Fichamento, a politica livro lll

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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA
FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO – FIS
Autor: Renan Walisson de Andrade
Prof. Me. Bruno Celso Sabino Leite
Disciplina: Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Curso: 1º período de Direito- noturno.
 A Politica
Aristóteles A Política livros l e lll. Editora Martins Fontes. São Paulo,1992
Palavras chaves: política, Estado, Governo, senhor, mulher, escravo, família, oikos, polís, poder, querer, hierarquia, natureza
Conteúdo: “ O governo é o exercício do poder supremo do Estado. Este poder só poderia estar ou nas mãos de um só, ou da minoria, ou da maioria das pessoas. Quando o monarca, a minoria ou a maioria não buscam. Uns ou outros senão a felicidade geral, o governo é necessariamente justo” pág. 105
“ Chamamos de monarquia o Estado em que o governo a este interesse comum a um só; aristocracia aquele em que é confiado a mais de um as poucas pessoas a que o governo é confiado república, aquele em que a multidão governa para a utilidade pública” pág. 106
“ Estas três formas de governo podem degenerar: A monarquia em tirania; a aristocracia em oligarquia a; a república em democracia. A tirania não é de fato, senão a monarquia votada para a utilidade do monarca; a oligarquia para a utilidade dos ricos; a democracia; para a utilidade dos pobres “ pag.106
“ A tirania é o governo despótico exercido por um homem sobre o Estado, a oligarquia representa o governo dos ricos e a democracia o dos pobres ou pessoas pouco favorecidas” pag.106 
“ Eis de início uma primeira crítica das definições que acabamos de dar; significado a democracia propriamente o poder da multidão e a oligarquia o da minoria” pag.107
“ A causa de tantas espécies de governo é a quantidade das diversas partes de cada Estado “ pag. 108 
“ Donde se segue que há várias espécies de Estados, tão diferentes entre si quanto o são suas partes integrantes, com efeito, sua constituição não é senão a ordem dos poderes ou magistraturas” pág.108 
“ No Estado da lacedemônia, por exemplo há uma monarquia das mais legitimas, mas o poder do rei não é absoluto” pág. 109
“ Aisymnetia ou deposito eletivo. O poder concebido pelo povo era diferente do dos reis bárbaros, não por ser contra a lei, as unicamente porque não era nem ordinário nem transmissível” pág. .110
“ Os reis dos primeiros séculos tinham autoridade sobre todos os negócios de Estado tanto dentro quanto fora e para sempre” pág. 111
“ Assim há quatro espécies de monarquia:
- A primeira que é a dos tempos heroicos procede de uma submissão livre e voluntária, mas limitada a certos objetos como guerra ou julgamento e o culto; 
- A segunda à dos bárbaros. Ligada a certa raça e despótica, mas conforme a lei ou convenção primitiva;
- A terceira Aisymnética. Que é também um despotismo eletivo; 
- A Quarta á maneira da lacedemônia, isto é uma autoridade perpetua e transmissível aos descendentes sobre as coisas da guerra” pág,111
“ Na Aristocracia o título de bom cidadão é sinônimo de nobreza. Os bons cidadãos dos outros Estados só são bons para a sua constituição” pág. 112 
“ A por tanto uma aristocracia por toda parte onde se observa a virtude embora sejam presadas a riqueza e a popularidade” pág.113 
“ A mistura conveniente ao Estado, que ocupa o meio entre estes governos e é composta pelos dois é conceder o salário aos pobres e aplicar a multa aos ricos” pág. 115 
“ O vício mais diametralmente contrário à sua instituição é a tirania. Portanto o pior dos governos “ pág.117 
“ A oligarquia ocupa o segundo lugar entre os governos depravados “ pág.118
“ A primeira forma de oligarquia é aquela em que as magistraturas são dadas as grandes riquezas excluem-se os pobres embora sejam maioria, mas quem quer que tenha alcançado o grau de riqueza prescrito está apto para os cargos. Tal índice mantem-se até nos limites da mediocridade” pág.118
“ Deve-se antes chamar democracia o Estado que os homens livres governam, e oligarquia o que os ricos governam” pág.120 
“Sendo a democracia, como a oligarquia, capaz de conter diversos elementos, é preciso ter, como certo que não há democracia numa nação onde poucos homens livres comandam um maior número de pessoas que não são” pág. 120
“trata-se de uma democracia quando os homens livres e pobres formando a maioria, são os senhores do Estado” pág. 121 
“ Na organização de um Estado, coloca-se antes e bem acima de tudo das partes relativas às necessidades da vida corporal o exército, os tribunais e o conselho que são como que a alma da vida civil” pág.122 
“ Em todo governo existem três poderes essenciais. Cada um dos quais o legislador prudente deve acomodar da maneira mais convenientes. Quando estas três partes do estão bem acomodadas necessariamente o governo vai bem” pág.127 
“ Cabe a Assembleia decidir sobre a paz e a guerra contrair alianças ou rompe-las decretar a pena de morte, de banimento e de confisco assim como prestar contas aos magistrados” pág.127 
“ A Assembleia geral do povo só ocorre quando da feitura das leis das leis, para retocar a constituição ou para ouvir as proclamações dos magistrados” pág. 128
“ Há enfim, pura oligarquia se o senado ou alguma outra Assembleia elege seus membros, se o filho sucede ao pai s se está associação é senhora das leis” pág. 129
