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POLÍGRAFO DE DIR. CONSTITUCIONAL 3
RESUMO AULAS 1/2
PROF. SILVEIRA, ANTONIO J.
(ATENÇÃO: Este material destina-se ao acompanhamento em sala de aula,
 para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional,
a legislação em vigor, além da doutrina indicada e a jurisprudência)
Introdução:
Direito é um fenômeno social. "Ubi societas, ibi jus"
Fontes: 
Imediatas: costumes, lei.
Mediatas: jurisprudência, doutrina, analogia, princípios gerais.
Obs. A Constituição é o antecedente do Estado. 
 "Ubi societas, ibi jus"
RESUMO AULA 1
PERSPECTIVAS DA CONSTITUIÇÃO:
-Sentidos da palavra Constituição:
A) Sociológico: Ferdinand Lassale - Entendia que a Constiuição é manifestação real e concreta do poder na sociedade, sendo assim, o texto escrito, não passaria de "mera folha de papel".
B) Político: Carl Schmit - Defendia a ideia de que a Constuição cumnpre o seu papel essencialmente na definição do Estado, sua estrutura política, forma e regime de governo. As regras insertas no texto escrito poderiam ser "normas constiucionais" ou "leis constitucionais"
C) Jurídico: Hanz Kelsen - Estabeleceu o reconhecimento de que a Constituição é obra de um poder soberano que descreve como as relações da sociedade e, desta com o Estado, devem ocorrer na organização política. Desta forma procura dar reconhecimento e valor jurídico às normas inseridas na "Carta Magna".
CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO:
- Podemos identificar sobre o conteúdo das Constituições alguns elementos mínimos, que são imprescindíveis a conformação dos textos constitucionais. Estes elementos são indispensáveis na Constituição, eis que são fundamentais para a organização política do Estado, bem como, a tutela das liberdades fundamentais. Esses elementos mínimos variam conforme a organização de cada Estado soberano.
- A atual Constituição brasileira nos aponta os seguintes elementos mínimos:
1. Elementos Orgânicos: Organizam o Estado brasileiro e a estrutura do Poder Político e o seu exercício, alcançando também a estrutura tributária e orçamentária. Ex.: art. 18 ao 43; 44 a 135; 142 a 144 e 145 a 169.
2. Elementos Limitativos: São expressos através do conjunto de dispositivos constitucionais que limitam o Poder Público em face do indivíduo, produzindo os direitos e as garantias fundamentais. Ex.: art. 5º, inciso I ao LXXVIII etc.
3. Elementos sócio-ideológicos: Estes elementos consubstanciam normas de caráter ideológico-programático, haja vista que apontam para o estado social, estabelecem metas e programas a serem atingidos, assegurando uma direção ao texto constitucional. Ex.: art. 6º ao 11 e 170 ao 232.
4. Elementos de estabilização: São elementos que estabelecem a estabilidade do texto constitucional, esses elementos têm a finalidade de garantir a normalidade das instituições, evitando e solucionando os conflitos constitucionais. Ex. : Art. 34 ao 36; art. 60; art. 85 e 86; art. 10,I, a; 103 e 136 a 141.
5. Elementos de aplicabilidade: São elementos que estabelecem e impulsionam o procedimento para a aplicabilidade das normas constitucionais. Ex.: Art. 5,§ 1º; art. 59 ao 69 e o próprio preâmbulo da Constituição com a sua cláusula de promulgação.
6. Elementos de Transição: São elementos de transição, ou seja, sua eficácia ocorre durante certo período e condições estabelecidas pelo Poder Constituinte Originário ou Derivado. Ex. A.D.C.T. (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias)
PODER CONSTITUINTE
RESUMO
PODER CONSTITUINTE:
I – TEORIA:
 1) Abade Emmanuel Joseph Sieyès( 1748 – 1836)
 - terceiro estado - -Le tiers état - Sieyès tratava, entre outros temas, da nacessidade do reconhecimento de um poder cosntituinte para elaborar a Consittuição em nome do povo.
 - a burguesia era contra o absolutismo – finalidade legitimar o poder político inerente ao Estado (1788).
