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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA ALUNO: JOÃO PAULO GOMES DA SILVA CASO 02, MÓDULO 10 OBJETIVOS: VIA SEROTONINÉRGICA, FISIOLOGIA DO SISTEMA LÍMBICO, ANTIDEPRESSIVOS, TRANSTORNOS DE HUMOR TUTOR (A): AMANDA E FRANKLIN PERÍODO: 4º VIA SEROTONINÉRGICA A serotonina é sintetizada a partir do aminoácido triptofano pela enzima triptofano hidroxilase (TPH), que converte o triptofano em 5-hidroxitriptofano. A seguir, a L-aminoácido aromático descarboxilase converte o 5-hidroxitriptofano em serotonina. Em seguida, ela é concentrada e armazenada no interior de vesículas localizadas nos axônios, corpos celulares e dendritos. O ciclo metabólico da serotonina, de um modo geral, envolve a sua síntese, captação em vesículas sinápticas, exocitose, recaptação no citoplasma e, a seguir, captação em vesículas ou degradada. A 5HT é transportada em vesículas por intermédio do transportador de monoaminas vesicular (VMAT). Os transportadores de recaptação seletiva da serotonina reciclam a 5HT da fenda sináptica de volta ao neurônio pré-sináptico. Quando a 5HT retorna ao citoplasma neuronal, o neurotransmissor é transportado em vesículas através do VMAT ou sofre degradação pelo sistema de monoamina oxidase (MAO). RECEPTORES DE SEROTONINA Existem vários subtipos de receptores de serotonina, em que todos eles são acoplados à proteína G, exceto um deles. Em geral, a classe de receptores 5HT1 inibe a adenilil ciclase, a classe 5HT2 aumenta a renovação do fosfatidilinositol, e as classes 5HT4, 5HT6 e 5HT7 estimulam a adenilil ciclase. O único canal iônico regulado por ligante conhecido é o receptor 5HT3, embora vários subtipos de receptores de 5HT ainda não estejam totalmente caracterizados. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA FÁRMACOS QUE ATUAM NA VIA SEROTONINÉRGIA INIBIDORES DO ARMAZENAMENTO DA SEROTONINA Interferem na capacidade das vesículas sinápticas de armazenar monoaminas; deslocam a 5HT, a DA e a NE de suas vesículas de armazenamento nas terminações nervosas pré- sinápticas. Exemplos: Anfetamina, Metilfenidato, Modafinila INIBIDORES DA DEGRADAÇÃO DA SEROTONINA Bloqueiam a desaminação das monoaminas através da inibição da flavina funcional da MAO; aumentam a 5HT e a NE disponíveis no citoplasma dos neurônios pré-sinápticos, levando a um aumento da captação e do armazenamento de 5HT e de NE nas vesículas sinápticas e em certa quantidade de extravasamento constitutivo das monoaminas na fenda sináptica. Exemplos: Iproniazida, Moclobemida, Selegilina ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATC) Inibem a recaptação de 5HT e de NE da fenda sináptica através do bloqueio dos transportadores da recaptação de 5HT e NE, respectivamente, produzindo, assim, uma intensificação das respostas pós-sinápticas. Exemplos: amitripitilina, clomipramina, nortriptilina. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS) Inibem seletivamente a recaptação da serotonina e, portanto, aumentam os níveis sinápticos de serotonina; produzem também aumento da ativação dos receptores de 5HT e intensificação das respostas pós-sinápticas. Em altas doses, ligam-se também ao transportador de NE. Exemplos: citalopram, sertralina, fluoxetina. INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA–NOREPINEFRINA (IRSN) Bloqueiam o transportador de recaptação de 5HT e o transportador de recaptação da NE de modo dependente da concentração. Exemplos: venlafaxina, duloxetina. OUTROS ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS A bupropiona é um antidepressivo aminocetona, que inibe fracamente a captação neuronal da 5HT, dopamina e NE. A mitarzapina bloqueia 5HT2A, 5HT2C e o autorreceptor alfa2- adrenérgico e presumivelmente diminui a neurotransmissão nas sinapses 5HT2, enquanto UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA aumenta a neurotransmissão da NE. A nefazodona e a trazodona bloqueiam os receptores 5HT2 pós-sinápticos. Exemplo: bupropiona FISIOLOGIA DO SISTEMA LÍMBICO O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções. A sua descoberta começou através do anatomista James Papez, que tentava localizar no sistema nervoso as bases ligadas a emoção. Papez percebeu que as regiões eram conectadas, formando um circuito, conhecido hoje, como “Circuito de Papez”. Através do sistema nervoso autônomo, ele que comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente em todo o organismo. Suas estruturas são: -Giro do Cíngulo -Giro para-hipocampal -Hipocampo -Amígdala -Área septal -Hipotálamo -Núcleos anteriores do tálamo -Núcleos habenulares UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA OBS.: A área pré-frontal não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo, amígdala e outras regiões sub-corticais, explicam o importante papel que desempenha na expressão dos estados afetivos. Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Quando se praticava a lobotomia pré-frontal para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo“. TRANSTORNOS DE HUMOR Principais estados de humor • Mania Esse estado também é conhecido como euforia, ou seja, bom humor em excesso. É quando essa reação se torna um empecilho. Sintomas: – Hiperatividade – Autoestima elevada – Negação daquilo que é obvio – Comportamento agressivo – Irritabilidade extrema – Aumento da vontade sexual – Não reconhecer a doença – Incapacidade de julgamento • Hipomania É um intermediário do excesso da euforia, quando a pessoa continua com um bom humor em demasia, porém, menos que na mania, já que os sintomas não refletem tanto no dia a dia do indivíduo. • Depressão Nesse estado, o indivíduo apresenta o ápice do mau humor. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE MEDICINA Sintomas: – Pensamentos negativos e suicidas – Preocupação com fracassos – Perda de energia – Sentimentos de culpa – Dificuldade em dormir REFERÊNCIAS GOLAN, David E; Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. GUYTON A. C. & Hall j. R.; Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição, Guanabara Koogan, RJ, 2011. MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
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