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Portal Energiamais Seja bem vindo ao Curso Eletricidade sem Mistérios Autor: Prof. Eng. Flórido Martins contato@energiamais.com Unidade 01 - Grandezas Elétricas Nesta Unidade de Ensino você será capaz de descrever as principais grandezas utilizadas em eletricidade, tais como: corrente elétrica, tensão, resistência elétrica e potência. Você também saberá indicar a unidade de medida de cada uma dessas grandezas assim como os instrumentos utilizados nas suas medidas. Objetivos desta Unidade de Ensino Corrente Elétrica Definição: A corrente elétrica é definida como sendo o deslocamento ordenado de partículas portadoras de cargas elétricas. Na maioria dos casos, essas partículas são os elétrons. A corrente elétrica é representada pela letra I ou i. Unidade de medida: A unidade usada para a medida da corrente elétrica é o Ampère que é abreviado pela letra A. Instrumento de medida: O instrumento utilizado para a medida da corrente elétrica é o Amperímetro. Tensão Definição: A tensão é a pressão que causa o deslocamento ordenado dos elétrons, isto é, a corrente elétrica. A fonte dessa pressão recebe o nome de Gerador de Eletricidade. A tensão é representada pela letra V ou v, ou ainda por E ou e. A tensão também é conhecida pelos nomes Força Eletro – Motriz (fem) e Diferença de Potencial (ddp). Unidade de medida: A unidade de medida de tensão é o Volt que é abreviado pela letra V. Instrumento de medida: O instrumento utilizado para a medida da tensão é o Voltímetro. Resistência Elétrica Definição: É a dificuldade oferecida por um corpo ao deslocamento ordenado dos elétrons, isto é, à passagem da corrente elétrica. A resistência elétrica é representada pela letra R ou r. Unidade de medida: A unidade usada para a medida da resistência elétrica é o Ohm, representado pela letra grega Ω (ômega). Instrumento de medida: O instrumento utilizado para a medida da resistência elétrica é o Ohmímetro. Resistores Definição: São componentes utilizados nos circuitos eletro-eletrônicos com a finalidade de restringir a intensidade da corrente elétrica a um determinado valor previamente definido. Os resistores são, portanto, componentes físicos criados pelo homem com a finalidade de apresentarem um determinado valor de resistência elétrica. Os resistores são amplamente utilizados nos circuitos eletro-eletrônicos. Símbolo: Nos circuitos elétricos e eletrônicos os resistores são representados pelos seguintes símbolos: Resistores - Exemplos Exemplos de Resistores muito usados em aparelhos eletrônicos. Resistores - Exemplos Resistor Tubular. Muito utilizado em processos de aquecimento. Resistores - exemplos Outros exemplos de resistores Tubulares. Materiais Condutores Definição: São aqueles que apresentam uma resistência elétrica muito baixa. Na maioria dos casos essa resistência tem um valor tão baixo que pode ser desprezada. Como exemplos de materiais condutores podemos citar: • Cobre • Prata • Alumínio Materiais Isolantes Definição: São aqueles que apresentam uma resistência elétrica de valor muito elevado. Na prática considera-se que os materiais isolantes oferecem uma resistência tão elevada que não permitem a passagem da corrente elétrica. Devemos, no entanto, levar em consideração que mesmo os melhores materiais isolantes permitem a passagem de uma corrente elétrica de valor tão pequeno que na maioria das vezes pode ser desprezada. Como exemplos de materiais isolantes podemos citar: • Borracha • Vidro • Papel • Mica • Porcelana Materiais Semicondutores Os materiais semicondutores são aqueles que apresentam uma resistência elétrica cujo valor se situa entre a baixa resistência dos condutores e a alta resistência dos isolantes. Podemos então afirmar que os semicondutores não são nem bons condutores nem bons isolantes. Os semicondutores mais utilizados são: • Silício • Germânio Os semicondutores são muito utilizados na fabricação de componentes eletrônicos, tais como: • Transistores • Diodos retificadores • SCR´s • Circuitos Integrados Energia Elétrica Sabemos do estudo da Física que Energia é a capacidade de realizar trabalho e que um trabalho é realizado sempre que se aplica uma força a um corpo e este sofre um deslocamento. Já vimos que os elétrons se deslocam para constituírem uma corrente elétrica. Esse deslocamento é devido à aplicação de uma força denominada de Força Eletro-Motriz (FEM). Como há um deslocamento (de elétrons) devido à aplicação de uma força (FEM), existe, então, a realização de um trabalho que recebe o nome particular de trabalho elétrico. A realização desse trabalho é devido à existência de energia, que recebe o nome de energia elétrica. A fonte dessa energia é o gerador de eletricidade. Continuação Medidores de Energia Medidor de Energia Analógico Medidor de Energia Digital Gerador de Eletricidade Definição: Gerador é um dispositivo que é fonte de energia elétrica e que é capaz de produzir uma corrente elétrica. Símbolos: 1. Gerador de Corrente Contínua (CC ou DC): 2. Gerador de Corrente Alternada (CA ou AC): Potência Elétrica Definição: De um modo geral dizemos que a potência elétrica nos informa com que velocidade a energia elétrica é utilizada em um circuito ou convertida em uma outra forma de energia. Unidade de medida: A unidade usada para a medida da Potência é o Watt que é abreviado pela letra W. Obs.: Também podemos usar outras duas unidades de medida para potência: Cavalo-Vapor (CV) e Horse-Power (HP). 1CV = 735 watts 1 HP = 745 watts Importante Instrumento de medida: O instrumento usado para a medida da potência elétrica é o Wattímetro. Unidade 02 – Circuitos Elétricos Nesta Unidade de Ensino você estudará os diversos Circuitos Elétricos e aprenderá também a calcular os valores da corrente elétrica, da tensão e da resistência elétrica. Objetivos desta Unidade de Ensino Lei de Ohm Esta lei é uma das mais importantes da Eletricidade. Ela foi descoberta pelo cientista alemão Georg Simon Ohm e relaciona as três grandezas básicas da • Corrente Elétrica ( I ) •Tensão ( V ) •Resistência Elétrica ( R ) Matematicamente a Lei de Ohm é representada pela fórmula abaixo: Fórmula da Lei de Ohm Circuito Elétrico Simples - CES Definição: É o mais simples de todos os circuitos utilizados em Eletrotécnica. Eles são formados por apenas uma fonte (gerador) e um resistor (carga). Exemplo de CES: Circuito Série Definição: É aquele constituído por um ou mais geradores que alimentam diversos resistores ligados de tal modo entre si que a corrente elétrica tem apenas um caminho a percorrer. Exemplo de Circuito Série: I I Circuito Paralelo Definição: É aquele constituído por um ou mais geradores que alimentam diversos resistores ligados de tal modo entre si que cada um deles é atravessado por uma corrente elétrica diferente. Exemplo de circuito paralelo: Circuito Misto Definição: É aquele constituído por um ou mais geradores que alimentam diversos resistores ligados em série e em paralelo simultaneamente. Exemplo de circuito misto: Como calcular a Potência Elétrica VIP R V P 2 A Potência Elétrica pode ser calculada usando-se uma das trêsfórmulas abaixo: 2RIP Nestas fórmulas, temos: P = Potência Elétrica em Watts (W) V = tensão em Volts (V) I = Corrente Elétrica em Amperes (A) R = Resistência Elétrica em Ohms (Ω) Leia Como Calcular a Energia Elétrica Para calcularmos a Energia Elétrica consumida por um circuito precisamos conhecer a tensão, a corrente elétrica e o tempo durante o qual houve o consumo. Para o cálculo, usa-se a seguinte expressão: t.I.VW Na fórmula acima temos; W = Energia consumida em Watts.hora (Wh) V = tensão em Volts (V) I = Corrente elétrica em Amperes (A) t = tempo de consumo em horas Como calcular o custo da Energia Elétrica Para você saber quanto custa manter um aparelho elétrico ligado é necessário que conheça os seguintes parâmetros: • Potência do aparelho • Tempo durante o qual o aparelho ficou ligado • Tarifa cobrada pela Concessionária de Energia Elétrica local Podemos resumir o que foi exposto através da seguinte fórmula: 1000 ta.t.P C Continuação Na fórmula anterior temos: C = Custo da energia elétrica consumida pelo aparelho, em R$ P = Potência do aparelho, em Watts t = Tempo durante o qual o aparelho ficou ligado, horas ta = Tarifa cobrada pela Concessionária de Energia Elétrica em R$ / kWh Exemplo: Uma lâmpada de 100 W permanece ligada durante 8 horas por dia. Calcular o custo do seu consumo, sabendo que a tarifa cobrada pela Concessionária local é de 0,55 R$/kWh. Aplicando-se a fórmula vista anteriormente, temos: 44,0 1000 55,0x8x100 1000 ta.t.P C Unidade 03 - Magnetismo Nesta Unidade de Ensino você aprenderá os conceitos de magnetismo, imãs naturais e artificiais, substâncias magnéticas e a identificar e representar um campo magnético. Objetivos desta Unidade