Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA Mecanismos de Isolamento Reprodutivo GBI 117 – BASES GENÉTICAS DA EVOLUÇÃO Reprodutivo UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA Mecanismos de Isolamento Reprodutivo BASES GENÉTICAS DA EVOLUÇÃO Reprodutivo O que são espécies? Por que elas existem? Como elas se mantêm Como surgem as Bases Genéticas da Evolução espécies? existem? mantêm isoladas? as espécies? Conceito tipológico ou fenético: O que são espécies? • Taxonomistas • Caracteres morfológicos Bases Genéticas da Evolução • Caracteres fenéticos: observados incluindo caracteres microscópicos • Dificuldade na classificação – variação Conceito tipológico ou fenético: O que são espécies? observados ou medidos nos organismos microscópicos e fisiológicos (Ridley, 2004). variação fenotípica Conceito biológico: O que são espécies? • Evolucionistas • Grupos de populações intercruzantes que estão isoladas Bases Genéticas da Evolução intercruzantes que estão isoladas outros grupos (Mayr, 1942) • Indivíduos da mesma espécie gênico comum. O que são espécies? reais ou potencialmente isoladas reprodutivamente deisoladas reprodutivamente de espécie participam de um pool Conceito biológico vs. Conceito tipológico O que são espécies? • Gênero Eucaliptus • Tipologistas: Eucaliptus grandis • Evolucionistas: constituem-se Bases Genéticas da Evolução • Evolucionistas: constituem-se Conceito biológico vs. Conceito tipológico O que são espécies? grandis e Eucaliptus urophyla se na mesma espéciese na mesma espécie O que são espécies? Espécies crípticas ou irmãs: Populações morfologicamente similares ou idênticas que são isoladas reprodutivamente. Conceito ecológico: Bases Genéticas da Evolução • Espécie é um grupo de indivíduos determinado nicho no ambiente O que são espécies? Populações morfologicamente similares ou idênticas que são indivíduos adaptados a um ambiente. “A espécie é com efeito, um desafio maturidade do darwinismo, Por que as espécies existem? alcançar unanimidade sobre sobre seu significado biológico táxons de espécie.” (Mayr, 2006 desafio fascinante. Apesar da darwinismo, ainda estamos longe de Por que as espécies existem? a origem de novas espécies, biológico e sobre a delimitação dos 2006) • O que aconteceria se partilhassem de um mesmo Por que as espécies existem? • Não existiriam espécies definidas • O número de indivíduos cada geração de acasalamento • A espécie é uma unidade se todos os seres vivos mesmo conjunto gênico? Por que as espécies existem? definidas indivíduos com menor adaptação a acasalamento seria enorme unidade de evolução Como as espécies se mantêm isoladas? • Isolamento geográfico Como as espécies se mantêm isoladas? O sagüi-spix (S.f.fusxixollis) ocupa a margem esquerda do rio Rio Juruá Brasil O sagüi-branco (S.f.melanoleucus) em sua maior parte povoa a margem direita do rio O sagüi-selado(S.fusxixollis intermadiates) está distribuído ao longo de ambas as margens por causa dos desvios no curso do rio O isolamento geográfico pode fazer com que duas populações sejam geneticamente distintas. O mapa mostra a distribuição de subespécies diferentes de “saguis parte superior do Rio Juruá a oeste da Bacia Amazônica, no Brasil (as subespécies são distinguidas pelos padrões de cor da pelagem e por genótipos mitocondriais). As partes mais largas inferiores do rio são uma barreira efetiva à dispersão dos sagüis e, as populações de cada margem são distintas. Próximo as cabeceiras, contudo, a retificação de braços do rio deixou algumas populações da margens direta na margem esquerda, onde as duas subespécies hibridizaram. Isolamento Geográfico branco (S.f.melanoleucus) em sua maior parte povoa a margem direita do rio pode fazer com que duas populações sejam geneticamente distintas. O mapa mostra a distribuição de subespécies diferentes de “saguis-selados”(Saguinus fuscicollis) na parte superior do Rio Juruá a oeste da Bacia Amazônica, no Brasil (as subespécies são distinguidas pelos padrões de cor da pelagem e por genótipos mitocondriais). As partes mais largas inferiores do rio são uma barreira efetiva à dispersão dos sagüis e, as populações de cada margem são distintas. Próximo as cabeceiras, contudo, a retificação de braços do rio deixou algumas populações da margens direta na margem esquerda, onde as duas subespécies hibridizaram. • Mecanismos de isolamento reprodutivo São barreiras que impossibilitam indivíduos de espécies diferentes Como as espécies se mantêm isoladas? • Isolamento geográfico indivíduos de espécies diferentes Pré-zigóticos – Impedem ou restringem a fertilização. Pós-zigóticos – Atuam no embrião e/ou indivíduos híbridos impedindo o seu desenvolvimento ou reduzindo a fertilidade do híbrido obtido. reprodutivo impossibilitam a troca de alelos entre diferentes. Como as espécies se mantêm isoladas? diferentes. Impedem ou restringem a fertilização. Atuam no embrião e/ou indivíduos híbridos