 - o poder caberia a nação e não propriamente ao povo ( soberania nacional e popular)
 2) Alguns autores atribuem a teorização do Poder Cosntituinte a Lafayette ( Claude Klain – 1996)
II – NATUREZA:
 - Há várias posições na doutrina:
 1) jusnaturalista – poder de direito – reconhecido apartir do seu titular reconhecido pelo direito natural. (Manoel Gonçalves F. Filho e Pinto Ferreira).
 2) juspositivista - poder de fato - desvincula-se das considerações relativas à sua legiutimidade. (Carlos Schmitt e Celso Ribeiro Bastos)
 3) poder político – (Paulo Bonavides e Guilherme Peña) – é o fundamento da ordem jurídica do estado.
III – TITULARIDADE:
 - nação ou povo 
 
IV – EXERCÍCIO: 
 - representantes do povo 
 - através de órgãos.
V - CLASSIFICAÇÃO DO PODER CONSTITUINTE:
1. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO: 
 - CARACTERISTICAS: INICIALIDADE, ILIMITAÇÃO E INCONDICIONAMENTO.
2. PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR:
 CARACTERÍSTICAS: 
LIMITAÇÕEDS FORMAIS– ART. 60 §§ 2º,3º e 5º 
LIMITAÇÕES TEMPORAIS – Não há no texto constitucional brasileiro atual 
LIMITAÇÕES CIRCUNSTNANCIAIS – Art. 60, § 1º
LIMITAÇÕES MATERIAS- 
 C.1) EXPLICITAS – ART. 60,§ 4º
 C.(2) IMPLICITAS – ART. 1 º, 60, etc.
E) CONDIDCIONAMENTO: REFORMA OU REVISÃO
 - admitir uma nova revisão é matéria questionável.
ATENÇÃO: 
As Emendas Constitucionais (E.C.) são produzidas pelo poder derivado reformador (art. 60);
As Emendas Constitucionais de Revisão (E.C.R.) foram produzidas pelo poder constituinte derivado revisional (art. 3º do A.D. C.T.)
Ver o art. 5º, § 3º da CF/1988 - Tratados Internacionais sobre direitos humanos poderão ser aprovados como Emendas constitucionais.
Há também o entendimento da possibilidade de "mutações constiucionais" pela jurisprudência.
3. PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE:
ART. 25 DA CF e 11 DO ADCT
- após um ano, poder derivado decorrente da Constituição.
limitação – explícitas art. 25, 37, 19, 35 (explícitas).
 - implícitas art. 27 e 28 (mandatórias) e arts. 22 e 30 vedatórias c/c art. 25,§ 1º.
 - decorrentes – dignidade humana, igualdade entre os entes federativos etc.
- observância de:
 a)princípios extensíveis: normas de organização da União, subsídio de desembargador. 
 b) princípios constitucionais sensíveis ou enumerados – art. 34, VII.
BREVES NOÇÕES DE HERMNÊUTICA
MODELO HERMENÊUTICO CLÁSSICO:
 - órgãos estatais, entre eles, as cortes constitucionais.
MODELO HERMENÊUTICO MODERNO OU CONTEMPORÂNEO:
 - inclui os cidadãos e os grupos sociais (igrejas, associações sindicais etc.).
 - "sociedade aberta dos intérpretes da Constituição"
INFLUÊNCIA DO CONCEITO DE KONRAD HESSE
Força Normativa da Constituição
Força Normativa da Constituição (Konrad Hesse): o que se busca aqui é garantir a autoridade da Constituição. A norma constitucional não tem existência autônoma em face da realidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à realidade jurídica, social e política, não sendo apenas determinada pela realidade social, mas determinante em relação a ela. 
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
FORMA: escrita e costumeira
 A.1) escrita: é aquela cujas normas encontram-se num determinado compêndio,reunidas de modo sistemático e codificado.
 A.2) costumeira (não-escrita): ao contrário do que se pensa, não significa que não existam documentos escritos. Entretanto, estes não estão reunidos num único instrumento, codificado e sistematizado, mas sim, decorrem da praxe, dos usos e costumes.
