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APOSTILA DIREITO TRIBUTÁRIO - TEORIA GERAL DO DIREITO TRIB 1BI - 2014

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
DIREITO TRIBUTÁRIO I
PROFª. CRISTINA BARBOSA RODRIGUES
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
A relação que se instaura entre o Estado, que tem o poder de exigir o tributo, e a pessoa, sob sua jurisdição, que tem o dever de pagar esse tributo, é submetida a uma série de normas jurídicas que vão compor a disciplina do Direito Tributário.
O Direito Tributário prevê normas que visam disciplinar e limitar o poder tributante do Estado
Direito Tributário é a disciplina jurídica da relação entre o fisco e o contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização dos tributos.
Fisco vem do latim fiscus – cesto onde se guarda moedas – tesouro público
Fisco – é aquele que arrecada, que fiscaliza.
Daí a denominação Direito Fiscal que alguns autores atribuem ao Direito Tributário
Porém, prepondera na doutrina Brasileira a denominação Direito Tributário, pois a Constituição Federal, ao tratar de tributos, o faz no Título VI denominado : – Sistema Tributário Nacional, Capítulo I – art. 145/162.
Autonomia do Direito Tributário
Dizemos que um ramo do direito é autônomo quando, além dos princípios gerais de direito, tem princípios próprios - que só se aplicam a ele.
Podemos dizer que o Direito Tributário seria especialização do Direito Administrativo e do Direito Financeiro.
Direito Financeiro trata das receitas e despesas públicas
O Direito Tributário trata apenas de uma modalidade de receita pública a receita tributária
Embora o Direito tenha várias ramificações, ele é um sistema único onde todos estes ramos se relacionam, se completam para formar o todo.
Relação do Direito Tributário com outros ramos do Direito
Direito Constitucional
A base do ordenamento jurídico tributário é a C.F, ela é o fundamento de validade dos tributos.
Direito Civil
O Direito Civil subsidia o Direito Tributário com seus conceitos.
Ex : doação, posse, propriedade, transmissão, é no Direito civil que o Direito Tributário vai buscar o significado destes conceitos para utilizá-los nas normas tributárias.
Ex: ITBI - Imposto sobre transmissão de bens intervivos; 
 IPTU – Imposto sobre a propriedade territorial urbana; 
 ITCMD – Imposto de transmissão causa mortis e Doações
Direito do Trabalho
IRRF - Imposto de Renda retido na fonte que incide sobre a remuneração do contribuinte
Fonte: remuneração, salário – é o Direito Tributário que irá determinar o que são
Direito Penal
 O Direito Tributário utiliza vários conceitos do Direito Penal, por exemplo:
Imposição de penalidades
Responsabilidade
Fraude
Retroatividade benéfica
“in dúbio pro contribuinte”
Direito Internacional
Tratados Internacionais - podem tratar de matéria tributária para evitar tributação na comercialização de produtos entre países de determinado bloco econômico : acordos de livre comercio - AlCA, Mercosul, etc – 
- Uma vez aprovados pelo Congresso, através de decreto legislativo, o tratados internacionais terão força de lei e se aplicarão internamente.
Direito Administrativo
A arrecadação e a fiscalização tributária são realizadas pela Administração Pública e esta atuação é regida pelo Direito Administrativo - Poder de Polícia.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Fonte: origem, causa, nascente
O Direito Tributário se origina, ou seja, nasce de fontes materiais e de fontes materiais.
1 – Fontes Materiais ou reais
São os pressupostos fáticos da tributação.
São as riquezas ou os bens em geral, utilizados pelo legislador como veículos de incidência tributária (conduzem à tributação), como por exemplo, patrimônio, a renda e os serviços que inseridos numa norma tributária geram a tributação.
As fontes materiais são as situações descritas de forma abstrata e genérica na norma jurídica (hipótese de incidência/fato gerador – Art. 114 CTN) que, uma vez ocorridas no caso concreto, darão ensejo à obrigação tributária (obrigação de pagar o tributo), ocorrendo o fenômeno da subsunção (adequação) do fato à hipótese legal prevista.
2 – Fontes Formais
São os atos normativos, ou seja, o conjunto de normas que dão nascimento ao Direto Tributário. Sendo elas:
-Normas jurídicas que disciplinam os pressuposto fáticos da tributação - (fontes formais Do Direito Tributário Material)
-Normas que regulam o procedimento administrativo – fontes formais do Direito Administrativo Tributário
-Normas que dispõem sobre tutela jurisdicional em matéria tributária – fontes do Direito Tributário Processual.
As fontes formais do Direito Tributário compreendem 
A Constituição Federal;
Emendas a Constituição,
Lei Complementares;
Leis Ordinárias;
Leis Delegadas,
Medidas Provisórias;
Resoluções
Decretos
Tratados e Convenções Internacionais
- Constituição Federal – C.F
É a fonte mais importante, pois ela regula o exercício do poder tributário por meios de princípios limitadores, prevê as diversas espécies tributárias, discrimina e nomina os tributos que cabem a cada entidade política, distribui e delimita a competência tributária (arts. 153 a 156 do CTN)
A C.F distribui a competência tributária de forma exaustiva para evitar bitributação.
