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ATPS 2º Semestre (2016)

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Universidade Anhanguera- Uniderp
Centro de educação à distância
Polo-Luziânia-Go
DESAFIO PROFISSIONAL
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Tutora Presencial: Emilena Muniz
Tutora EAD: Professora Ma. Mariciane Mores Nunes
Luziânia – GO 
2016
Universidade Anhanguera- Uniderp
Centro de educação à distância
Polo-Luziânia-Go
Curso: Serviço Social 2º Semestre
Disciplinas: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I; Formação Social, Econômica e Política do Brasil; Responsabilidade Social e Meio Ambiente; Filosofia Aplicada ao Serviço Social e Sociologia
Luziânia – GO 
 2016.
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO	...............04
2- DIAGNÓSTICO DA REALIDADE SOCIAL.............................................................05
3- EXPRESSÕES DA “QUESTÃO SOCIAL”....	........................06
4- INFLUÊNCIAS SOCIOLÓGICAS E FILOSÓFICAS E O SERVIÇO SOCIAL......	.07 
5- ATUAÇÃO E PRÁTICAS PROFISSIONAIS DOS ASSISTENTES SOCIAIS........08
6- CONIDERAÇÔES FINAIS	09 
7- REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS	10
1. Introdução
O objetivo dessa pesquisa é conhecer e refletir sobre o exercício profissional do assistente social frente às novas conjunturas sócio-econômicas da população brasileira, neste trabalho também será analisada a gênese do Serviço Social enquanto profissão com estruturação metodológica e teórica em nosso país, já que anteriormente era utilizada como simples ajuda ao pobre e carente pelos mais ricos. A pesquisa foi realizada através de artigos e sites da internet, é um tema de muita importância para o estudante de Serviço Social, compreender que as questões sociais passaram por diversas transformações ate os dias atuais.
2. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE SOCIAL
 	O Serviço Social teve origem na Igreja Católica, que tinha por objetivo principal recristianizar a sociedade que estava tão distante dos acontecimentos e realidade que circundava o Brasil naquela época. Com o crescimento da população urbana que ocorreu devido ao êxodo rural, que por sua vez, gerava mão de obra barata e desqualificada para a situação industrial da época. Como o país estava em grande progresso industrial era necessários a construção de rodovias, estradas, prédios e outros empreendimentos que iriam servir a indústria, assim foi de suma importância à criação de uma “ação social” que surge em primeira mão para conter a massa operaria que por sua vez já via os erros ocorridos em relação à classe operaria, e com isso estavam reivindicando melhores condições de vida e de trabalho. 	O Brasil da década de 1930 sofreu e sofri até hoje as conseqüências do processo de industrialização despreparada, mesmo por que, os operários não tinham nenhum preparo para tais maquinários, assim iniciou o desemprego no Brasil. 	Com a demanda de “necessitados” sempre aumentando veio a importância de uma profissionalização do serviço social, pois ai o Estado viu que deveria fazer mais e com melhor estrutura, agindo com melhor estratégia seria mais fácil controlar as classes mais pobres. O Serviço Social surge nesse contexto como mediador entre as classes dominantes e a classe subalterna. 
 	Convivemos muito de perto com a experiência trágica de pertencer às classes subalternizadas em nossa sociedade; conhecemos esse universo caracterizado por trajetórias de exploração, pobreza, opressão e resistência, observaram o crescimento da violência, da droga, e de outros códigos que sinalizam a condição subalterna: o desconforto da moradia precária e as estratégias de sobrevivência frente ao desemprego, a debilidade da saúde, a ignorância, a fadiga, a resignação, a crença na felicidade das gerações futuras, o sofrimento expresso nas falas, nos silêncios, nas expressões corporais, nas linguagens além dos discursos.
 	 Cada vez mais, é preciso considerar a impossibilidade de alcançar a realidade das classes subalternas sendo estranhos à sua cultura, à sua linguagem, a seu saber do mundo.
 3. EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
 	A questão social nos faz pensar sempre, sobre a forma de organização da sociedade e as diversas maneiras utilizadas para que as mazelas que atingem os menos favorecidos sejam reduzidas, mesmo o país tendo melhorado no aspecto social nas últimas décadas ainda há muitos males que assolam a sociedade.
