Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 GRANULAÇÃO DE PÓS Prof. Marcelo D. Malesuik Esquema geral de obtenção de formas farmacêuticas sólidas Mistura seca Mistura úmida Granulação a úmido Secagem Calibração Mistura com lubrificantes Compressão Revestimento Embalagem primária Comprimidos por granulação via úmida Pesagem ou frac. Pesagem ou fracionamento Mistura seca Compressão direta Revestimento Embalagem primária Comprimidos por compressão direta pós, granulados, cápsulas, comprimidos grau de organização e complexidade Mistura seca Pré-compressão Granulação a seco Mistura com lubrificantes Compressão Revestimento Embalagem primária Comprimidos por granulação via seca Pesagem Embalagem primária Granulação • OBJETIVO GRANULAÇÃO: Transformar partículas de pós em agregados sólidos de resistência e porosidade variadas. Grânulos como: Intermediário - 0,2 a 0,5 mm - 0,2 a 4 mm Forma Farmacêutica Processo pelo qual partículas tornam-se coesas por uma forma multiparticular - grânulos Conceitos AULTON, 2005 Mistura Vantagens dos granulados � Prevenir a segregação das partículas; � ↑↑↑↑ densidade do bulk; � Facilita o escoamento e reduz a aderência; � Maior reprodutibilidade em medições volumétricas; � Redução do risco de poeira; Vantagens dos granulados � Diminui as forças eletrostáticas; � Maior compressibilidade, coesão com conseqüente resistência mecânica superior; � Proporciona estabilidade física ao comprimido – reduz a tendência ao “capping”. 2 Metodologias de granulação • VIA SECA • VIA ÚMIDA AGLU SOLV Mistura Seca GRANULAÇÃO SECAGEM CALIBRAÇÃO Mistura úmida COMPRESSÃO Mistura Seca Desliz Lubrif + Metodologias de granulação • VIA SECA Granulação via seca • Suporta ALTAS DOSAGENS; • FÁRMACOS SENSÍVEIS AO CALOR E/OU UMIDADE; • Também denominada DUPLA COMPRESSÃO • Menor tempo de preparo. Vantagens: Formação dos “slugs” ou briquetes • Produção dos briquetes - Compressão de pós secos empregando prensas hidráulicas, compactadores de cilindros ou rolos, lisos, denteados ou perfurados - Emprego de lubrificantes; - Processo de trituração para formar o granulado. Granulação via seca Parâmetros operacionais tais como: - alimentação (velocidade, vol.); - força aplicada (constância); - velocidade dos rolos; - design dos rolos (superfície); - eliminação de ar do material. Observar: Granulação via seca Granulação via seca 12 LE HIR, 1997 3 Granulação via seca Unidades Compactadoras Briquetes e moinho de facas Granulação via seca Desvantagens da granulação via seca →→→→ Desgaste das máquinas; →→→→ Maior liberação de pós para o ambiente; → Manchas no comprimido; → Perda de material. Granulação por Via Úmida O líquido de umectação (água ou outro solvente orgânico volátil), isolado ou contendo substâncias aglutinantes MISTURADORES OU MALAXADORES Cuidados: - Dissolução parcial de um ou mais constituintes da mistura de pós - Solvente ser compatível com todos os constituintes da formulação Esquema geral FÁRMACO ADJUVANTES AGLUTINANTE SOLVENTE Mistura Seca GRANULAÇÃO SECAGEM CALIBRAÇÃO Mistura úmida COMPRESSÃO Mistura Seca Desliz Lubrif REVESTIMENTO Cuidados Devido ao emprego de umidade e calor, o produto deve ser suficientemente insolúvel no líquido utilizado para umedecimento, e estável quimicamente frente à exposição ao calor nas faixas de temperatura adequadas para a secagem dos grânulos ! 