- Emenda Constitucional
As emendas uma vez aprovadas, incorporam-se à Constituição, adquirindo o mesmo status das normas constitucionais originárias.
Em matéria Tributária, não poderá existir emenda a Constituição que afronte os direitos e garantias individuais, dentre eles os direcionados ao contribuinte (artigo 150 CF), conforme preconiza a Lei Maior no artigo 60, § 4º.
Ex.: Uma Emenda Constitucional não poderá abolir o princípio da legalidade tributária ou o princípio da capacidade contributiva.
- Lei Complementar - Art. 69 C.F
É uma espécie normativa diferenciada, surgiu na CF/67, com a missão de complementar a matéria contida na CF , trata de matéria específicas que o legislador constituinte entendeu mais relevantes.
A aprovação de Lei complementar demanda manifestação de vontade qualificada dos parlamentares (quorum especial - maioria qualificada)
A C.F determinou que algumas matérias tributárias fossem disciplinadas por Lei Complementar (Arts. 146, 148 e 154,I)
- Lei Ordinária
É a lei que abrange matérias que o constituinte não atribuiu à lei complementar, não exige quorum qualificado para sua aprovação
Correspondem às normas que instituem e majoram tributos.
A CF outorga competência tributária, mas são as leis ordinárias de cada entidade tributante que instituem e/ou majoram os tributos.
- Lei Delegada – Art. 68 da C.F
São leis elaboradas pelo Presidente da República em decorrência de delegação do Congresso Nacional, que se realiza através de uma resolução autorizadora que especifica o conteúdo e os termos do exercício dessa delegação, exigindo ou não apreciação do Congresso, onde é vetada qualquer emenda ao projeto apresentado pelo presidente – Art. 68, § 3º CF.
As leis delegadas só podem versar sobre o que determina a CF no artigo 68, § 1º.
Não poderão tratar de matéria de competência reservada à Lei Complementar.
Assim, tributos que exijam lei complementar não poderão ser objeto de lei delegada. Ex. empréstimo compulsório e a Lei Delegada também não poderá tratar sobre a alíquota máxima de ICMS – que é estabelecida pelo Senado.
- Medida Provisória- Art. 62 e 63 da C.F
Ato do Presidente da República, com ‘força de lei’ – não é lei.
Lei é ato nascido no Poder Legislativo que se submete a um regime jurídico predeterminado na C.F, capaz de criar direitos e deveres – inovar a ordem jurídica.
Porém, em casos de relevância e urgência a CF autoriza o Presidente a adotar medidas provisórias, com força de lei, que de imediato submeterá ao Congresso Nacional .
Medidas provisórias, obedecendo aos critérios estabelecidos pela Constituição Federal, poderão criar tributos. Por isso,são fontes do Direito Tributário.
- Decretos – Art.84, IV C.F
Atos normativos editados exclusivamente pelo Chefe do Executivo que visam regulamentar a lei para o seu fiel cumprimento – explica e/ou consolida a lei.
Muitas leis tributárias só entram em vigor após a sua regulamentação mediante Decreto.
- Tratados e Convenções Internacionais – Art. 5º, § 2º C.F .
Na hierarquia das normas só não estão acima da C.F
São firmados pelo Presidente da República, mas para que eles vigorem no país deve ser aprovado (ratificado) pelo Congresso Nacional através de um Decreto Legislativo e podem tratar de matéria tributária.
TRIBUTOS
Conceito: prestações pecuniárias compulsórias que o Estado exige de seus súditos em virtude do seu poder de império - KIOSHI HARADA
Tributo: contribuição, cota que cada um dá para se alcançar o bem comum – sentido de solidariedade – sentido atual de tributo
Tributar = dividir por tribos, distribuir
contribuinte – é aquele que dá a sua cota parte para suportar gastos comuns de interesse da sociedade da qual faz parte.
A obrigação tributária (obrigação de pagar o tributo) decorre de lei.
O Estado insere na norma jurídica situações/fatos (fato gerador) que, uma vez ocorridos, geram para os contribuintes que neles se enquadram a obrigação de pagar o tributo.
Lei	(		fato gerador 		(		obrigação tributária
(		 (obrigação de pagar o tributo)
 (Hipótese de incidência descrita na lei)
			ou
 (Fatos considerados pela lei como veículos de tributação)
			ou
 (Fato imponível)
Ocorrendo a situação prevista na lei (fato gerador) nasce a obrigação tributária 
Art. 3º CTN – Conceito legal de tributo
Tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitui sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Análise dos elementos da definição acima:
prestação pecuniária = dinheiro – representa uma obrigação de dar
compulsória = obrigatória
coatividade – o tributo nasce da vontade da lei
A coação vem da lei e só a lei pode obrigar alguém a fazer alguma coisa – relação do Fisco com o contribuinte é jurídica e não de força
moeda/valor
a forma usual de pagar o tributo é em moeda corrente
Não se admite dação em pagamento
Não se adotou o tributo in natura – parte do bem tributado vai para o estafo
Não se adotou também o tributo in labore – prestação de serviço
d) Não é sanção de ato ilícito
Não é multa – que é uma sanção pecuniária decorrente de ato ilícito
tributo não é sanção é obrigação
Porém, o descumprimento de normas tributárias pode acarretar a imposição de pena pecuniária (caráter corretivo e inibitório)
Também essa afirmação não significa, necessariamente, que o tributo sempre pressupõe licitude do ato que o gerou.
