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Nematoides intestinais- Ascaris Lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius Vermicularis

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1 
BP 323 –Parasitologia Médica II - 
2014 
Nematóides Intestinais: 
 Ascaris lumbricoides; Trichuris trichiura e 
Enterobius vermicularis. 
 
 
 
 
 
 
Dra. Regina Maura Bueno Franco 
Depto. de Biologia Animal – IB – Unicamp 
 
 
2 
Introdução aos Helmintos: 
Macroparasitos 
• Grupo muito numeroso: 
- Filos de Interesse: 
 
1. Filo Platyhelminthes (vermes achatados dorso-
ventralmente); Sub-filo: Neodermata: 
- Classes de interesse humano: Cestoda ; Trematoda e Monogenea 
 
2. Filo Nematoda (vermes cilíndricos; nêmatos = fio): 
 Dominio:Eukaryota; Reino Animalia; duas Classes: 
 -Adenophorea (=Classe Enoplea): Trichuris trichiura 
 -Secernentea: Ordem Ascaridida: Ascaris lumbricoides; 
 Ordem Oxyurida: Enterobius vermicularis 
• espécies parasitas como de vida livre. 
 
Fonte: Negrão-Correa, DA, 2011. 
 
 
5 
Filo Nematoda: Vermes Cilíndricos 
- Principais características: vermes cilíndricos, revestidos com cutícula; não 
segmentados; presença de células musculares ao redor da cavidade geral 
sem revestimento epitelial, tubo digestivo completo; (boca, esôfago e ânus) 
pseudo-celomados (fluído celomático; oxi-hemoglobina). Infecção por: 
ingestão de ovos, penetração da larva na pele, vetorial. 
esophagus 
Ascaris lumbricoides 
Toxocara canis 
Trichuris trichiura 
Enterobius vermicularis 
Strongyloides stercoralis 
Ancylostoma duodenale 
Necator americanus 
Filárias 
 
 
 
6 
Nematóides Intestinais: Ascaris 
lumbricoides; Trichuris trichiura e 
Enterobius vermicularis 
• Filo Nematoda: 
 
- Vermes de corpo cilíndrico; 
 
- Vida livre ou parasitas; 
 
- Tamanho: variável (mm – cm); 
 
- Sexos distintos: acentuado dimorfismo sexual; 
 
 
 
 
 
 
Nematóides 
Parasitas 
Fêmeas Machos Ovos 
A. lumbricoides 30 – 40 cm x 3-6 mm 20 – 30 cm x 2-4 mm 60 – 50 µm 
T. trichiura 3,0 x 5,0 cm 3,0 x 4,5 cm 50-54 µm x 22µm 
E. vermicularis 1,0 cm x 0,4mm 5 mm x 0,2 mm 50 x 20 µm 
7 
Nematóides Intestinais: Ascaris 
lumbricoides; Trichuris trichiura e 
Enterobius vermicularis 
Filo Nematoda: 
 
- Ciclo biológico geral: espécies parasitas 
 
 ovo (L1)  (L2)  L3 (infectante) Hospedeiro: 
 
 
 
 
 
 L4  L5 (formas juvenis) 
Adultos: macho e fêmea 
 
M1 M2 
M4 
7 dias 14 dias 
M3 
ingestão passiva ( ovo) ou 
penetração ativa (larva) 
24-30 dias 
8 
Nematóides Intestinais: Características 
Importantes 
• Alta fecundidade das fêmeas: 
 
 - Ascaris lumbricoides: 200.000 ovos/fezes/dia. 
 
• Persistência dos ovos (infectantes) no solo: 
 
- 12 meses; destruídos por luz solar mais que 12h; temperaturas menores que 
–8ºC ou maiores que 55ºC (2h); umidade relativa abaixo de 47,5%. 
 
• Morbidade: relacionada à intensidade da infecção. 
 