de Ensino Introdução Definição: Dá-se o nome de magnetismo à propriedade que certos corpos possuem de atrair pedaços de materiais ferrosos. Alguns materiais, notadamente o ferro e o aço, são fortemente atraídos pelos ímãs; o cobalto e o níquel são atraídos em grau menor. Diz-se que essas substâncias têm propriedades ferromagnéticas. Ligas especiais, como o permalloy e o alnico, têm extraordinárias propriedades ferromagnéticas. Os físicos têm demonstrado muito interesse pela estrutura dos materiais dotados da propriedade do ferromagnetismo. Exemplo de Ímã Ímã em ferradura Força entre polos magnéticos O fato de que as limalhas de ferro se prendem principalmente nas extremidades de um ímã de barra indica que a força magnética atua sobre as limalhas basicamente nessas regiões que são chamadas de pólos; isso não significa que a região intermediária do ímã seja desmagnetizada. O pólo que aponta para o Norte, quando o ímã está livre para girar sobre um eixo vertical, é comumente chamado pólo norte ou simplesmente pólo N. O pólo oposto, que aponta para o Sul, é chamado pólo sul ou pólo S. Campo magnético Um campo magnético existe numa região em que uma força magnética atua sobre um pólo independente colocado nesta região. Definição de Campo Magnético Continuação Pode-se obter aproximadamente o comportamento de um pólo N independente num campo magnético usando uma agulha de costura, magnetizada, conforme sugerimos na ilustração acima. A agulha atravessa um pedaço de cortiça suficientemente grande para fazê-la flutuar, com o pólo N abaixo da superfície da água. O pólo S está afastado o bastante para ter uma influência insignificante sobre o movimento da agulha. Um ímã em forma de barra, colocado sob o recipiente de vidro de modo que seu pólo N esteja próximo da agulha, faz com que o ímã flutuante se mova aproximadamente ao longo do trajeto que seria seguido por um pólo N isolado. Linhas de Força O trajeto de um pólo N independente num campo magnético é chamado linha de força ou de fluxo. Linha de fluxo é uma linha traçada de tal maneira que uma tangente a ela em qualquer ponto indica a direção do campo magnético. Supõe-se que as linhas de fluxo 'saiam' de um ímã no pólo N e 'entrem' no pólo S, sendo todas as linhas um trajeto fechado, passando do pólo S para o pólo N dentro do ímã. Essas duas idéias são ilustradas nas figuras apresentadas no próximo slide. Continuação Unidade 04 - Eletromagnetismo Nesta Unidade de Ensino você aprenderá como uma corrente elétrica é capaz de criar um campo magnético, compreender o funcionamento dos solenóides e eletroímãs, aplicar a regra da mão esquerda, aprender como um motor elétrico funciona. Objetivos desta Unidade de Ensino Experiência de Oersted Para comprovar o efeito magnético da corrente elétrica, o Físico dinamarquês Hans Christian Oersted realizou uma experiência que ficou conhecida pelo seu nome. Observando a figura abaixo você irá compreender como Oersted conseguiu comprovar a relação entre a corrente elétrica e o campo magnético. Conforme mostrado no desenho da esquerda ele colocou uma agulha magnetizada sob um condutor ligado aos terminais de uma fonte CC. Com a chave S aberta ale verificou que a agulha permanecia em seu estado de repouso, isto é, numa posição paralela ao condutor. Ao fechar a chave S, contudo, ele verificou que a agulha se deslocava de um ângulo de cerca de 90o (desenho da direita). Naquela época já se sabia que um campo magnético era capaz de deslocar uma agulha magnetizada (princípio da bússola). Oersted, então, começou a imaginar que um campo magnético diferente do terrestre fora criado com a passagem da corrente pelo condutor. Esse fenômeno foi, mais tarde, comprovado pelo próprio Oersted e, a esse campo criado pela passagem da corrente elétrica deu-se o nome de Campo Eletromagnético. Solenóides Os solenóides são enrolamentos em forma de espiral cilíndrica em cujo interior há um núcleo de ar. Quando percorridos por corrente elétrica os solenóides se transformam em ímãs artificiais que recebem o nome particular de eletroímãs. Eles apresentam propriedades magnéticas semelhantes às dos ímãs. Solenóide Eletroímãs Já sabemos que uma corrente elétrica ao atravessar um condutor é capaz de criar um campo magnético ao seu redor. De uma forma genérica podemos afirmar que é desta maneira que se cria um eletroímã. Os eletroímãs aplicados industrialmente são constituídos