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RESUMO DE PENAL - PRINCÍPIOS

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RESUMO DE PENAL
Numa perspectiva teórica, o Direito Penal pode ser dividido em 3 partes, sendo elas:
Parte Geral : Essa parte vai do artigo 1º ao 120º do Código penal, e ocupa-se em analisar o sujeito ativo da infração penal, o conceito técnico do crime, bem como as causas excludentes da ilicitude. 
Parte Específica: Começa a partir do artigo 121º do Código Penal, e aponta as infrações criminosas (crimes disciplinados).
Legislação Especial: Disciplinam determinados crimes que não estão previstos no Código Penal. Por exemplo: O tráfico ilícito de entorpecentes; Código de Transito Brasileiro, entre outros.
Qual o objetivo do Direito Penal?
Proteger os bens jurídicos tutelados pelo Estado, ou seja, proteger determinados valores que o Estado escolhe pela politica judicial para serem protegidos. E esses quando violados, devem receber sansões.
Se uma conduta humana não violar nenhum bem jurídico, então está não será considerada criminosa.
Exemplos de bens jurídicos tutelados pela Lei:
- Artigo 121º: vida
- Artigo 155º: patrimônio
- Artigo 213º: liberdade sexual
- Lei 11.343/06 de Uso de Drogas: a saúde pública, por este motivo os usuários também recebem punições, não pelo mal que faz a si próprio, mas sim pelo mal que a droga causa a sociedade como um todo.
***
O Direito Penal está sobre égide do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, de modo que uma conduta humana só será considerada criminosa se estiver descrita na Lei como crime. Se a conduta não estiver penalmente tipificada, será considerado fato atípico, ainda que hipoteticamente essa conduta possa violar regras morais ou religiosas. Ou seja, uma conduta só é considerada criminosa caso esteja escrita como tal na Lei.
O Direito Penal também está sobre égide do PRINCIPIO DA ALTERIDADE, que determina que uma conduta só pode ser punida caso ela transcenda o ‘criminoso’, ou seja, se ela atingir ou afetar de alguma maneira o aspecto de proteção de uma terceira pessoa. Resumindo, só há crime, se a conduta atingir um terceiro, caso seja uma conduta que atinja apenas a si mesmo (o criminoso), não haverá crime e será considerado como fato atípico. Como é o caso do suicídio, que não é tipificado como crime pelo código penal brasileiro.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA:
O Direito não se ocupa de lesões de menor importância. Ou seja, algumas situações, mesmo que tipificadas, não serão levadas a apreciação do Direito Penal por sua insignificância e irrelevância em seu contexto e forma como afeta a ordem social.
Como o fato é considerado insignificante, consequentemente atípico, não haverá sansão.
Argumentos utilizados contra o principio da insignificância:
- A repressão e o combate a criminalidade – todos os crimes devem ser punidos, para que haja uma segurança jurídica e social.
- O simples enquadramento da conduta humana ao tipo penal previsto em Lei já é o suficiente para afirmar a existência do crime – extremamente legalista, se está na Lei é crime, pois a Lei é o que importa.
- A não punição de delitos pequenos estimularia a prática de outras infrações e poderia ser a porta de entrada para infrações penais mais gravosas – criminologia da TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS: na qual uma pessoa ao ver uma janela que já está quebrada, se vê no direito de quebra-la também, ‘’pois já está quebrada mesmo’’ e assim recessivamente, entrando em um ciclo vicioso. Ou seja, quando uma pessoa vê um crime que não é punido, irá cometê-lo também. (Porém essa teoria não vigora, pelo fato de que o Direito Penal é a ultima rátio, a ultima instancia a ser recorrida para resolver o caso).
PRINCIPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL:
O principio da Adequação Social retira o carácter criminoso de determinada conduta que esteja sendo praticada reiteradamente dentro de uma sociedade. 
A reiteração de um comportamento humano possui a força de retirar a tipicidade penal de uma infração. Em outras palavras, é possível que por força de um contexto social, que determinada conduta deixe se ser criminosa.
Como por exemplo, praticar atos obscenos no Carnaval; Jogo do Bicho e a revogação da Lei do Adultério – Artigo 240º, já que esta conduta já não é mais ‘mal vista’ pela sociedade.
Alguns autores, sustentam a não aplicação deste principio, devido ao argumento da estrita legalidade, se está na Lei, deve ser cumprido.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
Segundo este principio, compete ao Direito Penal atuar no meio social apenas em ultima instancia, seguindo o direito de ultima ratio, ou seja, deve ser empregado somente e após se esgotarem todas as demais esferas da ordem jurídica que poderiam ser capazes de resolver o caso.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA RESERVA LEGAL
Uma conduta só é considerada crime, se estiver prescrita na Lei. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Princípio da Legalidade = Princípio da Reserva Legal
Porém para uma minoria há uma diferença entre os dois:
Reserva Absoluta de Lei: somente a Lei em sentido estrito pode definir crimes e estabelecer penas. 
(Lei em sentido estrito -> lei que se submete ao processo legislativo comum).
OBS: A medida provisória não tem sentido estrito, por isso não entra nessa regra, além de que esta NÃO pode estabelecer tipos penais incriminadores. A União só pode estabelecer tipos penais através das leis ordinárias (pois estas se submetem ao sentido estrito).
Exceção: O governador poderá legislar apenas em casos concretos, caso este tenha a autorização este tenha a autorização da União.