 
Categorias de Infecção 
(WHO, 2008) 
Número de ovos por grama de fezes 
Infecções leves < 5.000 o.p.g. (5 vermes) 
Infecções moderadas 5.000 a 50.000 o.p.g. 
Infecções maciças > 50.000 o.p.g. 
9 
Nematóides Intestinais: Impacto 
Global dos Geohelmintos 
Helminto: •Infecções 
(casos) 
•Morbidade 
(casos) 
•Mortalidade 
•Ascaris 
lumbricoides** 
1,4 bilhão 
(25%)* 
122 milhões 60 mil 
•Trichuris trichiura 1,05 bilhão 
(17%)* 
220 milhões 10 mil 
•Ancilostomídeos 740 milhões 150 milhões 65 mil 
* = em relação à população mundial (6,5 bilhões de pessoas) 
Fonte: Mascie-Taylor CG & Karim E. The burden of chronic disease: tragedy 
 of the commons? Science 302:1921-2, Dec., 2003. 
** = 122 a 233 milhões são crianças clinicamente afetadas (Peng et al., 2006). 
10 
Família Ascarididae – Subfamília 
Ascaridinae: Ascaris lumbricoides 
(Linnaeus, 1758) e A. suum (Goeze, 1882) 
• Espécies semelhantes - especificidade de hospedeiro*: 
– A. lumbricoides: homem; intestino delgado: “lombriga” 
– A. suum: suínos. 
* = Limitada infecção cruzada entre Ascaris de origem humana e suina (Peng et 
al.,2006); diferem em 6 nucleotídeos do gene ITS-1 
 
•Distribuição geografica: mais comum na Africa sub-Saara; 
Américas; China; Sudeste Asiático (Dold & Holland, 2010) 
 
11 
Morfologia de A. lumbricoides 
• Principais características: 
- 3 lábios na cavidade bucal; esôfago musculoso; 
 
- Macho: 2 espículos; presença de papilas pré-cloacais e pós-cloacais; 
extremidade posterior encurvada ventralmente; 
 
- Fêmea: ovários filiformes e enovelados; vulva no terço anterior do corpo 
do verme; ovipõem 200.000 ovos/dia. 
 
- Ovos: membrana externa (vitelínica); mediana (quitina e proteína); 
interna (impermeável; lipídica: proteína + ascarosídeo); férteis e 
inférteis: 
 
12 
Ciclo de vida: A . lumbricoides. 
Ciclo 
Monoxênico 
Ciclo de 
Looss: fase 
pulmonar 
13 
Ciclo de vida: A . lumbricoides. 
Ciclo 
Monoxênico 
Ciclo de 
Looss: fase 
pulmonar 
Infecção: ingestão do ovo 
↓ 
Eclosão da larva (int. delgado); 
migram para ceco e colon; penetram na 
mucosa 
↓ 
Circulação/Fígado 
↓ 
Veia Cava/Coração 
↓ 
Pulmão 
(no pulmão - muda para L4; nos alvéolos – 
muda para L5) 
↓ 
Faringe: degluticão 
Expulsos (pigarro) ou intestino (jejuno e íleo): 
vermes adultos (60 dias p.i. iniciam 
ovipostura) 
14 
Mecanismo de Transmissão: 
Ascaris lumbricoides 
Ingestão de 
ovos (L3): 
aderência 
• Alimentos ou 
água 
contaminados 
• Poeira • Insetos (moscas, 
baratas) 
15 
Ascaridiose: Morbidade 
• Patogenia: influência da carga parasitária e da idade/estado 
geral do hospedeiro; Média: 4 a 16 vermes/indivíduo. Perda 
de apetite, má digestão de lactose; diminuição do ganho de 
peso. 
 
• Induzida pelas Larvas: 
 
- Lesões hepáticas: focos hemorrágicos e de necrose tecidual; 
 
- Lesões pulmonares: quadro de pneumonia (petéquias), edema dos 
alvéolos, infiltração por eosinófilos e neutrófilos; manifestações 
alérgicas (Th2). 
 
Síndrome de Löeffler: 
- Febre, dispnéia, 
- Bronquite, eosinofilia 
- Pneumonia 
 
16 
Ascaridiose: Patogenia 
induzida pelos Vermes Adultos 
• Expressiva: acima de 30 a 40 vermes, infecção é sintomática; 500 
a 700 vermes (100 ou mais vermes – infecção maciça). 
 