de um enrolamento em torno de um núcleo feito de um material ferromagnético. A intensidade do campo magnético de um eletroímã depende dos seguintes fatores: •Tipo do material ferromagnético que constitui o núcleo •Tamanho e forma do núcleo •Intensidade da corrente que atravessa o enrolamento Regra da mão esquerda Esta regra é muito prática e serve para determinarmos o sentido da força que atua sobre um condutor percorrido por corrente e mergulhado no interior de um campo magnético. Os dedos polegar, indicador e médio são dispostos conforme mostrado na figura abaixo: Aplicação da regra da mão esquerda Dispomos os três dedos de forma que o indicador aponte o sentido do campo magnético e o médio indique o sentido da corrente elétrica que percorre o condutor. Automaticamente, o dedo polegar nos fornecerá o sentido da força que atua sobre o condutor percorrido por corrente elétrica. Esta regra é muito usada para determinarmos o sentido de rotação das espiras de um motor elétrico ou de um instrumento de medição. Leia e observe a figura no slide anterior Continuação Atenção: A Regra da mão esquerda também é conhecida pelonome de Regra de Fleming. Princípio básico de funcionamento de um motor elétrico Observe esta figura e leia o texto no próximo slide Continuação Na figura anterior mostramos esquematicamente um motor de corrente contínua em corte. A armadura ou rotor A é um cilindro de aço doce no qual é embutido um eixo em torno do qual ela pode girar. Nas ranhuras da armadura são colocados fios de cobre C, de forma a ocupar toda a sua superfície. Para que um campo magnético seja criado nessa armadura é necessário que os seus condutores de cobre sejam percorridos por corrente. Essa corrente é enviada para os condutores através de escovas de grafite que estão em contato com uma peça denominada de coletor ou comutador. Além de servir para alimentar os condutores de corrente, o comutador também mantém a corrente nesses condutores com os sentidos mostrados na figura, qualquer que seja a posição da armadura durante o funcionamento do motor. Continuação As bobinas F e F’ servem para criar um campo magnético fixo dentro do qual a armadura irá girar. Em função disso essas bobinas são chamadas de bobinas de campo. As peças polares P e P’ têm uma forma tal que o campo magnético criado no espaço entre elas e a armadura é essencialmente radial. A carcaça M é um caminho criado para a passagem das linhas de força do campo magnético fixo. De acordo com os sentidos das correntes na armadura e do campo fixo mostrados na figura, em cada um dos condutores será criado um torque que fará a armadura girar no sentido anti-horário. Indução Eletromagnética Observe esta figura e leia o texto no próximo slide Continuação O fenômeno conhecido como Indução Eletromagnética baseia-se em uma Lei básica cujo enunciado diz o seguinte: “Sempre que um condutor cortar ou for cortado pelas linhas de força de um campo magnético, surgirá em seus extremos uma d.d.p. que recebe o nome particular de Força Eletro – Motriz Induzida (femi)”. Observando a figura no slide anterior, poderemos compreender melhor o enunciado dessa Lei. Lei da Indução Eletromagnética Unidade 05 – Corrente Alternada Nesta Unidade de Ensino você será capaz de conhecer o processo de geração da corrente alternada, calcular o valor eficaz de uma C.A., calcular as reatâncias indutivas e capacitivas de um circuito em C.A., calcular a impedância em circuito em C.A. e aplicar a Lei de Ohm a circuitos de C.A. Objetivos desta Unidade de Ensino Geração da C.A. A tensão e a corrente produzidas por fontes geradoras podem ser contínuas ou alternadas. A corrente é contínua quando circula no circuito num único sentido, como temos estudado até agora. Entretanto, se a corrente sai ora por um, ora por outro borne, na fonte geradora, circula ora num, ora noutro sentido, no circuito, ela é uma corrente alternada. A fonte geradora de corrente alternada chama-se alternador. Se representássemos num gráfico os valores da corrente no eixo vertical e o tempo horizontal, obteríamos uma curva, como a da figura mostrada no próximo slide, para representação das variações da corrente alternada C.A.). Continuação Continuação Vemos nessa figura que, no instante inicial, a corrente tem valor nulo, crescendo até um valor máximo, caindo novamente a zero; neste instante, a corrente muda de sentido, porém, seus valores são