 	A questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade, isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma crítica na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população, aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las, é entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens. 
No Brasil, as expressões da questão social também repercutem de diferentes formas na vida da população, em especial da infanto-juvenil, principalmente por causa das desigualdades sociais existentes e devido à ineficiência da rede pública de educação, saúde e proteção social. 
Ao longo da história, atingidos diretamente pelo cenário de destituição do país e, em sua maioria, vivendo em situação de pobreza e sem o amparo suficiente das intervenções do Estado, as crianças e os jovens são as vítimas que mais sofreram e sofrem os efeitos perversos da desigualdade social brasileira, estando vulneráveis às situações de risco, como a violência, o abuso de drogas e as doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a citação acima, temos que o Serviço Social foi inserido dentro das instituições para conter os conflitos sociais emanados da classe trabalhadora, no contexto histórico da profissão, juntamente com a expansão industrial, houve a necessidade de estes profissionais atuarem com os trabalhadores e suas famílias na coerção social e cultural, na manutenção da ordem e da moral.
A primeira Escola de Serviço Social tinha por finalidade oferecer uma formação social através do conhecimento das questões e dos problemas sociais, preparando seus profissionais para atuarem-nos vários campos da ação social, nas obras de assistência, nos serviços de proteção à infância, nas organizações operárias e familiares. 	 
4. INFLUÊNCIAS SOCIOLÓGICAS E FILOSÓFICAS E O SERVIÇO SOCIAL
As Correntes filosóficas também se puseram a influenciar o serviço social: tomismo, neotomismo, positivismo, conservadorismo, marxismo, funcionalismo americano, marcaram uma evolução das formas profissionais.
 	O Serviço Social se profissionaliza com a intercorrência entre processos econômicos, social, cultural, político e teórico, que se opõe ao longo do tempo e geram um novo contexto histórico, pertinente a essa profissionalização. Ao analisar a historia do Serviço Social, alguns autores de diferentes posições teóricas e ideológicas, chegaram a uma conclusão equivocada e com relação de continuidade, de que o Serviço Social como profissão seria resultante de um processo acumulativo, com a organização ou evolução da filantropia, no entanto, o assistente social emerge no mercado de trabalho com o surgimento de um espaço sócio-ocupacional e no estabelecimento de condições histórico-sociais, que demandam novas ações aos profissionais para responder a questão social na era dos monopólios. 
 	Deixando de lado a filantropia e a caridade, o assistente social passa a ser determinado pelo mercado de trabalho, com relação de assalariamento e com participação direta no processo de reprodução das relações sociais. A emergência do Serviço Social, devido a esse espaço que surgiu na rede sócio-ocupacional, faz com que o profissional se torne vendedor de sua força de trabalho, gerando mudanças que evolui em vários aspectos, entre eles a regulamentação dasrelações de trabalho e a formação profissional. 
 	Através das políticas sociais que se abre o caminho para o reconhecimento do Serviço Social como profissão e para compreender simultaneamente a continuidade e a ruptura que assimilam a profissionalização. Contudo, enquanto profissão, ele não é posto somente pela lógica social e econômica da ordem monopólica, é também dinamizado pelo projeto conservador que se põe alheio a reforma dentro desta ordem. 	Devido acirramento das expressões da questão social, sendo que os problemas que surgiram da rendição econômica, do processo de proletarização da mão de obra e dos efeitos da expansão do domínio imperialista, criaram um obstáculo em que a única maneira de ultrapassá-lo seria através dos métodos de intervenção do assistente social., deste modo, o profissional deixa de ser apenas executor de políticas sociais e passa a atuar na formulação, planejamento e execução dessas políticas em diversas áreas, como saúde, educação, habitação, assistência social etc.
5. ATUAÇÃO E PRÁTICAS PROFISSIONAIS DOS ASSISTENTES SOCIAIS.
O serviço social começa e se constituir como profissão no momento em que setores dominantes de sociedade começam a intervir de forma continua e sistemática, através das chamadas políticas sociais, logo o serviço social é requisitado pelas complexas estruturas do Estado e das empresas de modo a promover o controle e a reprodução material e ideológica das classes sociais. Na trajetória histórica do Serviço Social, inúmeras correntes discutem a questão da instrumentalidade, sua funcionalidade ao projeto reformista burguês no que se refere a sua peculiaridade operatória. 