4 Aglutinantes PETROVICK, 2001 Granulação úmida Fases no desenvolvimento dos grânulos por via úmida Fase C - capilar: forças interfaciais e pressão capilar negativa no interior; Fase A - pendular: pontes líquidas nos pontos de contato; Fase D - gota: forças intergra- nulares fracas e grânulos com pouca resistência. A Fase B - funicular: pontes líquidas coalescem e aumentam a resistência do grânulo; A B C D Todo o ar no interior é removido Granulação Diferença do grânulo: Granulação via seca - Ocorre a formação de pontes simples durante o processo de compressão. Granulação via úmida - As partículas do fármaco mantêm-se unidas por uma matriz esponjosa formada pelo aglutinante. Ligações aglut + aglut + van der Waals Fase pendular Equipamentos Principais tipos misturadores: Misturador sigma ou malaxador; Misturador ribbon; Misturador planetário; Misturador cônico em espiral; Misturador de alta velocidade. Malaxador ou misturador horizontal com hélices em forma de Z ou misturador sigma A malaxagem torna-se necessária para produzir massa para posterior granulação. 5 Misturador sigma Formação da massa úmida Misturador sigma Durante a malaxagem deve-se assegurar o mínimo de perda de umidade da massa por evaporação. - Controlar o tempo e a velocidade; - Evitar o aumento de temperatura; - Optar por resfriamento do malaxador. Parafuso helicoidal (Ribbon), sigma Misturador planetário Lâminas cortantes Misturador planetário Formação da massa úmida Planetário, Nauta (cônico) 6 Misturadores de alta velocidade (High shear mixer) Misturadores de alta velocidade (High shear mixer) Alto cisalhamento Misturadores de alta velocidade (High shear mixer) Alto cisalhamento Cutelo cortador Lâmina misturadora Misturadores de alta velocidade (High shear mixer) Armazenamento da Massa A massa úmida deve ser devidamente acondicionada: - Em bolsas plásticas devidamente seladas; - Condições ideais para evitar perdas por evaporação ou deterioração até o prosseguimento do processo. Principais tipos granuladores: Granulador oscilante; Granulador cônico; Granulador rotatório. 7 Granulador oscilante Os grânulos podem ser produzidos em vários tamanhos, depende da malha da peneira empregada. Granulador oscilante Granulador cônico Granulador rotatório Problemas que podem ocorrer: - Massa muito úmida – formação de fios do material a ser granulado. - Massa pouco húmida – formação de pó, sem alcançar a formação de grânulos. Principais tipos secadores: Secadores de leito estático; Secadores de leito móvel; Secadores a vácuo; Secadores rotatórios. 8 Secagem Convectiva – Leito Estático Secadores de prateleiras: Desvantagens: - Tempo ↑; - Migração de substâncias dissolvidas para a superfície do granulado; - Formação de agregados com formação de pontes de contato entre os grânulos. Secador com correia sem fim Secagem Convectiva – Leito Móvel Secador à vácuo Secador rotatório indireto Granulação via úmida tradicional Desvantagens - ↑ tempo de duração do processo; - Necessidade de utilizar vários equipamentos; - Elevadas perdas – etapas de transferência entre os estágios Vantagens - Poucas variações no granulado; - O ponto final da massa pode ser determinado por inspeção. Métodos completos de granulação • Processo por leito fluidizado – Pré-mix, granulação por aspersão sobre o leito de pó fluidizado/secagem do produto granulado até o teor de umidade desejado. • Processo por Spray Dryer – Suspensão ou solução é atomizada e seca por corrente de ar. O tamanho do grânulo pode ser controlado, bem como, sua humidade. 