“ No que se chama democracia, principalmente na de hoje, em que o povo é o senhor de tudo, até das leis seria bom, para se conseguir boas deliberações, que as Assembleias fossem ordenadas e reguladas como os tribunais das oligarquias” pág.130
“Seria bom que os membros da Assembleia fossem escolhidos de igual forma, ou por eleições ou por sorteio nas diversas classes do Estado” pág.130
“ Já é difícil determinar quem são os que devem chamar-se de magistrados. A sociedade civil precisa de vários servidores. O nome de magistrados não convém a todos os que são nomeados por eleição ou sorteio ” pág.131
“ Entre os cargos políticos, uns interessam a universalidade dos cidadãos, embora se limitem a um só gênero de negócios, como o de general de exército” pág. 132
“Não se deve chamar de propriamente de magistrado senão as que participam do poder público quanto a certos objetos, para deliberar sobre ele julga-los e ordena-los ”pág.132
“Há um outro tipo de cargo para tratar das rendas públicas. O encarregado chama-se tesoureiro ou recebedor é para ele que se leva o dinheiro, é ele que o guarda e aplica para seus diversos fins ”pág133
“Sem a execução é impossível que a sociedade subsista. Portanto é preferível que tanta função não seja confiada a um só funcionário, mas que eles possam servir a vários tribunais ”pág.134
“Se a mesma pessoa condena e faz executar é alvo de um duplo ódio” pág.134
“Em vários lugares a profissão de carcereiro é separada de executor como em Atenas, no tribunal de ouze ” pág. 134
“O trabalho é mais bem feito quando só nos ocupamos com um negócio do que quando somos obrigados a nos dividir em muita pág.137
“A vigilância da honestidade pública deve pertencer ao agrônomo, ou chefe de polícia, unicamente nos mercados e praças públicas ”pág.138
“A autoridade do senado pede-se nas democracias onde o povo reunido decide sobre todos os casos ” pág.139
“Em toda Arte ou ciência que não se detém em qualquer destas partes mas abarca o conjunto cabe considerar de um só golpe o que pertence a cada gênero ”pág145
“No que diz respeito à arte da política, deve-se considerar não penas qual é o melhor governo. Aquele que se deve preferir quando nenhum obstáculo exterior se opõe. Mas também aquele que convém a cada povo pois nem todos são suscetíveis do melhor” pág.145
“ É da inteligência e da coragem que se depende a aptidão para a vida civil; certamente elas são necessárias para a instituição de um legislador que queira estabelecer o reinado da virtude ” pág.146
“O coração é de fato a faculdade da alma que procede a benevolência e pela qual nos amamos”pág.146
“Em todos os homens, procede no coração o mando e a liberdade”pág.147 
“ O legislador e o bom políticonão devem ignorar nem o governo que seja o melhor em si nem o que as circunstâncias permitem ou exigem ”pág147
“Quando lhes propõem, propõem examinar uma constituição já redigida é preciso que considerem como ela pode existir, desde a origem e como depois de seu estabelecimento “
“Um homem de estado além do que já dissemos deve saber remediar os vícios do governo ” pág.148
“ deve-se saber quais são as boas leis e quais convém a cada forma de governo. Com efeito as leis devem se ajustar a constituição e não a constituição ás leis”pág. 149
“A constituição é a ordem ou distribuição dos poderes que existem em cada estado ”pág.149
“Das três formas irrepreensíveis formas de governo, a melhor é necessariamente a que é administrada pelos melhores funcionários”pág.151
“A chamada monarquia absoluta é aquela em que o rei faz tudo conforme a sua vontade ou pelo seu bel-prazer” pág152
“Como não é possível fazer leis sobre casos particulares é preciso que o homem as supra “ pág. .155
“Um homem qualquer que seja ele comparado à multidão, deve provavelmente valer menos. Ora o estado é formado pela multidão” pág.156
“Quando um juiz se deixa levar pela cólera ou por qualquer outra paixão, sua sentença necessariamente recebe a marca “ pág.157
“ É claro que não é justo e nem útil que entre Iguais e semelhantes um só seja senhor de todos” pág.159
“ É direito do povo, quando formam um Estado, optar entre a aristocracia, a oligarquia ou a democracia e entregar o poder a quem lhes parece bastar ou exceler” pág. 160
“Não é possível que um estado subsista composto só de pobres, nem totalmente de escravos se se precisa dessas pessoas precisa-se ainda mais de justiça e de forças armadas” pág. 166
“Sustentamos igualmente que o mérito tem justos privilégios. A propriedade principalmente é uma virtude social que traz consigo todas as outras” pág. 166
“ Os Estados democráticos ostentam acima de tudo a igualdade. Foi este zelo que fez com que imaginassem o ostracismo “ pág.169
“ Não há dúvida, porém de que deve haver uma diferença entre governantes e governados cabe ao legislador decidir como ela será” pág.176
“ Cabe aos primeiros obedecer e aos segundos mandar. Ninguém se zanga ou se sente desonrado por ceder aos mais velhos”pág.176 
“ A melhor constituição e o melhor regime para a maioria dos Estados, assim como para a maioria dos particulares, não se medem nem por virtudes acima dos alcances do vulgo nem pelo saber que se adquire apenas com talentos naturais” pág. 187
“ O que dizemos da virtude e do vício do Estado devemos dizer do governo, que é a vida do Estado inteiro” pág. 187
“ Um poderoso argumento a favor da mediocridade é que todos os melhores legisladores foram cidadãos de media fortuna” pág.190