O tributo não recai como sanção diante de atividade ilícita, porém, vale ressaltar que, o tributo não tem cheiro “NON OLET” e pode ser recolhido, por exemplo, na renda de um traficante, no ICMS das compras que ele faz com o dinheiro do tráfico, no IPTU da casa que ele comprou, etc...
Lei
A obrigação tributária é uma obrigação ex lege
obrigação decorrente de lei e não da vontade
prestação obrigatória
povo ( legislativo ( lei ( tributo - forma de garantir participação popular
Atividade administrativa plenamente vinculada
Atividade administrativa vinculada, é a atividade administrativa restrita aos ditames da lei, não há margem de discricionariedade, deve a Administração Pública agir conforme a lei determinar – ato vinculado
A cobrança de tributos só se processa por meio de atos administrativos plenamente vinculados, isto é, sem qualquer margem de discricionariedade do agente público, que deverá agir de acordo com o prescrito na norma – não há o critério de oportunidade e de conveniência, ou seja, a autoridade está “presa” ao que foi determinado pela lei tributária.
Quem paga
Quanto e quando pagar
Quem cobra	 ( o tributo é lei que estabelece
Quando cobrar 
Classificação dos Tributos
Tributo: gênero
Classificação quanto à espécie:
-impostos – Art. 145 CF
-taxas – Art. 145 da CF
-contribuição de melhoria – 145 CF
-contribuições sociais/especiais: de intervenção no domínio econômico, de interesse das categorias profissionais e sociais – 149 C.F
-empréstimo compulsório – 148, C.F
O artigo 5º do CTN – não contempla a espécies tributárias contribuições especiais/sociais e o empréstimo compulsório, pois o CTN é de 1960 e estes tributos foram previstos na C.F de 1988.
2 – Classificação quanto à competência impositiva
quem pode instituir, criar, cobrar o tributo:
União
Estados
Municípios
Distrito Federal : pode instituir tributos de competência dos Estados – Art. 155 e dos Municípios- Art. 147, C.F
** Atenção: As funções de fiscalizar e de arrecadar (capacidade tributária) podem ser delegadas.
Ex. 	- as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas podem ser atribuídas a outra pessoa jurídica de direito público – como é o caso de INSS que é uma Autarquia Federal.
- a simples função de arrecadar, a simples função de caixa, pode ser atribuída a pessoas de direito privado – é o caso das empresas que recolhem o IR na fonte dos seus empregados e repassam para a Receita Federal.
3 – Classificação quanto à vinculação a uma atividade estatal 
A vinculação diz respeito ao fato gerador do tributo que pode ou não ser uma atividade estatal específica.
Tributo Vinculado
É o tributo cujo fato gerador vincula-se, relaciona-se com uma atividade estatal específica para o contribuinte.
Ex:
Contribuição de melhoria – fato gerador: realização de obra pública que traga valorização para o imóvel do particular;
Taxa – fato gerador: é um serviço público específico e divisível ou atuação do Poder de polícia.
Tributo Não-Vinculado
É aquele tributo cujo fato gerador é uma situação independente de qualquer atividade estatal específica
Não há uma contraprestação direita para o contribuinte
Ex:
Imposto – fato gerador ser proprietário de um carro (IPVA), ter renda (IR)
Empréstimo Compulsório – fato gerador : comercialização de combustíveis, compra de carro O km – atualmente não existe nenhum empréstimo compulsório sendo cobrado.
4 – Classificação quanto à função dos tributos
Finalidades Básicas dos Tributos : 
arrecadar receita pública para o Estado;
servir de instrumento de política econômica
atender às exigências sociais.
 
1 - Tributos fiscais
São tributos cujo objetivo/finalidade principal é apenas arrecadar recursos para os cofres públicos.
Ex. impostos, contribuições, taxas, empréstimo compulsório.
2 - Tributos extra fiscais
São tributos que tem como objetivo a intervenção no domínio econômico, estimulação ou desestimulação de costumes, de práticas, de hábitos, da produção industrial, etc., ou seja, são instrumentos de intervenção econômica utilizados pelo Estado para intervir na economia visando o interesse público.
Ex:
-Imposto de Importação e o Imposto de Exportação – eles podem variar de acordo com os interesses econômicos (se o Estado quer incentivar a exportação vai reduzir a cobrança do imposto de exportação para que a operação fique menos onerosa para o empresário e gerar emprego;
-IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados: tem função fiscal, mas também pode ser usado como estimulador da produção: quanto mais essencial o produto menor será a alíquota – produtos da cesta básica têm IPI reduzido
-IOF – Imposto sobre operações Financeiras: controla o mercado financeiro.
O IOF da caderneta de poupança é 0% para incentivar a poupança
-ITR – Imposto Territorial Rural: desestimula a manutençãode propriedades improdutivas e a ociosidade da terra – propriedades mais produtivas pagam menos imposto.