os mesmos da primeira parte. O mesmo acontece com a tensão. A essa variação completa, em ambos os sentido, sofrida pela corrente alternada, dá-se o nome de ciclo. O número de ciclos descritos pela corrente alternada, na unidade de tempo, chama- se freqüência. Sua unidade é o ciclo/segundo ou Hertz (Hz). É medida em instrumentos chamados frequencímetros. As freqüências mais comumente usadas são 50 c/s e 60 c/s. Valor Eficaz Durante um ciclo, a corrente e a tensão tomam valores diferentes de instante a instante; esses são ditos valores momentâneos ou instantâneos, dentre os quais cumpre destacar o valor máximo (Imax). Entretanto, na prática, não é o valor máximo o empregado e sim o valor eficaz. Por exemplo, um motor absorve uma corrente de 5 A que é o valor eficaz. Define-se como valor eficaz de uma corrente alternada ao valor de uma corrente contínua que produzisse a mesma quantidade de calor numa mesma resistência (Lei de Joule). Esse valor é expresso por: Continuação Por analogia, temos para a tensão: Tanto o voltímetro como o amperímetro para corrente alternada medem valores eficazes. Reatância Indutiva Se enrolarmos um condutor sobre um núcleo de ferro, constituímos um indutor ou reator. Para a corrente contínua, a resistência a considerar é dada unicamente pela resistência (ôhmica) do enrolamento do reator. Entretanto, para a corrente alternada, deve-se considerar ainda outra resistência. É a chamada reatância indutiva. Continuação Esta é a fórmula da reatância indutiva Na fórmula acima, temos: f = freqüência da corrente alternada, em ciclos/segundo L = coeficiente de auto-indução; é uma grandeza que caracteriza cada reator em particular e é dado em henrys. XL = reatância indutiva, em Ω Reatância Capacitiva Duas superfícies condutoras separadas por um isolante (dielétrico) constituem um capacitor. O capacitor não permite a passagem da corrente contínua, permitindo, porém, a alternada, e oferecendo à passagem desta uma resistência, à qual damos o nome de reatância capacitiva. Continuação Esta é a fórmula da reatância indutiva Na fórmula acima, temos: Xc = Reatância capacitiva, em Ω f = freqüência da corrente alternada, em ciclos/segundo C = capacitância, em microfarads (μf) Lei de Ohm para a C.A. Assim como nos circuitos de CC, também em CA usamos a Lei de Ohm para o cálculo da corrente elétrica. Para isso, devemos considerar um circuito real, isto é, aquele que contenha resistências, indutâncias e capacitâncias. Podemos deduzir que nesses circuitos teremos três dificuldades à passagem da corrente elétrica: • Resistência Elétrica (R) • Reatância Indutiva (XL) e • Reatância Capacitiva (XC) Continuação Haverá, portanto, uma dificuldade total oferecida à passagem da corrente elétrica. Essa dificuldade total será a soma (vetorial) da resistência, reatância indutiva e reatância capacitiva. Essa dificuldade total recebe o nome de Impedância (Z). Podemos então dizer que a impedância representa a dificuldade total oferecida por um circuito à passagem da Corrente Alternada. Matematicamente, o valor da Impedância de um circuito de CA, pode ser calculado usando-se a seguinte expressão: Continuação Para os circuitos de CC a Lei de Ohm indica uma relação entre a tensão aplicada e a resistência elétrica do circuito. O mesmo raciocínio é aplicado aos circuitos de CA. Então, podemos escrever que: Esta é a Lei de Ohm para C.A. Unidade 06 – Instrumentos de medidas Nesta Unidade de Ensino você será capaz de conhecer os principais instrumentos utilizados em medidas elétricas, aprender a medir correntes e tensões nos circuitos elétricos e utilizar o multímetro alicate. Objetivos desta Unidade de Ensino Classificação dos instrumentos Quanto ao princípio de funcionamento os instrumentos podem ser classificados em: •Instrumentos eletromagnéticos; • •Instrumentos eletrodinâmicos; • •Instrumentos eletroquímicos; • •Instrumentos dinâmicos. Continuação Quanto ao tipo de corrente os instrumentos podem ser classificadosem: •Instrumentos de Corrente Contínua - CC •Instrumentos de corrente Alternada - CA. Continuação Quanto à grandeza a ser medida os instrumentos podem ser classificados em: •Amperímetros •Voltímetros; •Ohmímetros; •Wattímetros Voltímetro Medidores de tensão ou voltímetros são medidores com elevada resistência interna. Quando da aplicação de uma tensão, circula nos aparelhos uma determinada corrente, que provoca a deflexão do