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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES – URI ERECHIM CURSO DE ENGENHARIA CIVIL BRUNO ANTÔNIO OLIVIECKI CELSO DE TOFFOL LUCAS TOCHETTO PAULO ROBERTO DUTRA TAUE MARCOS GAZ PROPRIEDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS ERECHIM 2015 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1.1. REVISÃO TEÓRICA...................................................................................................4 1.1.1. PROPRIEDADES ELÉTRICAS.................................................................................4 1.1.2. PROPRIEDADES MAGNÉTICAS.............................................................................6 2. DETERMINAÇÃO DA RESISTIVIDADE E DA CONDUTIVIDADE ELÉTRICA PARA ALGUNS MATERIAIS...........................................................................7 2.1. MATERIAL...................................................................................................................7 2.2. PROCEDIMENTOS.....................................................................................................8 2.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................8 3. UTILIZAÇÃO DE UM GERADOR DE VAN DE GRAAFF PARA A DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO................................................9 3.1. MATERIAL...................................................................................................................9 3.2. PROCEDIMENTOS.....................................................................................................9 3.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................9 4. UTILIZAÇÃO DE LIMALHA DE FERRO PARA DETERMINAÇÃO DOS POLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ................................................................................... 9 4.1. MATERIAL...................................................................................................................9 4.2. PROCEDIMENTOS...................................................................................................10 4.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................10 5. UTILIZAÇÃO DE LIMALHA DE FERRO PARA DETERMINAÇÃO DOS POLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ..................................................................................10 5.1. MATERIAL.................................................................................................................10 5.2. PROCEDIMENTOS...................................................................................................11 5.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................11 6. GERAÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA A PARTIR DE UM CAMPO MAGNÉTICO VARIÁVEL...................................................................................................11 6.1. MATERIAL.................................................................................................................11 6.2. PROCEDIMENTOS...................................................................................................12 6.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................12 7. DETERMINAÇÃO OU CONFIRMAÇÃO DOS POLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ..........................................................................................................................................12 7.1. MATERIAL.................................................................................................................12 7.2. PROCEDIMENTOS...................................................................................................12 7.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................13 8. CONCLUSÃO.............................................................................................................13 9. REFERÊNCIAS..........................................................................................................13 4 Figura 1. Condutores segundo a Lei de Ohm. 1. INTRODUÇÃO Tanto a eletricidade quanto o magnetismo não são descobertas recentes. Muito pelo contrário, são fenômenos que há tempos despertam a curiosidade das pessoas. Hoje se sabe que tudo não passa de uma única coisa: o eletromagnetismo, que está presente em praticamente tudo o que é de conhecimento e de utilidade dos seres humanos. O objetivo do presente relatório e dos experimentos realizados em laboratório, além de fixar o conteúdo teórico visto em sala de aula, foi analisar e classificar os materiais quanto às suas resistividade e condutividade, verificar a relação existente entre eletricidade e magnetismo, assim como delimitar a influência do campo magnético terrestre sobre as demais coisas. 