3 - Tributos Parafiscais
São tributos cujo objetivo principal é arrecadar recursos para um órgão ou entidade específica no objetivo de custear/manter suas atividades.
Ex. Contribuições especiais, sociais ou de intervenção no domínio econômico
 Contribuições para os órgãos de representação profissional – OAB, CRC, etc.
Espécies de Tributo
1 – Imposto
É o tributo por excelência.
Não tem conotação de solidariedade.
Não garante uma contra prestação estatal específica (o seu fato gerador não está vinculado a nenhuma atividade estatal específica, é tributo não – vinculado)
Definição de imposto - Artigo 16 do CTN:
“é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica.”
A aplicação da arrecadação de imposto será para custeio da Administração Pública e para a prestação de serviços em benefício de toda sociedade (não de um contribuinte específico) 
Como, por exemplo, custeio da segurança pública e pagamento de servidores públicos, despesas com a manutenção de toda estrutura estatal.
Em suma, imposto é um tributo que o cidadão paga aos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal e cuja característica fundamental é destinar-se ao custeio das necessidades públicas como educação, saúde, segurança e a manutenção e funcionamento do Estado.
Diz-se que o imposto é direto quando pago e recolhido aos cofres públicos pela própria pessoa (contribuinte) - Exemplos: IPTU, IPVA, IR, ITBI e ITCD- ; e indireto, quando o imposto pago pelo consumidor final vem embutido no valor da mercadoria ou serviço prestado e é recolhido aos cofres públicos por quem vendeu as mercadorias ou prestou o serviço - Exemplos: ICMS, IPI e ISS.
Os impostos que cada ente tributante pode instituir e cobrar estão expressamente previstos na Constituição Federal.
2 – Taxa – Art. 145, II CF cc Art. 77 do CTN
denominação vem do latim “taxare” que significa dar valor
É um tributo relacionado com a prestação de algum serviço público específico, para um beneficiário identificado ou identificável, ou com atividade estatal decorrente do exercício do poder de polícia.
O serviço público pode ser efetivo ou potencial (posto a disposição, ainda que não utilizado)
A taxa também pode estar relacionada com uma atividade estatal de poder de polícia, que abrange licenciamentos e fiscalizações em geral
Todos os Entes tributantes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) podem instituir taxas.
É um tributo fiscal – tem como objetivo a arrecadação de receita.
É um tributo cujo fato gerador é vinculado a uma atividade estatal específica: prestação de serviços ou poder de polícia (art. 74 CTN)
A atuação estatal (serviço público ou atividade do poder de polícia) que constitui o fato gerador da taxa deve ser relativa ao sujeito passivo (contribuinte) específico e não à coletividade em geral. (o contribuinte paga a taxa e recebe a atividade estatal ou esta é colocada à sua disposição)
Definição de Taxa - artigo 77 do CTN:
“Taxa é o tributo cobrado em razão de atos decorrentes do poder de polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição”
Assim, observamos que a taxa pode ter como fato gerador a prestação de um serviço público (taxa de serviço) específico e divisível ou a atuação estatal decorrente do poder de polícia (taxa de polícia).
-serviço específico é um serviço definido e delimitado a uma determinada pessoa ou grupo de pessoas. – unidades autônomas.
-serviço divisível é o que pode ser medido, de acordo com o que foi prestado a cada beneficiário.
Cabe ainda relembrarmos de duas definições de serviço público ditadas pelo Direito Administrativo:
Serviço uti singuli – podem ser divididos e individualizados como, por exemplo, fornecimento de água – custados a través da cobrança de taxas ou de preço público/tarifa
Serviço uti universi - serviços não divisíveis e não-individualizáveis, como os referentes à segurança pública, saúde pública, construção de rodovias. – são custados por impostos
Uti – de que modo
Os serviços uti singuli, ou individualizáveis, dividem-se em compulsórios (sãos os que o Estado tem obrigação de prestar ou deixar a disposição do cidadão) ou facultativos (são os que podem ser fornecidos tanto pelo Estado diretamente como por concessionários de serviços públicos)
Serviços Públicos Compulsórios: 
o beneficiário não pode recusar (mesmo que o beneficiário não use, o serviço estará a disposição), pagará a taxa usando ou não o serviço. 
Ex. rede de esgoto – (eu posso ter uma fossa particular na minha casa e não usar a rede pública de esgoto, mas mesmo assim terei que paga a taxa de esgoto)
Por outro lado, o Estado não poderá interromper o serviço compulsório por falta de pagamento da taxa - isso porque se o serviço for paralisado não só inadimplente será prejudicado, mas toda a sociedade.
***a falta de pagamento deve ser cobrada por via judicial: Execução Fiscal 
Ex.: taxa de esgoto, taxa do lixo
Serviços Públicos Facultativos 
- são os serviços públicos que o Estado pode delegar através de concessão para uma empresa estatal ou privada.
