, técnicas e processos utilizados na 
manipulação de medicamentos, que sejam 
aplicáveis à realidade e necessidade das 
farmácias com manipulação. 
Bibliografia Recomendada Para as 
Disciplinas de Farmacotécnica: 
1- Allen, LVJr; Popovich, NG; Ansel, HC. “Farmacotécnica: 
Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de 
Fármacos”. 9a Ed., Ed.: Artmed, 2013. 
 
2- Gennaro, AR. Remington: A Ciência e a Prática da 
Farmácia. 20a Ed. Guanabara Koogan, 2000. 
 
3- Prista et al.. “Tecnologia Farmacêutica”, vol I, II, III. Ed. 
Fundação Calouste, 1995. 
 
4-Thompson, Judith E. “A Prática Farmacêutica na 
Manipulação de Medicamentos”. Ed. ArTmed, 2006. 
 
5- Aulton, M.E. “Delineamento de Formas Farmacêuticas”, 
2aEd., Ed. ArTmed, 2005. 
 
Bibliografia Recomendada Para as 
Disciplinas de Farmacotécnica: 
6-Le Hir, A. Noções de Farmácia Galênica. 6aEd., Ed.:Andrei, 
LTDA, 1997. 
7- Lachman, L.; Lieberman, H.A.; Kanig, J.L. Teoria e Prática 
na Indústria Farmacêutica. Volumes I e II. Ed.: Fundação 
Calouste Gulbenkiana, 2001. 
8- Ferreira, A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 3a 
edição, 2008. Ed. Pharmabooks. 
9- Brasil. Farmacopéia Brasileira, 5ª Ed, 2010. ANVISA. 
10- Brasil. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. 2ª 
Ed, 2013. ANVISA. 
11- Brasil. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia 
Brasileira. 1ª Ed, 2013. ANVISA. 
12- Brasil. Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª Ed, 2011. 
ANVISA. 
13- Brasil. RDC 67/07. ANVISA 
O que é Farmácia Magistral? 
• MAGISTRAL: RELATIVO AO MESTRE, PERFEITO, 
EXEMPLAR, DIZ-SE DE MEDICAMENTO 
PREPARADO NA OCASIÃO DO PEDIDO. 
 
Farmácia Magistral ou Farmácia com 
Manipulação: o que é??? 
 
FARMÁCIA MAGISTRAL 
A Farmácia Magistral é o estabelecimento de saúde em 
que os medicamentos são preparados de forma 
personalizada para atender as necessidades 
farmacoterapêuticas específicas de seus usuários 
mediante a prescrição de médicos, dentistas e, 
atualmente, também de nutricionistas. Esta característica 
do setor exige do profissional farmacêutico que nele atua 
um amplo conhecimento das doenças, dos recursos 
farmacotécnicos, dos fármacos, da garantia da qualidade, 
entre outros assuntos, para, assim, estar apto a produzir e 
propor soluções em medicamentos ajustadas às 
necessidades individuais dos pacientes. 
(http://semanaracine.com.br/programacao/areas-
tematicas/farmacia-magistral/) 
 
• A arte de selecionar, extrair, preparar e 
manipular drogas de origem vegetal, animal e 
mineral é tão antiga quanto o aparecimento 
do homem na terra, de tal forma que a 
“História da Farmácia” se mistura com a 
“História da nossa Civilização”. O 
aparecimento da Farmácia se dá quando o 
homem começa a usar os recursos naturais 
como fonte medicinal contra dores, doenças, 
injúrias e até mesmo contra a morte. 
 
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA MAGISTRAL 
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA MAGISTRAL: 
 
 
A história da farmácia está fortemente 
associada a “magias, teologia, alquimia, 
dogmas e também à ciência” (stricto sensu). 
 