Taxatividade: os tipos penais devem ser taxativos (tem que descrever minuciosamente as condutas consideradas criminosas), sob pena de serem reputados inconstitucionais. 
Quando os crimes não seguem o principio da taxatividade são classificados como tipos penais abertos são considerados inconstitucionais.
Vedação à Analogia: Se o legislador só pode punir uma ação com Lei, não se admite analogia em tipo criminal incriminador.
Artigo 1º do Código Penal – ‘’Não há crime sem pena anterior que o defina.’’
A Lei Penal não retroage para prejudicar o acusado. Ela começa a ser válida a partir do momento de sua publicação para frente.
Abolicionismo Penal: Movimento mais radical, que diz que o Direito Penal não presta para a segurança política, e por isso deve acabar. Prega o uso racional do Penal.
Lei e Ordem: Prega o Direito Penal Máximo, no qual o Estado pune tudo, desde crimes leves aos pesados. O sujeito que viola as regras é um inimigo. ‘’Direito Penal do Inimigo’’. (Direito Falho).
Garantismo Penal: Direito Penal Mínimo: o estado deve intervir de forma mínima.
Axiomas do Garantismo:
Garantias de Natureza Penal: 
Não há pena sem crime. 
Não há crime sem Lei. 
Não há lei penal sem necessidade. (Princípio da subdiedoridade)
Não há necessidade de pena sem efetiva lesão.
Não há lesão se não houver conduta. (só tem relevância as condutas humanas)
Não se pune sem culpabilidade. (Principio da Adequação Social)
Garantias de Natureza Processual:
Não há culpabilidade sem o devido processo legal. 
Não há devido processo legal sem acusação.
Não há acusação válida se não houver provas. (indubio pro reu)
Não se admite provas sem o contraditório e a ampla defesa. 
Artigo 2º do Código Penal – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de culpar.
Exemplo: 
29/08/2016 -> Comete o crime, cujo legislador pune.
30/08/2016 ->Nova Lei onde a conduta deixa de ser crime.
31/08/2016 -> Sentença do juiz: sentença será absolutória.
29/08/2016 -> Come o crime, cujo legislador pune.
30/08/2016 -> Sentença: Condena o preso pelo crime.
31/08/2016 -> Lei é Revogada, com isso o preso será absolvido e solto.
29/08/2016 -> Come o crime, cujo legislador pune.
30/08/2016 -> Sentença com pena máxima de 10 anos.
31/08/2016 -> Decretada nova lei benéfica, cuja pena diminuiu pra 5 anos: Sentença diminui para 5 anos. (Pq lei benéfica retroage para ajudar o réu).
29/08/2016 -> Come o crime, cujo legislador pune.
30/08/2016 -> Sentença com pena máxima de 5 anos.
31/08/2016 ->Decretada nova lei maléfica, cuja pena diminuiu pra 10 anos: Sentença continua a mesma, pois Lei Maléfica não retroage. 
Princípio da Retroatividade da Lei Benéfica: Lei Penal retroage em favor do acusado.
Efeito Penal da Sentença Condenatória
Efeito Principal: pena privativa da liberdade.
Efeito Secundário: Sujeito passa a ser reincidente, a ter maus antecedentes, interrupção da prescrição aumenta pena.
A Lei que revoga um crime afasta os efeitos PENAIS da sentença condenatória, mas não os efeitos civis (indenização).
Se a Lei, de qualquer modo favorecer o a gente aplica-se retroativamente, ainda que já definitivamente julgado.
Princípio da Ultratividade da Lei Penal: É o fenômeno por meio do qual uma lei já revogada continua a produzir efeitos jurídicos. Aplica-se se esta lei antiga beneficiar o acusado.
Porém
Artigo 3º do Código Penal 
Estabelece uma ultratividade de Lei Maléficia em casos:
Excepcionais: períodos de anormalidade
Temporários: estabelece períodos fixos.
Exemplo: 
29/08/2016 -> Lei Excepcional: pena de 10 anos.
30/08/2016 -> Pós anormalidade: Lei revogada.
31/08/2016 -> Sentença: aplica a Lei da mesma maneira para quem cometeu o crime, pois é uma lei excepcional e isso ocorre para manter um carácter de coerção da Lei.
Artigo 4º do Código Penal – Tempo do crime
‘’Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.’’
Existem 3 possibilidades para determinar o tempo do crime:
Atividade: estabelece que o tempo do crime é o momento em que ocorre a ação ou omissão.
Resultado: estabelece que o tempo do crime é o momento da manifestação da consumação do ato.
Ubiquidade: estabelece que o tempo do crime é uma fusão do momento da ação com o da consumação.
Artigo 6º do Código Penal – Lugar do crime
‘’Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado’’.
Existem 3 possibilidades para determinar o lugar do crime:
Atividade: estabelece que o lugar do crime é o local onde ocorre a ação ou omissão.
Resultado: estabelece que o lugar do crime é o local da manifestação da consumação do ato.
Ubiquidade: estabelece que o lugar do crime será ou o local da conduta ou o local do resultado.
O código adotou a toeria da ubiquidade (ou mista).
Exceção -> Crime Plurilocal: quando o crime ocorre em 2 lugares diferentes dentro do MESMO PAÍS, usa-se o artigo 70º do Código Penal, que diz que a competência de julgar será no local em que se consumar o ato. Ou seja, a teoria do resultado.

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