Estes serviços prestados pelas concessionárias são remunerados pelos usuários através da cobrança de tarifa/preço público. (configura-se uma relação contratual entre a prestadora de serviço e o usuário/consumidor)
Ex.: transporte coletivo (que é um serviço público prestado por uma concessionária) : não há cobrança de taxa (relação tributária) para utilizá-lo, a remuneração pela prestação do serviço se dá através do pagamento de tarifa ou preço público 
Resumindo:
Taxa - é contraprestação compulsória decorrente de lei – tributo
Tarifa ou preço público – remuneração do serviço prestado por concessionária de serviço público – decorrente de relação contratual e só paga quem efetivamente se utiliza do serviço.
Poder de Polícia – O CTN define poder de polícia no seu artigo 78.
Há direitos cujo exercício deve ser conciliado com o interesse público, cabendo ao estado policiar a atuação do indivíduo.
A construção de um prédio ou a instalação de uma empresa devem obedecer às leis de zoneamento, normas de construção etc. Cabe à administração Pública verificar o cumprimento das normas pertinentes e a partir daí conceder a autorização, licença ou alvará.
Do mesmo modo, se um indivíduo deseja portar arma, ele deve solicitar a licença do Estado.
A taxa de polícia é cobrada em razão de atividade estatal de controle, verificação, disciplina e fiscalização de exercício de direitos, interesses ou liberdade em prol do interesse público.
São exemplos de taxa de polícia: TLIF – taxa de localização, instalação e funcionamento, taxa de elevadores, de escadas rolantes, taxa de expedição de passaporte, etc.
A atividade estatal de poder de polícia refere-se a atos divisíveis da Administração Pública por isso é custeada com receita específica (taxas) e não com impostos
As taxas não podem ter o mesmo fato gerador, nem a mesma base de cálculo de imposto.
– Contribuição de Melhoria – Art. 145, III C.F
-melhoria: melhora, melhoramento.
A contribuição de melhoria é um tributo vinculado a determinada atuação estatal, configurada na realização de uma obra pública que proporciona para os proprietários dos imóveis vizinhos a ela , valorização de suas propriedades.
- a valorização do imóvel é fundamental – é o fato gerador da obrigação tributária
a melhora, a melhoria, decorre diretamente de uma obra pública
a valorização é medida pela melhoria trazida pela obra pública.
*** Apenas a obra pública não legitima a cobrança da contribuição de melhoria, deve ocorrer necessariamente valorização dos imóveisadjacentes a ela.
Limite Total ( valor a ser rateados entre os imóveis beneficiados): valor total da obra
Limite Individual: valorização do imóvel, é o acréscimo de valor que da obra resultar. 
O indivíduo só pagará na medida da valorização do seu imóvel.
Pressupostos da Contribuição de Melhoria
realização de obra pública – só pode ser cobrada após finalização da obra ou de parte dela
valorização do imóvel do contribuinte em decorr6encia da obra.
o limite individual da contribuição é o acréscimo de valor que da obra resultar
Art. 82 CTN – Requisitos mínimos:
I- publicação prévia dos seguintes elementos – (publicação no diário oficial antes da obra)
memorial descritivo da obra, projetos (materiais , especificações, mão de obra , tempo previsto, etc.);
orçamento do custo da obra;
parcela do custo da obra a ser financiada pelo tributo;
delimitação da zona beneficiada;
determinação do fator de absorção do benefício, da valorização para toda zona ou para cada uma das áreas beneficiadas – para dar direito à impugnação.
II- fixação de prazo não inferior a 30 dias, para impugnação dos interessados.
III- regulamentação de procedimento administrativo (contraditório e ampla defesa) para apreciar as impugnações, sem prejuízo de apreciação judicial se necessária.
- Empréstimo Compulsório – Art. 148, I e II da C.F
 empréstimo: ato voluntário
- empréstimo compulsório – é uma expressão juridicamente incompatível – contraditio terminis
Este tributo só pode ser criado em caso de calamidade pública ou para investimento em caráter nacional necessário e urgente.
Requisitos para sua instituição:
competência privativa/exclusiva da União
só pode ser criados mediante lei complementar
a lei complementar que criá-lo dever prever correção monetária, prazo, forma e modo de devolução que deve ser em dinheiro
obrigatoriedade de devolução (senão vira imposto)
calamidade pública ou investimento de caráter nacional , necessário e urgente.
Apenas nos caso de calamidade pública (Art. 148, I) o empréstimo compulsório não precisa atender ao princípio da anterioridade tributária, ou seja ele pode ser cobrado no mesmo exercício em que for criado (urgência, por exemplo, enchente, catástrofe natural). 
Características:
é um tributo de finalidade fiscal – visa arrecadar recursos para fazer face à despesa extraordinária.
Não é vinculado a atividade estatal: o fato gerador é adquirir o carro, o combustível, etc., mas não está vinculado a atividade estatal específica para o contribuinte.
Afetação: ele está afetado, ligado ao fato que o gerou (vinculação dos recursos obtidos às despesas extraordinárias)
Pode ser criado por medida provisória se houver urgência e relevância social?
Há 02 correntes:
Sim, pois a medida tem força de lei e depois será convertida em lei complementar e facilita atuação emergente.