 
 
 
 
• Até a chegada do século XX a farmácia era 
essencialmente magistral; as manipulações 
envolviam o uso da água, folhas, plantas, 
extratos de origem vegetal, mineral e animal, 
como medicamentos. 
• O conhecimento dos antigos era passado de 
geração a geração, resultando no 
aprimoramento destas técnicas. Este 
conhecimento era ainda enriquecido com 
algum “mistério e magia”, típicos da época. 
• Muitos procedimentos eram descritos por 
tribos indígenas através de seus pajés e líderes. 
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA MAGISTRAL 
Relatos presentes no Antigo Testamento: 
 
- Êxodo 30:25. “Manipulação” do óleo da unção, 
preparado por Moisés: “Com esses 
ingredientes (mirra de primeira qualidade, 
cana odorífera, óleo de oliva etc) farás o óleo 
para a sagrada unção, um ungüento composto 
segundo a arte do perfumista”. 
130-200 DC: “A era de Galeno” 
 
• Claudius Galeno: maior médico 
grego depois de Hipócrates. 
• Foi um dos autores mais 
produtivos de todas as épocas, 
tendo escrito cerca de 500 
tratados médicos, além de 250 
publicações em áreas como 
filosofia, direito e gramática. 
• Suas publicações incluem 
descrições de numerosas drogas, 
assim como fórmulas e métodos 
de manipulação. 
COLD CREAM 
(F. BRAS. I) 
 
 
 
FÓRMULA 
Cera de abelhas......................................................15% 
Óleo mineral............................................................50% 
Borato de sódio.........................................................1% 
Água destilada..........q.s.p.................................... 100% 
 
Indicação: hidratação das camadas superiores da 
epiderme; reforço da função de « barreira » protetora da 
pele. 
 
 
 
1240: A Farmácia é “separada” da Medicina na Europa 
• Separação feita pela primeira vez pelo Imperador Alemão 
Frederick II, que entendendo o crescimento da 
complexidade e variedade do número de drogas, exigiu que 
aqueles que fossem trabalhar com estas substâncias se 
especializassem e dedicassem total atenção a esta arte. 
• Começam a aparecer as primeiras farmácias na Europa. 
1498 
• Publicada a primeira Farmacopéia: “The Nuovo 
Receptario” (Florence, Italy). Todos os “boticários” 
devem segui-la. 
 
• É dado “status oficial” a profissão farmacêutica. 
1617 
• Organizada a primeira sociedade de 
farmacêuticos em Londres: “Master, 
Wardens and Society of the Art and 
Mystery of the Apothecaries of the City of 
London” 
A Revolução Industrial (1760- 1850): 
• A revolução industrial, associada a descoberta 
de novas drogas de origem sintética, começa a 
mudar o “cenário” farmacêutico; 
• O isolamento dos constituintes ativos das 
drogas de origem vegetal permite identificar a 
estrutura química destas, fazendo surgir uma 
nova fonte de drogas: aquelas obtidas por 
reações químicas conduzidas em laboratório. 
O Período de Declínio da Farmácia Magistral: 
• Entre as décadas de 20 e 60 (1920 – 1960) a 
farmácia magistral é completamente “varrida” do 
cenário farmacêutico: 
• 1930s: cerca de 75% das prescrições eram 
“manipuladas”; 
• 1950s: este número cai para 26%; 
• 1962: somente 3 a 4 % são “manipuladas”; 
• 1973: menos de 1% se destinam a Farmácia 
Magistral. 
 
