Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Vanda Lúcia Vitoriano do Nascimento UNIP – ICH - Psicologia Psicologia Social Atitude e Mudança de Atitude • As atitudes sociais podem ser definidas como: “uma organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, que predispõe a uma ação coerente com as cognições e afetos relativos a este objeto.” (p.81) “É o paradigma americano no Brasil” “conceito de origem cognitivista” Atitude: conceito e formação PSO + PSI São integradas por três componentes: 1) cognitivo 2) afetivo 3) comportamental Atitude: conceito e formação • O componente cognitivo da atitude é formado por nossas crenças, comportamento e pelo modo como vemos os objetos (imaginamos e representamos os objetos/pessoas/mundo em que vivemos). “Para que se tenha uma atitude em relação a um objeto é necessário que se tenha alguma representação deste objeto (...). Assim, para que haja uma carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, faz-se mister que se tenha alguma representação cognitiva desse mesmo objeto.” (p.82) Atitude: componente cognitivo • O componente afetivo é o mais característico das atitudes • Alguns autores definem como “sentimentos pró ou contra um determinado objeto social” • Para Rosemberg (1960) “os componentes cognitivo e afetivos das atitudes tendem a ser coerentes entre si.” (p.83) • Ex: De tal modo que, ao se tentar mudar a atitude preconceituosa de alguém é possível intervir no componente afetivo. Atitude: componente afetivo • No componente comportamental da atitude observa-se que há uma relação entre o componente afetivo (CA) e o comportamental (CC) fazendo com que, em determinadas situações, o CA ative o CC. • Segundo Newcomb et al. (1965) “as atitudes sociais criam um estado de predisposição à ação que, quando combinado com uma situação específica desecadeante, resulta em comportamento.” (p.84) Atitude: componente comportamental Figura 4.1 – Papel das atitudes na determinação do comportamento (Adaptado da Fig. 3.6 de Newcomb, Turner e Converse, 1965) (RODRIGEUS;ASSAMAR;JABLONSKI, 2010, p. 84) Atitude: componente comportamental EXPERIÊNCIAS DA PESSOA ATITUDES ATUAIS DA PESSOA SITUAÇÃO ATUAL COMPORTAMENTO DA PESSOA “As atitudes sociais contêm em si um determinado elemento cognitivo (o objeto tal como conhecido), um elemento afetivo (o objeto como alvo de sentimento pró ou contra) e um elemento comportamental (a combinação de cognição e afeto como instigadora de comportamentos dadas determinadas situações).” (p.85) Três componentes das atitudes E o que influencia a atitude? • “As atitudes envolvem o que as pessoas pensam, sentem, e como elas gostariam de se comportar em relação a um objeto atitudinal. O comportamento não é apenas determinado pelo que as pessoas gostariam de fazer , mas também pelo que devem fazer.” (p.85) • As atitudes são influenciadas pelas normas sociais e pelos hábitos, ou seja, pelo entendemos que é esperado do nosso comportamento nas interações sociais, nos grupos aos quais pertencemos. Atitude e comportamento: normas sociais Porque estudar atitudes? “a) a atitude prediz o comportamento (…) os psicólogos sociais nunca obtêm uma medida das atitudes reais, mas, sim, das atitudes expressas, sujeitas a essas influências; “b) os comportamentos afetam as atitudes (…) diante de situações ambíguas ou quando nos sentimos indecisos sobre o que sentimos ou pensamos, olhamos para nossos comportamentos em busca de pistas que nos orientem (teoria da autopercepção) e quando tentamos justificar nossas ações para nós mesmos a fim de reduzir o desconforto que sentimos quando agimos de modo contrário às nossas atitudes (teoria da disssonância cognitiva).” Myers (2005 apud RODRIGEUS;ASSAMAR;JABLONSKI, 2010, p. 87) Porque estudamos atitude • As atitudes podem ser previstas, aprendidas e modeladas • Permite conhecer a predisposição a um comportamento • É constituída na relação entre o indivíduo e o meio, considerando-se os processos mentais e internos. • É diferente de comportamento, pois é formada pelos elementos cognitivo, afetivo e comportamental (predisposição) Porque estudamos atitude pesquisas sobre atitude A teoria da ação racional de Fishbein e Ajzen e a relação entre atitude e comportamento COMPONENTE AFETIVO IC = f (P1A + P2 NS) IC = intenção de comportamento P1 = peso empiricamente determinado em relação às atitudes A = atitudes P2 = peso empiricamente determinado em relação à norma subjetiva NS = norma subjetiva (p.88-89) Fishbein (1966) e Ajzen e Fishbein (1980) • Buscaram “explicar os antecedentes da formação das atitudes e da normas subjetivas” – para prever a intenção de determinado comportamento é preciso conhecer se a atitude em relação ao comportamneto