Não, porque se o legislador constitucional falou em lei complementar, não pode ser criado por qualquer outra espécie legislativa – corrente majoritária
Requisito essencial do empréstimo compulsório: devolução, não importa que seja compulsório, se é empréstimo deve ser devolvido (caso contrário criou-se um imposto desvirtuado)
*** Algumas autores (Hugo de Brito Machado, por exemplo) entendem que o empréstimo compulsório não seria uma espécie de tributo porque ele não gera receita pública (o dinheiro que entra tem que ser devolvido).
Porém, a opinião acima não é a posição dominante na doutrina, pois o empréstimo compulsório é previsto na Constituição Federal no capítulo que trata do Sistema Tributário Nacional e se adéqua perfeitamente à definição de tributo contida no Art. 3º do CTN: - é criado por lei, é uma prestação pecuniária em dinheiro, não é sanção de ato ilícito é obrigação cobrada mediante atividade plenamente vinculada.
5 - Contribuições Sociais, também denominadas Especiais – Arts. 149 e 195, I, II e III da CF
Segundo o artigo 149 da constituição Federal, compete à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 
Segundo o artigo 195,II, III da CF a seguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta, mediante recursos da União, Estados, distrito Federal e dos Municípios e das seguintes contribuições sociais:
do empregador
da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos a qualquer pessoa física que lhe preste serviço; receita ou faturamento e o lucro
Conforme se observa, essas contribuições caracterizam-se pela correspondente finalidade de sua instituição.
Assim à luz da nossa Carta Magna, podemos conceituar a contribuição social/especial como espécie de tributo com finalidade constitucionalmente definida:	 
-intervenção no domínio econômico, 
-interesse das categorias profissionais ou econômicas e 
-seguridade social.
A função das contribuições sociais/especiais, em face da vigente Constituição não é apenas suprir de recursos os cofres públicos, ou seja, não tem função meramente fiscal. 
Umas têm natureza parafiscal (seguridade social e de interesse das categorias profissionais), outras têm natureza extra fiscal (contribuições de intervenção do domínio econômico).
Competência Impositiva : (quem pode instituir contribuições sociais/especiais)
Nos termos do Art. 149 da CF , compete exclusivamente à União Instituir Contribuições sociais
Exceções: 
-O Art. 149, parágrafo único permite que os Estados, Distrito Federal eis Municípios instituam contribuição a ser cobrada de seus servidores, o custeio dos seus respectivos sistemas de previdência
- Art. 149-A: Contribuição de iluminação pública - de competência dos Municípios e do Distrito Federal
As funções das Contribuições Sociais:
As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, e as contribuições para a seguridade social, destinam-se a arrecadar recursos financeiros para entidades do Poder Público com atribuições específicas – função nitidamente parafiscal.
As contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas tem a função de constituir receita para as entidades representativas dessas categorias profissionais. 
A contribuição de seguridade social tem a função de constituir receita para o orçamento da seguridade social (Art. 194 da C.F) – previdência, saúde e assistência social - administrada pelo INSS.
Já as contribuições de intervenção no domínio econômico, sua cobrança destina-se a arrecadar recursos para órgão do Poder Público incumbido de fiscalizar, incentivar e interferir em determinado setor da economia – exercem assim função extra fiscal, pois além de arrecadar recursos, estas contribuições funcionam como instrumento de intervenção do Estado em determinados setores
ESPÉCIES DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS/ESPECIAIS:
a) contribuição de intervenção no domínio econômico
São instrumentos de intervenção na economia, ou seja, arrecadam recursos para financiar a intervenção estatal no domínio econômico
Tem finalidade extrafiscal.
Essas contribuições foram criadas com a finalidade de arrecadar fundos para entidades da Administração direta e indireta, que vão exercer a atividade de regular o exercício de determinada atividade econômica ou setor da economia.
- Este tributo não incide sobre receita de exportação.
Ex:
-IAA – Contribuição do Instituto do Açúcar e do Álcool.
É devida pelos produtores de açúcar e de álcool para custeio da atividade intervencionista da União na economia canavieira
-AFRMM - Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, essa contribuição é cobrada das empresas que atuam nos portos brasileiros e destinam-se custar a intervenção da União nas atividades de apoio ao desenvolvimentoda marinha mercante e da construção naval.
Esse adicional é cobrado mediante incidência de alíquotas diversificadas sobre o frete, por ocasião da entrada da embarcação no porto de descarga.
-CIDE/Combustíveis – contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre a comercialização e importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível artigo 177, parágrafo 4º acrescentado pela EC nº 33/2001:
destina-se ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo, financiamento de programas ambientais ligados à industria de petróleo e de gás e ao financiamento de programas infra-estrutura.
O fato gerador da contribuição é a operação de importação e operação de comercialização de combustíveis são contribuintes o produtor, o formulador (fabricante) e o importador.
***Por força das alterações introduzidas pela EC nº 42/03, a União deverá transferir aos Estados membros 25% do produto da arrecadação da CIDE, ficando, entretanto os recursos financeiros recebidos estão vinculados ao financiamento de projetos de infra-estrutura de transportes (artigo 159, III da CF).