•Ação tóxica: edema, urticária, convulsões (antígenos 
parasitários); 
 
•Ação espoliadora: competem com o hospedeiro - proteínas, 
carboidratos, lípidios; vitaminas A e C; 
 
•Ação mecânica: irritação na parede intestinal (IL4 e IL13); 
migrações erráticas (árvore biliar; apêndice; dutos 
pancreáticos): 
 
– Grave: obstrução intestinal 
(60.000 crianças morrem/ano) 
WHO. 
17 
Ascaridiose: Localizações 
Ectópicas dos Vermes Adultos 
• “Ascaris errático”: 
– localização não habitual dos vermes. 
– Resposta irritativa dos vermes. 
– Incidência: 2 por 1.000 infecções/ano. 
– Administrar piperazina (sonda nasogástrica): causa paralisia dos vermes. 
– Complicações cirúrgicas abdominais (tropismo por orifícios; deiscência de sutura e 
infecção secundária). 
 
• Localizações ectópicas mais comuns: 
 
 
 
Localização no: Quadro clínico: 
Apendice cecal Apendicite aguda 
Duto colédoco Obstrução 
Duto pancreático Pancreatite aguda 
Vermes podem ser 
eliminados pela boca 
ou narinas. 
18 
Ascaridiose: Diagnóstico 
• Clínico: assintomáticos (maioria); dor abdominal localizada 
(sugestivo de obstrução intestinal ou localização no 
apêndice – icterícia). 
 
• Laboratorial: eosinofilia periférica*; pesquisa da 
presença de larvas nas secreções pulmonares e de ovos nas 
fezes: 
 
– Exame de Fezes: Método de Sedimentação Espontânea 
 e 
 Método de Kato-Katz (quantitativo). 
 
• Repetição do Exame (controle cura): 7°; 14°;21° dias. 
• Infecções somente por machos: resultado negativo. 
 
* = mais que 400 células/ml de sangue 
19 
Ascaridiose: Epidemiologia 
• Foco da infecção: - peridomicílio (ovos infectantes no solo): 
– priorizar ações de saneamento básico (distancia de 150 m entre vala 
negra e o domicilio); 
 
• Indicador do estado de saúde de uma população: 
 
– Infecção associada com pobreza, higiene precária, baixa escolaridade 
materna; 
– “Sub-urbanização” 
 
• Distribuição agregada: 
 
– cargas parasitárias mais elevadas (crianças); 
– grande número de ovos depositados pelos vermes-fêmeas; 
– Condições ecológicas favoráveis: umidade, oxigenação, calor 
(geohelmintos) : “thermal death point”: >55°C : 
• Temperatura ótima: 28° a 35°C; umidade mínima de – 47,5 % . 
20 
Ascaridiose: Epidemiologia – 
Determinantes da Infecção 
Grande quantidade 
de ovos produzidos e 
eliminados pelas 
fêmeas : 
200.000/femea/dia 
 
Ovos infectantes no 
peridomicilio (até 15 
anos) 
Condições precárias 
de saneamento básico: 
Acentuada 
contaminação do solo. Grande quantidade 
de ovos no 
peridomicilio 
Falta de educação em 
saúde: meios de 
transmissão e hábitos 
higienicos 
Dispersão dos ovos 
facilitada pelas 
chuvas,ventos , 
insetos, água 
Temperatura e 
umidade (médias 
anuais elevadas): 
28°C – 35°C 
 
Programas de administração de anti-helmínticos em massa: reduzir morbidade é o 
objetivo principal! 
21 
Ascaridiose: Profilaxia e 
Recomendações ao Paciente 
– Nível coletivo: ações de saneamento básico; tratamento 
massivo da população com fármacos ovicidas 
(tiabendazol); educação sanitária; 
 
– Nível individual: educação para melhor higiene; 
orientação para realização periódica de exame de fezes e 
no caso de suspeita de oclusão: 
 
• evitar alimentos condimentados (sensibilidade dos vermes à 
fisiologia do trato intestinal do hospedeiro); 
• Cuidados pré-operatórios: necessidade do exame de fezes! 
 
– Conduta no tratamento: poliparasitismo – A . 
lumbricoides, T. trichiura e ancilostomídeos: 
• Orientar para cumprimento do tratamento recomendado. 
 