No inicio o Serviço Social se fundava na legitimação religiosa, passando a profissionalização e a constituição da dimensão técnica-instrumental com necessidade de consolidação de um instrumental técnico-operativo vindo de tradição Norte-americana, ou seja, a conjunto de técnicas e instrumentos para a criação de uma tecnologia social.
O primeiro curso de Serviço Social no Brasil surgiu em 1936 e sua regulamentação ocorreu em 1957. O processo de reconceituação gestado pelo Serviço Social desde a década de 1960 permitiu à profissão enfrentar a formação tecnocrática conservadora e construir coletivamente um projeto ético-político profissional expresso no currículo mínimo de 1982 e nas diretrizes curriculares de 1996 e no Código de Ética de 1986 e 1993, nos quais as políticas sociais e os direitos estão presentes como uma importante mediação para construção de uma nova sociabilidade. Trata-se de uma profissão de nível superior, que exige dos profissionais formações teórica, técnica, ética e política, orientando-se por uma Lei de Regulamentação Profissional e um Código de Ética. 
A Assistência Social, como um conjunto de ações estatais e privadas para atender a necessidades sociais, no Brasil, também apresentou nas duas últimas décadas uma trajetória de avanços que a transportou, da concepção de favor, da pulverização e dispersão, ao estatuto de Política Pública e da ação focal e pontual à dimensão da universalização. A Constituição Federal de 1988 situou-a no âmbito da Seguridade Social e abriu caminho para os avanços que se seguiram. Os assistentes sociais possuem e desenvolvem atribuições localizadas no âmbito da elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, como também na assessoria a movimentos sociais e populares.	
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão social nos faz pensar sempre, sobre a forma de organização da sociedade e as diversas maneiras utilizadas para que as mazelas que atingem os menos favorecidos sejam reduzidas, podemos dizer que o problema social no Brasil é a conseqüência de seu subdesenvolvimento, mesmo o país tendo melhorado no aspecto social nas últimas décadas ainda há muitos males que afligem a sociedade, embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. 
No decorrer desse trabalho podemos analisar que, os assistentes sociais foram os primeiros se mobilizar em defesa da assistência social como direito, essa luta não se deu de forma isolada, desde sempre, esses profissionais se articularam aos movimentos da classe trabalhadora, dentre. O que se debate no Serviço Social hoje é o desenvolvimento de uma competência profissional que se fundamente no diálogo com diversas áreas do saber, e que este diálogo não cesse, após a graduação, que se paute na ética, considerando-a um espaço para a reflexão, que se utilizem os instrumentos profissionais reconhecendo a instrumentalidade que é própria do Serviço Social, e que se aproprie dos espaços institucionais de modo a concretizar suas competências através de ações que caracterizem este saber profissional
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A construção do perfil do assistente social no cenário educacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 233 p. ISBN 978-85-7983-038-9. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. 
BARROCO, M.L.S.; Bases filosóficas para uma reflexão sobre ética e serviço social. In: BONETTI, D. A.(Org.) et. al.: Serviço Social e ética: Convite a uma nova práxis. 11ª ed.; São Paulo: Cortez, 2010. 
MONTEIRO, Patrícia da Silva; Silva, Elaine Nunes da. Transformações Contemporâneas No Mundo Do Trabalho: Incidências No Serviço Social. Anais IIª Jornada Internacional de Políticas Públicas. São Luís – MA, 23 a 26 de agosto 2005.
PAULO NETTO, José; A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social; Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional; Brasília; 2010. Disponível em: (acesso em 10 de maio de 2012)
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
SILVA, Maria Ozanira da Silva e. Formação Profissional do Assistente Social: inserção na realidade social e na dinâmica da profissão. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. 
"Serviço social, questão social e globalização: aportes para o debate"deSimone de Jesus Guimarães.Disponível em:/2008/06/20/as-formas-de-enfrentamento-da-questao-

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