O Renascimento da Farmácia Magistral: 
1980s 
• Escassez de novas descobertas pelos 
processos tradicionais de síntese química; 
• Efeitos secundários decorrentes do uso de 
fármacos sintéticos; 
• Mudança no “perfil do consumidor”; 
• Necessidade de ajuste de doses (retorno 
às receitas “personalizadas”). 
A Manipulação nos Dias de Hoje (Séc: XXI): 
• O número de prescrições manipuladas vem crescendo 
largamente nos dias de hoje. Esta é uma tendência mundial 
que se justifica, dentre outros fatores, pela grande versatilidade 
que a farmácia magistral possui. 
• Farmacêuticos são criativos e têm a habilidade de formular 
preparações individualizadas e específicas para cada paciente. 
• É nossa obrigação produzir medicamentos de alta qualidade, 
estando sob a nossa responsabilidade a integridade e a 
qualidade do produto final, seja ele manipulado por nós ou portécnicos treinados e supervisionados por farmacêuticos. 
A História da Farmácia no Brasil: 
• 2000: Chegada dos genéricos no mercado nacional. Passa 
a ser permitido ao farmacêutico, no ato da dispensação, 
orientar o paciente e, atendendo a seus interesses, efetuar a 
substituição do medicamento prescrito; 
 
• 2000: Resolução de Diretoria Colegiada – RDC 33/2000, 
sobre Boas Práticas de Manipulação Farmacêutica; 
• 2006: RDC 214; 
• 2007: RDC 67 (em vigor); 
• 2008: RDC 87 (complementa a RDC 67). 
 
A História da Farmácia no Brasil: 
• Resolução de Diretoria Colegiada (ANVISA) 
67 de 08 de outubro de 2007. 
• 
“ 
 
 
Glossário Farmacêutico: 
 
 
 
 
Objetivo: apresentar ao estudante de 
Farmacotécnica I definições técnicas 
importantes para o farmacêutico. 
 
FARMÁCIA X DROGARIA? 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
 
 
FARMÁCIA X DROGARIA? 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
FARMÁCIA: estabelecimento que manipula 
fórmulas magistrais e oficinais e comercializa 
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e 
correlatos, compreendendo também a 
dispensação e a farmácia de atendimento 
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer 
outra equivalente de assistência médica. 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
DROGARIA: estabelecimento de dispensação e 
comércio de drogas, medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens 
originais. 
 
Principal Diferença entre Farmácia e Drogaria: 
manipulação de fórmulas (apenas para as 
FARMÁCIAS). 
O que são correlatos? 
 
Def: são todos os produtos comercializados nas 
farmácias e drogarias que não sejam drogas ou 
medicamentos (Ex: cosméticos, produtos de 
higiene pessoal). 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
FARMACOPEÍAS: etiologia da palavra (grega). 
Pharmakon: “fármaco” 
Poiein: “fazer” 
 
Def: livro oficial, elaborado por uma comissão, o qual 
estabelece normas farmacêuticas destinadas a assegurar, num 
espaço político-geográfico determinado, a uniformidade da 
natureza, da qualidade, da composição e da concentração dos 
medicamentos aprovados ou tolerados, sendo essas normas 
obrigatórias e estabelecidas pelas entidades competentes 
devendo o farmacêutico segui-las. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
FARMACOPEÍAS: etiologia da palavra (grega). 
Pharmakon: “fármaco” 
Poiein: “fazer” 
 
☺É uma referência oficial submetida a constantes revisões. 
Estabelece métodos e monografias de análise para m.primas e 
produtos acabados. 
☺ As farmacopéias fornecem testes adequados, assim como 
resumos de procedimentos que correspondem a esses padrões. 
☺ Os países que não possuem sua própria farmacopéia devem 
adotar a de outro país, para estabelecer e regulamentar os 
padrões para os fármacos. 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Exs. de Farmacopéias: 
 
A- Brasileira: quinta edição, 2010. Disponível no site da 
ANVISA 
(http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm) 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Exs de Farmacopéias: 
 
 B- Farmacopéia Magistral Americana (USP PHARMACIST´S 
PHARMACOPEIA): 1st ed., 2005. 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Exs. de Farmacopéias: 
 
 C- Farmacopéia Americana (USP): 36a ed., 2013 (790,0 
libras ~R$ 4.000,00). 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
 
 E- Homeopática Brasileira: Terceira edição, (Produto da 
Farmacopeia Brasileira - ANVISA), Lançado em 6 de setembro de 
2011 e Publicada em papel em 2013. 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino– Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
DROGA X FÁRMACO x ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA: 
 
 1-Droga: substância ou matéria-prima que tenha 
finalidade medicamentosa ou sanitária. Exs: CuSO4; fenol; 
lactose, etc. Em desuso em função da analogia com tóxicos (Lei 
n.° 5.991/73; Decreto n.° 79.094/77; Portaria n.° 344/98). 
 
