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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * PROSTATITES CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ AMBULATÓRIO- UROLOGIA- MD9 PROFESSOR: MARCUS QUEIROZ ALUNA ROBERTA DÁRIA CONSIGLIERI FERRAZ * * * PROSTATITES Acometimento inflamatório ou infeccioso da próstata, podendo ser bacterianas e abacterianas. Causa mais freqüente de ITU de repetição nos homens. Tem sua maior incidência em pessoas com menos de 50 anos. No entanto, é a 3ª condição urológica mais frequente na faixa etária acima de 50 anos. * * * PROSTATITES Diagnóstico É clínico por meio da história e do exame físico. Dor abdominoperineal e sintomas do trato urinário inferior como disúria e urgência, associados à febre com calafrios geralmente estão presentes. * * * PROSTATITES O toque retal é doloroso e mostra flutuações prostáticas em mais de 90% dos casos, devendo ser feito com a máxima cautela. A massagem e a biópsia da próstata são contra indicadas na fase aguda, devido ao risco de disseminação bacteriana. Os exames de sangue e urina I com urocultura (jato médio) auxiliam na confirmação diagnóstica. * * * DIAGNÓSTICO Exames complementares: Hemograma: leucocitose (células imaturas). O PSA geralmente está elevado, retornando ao basal de 4 a 8 semanas após o tratamento. Urina tipo I : piúria, nitritos positivos e hematúria. A coloração de Gram auxilia no tratamento empírico até a confirmação microbiológica pela urocultura. A hemocultura pode ser solicitada em pacientes internados com infecção sistêmica grave, porém apresenta apenas 21% de positividade. * * * PROSTATITES CLASSIFICAÇÃO: CATEGORIA I PROSTATITE BACTERIANA AGUDA CATEGORIA II PROSTATITE BACTERIANA CRONICA CATEGORIA III SÍNDROME DA DOR PÉLVICA CRONICA CATEGORIA IIIa SNDROME DOLOROSA PÉLVICA INFLAMATÓRIA CATEGORIA IIIb SNDROME DOLOROSA PÉLVICA INFLAMATÓRIA CATEGORIA IV PROSTATITE BACTERIANA ASSINTOMATICA * * * PROSTATITE BACTERIANA AGUDA * * * PROSTATITE BACTERIANA AGUDA EPIDEMIOLOGIA Homens adultos (20-40 anos; incomum em >50 anos;) Associada à manipulação cirúrgica da uretra e/ou próstata PATÓGENOS: Gram-negativos aeróbios (Escherichia coli, 80% casos; Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, Serratia spp. ) e enterococos; Gram-positivos Anaeróbios Infecção uretral ascendente * * * PROSTATITE BACTERIANA AGUDA VIAS DE INFEÇÃO Ascensão dos micro-organismos pela uretra Refluxo de urina infectada para os ductos prostáticos Transrretal, devido à biópsia prostática Linfática e hematogênica são raras * * * PROSTATITE BACTERIANA AGUDA EXAMES COMPLEMENTARES: -Urina - Hemograma - PSA EXAME COMPLEMENTAR DE IMAGEM - USG de bexiga; - USG transrretal - Ressonância Magnética; - Tomografia computadorizada; EXAME MICROSCÓPICO CULTURA DE MATERIAL OBTIDO APÓS MASSAGEM PROSTÁTICA UROCULTURA (antes e depois da massagem) * * * PROSTATITE BACTERIANA AGUDA ANTIBIOTICOTERAPIA: Terapia empírica direcionada contra bactérias gram-negativas e enterococos , de imediato, por 4 a 6 semanas (EV). 1ª escolha: Ampicilina + gentamicina 2ª escolha: Fluoroquinolonas: ciprofloxacino, norfloxacino, ofloxacino ou Cefalosporinas (2ª e 3ª geração) 3ª escolha: Sulfametoxazol +Trimetropim Hidratação, AINES, Analgésicos,Laxantes * * * Medidas cirúrgicas complementares Cistostomia suprapúbica: indicada quando há infecção urinária. Drenagem de eventual abscesso prostático * * * PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA * * * QUADRO CLÍNICO Quadro Clínico São de início súbito. Febre, Mal-estar geral, Calafrios, Artralgia, Mialgia Dor lombar inferior/ retal/ perineal URINÁRIOS Polaciúria, Urgência miccional, Disúria, Retenção urinária * * * PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA Subtipos: -IIIA Inflamatória / Prostatite abacteriana -IIIB Não-Inflamatória / Prostatodinia São as formas com tratamento mais difícil e representam um desafio para o urologista. Etiologia Desconhecida Multifatorial * * * PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA Acomete geralmente homens com mais de 50 anos Associado a ITU