1.1 REVISÃO TEÓRICA 1.1.1. Propriedades Elétricas Uma corrente elétrica é definida como o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica, estabelecido após uma diferença de potencial. Numericamente, a intensidade de corrente elétrica medida em ampères (A) é a quantidade de carga elétrica que passa por uma determinada área em um intervalo de tempo de interesse. Já a resistência mede a dificuldade imposta pelo condutor à passagem de corrente elétrica. Essa propriedade é fácil de ser percebida, bastando, por exemplo, ligando dois condutores a uma mesma tensão e confirmando que a corrente que passa por cada um não tem a mesma intensidade. A resistência elétrica, medida em ohms (Ω), portanto, está relacionada com a intensidade de corrente elétrica e com a tensão de acordo com a Primeira Lei de Ohm: , ou ainda , como aparece em vários livros que trrratam do assunto. A resistência é função do comprimento do condutor e da área de sua seção transversal, conforme estabelece a Segunda Lei de Ohm: , com ρ igual à resistividade do material, medida em Ω .m, uma característica individual que serve como medida da resistência elétrica. Condutores com resistência constante a uma dada temperatura são chamados de condutores ôhmicos. A figura 5 ao lado apresenta o comportamento de um condutor ôhmico e de um condutor não ôhmico. Utilizando as duas leis de Ohm, pode-se ainda se chegar à uma relação para a resistividade: =>> É interessante ressaltar que a resistência é variável com a tempteratura segundo a relação: , onde αr é o coeficiente de temperatura da resistividade (K-1). Esse acréscimo na resistência deve-se a um maior nível de agitação dos átomos com o aumento da temperatura, dificultando a passagem de corrente elétrica. A condutividade elétrica é o inverso da resistividade, inclusive na unidade (Ω-1.m-1), um indicativo da natureza elétrica dos materiais. Metal Condutividade Elétrica (10 7 Ω-1m-1) Resistividade Elétrica (10-8 Ω.m) Prata 6,8 1,4706 Cobre 6,0 1,6667 Ouro 4,3 2,3256 Alumínio 3,8 2,6316 Latão 1,6 6,25 Ferro 1,0 10 Platina 0,94 10,6383 Aço-carbono 0,6 16,6667 Aço inoxidável 0,2 5 Tabela 1. Condutividade e Resistividade para alguns Materiais. Para demonstrações de processos que envolvem a eletrostática, um instrumento muito usado é o gerador de Van de Graaff. O gerador de Van de Graaff funciona a partir da movimentação de uma correia, eletrizada por atrito, como transporte das cargas elétricas que surgem até o interior da esfera de metal, sendo, logo após, distribuídas por sua superfície externa. Ao aproximar-se um objeto de metal ou encostar-se o dedo no objeto, surgirão leves descargas elétricas, resultantes da elevada diferença de potencial criada pelo gerador. 1.1.2. Propriedades Magnéticas Uma carga elétrica em movimento, além de apresentar as propriedades elétricas, propicia o surgimento de um campo magnético. O campo magnético é a região de influência de um material que apresente propriedades magnéticas, como os ímãs. 6 Figura 2. Campo Magnético de um ímã em Forma de Barra. Figura 3. Campo Magnético da Terra. Figura 4. Regra da Mão Direita. Cada ímã possui dois polos: polo Norte e polo Sul. Nessas regiões, a capacidade de atração parece ser maior do que em outras partes. Mesmo que o material seja partido ao meio, de todas as maneiras possíveis, sempre surgirão um polo Norte e um polo Sul, o que foi denominado Princípio da Inseparabilidade dos Polos. Outra propriedade importante dos ímãs é que eles se orientam aproximadamente na direção Norte-Sul, quando podem se mover livremente. Foi a partir desse conhecimento a priori que pôde ser construída a bússola. O campo magnético de um ímã em qualquer formato pode ser representado pelas linhas de indução, as quais podem ser facilmente visualizadas mediante a adição de limalha de ferro. Aparentemente, elas saem do Norte e chegam ao Sul e uma maior proximidade das linhas indica um campo mais intenso do que as regiões em