Os Estados, por sua vez, deverão repassar a seus Municípios 25% dos recursos da CIDE que receberem da União. Os Municípios deverão dar aos recursos mesma destinação, ou seja, aplicar em infra-estrutura de transportes
b) contribuição de interesse das categorias profissionais
São contribuições que se destinam ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras e representativas de categorias profissionais ou econômicas.
a união disciplina por lei a atuação destas entidades e lhe conferem a capacidade de arrecadar contribuições legalmente instituídas para que tenham suporte financeiro para atingir seus objetivos.
O fato gerador estas contribuições é o exercício de atividade profissional ou econômica.
Ex.:Contribuições para o “sistema S”- Sesc, Sesi, Senai – somente contribui quem é da respectiva categoria econômica: comércio, industria.
c) Contribuições Sociais do Artigo 195, incisos I, II, III da CF:
Nos termos do Art. 195 da CF, a seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma indireta, através de recursos orçamentários da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de forma direta, através de contribuições sociais abaixo:
1 - Artigo 195, I :
os empregadores pagam três contribuições sociais (uma das razões que levam o nosso País a apresentar uma das mais caras mãos de obra do mundo) sendo elas:
1.1)contribuição incidente sobre a folha de salário:
Em regra a contribuição é de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, empresários, trabalhadores avulsos e autônomos que lhes prestem serviço, e 15% sobre o valor da nota fiscal ou fatura da prestação de serviço de cooperativas de trabalho.
1.2) contribuições incidentes sobre o faturamento:
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
PIS - Programa De Integração Social - Lei Complementar 07/1970.
PASEP - Programa De Formação Do Patrimônio Do Servidor Público – Lei Complementar 08/1790.
Estas duas contribuições a partir da CF/88 passaram a financiar o programa seguro-desemprego e o abono (empregado ou servidor que ganhe até 2 salários mínimos mensais faz jus a um salário mínimo anual)
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do SIMPLES (Lei Complementar 123/2006) e as empresas tributadas pelo o IR com base no lucro presumido.
 
1.3) contribuição sobre o lucro:
CSSL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) foi instituída pela Lei nº 7.689/1988.
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei nº 8.981, de 1995, art. 57).
Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma escolhida.
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo lucro presumido. 
Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela forma escolhida.
2 - Art. 195, II CF:
O trabalhador e demais segurados da previdência social, também recolhem contribuição social cujo valor vai variar de acordo com o salário ou rendimentos desses contribuintes, Alguns são contribuintes obrigatórios da seguridade social outros são facultativos.
3- Art. 195, III CF: Há ainda a contribuição social sobre a receita de concursos e prognósticos (loterias e corrida de cavalo)
- Contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos
A renda líquida (abate-se os gastos operacionais, prêmios e impostos) de tais concursos deve ser destinada à seguridade social, bem como 3% das apostas de cada corrida promovida por entidades turfísticas (turfe – corrida de cavalos)
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS – ART. 150, C.F.
Princípio da legalidade (Art.150, I da CF/88): a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem instituir ou aumentar tributos sem que a lei os estabeleça.
Art. 97 CTN – reserva legal
Princípio da isonomia tributária (Art.150, II da CF/88): os entes tributantes não podem instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Não pode haver distinção em razão da profissão ou função exercida pelo contribuinte.
Princípio da anterioridade (Art.150,III, "b" da CF/88): não se pode cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que a lei que os instituiu ou aumentou tenha sido publicada, ou seja, a lei deve ser anterior ao exercício em que o tributo será cobrado ou aumentado.
Exceções:
-IPI, IOF, Imposto de Importação e Imposto de Exportação (as alíquotas destes impostos não precisam se alteradas por lei, podem ser alteradas via decreto e as alterações vigoram de imediato);
CIDE/Combustíveis – art. 177, CF;
Imposto extraordinário de guerra e empréstimo compulsório em caso de calamidade.
 Princípio da nonagesimidade ou da noventena (Art.150,III, "c" da CF/88 – acrescentado pela Emenda constitucional nº. 42/2003): não se pode cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observando-se ainda o princípio da anterioridade. As exceções estão prevista no artigo 150 § 1º da C.F in fine.
Princípio da irretroatividade (Art. 150, III, "a" da CF/88): não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Isto quer dizer que só se pode cobrar tributos a partir da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Princípio da vedação de efeitos confiscatórios ou da proporcionalidade razoável (Art. 150, IV da CF/88): veda a utilização do tributo com efeito de confisco, isto é, o tributo não pode ser maior do que uma parte razoável do patrimônio ou da renda do contribuinte.
Princípio da personalização dos impostos e da capacidade contributiva (art.145, § 1º da CF/88): os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
Princípio da liberdade de tráfego (Art. 150, V da CF/88)
É a proteção ao direito de ir e vir
A locomoção de pessoas e bens não pode ser prejudicada por tributos intermunicipais e interestaduais
LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIA
Conforme dispõe o Código Tributário Nacional:
 LIVRO SEGUNDO
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
TÍTULO I
Legislação Tributária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
SEÇÃO I
Disposição Preliminar
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
SEÇÃO II
Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
SEÇÃO III
Normas Complementares
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
CAPÍTULO II
Vigência da Legislação Tributária
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação;
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação;
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista.