 2-Fármaco: substância química que é o princípio ativo do 
medicamento. (Portaria n.° 3.916/98; Resolução do CFF n° 
357/01). Possui atividade farmacológica. 
 
 3- Especialidade Farmacêutica: produto oriundo da 
indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária e disponível no mercado. 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Classificação dos fármacos: 
 
Os fármacos são aprovados para comercialização pelo FDA 
(Food and Drug Administration) e são classificados de acordo 
com a maneira como podem ser obtidos legalmente pelo 
paciente. As listas do FDA são constantemente atualizadas e 
por isso, podem ser modificadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Classificação dos fármacos: 
 
 A- “OTC” (“over-the-counter”): Fármacos de 
“venda livre”. Disponíveis no balcão da farmácia e que 
não exigem receituário médico. Ex: Buscopan (anti-
espasmódico); fluimicil (expectorante). 
 
 B- “Com tarja vermelha”: obrigatória a impressão 
dos dizeres – “Proibida a venda sem prescrição médica” 
 
 C- “Com tarja preta”: exigem retenção de receita. 
 
 
 
 
 
 
 
Medicamento OTC 
Tarja Preta 
Tarja vermelha com 
retenção da receita 
 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
Ativos: dipropionato de 
betametasona (corticoide) + 
gentamicina (antibiótico), 
formuladas em bases cremosas 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
MEDICAMENTO X REMÉDIO: 
 
 -Remédio: todos os meios usados com o fim de 
prevenir ou curar doenças. Exs: cromoterapia; radioterapia; 
hidroterapia; massagens; psicanálise etc. 
 - Medicamento: produto farmacêutico tecnicamente 
obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, 
paliativa ou para fins de diagnósticos. É uma forma 
farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em 
associação com adjuvantes farmacotécnicos. (Resolução RDC - 
n.° 84/02). Exs: pomada anti-pruriginosa; talco anti-séptico; 
comprimido anti-gripal etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
USO INTERNO X USO EXTERNO: 
 
 1- Uso interno: administração no interior do organismo 
envolvendo metabolismo hepático (efeito de primeira 
passagem). Vias de administração: oral (exceção para a 
administração sub-lingual), nasal, vaginal, retal, auricular e 
parenteral. Exs. de medicamentos de uso interno: 
comprimidos, xaropes, suspensões orais etc. 
 
 2- Uso externo: aplicação na superfície do corpo ou 
mucosas. Exs: pomadas; talcos anti-micóticos; cremes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS: 
Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a 
sua ação. 
 
 
 
 
 
 
Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato 
digestivo 
 
 
 
 
 
Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que 
não pelo trato digestivo 
Profa. Carla Holandino - Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
MEDICAMENTO OFICINAL X MEDICAMENTO MAGISTRAL 
 
 1-OFICINAL: tem sua fórmula e modo de preparo 
descrito em algum compêndio oficial (farmacopéia, por ex.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xarope simples (F.Bras. 2a ed.) 
Profa. Carla Holandino – Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
MEDICAMENTO OFICINAL X MEDICAMENTO MAGISTRAL 
 
 MAGISTRAL: não tem sua fórmula emodo de preparo 
inscrito em farmacopéias, sendo preparados pelo farmacêutico 
na farmácia com manipulação (F.S.A), segundo as indicações 
expressas numa receita médica. São, normalmente, de pior 
conservação do que os oficinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cremes e soluções magistrais Frascos conta-gotas para soluções magistrais 
42 
Excipientes 
 