CONTEÚDO: material e formal
 B.1) material: é aquela que cuida apenas das normas substanciais, ou seja, fundamentais para a estrutura do estado, tais como, separação de poderes, organização do estado e os direitosfundamentais. Para algumas doutrinas, as Constituições escritas deveriam ser breves, tratar apenas das regras materialmente constitucionais. Todavia, em regra, as constituições escritas apresentam regras formalmente constitucionais.
 B.2) formal: é aquela que não cuida apenas das normas substanciais, mas também das questões procedimentais, para alguns denominam-se “constituições procedimentais”. As constituições formais ( a Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) nos revelam o poder normativo dos preceitos nela contidos, bem como, a supremacia de suas normas. O conteúdo das constituições formais vão além das matérias constitucionais propriamente ditas e, demonstra a importância que o constituidor pretendeu dar a todas as normas inseridas na “magna carta”, prestando-lhes maior rigidez.
C) IDEOLOGIA: ecléticas e ortodoxas
 C.1) ecléticas (compromissórias): são aquelas originadas do encontro de diversas ideologias.
 C.2) ortodoxas: são aquelas que expressam o pensamento único, confirmam uma determinada ideologia.
D) ORIGEM: promulgada e outorgada 
 D.1) promulgadas: são constituições democráticas, populares e votadas, suas normas são submetidas a debates e aprovação. 
 D.2) outorgadas: são aquelas ditas, por impostas, ou seja, decorrem do poder concentrado na autoridade de um ditador, imperador, presidente, junta governista etc. Não há participação popular na sua elaboração. 
 Atenção: Há entendimentos de que alguns textos podem ser homologados por órgãos legislativos ou até mesmo, por participação popular, o que não caracteriza uma origem democrática, tais constituições são denominadas de “cesaristas”, têm por escopo legitimar o detentor do poder. Por outro lado, também existiram textos dualistas, que representavam um acordo do imperador e das casas legiferantes, eram comuns na idade média, alguns autores denominam de constituições pactuadas.
E) RIGIDEZ: imutável, rígida, flexível e semi-rígida
 E.1) imutáveis: são aquelas que, como o próprio nome diz são intocáveis, ou seja, não admitem nenhuma alteração no seu texto original. Não são admissíveis em nosso dias. 
 E.2) rígidas: são constituições que admitem a mudança em seu texto original, mas estabelce um procedimento especial e rigoroso de controle para sua mudança. A Constituição brasileira de 1988 é tida como rígida. Algumas escolas sustentam que em face de núcleos irreformáveis a constituição brasileira seria também “super-rígida”. 
 E.3) flexíveis: são constituições plásticas, não seguem processo especial para a sua alteração. As constituições plásticas não produzem estabilidade constitucional.
 E.4) semi-rígidas: são constituições mistas, ou seja, parte do texto constitucional se submete ao processo reformador rígido e outra parte a flexibilidade.
F) ALCANCE: prolixas e sintéticas
 F.1) prolixas: são constituições analíticas (positivas), detalhistas, são constituições que vão além dos direitos negativos.
 F.2) sintéticas: são constituições concisas (negativas), suas normas estabelecem limites ao poder público.
G) FINALIDADE: dirigente, garantia e balanço
 G.1) dirigente: são aquelas que apresentam um plano para dirigir a evolução do Estado. O conceito da constituição-dirigente é de origem marxista.
 G.2) garantia: são aquelas que tem por objetivo estabeleceras garantias de liberdade, é tipicamente reduzida.
 G.3) balanço: são aquelas que indicam os estágios das relações políticas, seguem a escola soviética.
☺ATENÇÃO - Com base na classificação acima podemos dizer que:
A Constituição do Brasil de 1988 é escrita, formal, dogmática,
promulgada, rígida(para alguns super-rígida),
prolixa(analítica),eclética e dirigente.
RESUMO AULA 2
O constitucionalismo liberal e a evolução para o Estado Social
INTRODUÇÃO:
- Seguindo o conteúdo programático passaremos ao estudo do texto constitucional, para melhor aproveitamento, traçaremos uma divisão de caráter meramente didático da Constituição do Brasil.