ponteiro. Devido à resistência interna inalterável do instrumento, a escala pode ser ajustada em volts. Os voltímetros são ligados em paralelo com a carga. Exemplos de Voltímetros Voltímetro Analógico Voltímetro Digital Amperímetros Todos os instrumentos destinados a medir correntes, que atualmente são utilizados, baseiam o seu funcionamento na ação magnética da corrente elétrica. Medidores de corrente ou amperímetros são sempre ligados em série com a carga, apresentando uma muito pequena resistência interna. Exemplos de Amperímetros Amperímetro Analógico Amperímetro Digital Ohmímetro O Ohmímetro é o instrumento utilizado para a medição de resistências elétricas. O seu princípio de funcionamento baseia-se na Lei de Ohm. Observe a figura abaixo: Continuação Na figura anterior Rx representa o resistor a ser medido. Ligando- se diversos resistores de valores diferentes a uma mesma tensão, em cada um deles aparecerá uma corrente de valor diferente. Como já vimos na Lei de Ohm, as grandezas das correntes são inversamente proporcionais aos valores dos resistores. Quando da interrupção de um circuito de corrente, isto é, quando a resistência tem um valor infinitamente elevado, a corrente terá valor nulo. Por estas razões, a escala de um amperímetro pode ser calibrada em ohms e o instrumento utilizado como um ohmímetro. Escala de um Ohmímetro A escala em ohms começa então com o valor infinito (∞ ). A fonte de tensão é normalmente uma bateria de 4 volts. O valor da deflexão máxima do instrumento (valor zero) é ajustado mediante o pressionamento do botão de prova (eliminação do resistor Rx) e pelo ajuste do resistor preligado. Quando diferentes baterias são usadas, a tensão exata é obtida por meio de um divisor de tensão. Wattímetros Wattímetro Digital Wattímetro Digital Alicate Continuação Nos instrumentos eletrodinâmicos utilizados para a medição de potência, um resistor é ligado antes da bobina de tensão, visto que a corrente nesta bobina não deve atingir valores muito elevados. Neste caso, a ligação deve ser feita de tal forma que a bobina de corrente e a de tensão em uma de suas extremidades estejam ligadas ao mesmo pólo (P). Voltímetro – Amperímetro tipo Alicate O amperímetro comum é acoplado ao circuito, quando empregado para medir a corrente elétrica em CA. Podemos efetuar essa mesma medida com um voltímetro-amperímetro tipo alicate, sem a necessidade de acoplamento com o circuito, pois esse instrumento é constituído pelo secundário de um transformador de corrente, para captar a corrente do circuito. Continuação O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos: Continuação Na figura do Slide anterior, temos: A - Gancho (secundário de um TC); B - Gatilho (para abrir o gancho); C - Parafuso de ajuste (para zerar o ponteiro); D - Visor da escala graduada; E - Terminais (para medição de tensão); F - Botão seletor de escala. Continuação O princípio de funcionamento do volt-amperímetro tipo alicate é do tipo bobina móvel com retificador e é utilizado tanto para medições de tensão como de corrente elétrica. Observação: Quando o volt-amperímetro tipo alicate é utilizado na medição de tensão elétrica, funciona exatamente como o multiteste. Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos condutores do circuito em que se deseja fazer a medição (seja o circuito trifásico ou monofásico), conforme mostrado na figura a seguir: Continuação Continuação O condutor abraçado deve ficar o mais centralizado possível dentro do gancho. O condutor abraçado funciona como o primário do TC (transformador de corrente) e induz uma corrente no secundário (o próprio gancho). Essa corrente secundária é retificada e enviada ao galvanômetro do instrumento, cujo o ponteiro indicará, na escala graduada, o valor da corrente no condutor. Os voltímetros-amperímetros tipo alicate não apresentam uma boa precisão no início de sua escala graduada, mesmo assim podem ser empregados nas medições de correntes com baixos valores (menores que 1A). Nesse caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento (conforme mostrado na figura do próximo slide). Continuação Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo número de vezes que o condutor estiver passando pelo gancho. Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma corrente de 3A. A corrente real que circula no condutor será:
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