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.
CAPÍTULO III
Aplicação da Legislação Tributária
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
CAPÍTULO IV
Interpretação e Integração da Legislação Tributária
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Taxas e contribuição de Melhoria – competência comum entre União, Estados e Distrito Federal e Municípios, porque tratam de tributos vinculados à atuação estatal. O poder público (União, Estado, Distrito Federal e Município) que promoveu atuação estatal é que poderá cobrar estes tributos.
Competência tributária comum: todos os Entes tributantes podem instituir e cobrar taxas e contribuições de melhoria
Os impostos são tributos desvinculados de qualquer atuação estatal e por isso a Constituição Federal determinou quais os impostos que cada ente federativo pode instituir para que o contribuinte não fosse surpreendido com cobrança de um mesmo imposto pela União, pelo Estado e pelo Município. ( por exemplo, o imposto de renda é um imposto federal, somente a União pode instituí-lo e cobrá-lo, não pode o Município também querer cobrar IR de seus munícipes)
Vale ressaltar que a Constituição Federal não cria tributo ela atribui/outorga e distribui competência, ou seja, outorga competência tributária
A competência tributária vai além do poder de fiscalizar e de cobrar tributos, é o poder de legislar a respeito de tributos, de instituir os tributos que a Constituição Federal atribuiu a cada ente federativo.
Assim, a competência tributária, em estrito sentido legal, pertence exclusivamente à União, aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios – É INDELEGÁVEL somente estes entes podem instituir, ou seja, legislar sobre tributos.
***Vale lembrar que capacidade tributária tem outro conceito, mais restrito que envolve apenas a fiscalização e a cobrança dos tributos (sem o poder de legislar) que pode ser exercida por delegação.
Temos como exemplo, o INSS e outros órgãos paraestatais que, embora não tenham competência tributária (não legislam sobre tributos, não instituem tributos), tem capacidade tributária, pois através de delegação (Art.7º CTN) fiscalizam e arrecadam tributos. 
A atividade de arrecadar tributos pode ser exercida por pessoas jurídicas de direito privado, - mas não é delegação de competência tributária é delegação/atribuição de uma atividade apenas. 
Ex: As empresas fazem a retenção do imposto de renda na fonte de seus funcionário e depois recolhem estes valores para a Receita Federal.
A Competência Tributária poder ser:
1 - Privativa – pertence exclusivamente a apenas um ente federativo. 
Ex.: 
-A competência de instituir o ISS (imposto sobre serviços) pertence apenas aos Municípios;
-A competência para instituir o IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores) pertence apenas aos Estados.
-só eles podem legislar a respeito destes tributos.
OBS.: Exceção: art. 154, II a União poderá instituir nos casos de guerra impostos extraordinários compreendidos ou não em sua competência tributária – é autorização constitucional de invasão de competência privativa.
2 - Comum – quando atribuída aos Municípios, aos Estados e à União, dentro da área de atuação de cada um. 
Ex. Taxas, Contribuição de Melhoria
**Na omissão da União de editar normas gerais, podem os outros entes federativos editar também as normas gerais, válidas enquanto perdurar referida omissão (Art. 24, §§ 3º e 4º)
3 - Residual
Competência residual é a faculdade, dada a União, de criar outros impostos, por lei complementar, além dos previstos no art. 153 da CF, desde que não- cumulativos e com fato gerador diverso dos impostos existentes (Art. 154, I da CF ).
4 – Extraordinária
É a competência que detém a União de criar impostos na iminência ou no caso de guerra externa, que devem ser suprimidos assim que cessadas as causas de sua instituição. (Art. 154, II da CF)
Panorama da Competência Tributária de cada Pessoa Política:
1 – União
impostos (artigos 153 e 154 da CF);
taxas;
contribuição de melhoria;
empréstimo compulsório;
contribuições sociais/especiais – Art. 149 e 195 da CF
2 – Estados, Distrito Federal 
impostos (Art. 155, CF);
taxas;
contribuição de melhoria;
contribuições sociais/especiais (Art. 149, § único – só para os servidores).
3 – Municípios e Distrito Federal
impostos (Art. 156, CF);
taxas;
contribuições de melhoria;
contribuições sociais/especiais – somente a dos Arts. 149, § único – só para os servidores e Art. 149-A, contribuição de iluminação pública.
OBS. 
Distrito Federal – (conforme Arts. 32,§1º e 147 da CF) pode instituir tributos estaduais e municipais.
Territórios (atualmente não há nenhum, mas nada impede a criação de novos) – a competência é da União, pois o s territórios não tem poder legislativo.
ATENÇÃO:
COMPLETAR A MATÉRIA COM OS APONTAMENTOS FEITOS EM AULA Atenciosamente,
Professora Cristina
“90% DO SUCESSO SE BASEIA SIMPLESMENTE EM INSISTIR, INSISTIR, INSISTIR, INSISTIR, INSISTIR...”
“O sucesso na prova de Direito Tributário se baseia simplesmente em estudar, estudar, estudar, estudar...”
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