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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA Teoria Sintética da Evolução GBI 117 – BASES GENÉTICAS DA EVOLUÇÃO Diversidade de espécies e a variabilidade existente dentro de espécies. Evolução dos organismos. Teoria de Darwin (1809-1882) não foi aceita prontamente TEORIAS EVOLUTIVAS Charles Darwin (1809 – 1882) Se passaram cerca de 80 anos para sua aceitação Na década de 1940, alguns princípios básicos foram aceitos Bases Genéticas da Evolução TEORIAS EVOLUTIVAS 1900: Divulgação do trabalho de Mendel (1865) Morgan – Mutações em moscas-das-frutas Charles Darwin – Origem das espécies (1859) Johanes Gregor Mendel (1865) – leis da hereditariedade Unificação dos fundamentos da genética mendeliana, genética de populações e outros ramos da genética com os conceitos essenciais da evolução de Darwin – Teoria Sintética da Evolução Genética de populações - Ronald Fisher, John Haldane e Sewal Wright É qualquer alteração nas propriedades das populações visando a torná-la mais adaptada. TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO O que é evolução do ponto de vista da genética? Qual a unidade da evolução? A população se constitui num conjunto de indivíduos da mesma espécie, que ocupa o mesmo local, apresenta continuidade no tempo e cujos indivíduos possuem a capacidade de se acasalarem ao acaso e, portanto, de trocarem alelos entre si. Qual a unidade da evolução? Teoria Sintética da Evolução Processos que ampliam a variabilidade: Processo que cria variabilidade: RECOMBINAÇÃO GENÉTICA HIBRIDAÇÃO ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA E MUTAÇÃO Bases Genéticas da Evolução Processos que orientam as populações para maior adaptação: ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA E NÚMERO DE CROMOSSOMOS MIGRAÇÃO ou FLUXO GÊNICO SELEÇÃO NATURAL DERIVA GENÉTICA ISOLAMENTO REPRODUTIVO Combustível : Mutação Motor: Recombinação Genética Motorista: Seleção Natural Stebbins (1970) – Analogia entre Teoria Sintética da Evolução com um carro Câmbio/Acelerador: Mudanças Estruturais Numérica nos Cromossomos Estrada/Sinalização: Isolamento Reprodutivo Processo que cria variabilidade Bases Genéticas da Evolução - Mutação Variação fenotípica Fenótipo = Genótipo + Ambiente Variabilidade genéticaVariabilidade genética Como surgem novos alelos? MUTAÇÃO O que é MUTAÇÃO? Morgan (1910) Mudanças espontâneas do genótipo, mais precisamente modificações espontâneas em um gene. Bases Genéticas da Evolução Qualquer alteração na sequência de nucleotídeos num fragmento da molécula de DNA que constitui um dado gene Sem mutação, a evolução não teria condições de ocorrer a longo prazo. A mutação é o combustível da evolução (Stebbins, 1970) Vários Níveis: uma única base ou várias bases do DNA uma única base ou várias bases do DNA parte do cromossomo ou ele inteiro conjuntos de cromossomos Várias Causas: engano na replicação do DNA quebras físicas de cromossomos falhas na disjunção A frequência de mutação é muito baixa e varia entre os organismos e entre os genes do mesmo organismo Considerando o número de células, o número de genes Taxa de Mutação Média – 10-9 por geração (1 por bilhão) e o número de gametas, todo indivíduo tem grande probabilidade de produzir algum gameta mutante Pq. os machos têm maior chance de carregar genes mutantes que as fêmeas? Taxas de mutação espontânea, para genes específicos, em vários organismos (Adaptado de Strickberger, 1968). Espécies e Caracteres Mutações por 100.000 células ou gametas Escherichia coli (K12) Resistência à estreptomicina 0,00004 Resistência ao Fago T1 0,003 Independência de leucina 0,00007 Independência de arginina 0,00004 Independência de triptofano 0,006 Independência de Arabinose 0,2 Salmonella typhimurium Independência de triptofano 0,005Independência de triptofano 0,005 Resistência à treonina 0,41 Diplococcus pneumoniae Resistência à Penicilina 0,01 Neurospora crassa Independência de adenina 0,00008-0,029 Independência de inositol 0,001-0,010 Drosophila melanogaster Corpo amarelo 12 Olhos castanhos 3 Corpo preto 2 Ausência de olhos 6 As mutações são direcionais? Não é conhecido