recorrente do tipo “Cistite” Persistência do mesmo patógeno no líquido prostático Baixa penetração dos antibióticos na próstata em terapias prévias. “Estudos demonstram que, devido o quadro de infecção crônica, ocorreria a formação de um biofilme nos ácinos prostáticos, levando a um nicho que proporcionaria a permanência bacteriana e a menor penetração antimicrobiana” Todavia, a real causa das prostatites crônicas ainda é desconhecida e acreditasse que seja de origem multifatorial. * * * EXAME FÍSICO: No toque retal, a próstata pode estar normal ou aumentada, de consistência firme e sensível, podendo ser encontrados cálculos prostáticos. * * * EXAMES COMPLEMENTARES: Hemograma (AUSÊNCIA DE LEUCOCITOSE) Urina tipo 1 (Piúria + bacteriúria) Urocultura + antibiograma PSA (pode ou não estar aumentado) Exame de Mears – Starney * * * TRATAMENTO CURATIVO SUPRESSIVO * * * Curativo objetivo é erradicar a infecção da próstata Fluorquinolonas (4 a 6 semanas) 1ª Opção (Norfloxacino ou Ciprofloxacino SMZ-TMP (3 meses) 2° opção Alfa-bloqueadores + AINES * * * Supressivo Tem como objetivo suprimir o crescimento bacteriano e aliviar os sintomas clínicos nos casos em que a erradicação da bacteriúria não for possível (recorrência/reicidiva /Falha). Baixas doses de antibióticos por longos períodos :Fluoroquinilonas (norfloxacino, 400mg; ciprofloxacino 250mg diariamente) ou Nitrofurantoína (50-100mg/dia) ou SMX-TMP. RTU de próstata (Prostatectomia Total) Caso não haja melhora * * * SÍNDROME DA DOR PÉLVICA CRÔNICA IIIA INFLAMATÓRIA * * * SÍNDROME DA DOR PÉLVICA CRÔNICA IIIA INFLAMATÓRIA Etiopatogênia Obscura Infecções virais, processos auto-imunes e neurogênicos, irritação química, estresse emocional, aumento da tensão da músculatura vesical e ureteral. * * * DIAGNÓSTICO Secreção prostática ou de urina pós-massagem contendo >10 leucócitos que a urina de jato médio ou >10³ leucócitos/microlitro na secreção prostática Urina Purulenta, porém COM AUSÊNCIA de qualquer micro-organismo (Abacteriana) Todavia, sua provavel etiologia é um agente infeccioso NÃO-IDENTIFICADO, como U. urealytiscum ou C. trachomatis Maioria dos pacientes com IIIA são jovens, sexualmente ativos, com história recente de uretrite. * * * DIAGNÓSTICO Secreção prostática ou de urina pós-massagem contendo <10 leucócitos que a urina de jato médio ou <10³ leucócitos/microlitro na secreção prostática. Urina NÃO-PURULENTA COM AUSÊNCIA de qualquer micro-organismo (Abacteriana). * * * SÍNDROME DA DOR PÉLVICA CRÔNICA Os sintomas estão presentes por pelo menos 3 meses: -Dor perineal , que pode irradiar para região lombar, hipogastro, pênis -Disúria ou Polaciúria -Dor durante Ejaculação SINAIS E SINTOMAS URINÁRIOS SEMELHANTES A PBA, PORÉM SEM REPERCUSSÕES SISTÊMICAS OU CRESCIMENTO BACTERIANO EM CULTURAS * * * DIAGNÓSTICO: Clínico + < ou > 10 leucócitos na úrina + Ausência de bacterias na Urinocultura SÍNDROME DA DOR PÉLVICA CRÔNICA PROSTATITES- UROLOGIA- MD9 * * * TRATAMENTO IIIA -Doxaciclina, 100mg, 12/12h, por 2-4 semanas (Ou FLQ 2-6semanas, ou SMZ-TM 2sem-3meses) -Banhos de assento quentes, anti-inflamatórios e anticolinérgicos -Alfa-Bloqueadores IIIB -Alfa-bloqueadores: Terazosina (1-10mg/dia) ou Alfuzosina (5mg, 12/12h) ou Dexazosina (2-4mg/dia) Tricíclicos Mesmo na ausência de bactérias, o Consenso Europeu sugeriu que a antibioticoterapia empírica (associada a Alfa-Bloqueadores) nos casos IIIA e IIIB poderia ser útil pelo período de duas semanas e, caso não haja benefícios identificados, o antibiótico deverá ser suspenso : Eritromicina, Doxaciclina, Quinolona ou SMX-TMP -Realizar USG Abdominal + Transretal Pesquisa etiológica * * * Inflamação da próstata sem sinais ou sintomas; DIAGNÓSTICO: Geralmente quando em investigação de infertilidade ou carcinoma da próstata Diagnóstico histológico: biópsia ou ressecção da próstata. TRATAMENTO: Com aumento do PSA: antibióticoterapia + biópsia (em casos de PSA elevado após 4 semanas) Nos pacientes inférteis: antibioticoterapia. PROSTATITE INFLAMATÓRIA ASSINTOMÁTICA (pia)
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