9 Leito fluidizado Leito fluidizado Ar filtrado e aquecido Mistura Granulação Secagem Fluidização das partículas (mistura) Evita a perda de material Quando atinge o tamanho do granulado requerido o processo de aspersão cessa e permanece somente a insuflação de ar para secagem dos grânulos. Leito fluidizado Processos: - Mistura; - Granulação; - Secagem; - Revestimento; - Peletização. Leitofluidizado x Convencionais Vantagens: - Todo o processo é realizado em uma só unidade; - Economiza: custo, tempo e perda por transferência; - Depois da otimização o processo é totalmente automatizado. Desvantagens: - ↑ investimento; - Muitos estudo para otimização dos parâmetros do processo e transferência de escala; - Desenvolvimento é específico para cada produto. Parâmetros que afetam o produto final Métodos completos de granulação Por spray dryer Spray Dryer 10 Métodos completos de granulação Spray Dryer Sinônimos: Nebulização, Spray-Drying, Spray Dryer. Princípio: “Atomização de uma solução ou suspensão através de um orifício pequeno, seguido da evaporação do solvente.” Métodos completos de granulação Spray Dryer Processo de granulação por aspersão 1. Dispersão do líquido em finas gotículas (Nebulização) 2. Contato da dispersão com o ar quente (Secagem) 3. Separação do produto seco do vapor (Ciclone) Nebulização Métodos completos de granulação Spray Dryer Sistema Métodos completos de granulação Spray Dryer Equipamento – Escala Laboratorial Métodos completos de granulação Spray Dryer Equipamento – Larga escala Granulados Paracetamol + cloridrato de fenilefrina + maleato de clorfeniramina 400 mg 4 mg 4 mg 11 Péletes Aglomerados geometricamente definidos, normalmente esféricos, com diâmetros variados, revestidos ou não. (GHEBRE-SELLASSIE, 1989). � Freqüentemente usados como material de enchimento em cápsulas e, menos freqüentemente, como componentes de complexos farmacêuticos para a compressão (WAGNER et al., 1999). • Obtenção: Extrusão-esferonização Tipos especiais de granulados Péletes - características Ótimas propriedades de escoamento: - Forma esférica; - Estreita distribuição de tamanho de partícula; Superfície suscetível ao revestimento entérico com película ou liberação controlada/sustentada; Incorporação de grande quantidade de substância ativa; Incorporação de substâncias ativas incompatíveis em FF; Grande dispersão no trato gastrointestinal. Péletes - Obtenção Técnica de extrusão e esferonização - Granulados esféricos; - Difere da granulação úmida pelo tratamento da massa, bem como dos equipamentos empregados; Técnica constituída basicamente de 4 operações unitárias: - Malaxagem; - Extrusão; - Esferonização; - Secagem. Péletes Extrusor-esferonizador Mistura GVU EXTRUSÃO ESFERONIZAÇÃO SECAGEM E CALIBRAÇÃO www.niroinc.com Malaxador Extrusor de parafuso-sem-fim Péletes Extrusor de cesto ou de tamis Péletes A desvantagem deste tipo de extrusor reside no fato de promover baixa compactação em comparação aos demais tipos de extrusores. 12 Extrusor de rolos Péletes Extrusor de pistão Péletes MIX ÚMIDO EXTRUSADOS Extrusão e compactação Massa umidificada que sobre compactação, sendo modelada sob a forma de cilindros de aspecto semelhante a “espaguete” ou “bastões” de diâmetro uniforme. Esferonização Extrusor/Esferonizador Péletes Placas de esferonização – dar forma arredondada aos bastões Péletes Rowe (1985) Baert, Remon (1993) Péletes I – Cilindro; ll – Cilindro de extremidades arredondadas; lll – Haltere; lV – Elipse; V – Esfera. I – Cilindro; ll – Corda; lll – Haltere; lV – Esfera com cavidade; V – Esfera. A formação dos péletes ocorre em vários estágios 13 MIX ÚMIDO EXTRUSADOS PÉLETES Esferonização SANTOS et al., 2004 Compressão de péletes de goma xantana COMPRIMIDOS OBTIDOS DE PÉLETES Cápsulas Cápsulas com péletes de omeprazol com revestimento entérico Cápsulas com fármacos incompatíveis
Compartilhar