 
Sendo assim, vamos observar a existência de três grandes núcleos existentes na “Carta Magna”: 
Exemplo: 
 
 1O. núcleo - PREÂMBULO CONSTITUIÇÃO/1988 2O. núcleo – CORPO(art.1o.art.250)
 3O. núcleo – A. D. C. T.
1- ESTUDO DO PREÂMBULO:
É um documento de objetivos do diploma constitucional, caracterizando verdadeiro atestado oficial de origem do novo Estado e a declaração de sua legitimidade e princípios de uma nova ordem política e jurídica. Algumas escolas jurídicas entendem que o preâmbulo não faz parte do texto constitucional propriamente dito, sendo um diploma de promulgação.
O grande mestre Alexandre de Moraes em sua obra (pg.51 – Direito Constitucional – 6a. edição – ed. Atlas) reconhece o preâmbulo como documento declaratório e não como norma constitucional. 
O “Excelso Praetorium” ao julgar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADIO) firmou o entendimento de que o preâmbulo não pode ser aplicado como norma espelho, mas, serve como elemento de interpretação e integração, ainda que não seja de observância compulsória.
Do reconhecimento da divindade e do Estado laico (leigo):
Observando o histórico dos textos constitucionais brasileiros, apenas duas Constituições não mencionam a divindade em seus preâmbulos: A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição da República) e a Constituição de 1937.
Apesar da Constituição de 1988 mencionar em seu preâmbulo a expressão "... sob a proteção de Deus...”, não produz como resultado a idéia de estado religioso. O Estado brasileiro é "laico".
Da obrigatoriedade do uso da expressão“...sob a proteção de Deus...” no preâmbulo das Constituições estaduais:
O Tribunal julgou improcedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido Social Liberal - PSL contra o preâmbulo da Constituição do Estado do Acre, em que se alegava a inconstitucionalidade por omissão da expressão "sob a proteção de Deus", constante do preâmbulo da CF/88. Considerou-se que a invocação da proteção de Deus no preâmbulo da Constituição não tem força normativa, afastando-se a alegação de que a expressão em causa seria norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros. ADI 2.076-AC, rel. Min. Carlos Velloso, 15.8.2002.(ADI-2076)
2. ESTUDO DO CORPO:
Para o entendimento didático denominamos como corpo o texto constitucional básico, propriamente dito, ao longo de seus mais de 250 artigos. É, sem dúvida, adaptando-se ao conteúdo programático, o núcleo de maior relevância, abriga nove títulos, entre eles destacamos o título I – dos princípios fundamentais (art. 1O./4O.); título II – dos direitos e garantias fundamentais (art. 5O./17) etc.
É neste núcleo que encontramos a organização do Estado, a separação dos poderes, a divisão espacial e orgânica de competências.
Este núcleo será objeto de estudo mais a frente, conforme o conteúdo programático. 
3 – ESTUDO DO A.D.C.T.:
O ato das disposições constitucionais transitórias é um conjunto de normas de hierarquia constitucional, sendo portanto, norma constitucional. O A.D.C.T. foi estabelecido como medida de transição da velha República para a nova República e regulação de dispositivos originados a partir da nova constituição.
Alguns dispositivos inseridos no A.D.C.T. são tidos como de “eficácia exaurida”, como por exemplo verificamos os art. 2O. e 3O. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
Podemos verificar que alguns dispositivos inseridos no A.D.C.T. são tidoscomo de “eficácia exaurida”, como por exemplo verificamos os art. 2O. e 3O. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
GERAÇÕES (DIMENSÕES) DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:
Os direitos fundamentais surgiram conforme o momento histórico, e foram evoluindo de acordo com esse contexto. Para alguns autores a idéia de gerações de direitos é tida como dimensões de direitos (José Carlos Vieira de Andrade, cf. ct. Uadi Lammêgo Bulos, Constituição Federal Anotada, p. 101, ed. Saraiva, 5ª ed.).
Os direitos fundamentais são, na verdade, o reconhecimento de diversos direitos conforme as suas gerações ao longo da história.