22 
Ascaridiose:Controle da Infecção e 
Educação em Saúde 
– 1°) Tratamento em massa com fármacos ovicidas dos habitantes de 
áreas endemicas: 
 
• Grande numero de ovos são lançados no ambiente (fêmeas são expelidas: 27 
milhões de ovos no utero das femeas...9 milhões podem alcançar o solo) 
 
– 2°) Remoção e tratamento sanitário das fezes humanas e dos 
resíduos do tratamento de esgoto; 
• Ovos presentes e viáveis no lodo condicionado de esgoto usado como fertilizante de 
solos; riscos de usar fezes de suínos como fertilizandte de solos. 
 
– 3°) Implementação de infra-estrutura sanitária; 
 
– 4°) Educação para a saúde. 
 
 Intervenções em Saúde Redução da Prevalencia 
Educação em Saúde 26% 
Educação + Tratamento em Saúde 42% a 75% 
23 
Trichuris trichiura: morfologia 
• Ser humano: único hospedeiro de T. trichiura; 
 
Fig. 1: Esticócitos 
(porção posterior do 
esôfago) 
Fig. 3 e 4: Macho 
(espículo): protegido 
com bainha. 
Fig. 2 : Porção 
anterior (afilada) 
24 
Trichuris sp: morfologia e 
habitat (ceco e cólon) 
25 
Trichuris trichiura: ciclo 
biológico e mecanismo de 
transmissão 
Transmis-
são: via 
fecal-oral 
Larvas eclodidas penetram nas criptas cecais (não realizam ciclo 
pulmonar) e migram até o intestino grosso. Nessa migração, 
realizam 2 mudas , até atingirem a forma adulta. 
26 
Trichuris trichiura e tricurose: morbidade 
• Infecções leves (<100 vermes): assintomática (maioria); se 
sintomáticas: 
– desconforto abdominal, flatulência, diarréia, constipação. 
 
 
• Infecções maciças (>100 vermes): 
– Dor abdominal (epigástrica), vômitos, diarréia, distensão abdominal, 
anorexia, perda de peso e tenesmo; anemia. 
 
 
• Idade: todas faixas etárias; infecções maciças – população 
pediátrica (maior exposição ao solo). 
– Síndrome diarréica por Trichuris trichiura: diarréia mucosanguinolenta, 
pequeno volume de fezes; anemia, tenesmo e retardo de crescimento. 
Prolapso retal (afeta crianças-desnutridas, menores de 5 anos; necrose 
de coagulação do tecido que circunda o verme + substancias líticas = 
sangramentos). 
 
27 
Trichuris trichiura e Tricurose: 
diagnóstico 
• Laboratorial: Exame de Fezes (Métodos de HPJ ou Kato-Katz): 
 
– Ovo de T. trichiura: tampão mucoso, hialino nas extremidades: 
 
– Ocasionalmente: achado de ovo de 
 Trichuris vulpis nas fezes humanas: 
 (parasito de cães). 
 
• Micrometria: 
• T. trichiura: 56 x 26 m; 
• T. vulpis: 79 x 40 m 
 
 
• Exames complementares: hemograma (anemia). 
 
• Outros achados nas fezes: cristais de Charcot-Leyden. 
 
•Fonte foto cristais de Charcot-Leyden: Neira et al., 2010. Rev. Chil. Infect. 27(3):219-227. 
 
 
28 
Tricurose: profilaxia e 
recomendações ao paciente 
•Necessidade de boas praticas de higiene: 
 
– lavagem das mãos, manter unhas curtas; lavagem adequada de verduras e 
frutas; proteção dos alimentos de hospedeiros de transporte – moscas, baratas; 
usar luvas ou afins quando em contato com terra; 
 
• 20 a 52% das crianças com ovos viáveis no raspado sub-ungueal. 
 
• Países em desenvolviemnto: investimento em saneamento 
básico e educação. 
 
•Nível individual: cumprir o tratamento recomendado; 
evitar a auto-medicação. 
 