que elas estão mais afastadas. O campo magnético da Terra pode ser comparado ao campo magnético gerado por um ímã gigantesco gerado em seu interior. Próximo ao polo Norte geográfico há um polo Sul magnético, e vice-versa. Os polos geográficos e magnéticos não coincidem, existindo uma leve inclinação entre eles, caracterizando a declinação magnética. Uma carga elétrica em movimento imersa em um campo magnético fica sujeita a uma força magnética, apresentando, na maioria das vezes, movimento circular uniforme. O módulo da força é dado por: , a qual depende do ângulo formado entre campo magnético e 7 velocidade. A direção e o sentido da força seguem a regra da mão direita. A força que atua sobre um condutor reto de comprimento L e portando corrente elétrica i é dada por: . O experimento realizado por Hans Christian Oersted mostrou que uma corrente elétrica gera um campo magnético à sua volta. Contudo, o processo contrário também seria possível. Foi isso que Michael Faraday conseguiu provar, que um campo magnético era capaz de gerar corrente elétrica. A simples movimentação de um ímã em relação a uma espira, conectada a um circuito fechado, produz uma corrente elétrica induzida. Princípio de funcionamento dos geradores e motores, esse fenômeno é denominado indução eletromagnética. Heinrich Friedrich Lenz concluiu que o sentido da corrente é o oposto da variação do campo magnético que lhe deu origem. A corrente induzida em um circuito aparece sempre com um sentido tal que o campo magnético que ele cria tende a contrariar a variação do fluxo magnético através da espira. 2. DETERMINAÇÃO DA RESISTIVIDADE E DA CONDUTIVIDADE ELÉTRICA PARA ALGUNS MATERIAIS 2.1. MATERIAL Fios Condutores Fonte de Tensão Multímetro Condutor de Aço Condutor de Cobre Condutor de Alumínio 2.2. PROCEDIMENTOS Os condutores metálicos possuíam comprimento e diâmetro da seção transversal conhecidos, conforme ilustra a tabela abaixo. Aço Cobre Alumínio Comprimento (10 -2 m) 17,5 17,5 17,5 Diâmetro (10 -3 m) 3,7 1,7 2,7 Tabela 2. Características dos Condutores em Estudo. 8 Utilizando-se de um circuito elétrico simples e de um multímetro, utilizado para as medições de intensidade de corrente elétrica e tensão, para cada material, foram determinadas, através de cálculos, a resistividade e a condutividade elétrica. 2.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os valores obtidos para intensidade de corrente elétrica e tensão foram compilados na seguinte tabela. Aço Cobre Alumínio Tensão (10 -3 V) 3,1 1,3 2,3 Intensidade de Corrente Elétrica (i) 0,52 0,52 0,52 Tabela 3. Valores experimentais obtidos para tensão e corrente elétrica. Para o cálculo da resistividade foi usada a seguinte fórmula: . A condutividade, logicamente, é o inverso da resistividade: . AÇO: Logo: COBRE: Logo: ALUMÍNIO: Logo: 9 3. UTILIZAÇÃO DE UM GERADOR DE VAN DE GRAAFF PARA A DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO 3.1. MATERIAL Um gerador eletrostático do tipo Van der Graaff Uma esfera metálica com bastão 3.2. PROCEDIMENTOS Inicialmente, duas esféricas metálicas foram afastadas e conectadas ao gerador, ocasionando uma diferença de potencial. Posteriormente, foi realizado o tradicional experimento dos cabelos esvoaçantes após o contato com a esfera metálica. 3.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para o experimento inicial, houve transferência de elétrons de uma esfera para a outra através do ar, antes tido como isolante. Já para a segunda prática o que se verificou foi a eletrização de alguns fios de cabelo da pessoa que se propôs a realizá-la. 4. UTILIZAÇÃO DE LIMALHA DE FERRO PARA DETERMINAÇÃO DOS POLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ 4.1. MATERIAL Ímã reto Ímã em forma de U Limalha de Ferro Folha de Papel 4.2. PROCEDIMENTOS Sobre o ímã foi colocada uma folha de papel e sobre ela foi espalhada limalha de ferro permitindo, então, a visualização do campo magnético gerado pelo ímã. A prática foi realizada duas vezes, uma para cada tipo de ímã e, então, foram observados os resultados. 10 Figura 5. Campo Magnético de um Ímã Reto. Figura 6. Campo Magnético de um Ímã em U. 4.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para o ímã reto, as linhas de campo arranjaram-se conforme mostra a imagem. Já para o ímã em forma de U, o resultado encontrado foi semelhante ao obtido pela figura abaixo. 