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Resenha 12 homens e 1 sentença

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Aluna: Ana Carolina Muller Cremonese
Período: 2º
Turno: Noturno
ANÁLISE DO FILME: 12 HOMENS E UMA SENTENÇA
O filme se passa no interior se uma sala de Tribunal do Júri na cidade de Nova York, onde 12 jurados são encumbidos de uma função: julgar um caso onde ocorreu um homicídio entre pai e filho. A sentença poderia levar o filho, sendo o réu, à pena de morte pelo crime discutido. O juíz que ordenou os jurados deixou claro que só poderiam condenar ou absolver o réu quando possuíssem certeza do veredicto, e, em caso de dúvida ou discordância quanto a sua inocência ou culpa, deveria se utilizar da ética e fazer prevalecer a inocência.
É extremamente visível o princípio in dubio pro reo nos dizeres do juíz, ou seja: em dúvida, prevalece a absolvição ou a pena mais branda para o réu, pois um suposto inocente não pode pagar pelo o que não fez, por isso é necessário ter certeza para condenar um indivíduo, para não cometer injustiças. E, claro, que abolver um culpado estaria pondo em risco a vida da sociedade. Diante destes fatos, os jurados devem analisar criteoriosamente todas as circunstâncias e provas, se atentando até aos mínimos detalhes.
Ao seguir o procedimento do Tribunal do Júri norte-americado, os jurados participaram de uma votação preliminar, onde apenas um dos jurados entendeu o réu como inocente, declarando também que não tinha certeza sobre sua inocência, porém, não estava convencido quanto a culpa do mesmo. Após essa manifestação, esse mesmo jurado começou a conduzir certa análise e investigação sobre as provas do processo que poderiam comprovar a culpa ou inocência do réu.
O jurado que se manifestou de forma contraditória em relação aos demais, além de conduzir maiores investigações sobre as provas, começou a analisar o comportamento das testemunhas, os fatores ligados à cena do crime e a todos os detalhes dos fatos e objetos relacionados. Este, questionou diversas provas apresentadas pela promotoria, a faca utilizada, como também declarações nas oitivas de testemunhas.
Apesar da resistências dos 11 jurados restantes, o jurado, que acaba virando um dos personagens principais do filme, começa a deixá-los confusos. Assim, a cada rodada de votação, um dos jurados começa a analisar o fato de maneira diferente e mudando a sua posição. 
Quando foi gerada a tão esperada decisão, esta foi unâmine: o réu era inocente. Pode-se imaginar que se o jurado que começou a indagar as provas anteriormente não tivesse o feito, o júri poderia condenar um homem inocente à pena de morte, pois no início do julgamento os 11 jurados estavam decididos em condenar o réu.
No caso estudado, é perceptível o papel da hermenêutica: as diferentes formas de ver o mesmo objeto. Se este for observado e analisado criteriosamente, pode ser visto por diversas óticas. Portanto, quando o jurado “principal” começa a indagar sobre os fatos apresentados, os demais jurados começaram a enxergar uma coisa que antes não conseguiam ver. Pode se concluir que em toda a vida é importante usar a hermenêutica, não só no sistema jurídico, as situações devem sempre ser analisadas, principalmente quando houver dúvidas.

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