é boa ou má, etc. “Determinar o valor atribuído pela pessoa à norma subjetiva” • Gorsuch e Ortberg (1983) acrescentam o elemento “obrigação moral” (p.88-89) Fishbein (1966) e Ajzen e Fishbein (1980) “Valores são categorias gerais dotadas também de componentes cognitivos, afetivos e predisponentes de comportamento, diferindo das atitudes por sua generalidade.” (p.91) • Allport, Vernon e Lindzey (1951) – escala padronizada - classificação das pessoas de acordo com seis valores: teoria, estética, praticalidade, atividade social, poder e religião. • • Schwartz (1992;1994) – dez tipos motivacionais de valores – princípios: benevolência, tradição, conformidade, segurança, poder, realização, hedonismo, estimulação, autodireção e universalismo. Atitudes e valores • Costumamos buscar o equilíbrio • Percepção organizativa da Gestalt: percepção das coisas e adaptou para percepção de pessoas • Quando não há equilíbrio tendemos a mudar uma situação para termos o equilíbrio esse princípio é importante para usarmos na mudança de atitude O princípio do equilíbrio de Fritz Heider • Sua teoria é considerada uma grande contribuição à PSO, apesar de ter recebido severas críticas. • Procuramos um estado de harmonia em nossas cognições. E evitamos estados desagradáveis. • Quando não há harmonia dá-se a dissonância cognitiva (DC) • O grau de DC é tanto maior quanto mais importantes forem as cognições que estão em dissonância e número delas. V Resumo das principais proposições de sua teoria (ver p. 99) E Sumário das provas experimentais relativas à teoria da dissonância R cognitiva (p. 108) A teoria da Dissonânica Cognitiva de Leon Festinger (1957) “Antes de uma pessoa tomar uma decisão, ela se encontra num estado de conflito. Durante este período pré-decisional, a pessoa avalia as alternativas que se lhe oferecem, mas o faz de uma forma objetiva, sem tendenciosidade. Tomada a decisão, elementos consonantes da alternativa escolhida tendem a ser surpervaloridos, elementos consonantes da alternativa escolhida tendem a ser super valorizados e, simultaneamente, os elementos cognitivos que entram em dissonância com a alternativa rejeitada tendem a ser desvalorizados.” (p. 100) A teoria da Dissonânica Cognitiva - Ideia central Como mudar as atitudes? O que fazer para que uma atitude seja modificada? Modelo tridimensional das atitudes: cognitivo afetivo comportamental Mudamos a atitude quando modificamos qualquer um dos três componentes Cria-se um estado de inconsistência • “Com uma nova experiência • Com uma nova informação • Com a mudança da norma social” “a mudança em um dos componentes (…) resulta numa reorganizaçãio cognitiva destinada a tornar os demais componentes coerente com o que foi mudado” (p. 131) Comomodificamos um dos componentes da Atitude? • “(…) um comunicador positivamente avaliado e a posição por ele defendia formam uma relação unitária.” • “(…) o fato de o comunicador positivamente avaliado ser a favor ou contra um objeto atitudinal induz o recebedor da comunicação a ser igualmente favorável ou contrário a esse objeto atitudinal.” (RODRIGEUS; ASSAMAR; JABLONSKI, 2010, p. 115) Mudança de atitude e o Princípio do Equilíbrio • a mudança acontece porque há necessidade de buscar harmonia, de consonância. (RODRIGEUS; ASSAMAR; JABLONSKI, 2010, p. 107 e 115) Mudança de atitude e a Teoria da Ressonância Cognitiva • Está relacionada ao sentimento de pressão, coerção e ameaça de perder a liberdade influenciam na mudança de atitude – ‘ser dono da própria ideia” – ex. Romeu e Julieta (RODRIGEUS; ASSAMAR; JABLONSKI, 2010, p. 116) Mudança de atitude e a Teoria da Reatância (BREHM, 1986; BREHM;BREHM, 1981) • “(…) as atitudes que nunca foram atacadas são mais vulneráveis a um ataque persecutório que aquelas em relação às quais os indivíduos criaram defesas contra argumentações a ela opostas.” (RODRIGEUS; ASSAMAR; JABLONSKI, 2010, p. 116) Mudança de atitude e a Teoria da Imunização (MCGUIRE, 1962;1964) • “(…) a eficácia de mensagens persuasivas depende de quem diz o que a quem.” • Dependem da credibilidade e a competência do/a comunicador/a • Do currículo do quem comunica • Depende se a fonte positiva [mais alta] ou negativa [mais baixa]. V Influência da forma de apresentação da comunicação na mudança de E atitude (p. 120) R Influência do tipo de audiência (p. 126) (RODRIGEUS; ASSAMAR; JABLONSKI, 2010, p. 117, 120, 126) Mudança de atitude e Comunicações Persuasivas RODRIGUES, A.; ASSMAR, E. M. L.; JABLONSKY, B. . Psicologia Social. 28. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. Capítulos: • Atitudes • Mudança de Atitude e Influência Social • Preconceito, Estereótipos e Discriminação • Discriminação Bibliografia
Compartilhar