 Definição: 
 Toda substância distinta do princípio 
ativo que se adiciona a uma Forma 
Farmacêutica e que pode desempenhar 
diferentes funções; 
 
 Função primária: 
 Viabilizar a administração do fármaco a 
seres vivos com praticidade, conforto, 
segurança, eficiência e reprodutibilidade. 
43 
Excipientes 
Função principal 
Auxiliar a transformação 
 
 Fármaco MEDICAMENTO 
 
 
Tipos e Funções dos Excipientes 
• Diluentes: 
– Conferem as características primárias das formas 
farmacêuticas: peso, volume, forma física, consistência. 
• Sólidos (comprimidos, cápsulas, pós, etc.): 
Excipientes ou Diluentes 
• Semi-sólidos (pomadas, géis, etc.): Bases 
• Líquidos (xaropes, emulsões, suspensões, injetáveis, 
etc.): Veículos 
 
• Adjuvantes técnicos: 
– Conferem características especiais às formas 
farmacêuticas; 
• Estabilidade 
• Aroma/sabor 
• Liberação do fármaco, etc. 
Tipos e Funções de Excipientes 
• Influência na Estabilidade 
– Antioxidantes 
– Quelantes 
– Conservantes 
– Estabilizantes 
– Tamponantes 
– Modificadores de pH 
• Influência na Preparação 
– Emulsões e suspensões: agentes emulsificantes, 
suspensores 
– Géis: agentes gelificantes 
– Sólidos: diluentes, lubrificantes 
Tipos e Funções de Excipientes 
• Influência na Absorção do Fármaco 
– Desintegrantes 
– Molhantes 
– Lubrificantes 
– Modificadores da liberação 
– Agentes de revestimento 
 
 A funcionalidade do excipiente depende da FF do 
qual faz parte! 
 
 O mesmo excipiente pode exercer mais de uma 
função farmacotécnica. 
47 
 Critérios de escolha de Excipientes: 
 
Compatibilidade 
Estabilidade 
Toxicidade 
Adequação: biodisponibilidade, características 
organolépticas 
Custo 
 
48 
Formas Farmacêuticas Líquidas: 
Principais Veículos e Solventes 
 Água purificada 
 
 Álcool etílico: C2H5OH. Depois da água é o solvente mais utilizado em 
farmácia, contudo em preparações orais seu uso decaiu devido à restrições 
legais de sua utilização (RE n° 543, 19/04/2001 e RE n° 1, 25/01/2002) 
 
 Álcool diluído: Partes de água e álcool. 
 
 Glicerina:CH2OH.CHOH.CH2OH. Líquido viscoso, transparente e doce. 
Possui qualidades conservantes. Muito empregada em produtos de uso 
interno. 
 
 Propilenoglicol:CH3CH(OH)CH2OH. Líquido viscoso miscível com água e 
etanol. 
 
 Sorbitol: CH2OH.CHOH(4).CH2OH. Solvente e edulcorante. Possui 
propriedades molhantes e umectantes. Sabor doce, por isso pode substituir 
o açúcar. Não calórico (produtos diet) 
49 
Formas Farmacêuticas Líquidas: 
USO DE ADJUVANTES 
 Corretivos de pH (NaOH, acido cítrico, ácido fosfórico); 
 Sequestrantes (EDTA) : agem como estabilizantes, quelando 
cátions metálicos. 
 