29 
Enterobius vermicularis e enterobiose 
 Infecção atinge todos os níveis sócio-econômicos; vários 
membros de uma mesma família são afetados. 
Fig.1: Esôfago bulbar e asas 
cefálicas 
Fig.2: Enterobius . 
vermicularis: verme 
adulto. 
30 
Enterobius vermicularis: ciclo biológico 
• Várias possibilidades de 
infecção do hospedeiro: 
- auto-infecção; 
- hetero-infecção; 
- retro-infecção. 
Ovo de E. 
vermicularis 
I. Delgado.: 
Larvas 
eclodem e 
sofrem duas 
mudas no 
trajeto 
intestinal até o 
ceco 
31 
Enterobius vermicularis: habitat 
e mecanismos de transmissão 
•Habitat: íleo terminal, ceco; apêndice. 
 
– fêmea realiza postura na região perianal. 
 
•Mecanismos de transmissão: 
 
– Primo-infecção: ovos (poeira)  ingestão; 
 
– Auto-infecção externa: ovos (região perianal)  à boca; 
 
– Auto-infecção interna: ovos (reto)  eclosão das larvas  vermes 
adultos (ceco) 
 
– Retro-infecção: larvas eclodidas na região peri-anal  atravessam 
esfíncter anal  intestino grosso  ceco (vermes adultos) 
32 
Enterobius vermicularis: morbidade 
•Maior prevalência: crianças 5-9 anos (creches! escolas!); 
 
• Sintomas principais: 
– Prurido anal (reação de hipersensibilidade), insônia, irritabilidade, 
cansaço, dor abdominal. 
 
•Morbidade séria: casos de apendicite. 
 
 
• Localização ectópica (sexo feminino): 
 
– Doença inflamatória pélvica ou infecções do trato urinário; 
– Irritação vulvar (meninas). 
33 
Enterobiose: diagnóstico 
• Homem: único hospedeiro conhecido de E. vermicularis. 
 
• Diagnóstico clínico: prurido região perianal. 
 
• Diagnóstico laboratorial: 
– Ovos são raramente encontrados nas amostras 
 fecais; 
– Método de escolha: 
 Método da Fita Celofane Adesiva; 
 
 
– Ovos em formato de “D” ; casca fina e incolor (55 x 25 m) 
34 
Enterobiose: diagnóstico 
parasitológico fecal 
35 
Enterobiose:profilaxia e dificuldades 
no controle 
• Retirar ovos do ambiente diariamente: 
– Roupas de dormir e de cama: lavadas diariamente com água fervente; 
uso de pano úmido paralimpeza do piso, antes da varrição; 
 
• Tratamento de todas as pessoas da família: 
– Necessidade de repetir tratamento 2 a 3x, intervalos de 20 dias; 
 
• Orientar: 
– corte rente de unhas; aplicação de pomada mercurial na região anal; 
banho de chuveiro logo após levantar-se. 
 
• Dificuldades no controle: 
– facilidade com que ocorre a re-infecção; tratamento incompleto; 
facilidade de transmissão (principalmente em crianças 
institucionalizadas). 
36 
Geohelmintoses – A. lumbricoides, T. 
trichiura e E. vermicularis: tratamento 
• Ascaridiose: mebendazol (100mg/2x dia/3 dias); repetir 
tratamento 20 dias após 1ª dose: 
– Quadro pulmonar: associação com broncodilatadores; 
– Obstrução intestinal: antihelmínticos de escolha – os que causam paralisia 
do verme (ex: piperazina – 50 mg/kg de peso; 1ª escolha: levamisol + óleo 
mineral (80 mg – dose única ) 
– Tiabendazol: ação ovicida; 
 
•Tricurose: mebendazol; e albendazol(dose unica de 400 mg/dia); 
 
•Enterobiose: albendazol ou mebendazol (100 mg/dose única); 
– * ação embriotóxica em estudos experimentais: evitar administração de 
albendazol durante a gravidez. 
 
37 
Tratamento em Massa da População: 
matéria de debate! 
- Tratamento da população-alvo (crianças em idade escolar), sem exame de 
fezes prévio. Quais os riscos? 
 
- Somente o tratamento medicamentoso é suficiente para interromper a 
transmissão das geohelmintoses? 
 
- Há beneficios, como a redução da contaminação do solo? 
 
- A partir de qual prevalencia, deveria ser decidido o tratamento em massa? 
 
- Quais as recomendações da OMS? 
 
-Qual fármaco utilizar?

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