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RESUMO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
CAMPUS ARAPIRACA 
CURSO DE MEDICINA 
 
ALUNO: JOÃO PAULO GOMES DA SILVA 
CASO 02, MÓDULO 09 
OBJETIVOS: CIRCULAÇÃO PULMONAR, TROCA 
GASOSA, REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO. 
 
CIRCULAÇÃO PULMONAR 
Artérias sistêmicas e pulmonares têm diferentes estruturas, refletindo as diferentes funções 
desses dois sistemas circulatórios. 
• Circulação sistêmica: distribui sangue através dos numerosos órgãos: gradiente de pressão 
muito alto. 
• Circulação pulmonar: distribui o fluxo de sangue em uma distância hidrostática muito menor. 
 
No sentido de manter uma eficiente troca gasosa pulmonar, a principal função da circulação 
pulmonar é interagir com o débito ventricular direito, e, ao mesmo tempo, manter as pressões 
pulmonar e capilar em níveis constantemente baixos. 
É importante falar que um equilíbrio adaptativo é preservado mesmo com um débito cardíaco 
vinte vezes acima do normal. 
A relação entre pressão e fluxo na circulação pulmonar é, em geral, linear. 
Características próprias da circulação pulmonar: 
•É servida por um ventrículo que não pode gerar pressão alta. 
•Pressão média circ. pulmonar: 15mmHg (sistêmica: 100mmHg) 
•A resistência pulmonar corresponde a 1/10 da resistência vascular sistêmica (RVS). 
•Vol. Sangue: 450mL (9% sangue total circulante). 
•Vol. Sangue capilares: 70mL e o tempo de permanência é de 0,8 seg. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
CAMPUS ARAPIRACA 
CURSO DE MEDICINA 
 
•Distribuição do fluxo sanguíneo é desigual no interior dos pulmões –diferença de pressão 
hidrostática entre os vasos (30cmH20 entre a base e o ápice pulmonar). 
•Zonas de West: 3 zonas: 
-ZONA 1: PA>Pa>Pv -não há fluxo se sangue durante qualquer parte do ciclo cardíaco; 
-ZONA 2: Pa>PA>Pv -fluxo sangue intermitente; 
-ZONA 3: Pa>Pv>PA -fluxo sangue contínuo. 
•Dentro da circulação pulmonar o fluxo sanguíneo precisa ser direcionado para alvéolos bem 
ventilados (oxigenados), para uma boa adequação da relação ventilação/perfusão. 
•Resposta vasoconstritora a condições hipóxicas, como um mecanismo de “feed-back” para 
regular a relação ventilação/perfusão 
•A hipóxia alveolar parece ser o estímulo mais importante para a vasoconstrição hipóxica 
pulmonar (VHP), e o sítio de ação parece mais ser em pequenos vasos extra-alveolares, que 
são capazes de aumentar durante a inspiração e não são afetados por alterações da pressão 
alveolar. 
TROCA GASOSA 
Os alvéolos pulmonares são recobertos por uma grande rede de capilares favorece a difusão 
dos gases. O gás carbônico que se encontra em grande concentração no sangue dos 
capilares difunde-se para o ar alveolar. Já o gás oxigênio presente no ar difunde-se para o 
interior dos capilares. Esse processo é conhecido como hematose. 
A troca gasosa acontece em três locais principais: 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
CAMPUS ARAPIRACA 
CURSO DE MEDICINA 
 
O gás oxigênio que entra no sangue penetra nas hemácias, combinando-se com a 
hemoglobina. O transporte de oxigênio só é possível graças à presença dessa proteína, que 
é capaz de combinar-se com quatro moléculas de oxigênio e formar a oxiemoglobina. 
Ao chegar nos tecidos, o gás oxigênio desprende-se da oxiemoglobina e é utilizado pelas 
células no processo de respiração celular. Grande parte do gás oxigênio é transformada, 
nesse processo, em gás carbônico, que se difunde das células para os capilares. Ele é então 
levado pelo sangue até os pulmões onde se dirige para o interior dos alvéolos. É importante 
frisar que apenas parte do gás carbônico é transportada pela hemoglobina (carboemoglobina), 
sendo que a grande maioria é levada através do plasma na forma de íons bicarbonato. 
E por que o ar alveolar não contém a mesma concentração gasosa do ar atmosférico? 
1 - Ele é parcialmente e lentamente substituído pelo ar atmosférico; 
2 - O O2 é constantemente absorvido do ar alveolar; 
3 - O CO2 sofre constante difusão do sangue pulmonar para os alvéolos; 
4 - O ar atmosférico é um edificado nas vias respiratórias. 
Há fatores que influenciam na velocidade de difusão dos gases através da membrana 
respiratória: 
1. Espessura da membrana respiratória; 
ex. edema. 
2. Área de superfície da membrana respiratória; 
ex. enfisema, remoção de um pulmão 
3. Coeficiente de difusão do gás na membrana respiratória; 
ex. CO2 = 0,57, O2 = 0,024 
4. Diferença de pressão entre os lados da membrana respiratória; 
ex. PO2 = número de moléculas que colide com a membrana respiratória 
 PCO2 = número de moléculas que tentam escapar do capilar alveloar 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
CAMPUS ARAPIRACA 
CURSO DE MEDICINA 
 
REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO 
A regulação da respiração pode ser nervosa, química ou mecânica e consiste em respostas 
integradas de três elementos básicos: 1. Receptores, que recebem informação e enviam-na 
para os 2. Centros Respiratórios, que coordenam a informação e activam ou inibem a acção 
dos 3. Músculos da Respiração, responsáveis pela Ventilação. 
Centros respiratórios bulbares 
Grupo respiratório dorsal (GRD) – Encontra-se no núcleo do feixe solitário, e recebe os 
aferentes dos pares dos nervos cranianos IX e X (glossofaríngeo e vago). Enviam eferentes 
para os motoneurônios frênicos, no diafragma, e para o grupo respiratório ventral (dois tipos 
de neurônios respiratórios). 
Grupo respiratório ventral (GRV) – Possui neurônios inspiratórios que enviam eferentes 
para os músculos intercostais e escalenos, e neurônios expiratórios, comandando os 
músculos abdominais. Localiza-se no nível dos núcleos retro e para-ambíguo. Recebe 
informações do GRD. 
Centro pneumotáxico – Encontra-se no núcleo parabraquial medial e atua modulando a 
interrupção da inspiração. Essa interrupção se dá através de variados estímulos químicos ou 
mecânicos. Pode também transmitir sinais hipotalâmicos para os centros bulbares, o que 
explicaria as respostas ventilatórias às emoções e às variações de temperatura. 
Controle central da respiração 
• Controle cortical – Apesar de ser um ato involuntário, a respiração pode ser 
controlada pelo córtex, tornando-se uma atividade consciente. 
• Subst. reticular ativadora ascendente – Importa para o indivíduo acordado, menos 
dependente dos aferentes periféricos. 
• Quimiorreceptores centrais - Situados na porção ânterolateral do bulbo, são 
banhados pelo LCE (líquido cérebro-espinhal). O CO 2 se difunde com grande 
facilidade pelo LCE, e quando a concentração alveolar de CO 2 aumenta, reflexamente 
a ventilação tem sua frequência aumentada. Essa resposta central reflete a sua grande 
sensibilidade ao aumento da capnia (concentração de CO 2, e não ao aumento da 
hipóxia, já que o O2 não possui efeito sobre esses quimiorreceptores centrais. Mas 
como ocorre a ativação desses receptores? Com a difusão de dióxido de carbono pelo 
LCE, há liberação de íons H+, esses íons, por sua vez, é que estimulam os centros já 
mencionados. 
Controle periférico da respiração 
• Quimiorreceptores periféricos – São dois tipos: carotídeos (localizados na divisão 
da artéria carótida comum em externa e interna). São pequenos nódulos rosados de 
baixo peso. Possuindo vascularização especial, suas fibras nervosas se reúnem no IX 
par craniano (glossofaríngeo). Estipula-se que a resposta à hipóxia seja quase que 
totalmente consequência do estímulo dos corpos carotídeos. A acidose induz a 
hiperventilação e a alcalose o oposto (hipoventilação). 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
CAMPUS ARAPIRACA 
CURSO DE MEDICINA 
 
• Aferentes vagais broncoparenquimatosos – Possuem papel preponderante na 
regulação do ritmo respiratório, já que com a vagotomia, há uma redução em 50% da 
frequência respiratória. 
• Mecanorreceptores – Situadosao longo da árvore brônquica, nas vias respiratórias 
centrais e conectados às grandes fibras mielinizadas. São sensíveis ao estiramento, 
e, portanto, à insuflação pulmonar. A adaptação é lenta, e representa o clássico reflexo 
de inibição de Hering-Breuer: inspiração chama a expiração. Ao se manter a distensão 
pulmonar, a apneia é mantida. 
• Receptores de irritação – Fibras mielinizadas oriundas no epitélio nasal e da árvore 
brônquica. São ativados por variações significativas da pressão intrapulmonar, pelo 
CO2 alveolar, pela inalação de gases irritantes, por mediadores histamínicos, etc. Seu 
papel é broncomotor. 
• Receptores J – Localizados no interstício pulmonar, em contato com os capilares. Por 
isso são chamados de justacapilares. Inervação é amielínica e as informações são 
transportadas pelas fibras C. A ativação destes receptores provoca taquipnéia. 
• Receptores musculares – São receptores dos músculos estriados, encontrados nos 
músculos respiratórios. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2006. 
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: 
Artmed, 2010.

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