 Conservantes (nipagin/metilparabeno, 
nipazol/propilparabeno) : inibem a proliferação 
bacteriana e fúngica por inibir a biossíntese de ácido 
fólico. 
Metilparabeno 
(Nipagin) 
Propilparabeno 
(Nipazol) 
Formas Farmacêuticas Líquidas: 
USO DE ADJUVANTES 
 Umectantes (glicerina, propilenoglicol) : mantêm 
a umidade das formulações; 
Propilenoglicol Glicerina 
 Edulcorantes (sacarose, sacarina, sorbitol) : 
confere sabor adocicado a formulações; 
 
 Aromatizantes; 
 
 Corantes. 
Formas Farmacêuticas Líquidas: 
USO DE ADJUVANTES 
52 
 Tensoativos ou molhantes: 
 Aumentam a molhabilidade 
 do fármaco, aumentando a 
 velocidade de dissolução; 
 Ex: Lauril sulfato de sódio (1 a 
 2%), docusato sódico (0,5%) 
 
 
 
Formas Farmacêuticas Sólidas: 
Adjuvantes técnicos 
Lauril Sulfato sódico 
53 
 
 
Cloridrato de Ciprofloxacina 3,49% 
EDTA dissódico 0.05% 
Nipagin 0.1% 
Glicerina 10% 
Agua destilada q.s.p 
 
 
Agente quelante 
PA 
conservante 
veículo 
umectante 
Exemplo: 
CIPROFLOXACINA SOLUÇÃO 30 mg/mL: 
Indicações da Ciprofloxacina: tratamento de infecções 
bacterianas do trato urinário, ósseas, da pele e tecidos 
moles e do tratro respiratório inferior. 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
- MEDICAMENTOS FRACIONADOS: são medicamentos fabricados em 
embalagens especiais e vendidos na quantidade exata prescrita. O 
fracionamento deve ser efetuado sob a supervisão e responsabilidade de 
profissional farmacêutico habilitado e é caracterizado pela subdivisão de um 
medicamento em frações individualizadas, a partir de sua embalagem 
original, sem rompimento da embalagem primária, mantendo seus dados de 
identificação (Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 80, de 11 de maio de 
2006) . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
 
- Embalagens: invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, 
removível ou não, destinado à proteção e manutenção das características de 
qualidade, segurança e eficácia do produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
 1- Embalagem primária: acondicionamento que está em contato 
direto com o produto e que pode se constituir de recipiente, envoltório ou 
qualquer outra forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar ou 
manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos semi-elaborados ou 
produtos acabados. 
 2- Embalagem secundária: acondicionamento que está em contato 
com a embalagem primária e que constitui envoltório ou qualquer outra 
forma de proteção, removível ou não, podendo conter uma ou mais 
embalagens primárias; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
 
- Medicamentos Alopáticos x Homeopáticos: 
 
 Medicamentos alopáticos: seguem a lei hipocrática “contrario 
contrariis curantur” ; 
 Medicamentos homeopáticos: seguem a lei hipocrática “similia 
similibus curantur”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
“Glossário” Farmacêutico: 
 
Boas Práticas para Escrever Prescrições visando Prevenir Erros de 
Medicação: 
 - Todas as prescrições devem ser legíveis: a escrita ilegível é a 
causa mais amplamente reconhecida de erro na medicação; 
 - Evitar o uso de abreviaturas; 
 - Indicar a idade e o peso do paciente (principalmente para 
pacientes pediátricos e geriátricos); 
 - As prescrições devem incluir o nome do medicamento, a 
concentração e a forma farmacêutica. Cabe ao farmacêutico conferir e 
consultar o prescritor, em caso de dúvida. 
 
 
Profa. Carla Holandino –Farmacotécnica I 
Bibliografia consultada: 
 
1-Allen, L.V. (2005). A History of Pharmaceutical 
Compounding. Secundum Artem, vol 11, number 3. 
 
2- Allen, Lloyd; Ansel, Howard C.; Popovich, Nicholas G.; 
Popovich, Nicholas G.; Ansel, Howard C (2013).Formas 
Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 9 Ed. 
Ed. Artmed. 
 
3- Bulário Eletrônico da Anvisa: 
http://bulario.bvs.br/index.php?action=search&search 
 
4- Thompson, J.E., 2005. A Prática Farmacêutica na 
Manipulação de Medicamentos. 
 
5- ANVISA: www.anvisa.gov.brProfa. Carla Holandino –Farmacotécnica I

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