5. GERAÇÃO DE UM CAMPO MAGNÉTICO A PARTIR DE UMA CORRENTE ELÉTRICA 5.1. MATERIAL Balanço magnético de Waltrick Fonte de Tensão Chave Inversora Fios Condutores Ímã em forma de U 5.2. PROCEDIMENTOS 11 Figura 7. Exemplo de circuito utilizado no experimento. A partir de um circuito elétrico como o mostrado abaixo e com o ímã com seu polo norte voltado para cima, foi analisada a movimentação do balanço na presença de uma corrente elétrica. 5.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para o primeiro caso, com a chave inversora desligada, o que se percebeu foi o movimento do balanço para a esquerda. Ao se ligar a chave inversora de corrente elétrica, o que se verificou foi a inversão do movimento do balanço, que agora moveu-se para a direita. Tais resultados podem ser averiguados mediante a aplicação da regra da mão direita. 6. GERAÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA A PARTIR DE UM CAMPO MAGNÉTICO VARIÁVEL 6.1. MATERIAL Ímã em forma de U Bobina Amperímetro 6.2. PROCEDIMENTOS 12 Figura 8.Experimento similar ao que foi realizado. O ímã em forma de U foi aproximado de uma bobina conectada a um amperímetro. Primeiramente, foi utilizado o polo norte e depois o polo sul magnético do ímã. A corrente elétrica induzida criada pela variação de posição do ímã foi então detectada pelo amperímetro. 6.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao aproximar-se o polo norte do ímã da bobina, o amperímetro detectou a passagem de corrente elétrica, seu ponteiro movimentando-se para a direita. Para o polo sul, o que pôde ser notado foi a movimentação do ponteiro do amperímetro para a esquerda. De acordo com as leis da indução eletromagnética, ocorreu a formação de um polo igual àquele que se aproximava da bobina, de modo a impedir a atração. O sentido da corrente elétrica determina a polaridade adquirida pela bobina, espira ou solenoide. 7. DETERMINAÇÃO OU CONFIRMAÇÃO DOS POLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ 7.1. MATERIAL Ímã em forma de U Aço magnético Copo plástico com água Bússola 7.2. PROCEDIMENTOS Antes de tudo, utilizando-se da bússola, foi determinado o polo Norte magnético terrestre. Em seguida, foi feita a imantação do aço magnético (agulha) no polo Norte do ímã, várias vezes e um mesmo sentido. Feito isso, a agulha foi posta sobre o isopor em um copo de água, de modo a constituir uma superfície livre. A agulha de aço também foi imantada 13 no polo Sul do ímã e, em ambos os casos, foi verificado se a agulha era atraída ou repelida pelo polo Norte magnético da Terra. 7.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para o primeiro caso, a agulha foi repelida pelo polo Norte da Terra. Para o segundo, ocorreu atração entre a agulha de aço e a Terra. Em uma superfície livre de atrito, a agulha ou um ímã qualquer tende a equilibrar-se na direção Norte-Sul do campo magnético terrestre. O que se convencionou como polo Norte do ímã foi comprovado pelo experimento que era verdadeiro. Analogamente, o polo Sul também estava correto. 8. CONCLUSÃO Todos os experimentos realizados permitiram avaliar a importância do eletromagnetismo para os mais variados processos. A relação existente entre eletricidade e magnetismo permitiu o desenvolvimento ímpar de novas tecnologias. O experimento relacionado à resistividade e à condutividade elétrica dos materiais não apresentou resultados tão satisfatórios. Apesar disso, os demais experimentos cumpriram a sua função para a visualização das propriedades. 9. REFERÊNCIAS CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física 3: Ondulatória, Eletromagnetismo, Física Moderna. 2. ed. São Paulo: Atual, 2005. CALLISTER Jr, William D.; Introdução a Ciência e Engenharia dos Materiais. 8. ed. São Paulo: LTC, 2012. HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos da Física, Vol. 3, 8ª Edição, LTC, 2009. SANTOS, Marco Aurélio da Silva. O Gerador de Van de Graaff. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/o-gerador-van-graaff.htm>. Acesso e,: 14 de outubro de 2015. SILVA, Domiciano Marques da. Campo Magnético. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/campo-magnetico.htm>. Acesso em: 15 de outubro de 2015. 14 ________. A indução eletromagnética. Disponível em <http://www.brasilescola.com/fisica/a-inducao-eletromagnetica.htm>. Acesso em 15 de outubro de 2015.
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