impedindo o seu desenvolvimento ou reduzindo a fertilidade Mecanismos de Isolamento Pré A) Isolamento Ecológico ou de Habitat As populações envolvidas ocorrem em habitats diferentes, na mesma região Quercus velutina (Carvalho Negro) – solos bem drenados, terras altas. Quercus coccínea – ácidos. Mecanismos de Isolamento Pré-zigóticos Isolamento Ecológico ou de Habitat As populações envolvidas ocorrem em habitats diferentes, na Quercus coccínea (Carvalho Escarlate) – solos mal drenados, brejos, solos ácidos. Artostaphylos mariposa Ocorre em altitudes de até 1.400 m, em regiões secas e expostas Artostaphylos patula Ocorre em altitudes > de 1.400 m em áreas protegidas B) Isolamento Temporal ou Sazonal As épocas de acasalamento ou de florescimento ocorrem em estações diferentes Mecanismos de Isolamento Pré • Dendrobium – flores abrem de manhã estímulo ambiental – tempestade súbita após o estímulo, a outra espécie nove após. B) Isolamento Temporal ou Sazonal As épocas de acasalamento ou de florescimento ocorrem Mecanismos de Isolamento Pré-zigóticos manhã e murcham à tarde. Florescimento súbita. Uma espécie floresce oito dias nove dias e uma terceira 10 ou 11 dias Cigarras - Gênero Magicicada Ciclo de vida longo – período jovem anos no solo. Eclodem tudo de uma vez, geralmente As espécies diferem na duração do Estima-se 13 espécies com ciclos Gênero Magicicada jovem sedentário dura de 13 a 17 geralmente em setembro/outubro. do período jovem (larva). ciclos de 17 anos e 5 com 13 anos. Cattleya labiata Estas orquídeas podem viver na mantêm-se isoladas porque a janeiro a fevereiro e a C. chocoensis junho. Cattleya chocoensis na mesma árvore e as espécies Cattleya labiata – floresce de chocoensis – floresce de maio a Comportamentos diferentes e incompatíveis entre as espécies antes do acasalamento Nas aves, quais os principais fatores de atração sexual? Mecanismos de Isolamento Pré C) Isolamento Sexual ou Etológico Comportamentos diferentes e incompatíveis entre as espécies antes do acasalamento Nas aves, quais os principais fatores de atração sexual? Mecanismos de Isolamento Pré-zigóticos C) Isolamento Sexual ou Etológico Aves – o reconhecimento do macho ambiente da corte. Ptilonorhynchidae pela fêmea pode ser pelo ninho ou João-de-barro guacho Padrão de vôo e emissão fluorescente diferenciada em distintas espécies de vagalumesPadrão de vôo e emissão fluorescente diferenciada em distintas espécies de vagalumes FeromôniosFeromônios D) Isolamento Mecânico A falta de correspondência partes das flores impede a cópula Mecanismos de Isolamento Pré Erva-de-rato – plantas tóxicas que ocorrem em pastagens. Asclepias curassavica Asclepias tuberosas física entre genitálias ou entre cópula ou a transferência de pólen Mecanismos de Isolamento Pré-zigóticos plantas tóxicas que ocorrem em pastagens. Asclepias curassavica Asclepias speciosa Incompatibilidade de polinização E) Isolamento por Polinizadores Diferentes Em plantas floríferas, espécies especializadas em atrair diferentes F) Isolamento Gamético Em organismos com fertilização Mecanismos de Isolamento Pré Em organismos com fertilização externa, os gametas masculinos femininos podem não se atrair organismos com fertilização interna, os gametas ou gametófitos de espécie podem ser inviáveis dutos sexuais. E) Isolamento por Polinizadores Diferentes espécies relacionadas podem ser diferentes insetos como polinizadores fertilização Mecanismos de Isolamento Pré-zigóticos fertilização masculinos e atrair. Em interna, de uma inviáveis nos Nicotiana obtusifolia Mecanismos de Isolamento Pós A) Inviabilidade ou Fraqueza do Híbrido Os zigotos híbridos têm viabilidade reduzida ou são inviáveis xx Linum perenne Não germinam – embrião não consegue romper o invólucro da semente nas condições naturais Mecanismos de Isolamento Pós-zigóticos Inviabilidade ou Fraqueza do Híbrido Os zigotos híbridos têm viabilidade reduzida ou são inviáveis Linum austriacum embrião não consegue romper o invólucro da semente nas condições naturais Jumento Mecanismos de Isolamento Pós B) Esterilidade Estrutural do Híbrido A F1 híbrida não consegue produzir gametas funcionais de um ou de ambos os sexos meiosemeiose fertilização Égua Mecanismos de Isolamento Pós-zigóticos B) Esterilidade Estrutural do Híbrido híbrida não consegue produzir gametas funcionais de meiose meiosismeiosis fertilização Mecanismos de Isolamento Pós C) Esterilidade Segregacional do Híbrido Os híbridos são estéreis devido os gametas, para cromossomos cromossomos ou combinações D) Desmoronamento do Híbrido ou Deterioração da F A F2 ou os híbridos retrocruzados têm viabilidade ou fertilidade reduzida Mecanismos de Isolamento Pós-zigóticos C) Esterilidade Segregacional do Híbrido devido à segregação anormal para cromossomos inteiros, segmentos de combinações de genes D) Desmoronamento do Híbrido ou Deterioração da F2 ou os híbridos retrocruzados têm viabilidade ou
Compartilhar