fator ambiental que possibilite a ocorrência de mutação em um gene específico no Agentes mutagênicos – fatores químicos e físicos (radiações ionizantes,...) ocorrência de mutação em um gene específico no sentido desejado, ou seja, que melhore a adaptação do indivíduo que a possui “Se o homem conseguisse direcionar as mutações deixaria de ser escravo do passado para ser o senhor do futuro” (Dra. Auebach) Por que a maioria das mutações é prejudicial? Alelos que conferem alguma vantagem adaptativa foram selecionados por alguns milhares de anos Estruturais: Cor dos olhos, cor do corpo Fisiológicas: Mutantes incapazes de sintetizar Vit. B1 Bases Genéticas da Evolução Fisiológicas: Mutantes incapazes de sintetizar Vit. B1 Bioquímicas: Iso-formas de enzimas Comportamentais: Mutantes de Drosophila que tem tendência de voarem para cima ou para baixo. Por que mutações úteis tem maior chance de ocorrência em espécies novas e/ou em expansão? Em cada 1.000 mutações estimam-se que apenas 1 é útil para a evolução Bases Genéticas da Evolução Na verdade as mutações não são nem úteis nem prejudiciais em hipótese, mas dependem do ambiente. Exemplo: Anemia falciforme em regiões onde ocorre malária. Bases Genéticas da Evolução Por que a probabilidade de um mutante permanecer em uma população é maior se o seu efeito for pequeno? Albinismo Bases Genéticas da Evolução Albinismo Quantas mutações seriam necessárias para originar uma outra espécie? Bases Genéticas da Evolução Bases Genéticas da Evolução Um alelo novo em 1.000.000 de mutantes é suficiente para explicar a evolução de qualquer espécie. Stebbins (1970) estima em 500 mutações Gene Tb1 afeta a dominância apical Milho tb1 tb1 e não perfilha Teosinto Tb1 Tb1 e perfilha Bases Genéticas da Evolução Planta de teosinte (Zea mays ssp. mexicana) Planta de milho (Zea mays) Planta de milho com o mutante tb1-ref A mutação e as propriedades genéticas das populações O efeito da mutação depende da frequência de ocorrência Não recorrente – pouca importância Recorrente – A probabilidade do alelo mutante se Bases Genéticas da Evolução Recorrente – A probabilidade do alelo mutante se perder é baixa - “pressão” para que ocorra alteração na frequência alélica – ocorre regularmente durante as gerações A1 A2 u A1 A2v Nova frequência alélica com mutação 0001 vqupqq Alteração na frequência alélica: Bases Genéticas da Evolução 01 qqq 0vqupq o No equilíbrio: Δq = 0 vu u qe 0 0)1( 0 vqupu vqqu vqup 0vqupq o Bases Genéticas da Evolução A frequência alélica no ponto de equilíbrio (qe) independe das frequência alélicas iniciais, mas apenas das taxas de mutação 0)( 0 vuqu vqupu Este resultado indica que este alelo mutante deveria ser A mutação por si só produz mudanças lentas nas frequências alélicas. Ex.: u ~ 10-5 e v ~ 10-6 vu u qe 10 -5 10-5 +10-6 = = 0,9090 Bases Genéticas da Evolução Este resultado indica que este alelo mutante deveria ser o tipo “comum” enquanto que o alelo selvagem deveria ser o tipo “raro” na população. Esta não tem sido a situação encontrada em populações naturais. Isto evidência que a frequência dos alelos mutantes nãodepende apenas da frequência de mutação Considerando taxas de mutação: Quantas gerações seriam necessárias para elevar a frequência de um alelo mutante de q0 até qt? et e qq qq lnt)vu( 0 Bases Genéticas da Evolução t = 3.190 gerações u = 3 x 10-5 e v = 2 x 10-6 Qual o número de gerações necessárias para passar qo=0,01 para qt=0,10? qe = 0,9375 Um parque florestal possui uma população de búfalo, em equilíbrio de Hardy-Weinberg. A população tem 1.000 animais, sendo que 65% apresentam chifres, caráter controlado pelo alelo dominante D. Se a população apresentar frequência de mutação do alelo D para d de 3,2 x 10-4 e a mutação reversa de 2,2 x 10-5. Calcule: a) Quais as frequências alélicas e genotípicas da populaçãoa) Quais as frequências alélicas e genotípicas da população original? q = 0,5916; p = 0,4084; p2 = 0,1351668; 2pq = 0,832; q2 = 0,35 b) Qual a mudança na frequência alélica? q= 1,18 x 10-4 c) Qual a frequência alélica no equilíbrio da população mutante? qe= 0,9357; pe= 0,0643
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