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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA ALUNO: JOÃO PAULO GOMES DA SILVA CASO 05, MÓDULO 09 OBJETIVOS: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SIST. NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO ( E GLÂNDULA ADRENAL), FARMACOLOGIA ADRENÉRGICA E ANTI-ADRENÉRGICA. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO A unidade funcional primária dos sistemas nervoso simpático e parassimpático consiste de uma via motora formada por dois neurônios, um pré-ganglionar e um neurônio pós-ganglionar. O neurônio pré-ganglionar tem o corpo celular localizado no SNC, e o neurônio pós-ganglionar tem o seu corpo celular num gânglio autonômico. Os neurônios pré-ganglionares estão localizados em vários núcleos de nervos cranianos no tronco encefálico, bem como na região intermediária dos segmentos S3 e S4 da medula espinhal sacral; os neurônios pós-ganglionares encontram-se localizados próximo ou mesmo nas paredes das vísceras torácicas, abdominais e pélvicas. O SNP autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles é chamada neurônios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula suprarrenal, promovendo aumento da secreção de adrenalina, hormônio que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de stress. Em geral, quando os centros simpáticos cerebrais se tornam excitados, estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos, preparando o corpo para a atividade. Nesse sistema, logo depois que o nervo espinhal deixa o canal espinal, as fibras pré- ganglionares abandonam o nervo, e passam para um dos gânglios da cadeia simpática onde fará sinapse com um neurônio pós-ganglionar. No sistema parassimpático, na maioria das vezes, as fibras pré-ganglionares normalmente seguem, sem interrupção, até o órgão que será controlado fazendo então sinapse com os neurônios pós-ganglionares. Dessa maneira percebe-se que os neurônios pré-ganglionares do simpático são curtos e os pós são longos, no parassimpático ocorre o inverso. Os neurônios pré-ganglionares do sistema simpático emergem dos segmentos tóraco- lombares (da região do peito e logo abaixo), ao passo que os do sistema parassimpático emergem dos segmentos céfalo-sacrais (da região da cabeça e logo acima dos glúteos). UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA FARMACOLOGIA ADRENÉRGICA E ANTI-ADRENÉRGICA Antes de mais nada, um pouco de história: 1896 – Oliver & Schafer - administrou extrato da glândula suprarrenal o que causou o aumento da PA. 1913 – Isolamento da adrenalina. Dale mostrou dois efeitos: vasoconstrição com aumento da PA, e vasodilatação. 1948 – Ahlquist definiu as classes de receptores α e β, baseados na potência das catecolaminas sobre tais receptores. Sensibilidade dos receptores às catecolaminas: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA Os efeitos da ativação dos receptores adrenérgicos são as seguintes: Alfa 1: - vasoconstrição. - secreção salivar. - relaxamento musc. liso G.I. - contração de esfíncter. - contração de outros musc. Lisos. - glicogenólise hepática. Alfa 2: -↓ liberação de transmissor (Noradrenalina e ACh). - agregação plaquetária. - contração musc. lisa vascular (α2Β). -↓ liberação de insulina. Exemplos de agonistas adrenérgicos: Beta 1: -↑ força de contração cardíaca. -↑ freqüência cardíaca. -↑ liberação de renina. Beta 2: - broncodilatação. - vasodilatação. - relaxamento musc. liso visceral. - gliconeogênese e glicogenólise. - tremor muscular. -↑ liberação de Noradrenalina. Beta 3: - Lipólise. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA Síntese de noradrenalina: - Precursor: Tirosina - Síntese: Tirosina hidroxilase – síntese de dopamina. O transportador leva dopamina para vesícula onde é transformada em noradrenalina pela ação da dopamina β-hidroxilase. OBS.: Metirosina – inibe a tirosina hidroxilase. Carbidopa – inibe a dopa descarboxilase. - Captação vesicular: inibida pela reserpina - Liberação: inibida pela guanetidina (bloqueio de exocitose) OBS.: Anfetamina, tiramina e efedrina – induz liberação de Noradrenalina. REFERÊNCIAS GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. RANG, H.P., et al. Farmacologia. 8ª ed. Guabanara Koogan AS, 2016. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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