A primeira declaração desses direitos fundamentais foi a declaração do Estado da Virgínia em 1776 (Declaração do Bom Povo da Virgínia) e serviu de modelo para as demais declarações, sendo que, a mais conhecida é a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” de 1789, produzida pela Revolução Francesa.
1ª geração de direitos: 
São os direitos e garantias individuais e políticos, têm por escopo gerar para o indivíduo a capacidade de resistência, caracterizando, verdadeiros direitos de defesa, ou ainda, direitos negativos, compreendem os direitos civis e políticos. Aparecem no final do século XVII e, são desenvolvidos no século XVIII, tais direitos são as liberdades públicas ( garantias individuais e políticas), estabelecem proteção ao direito à vida, à liberdade de locomoção, de pensamento etc.
2ª geração de direitos:
 São direitos sociais, econômicos e culturais, têm por escopo dar ao indivíduo a concretização do “direito de ser” (direitos de 1ª geração), sendo também denominados como “direitos de ter” (direitos de 2ª geração). Seu surgimento está atrelado a diversos fatores de transformação social no início do século XX.. São as liberdades reais, gerando uma prestação do Estado a favor da concretização dos direitos de ser. Esses direitos são também denominados direitos positivos (prestação positiva), revelam a busca pelo atingimento da igualdade, as igualdades sociais. Podemos incluir neste rol os direitos relacionados com o trabalho, a seguridade social, os dir. econômicos, etc.
3ª geração de direitos: 
A Segunda metade do século XX, aproximadamente, é marcada pela busca de uma nova necessidade de direitos que transpassem a individualidade e alcancem a coletividade em geral. Surge então, uma nova geração ou dimensão de direitos, os direitos da solidariedade, denominados como direitos de 3ª geração. Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho (Curso De Direito Constitucional – 22ª Ed. – Atualizada – Ed. Saraiva, p.252) tais direitos proviriam do Direito Internacional. Podemos entender como direitos de 3ª geração o direito ao desenvolvimento, à proteção ao patrimônio comum, direito à proteção ao meio-ambiente etc.
4ª geração de direitos:
 O final do século XX e o início do século XXI são marcados por grandes transformações na sociedade, a decodificação do “genoma humano”, a “internet” etc., produziram várias teses sobre o surgimento dos direitos de 4ª dimensão (geração). Algumas escolas sustentam que os direitos de 4ª geração seriam os direitos à democracia e à informação. Para outros tais direitos seriam os relativos à manipulação genética, clonagem humana, transgênicos, informática etc., o que para aqueles, esses direitos seriam na verdade, uma nova face dos direitos da primeira geração, sustentando a posição dos direitos à democracia e ao pluralismo como os direitos de 4ª geração.
BIBLIOGRAFIA:
UADI L. BULOS – CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA – ED. SARAIVA –5ª EDIÇÃO
MICHEL TEMER – ELEMENTOS DE DIR. CONSTITUCIONAL – ED. MALHEIROS – 12ªED.
MIGUEL REALE – LIÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO – ED. SARAIVA – 27ª EDIÇÃO
ALEXANDRE DE MORAES – FUNDAMENTOS JURÍDICOS –DIR. CONSTITUCIONAL – ED. ATLAS – 1999
JOSÉ AFONSO DA SILVA – CURSO DE DIR. CONSTITUCIONAL POSITIVO – ED. MALHEIROS –15ª EDIÇÃO
MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO - CURSO DE DIR. CONSTITUCIONAL - ED. SARAIVA – 22ª EDIÇÃO
LENZA PEDRO, DIREITO COSNTITUCIONAL ESQUEMATIZADO - ED. SARAIVA - 17ª EDIÇÃO, 2013
LUÍS ROBERTO BARROSO – O DIREITO CONSTITUCIONAL E A EFETIVIDADE DE SUAS NORMAS – EDITORA RENOVAR – 7ª EDIÇÃO
GILMAR FERREIRA MENDES, INOCÊNCIO M. COELHO, PAULO GUSTAVO G. BRANCO – CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL – ED. SARAIVA- 2007
INTERNET:
www.academiadoconcurso.com.br
www.planalto.gov.br
 www.stf.gov.br
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