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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ENGENHARIA HÍDRICA CLIMATOLOGIA (0610037) Prof. Siclério Ahlert O que é temperatura ? • A temperatura é a quantidade de energia sob forma de calor sensível; • O sol, por radiação, aquece a superfície do planeta; • O ar em contato com essa superfície aquece pela irradiação e contato com esta; • As mudanças de temperatura durante o dia exemplificam esse processo em pequena escala temporal; Medição de Temperatura • Celsius – Utilizada na maior parte do mundo, é a mais simples. – Fusão: 0 °C Ebulição: 100 °C; • Fahrenheit – Países anglo-saxônicos – Fusão: 32 F Ebulição: 212 F; • Kelvin – Fins científicos – Fusão: 273.15 K Ebulição: 373.15 K; Exemplo: Um dia calmo e estável • Requisitos: – Estabilidade atmosférica (sem gradiente de pressão ou variação de massas de ar) – Sem ventos e poucas nuvens; • Como será a variação da temperatura num dia desses? – Temperatura mínima; – Temperatura máxima; – Temperatura média; VARIAÇÃO DA TEMPERATURA • Temperatura mínima: Ocorre pouco antes do nascer do sol (alvorada). A Terra perdeu sua energia através da emissão no Infravermelho; • Aproximadamente 01 hora após o nascer do sol, a superfície e o ar começam a aquecer progressivamente; • A insolação máxima é recebida no meio dia (solar), mas a temperatura do ar continua a se elevar. • Temperatura máxima: É alcançada entre 14:00 e 16:00 hs, porque a superfície ainda está recebendo muita energia no começo da tarde. Variação diuturna da temperatura E por que começa a esfriar no final da tarde ? Antes do pôr-do-sol!! • Observações: – Ainda temos a presença do sol (mais fraco); – MANHÃ: Assim que o sol apareceu, a temperatura se estabilizou e começou a aquecer? • A temperatura não deveria se manter pelo menos estável ou com aquecimento leve até o por do sol? No final da tarde: • A partir desse horário (14:00 – 16:00 hs), começa a ocorrer a movimentação do ar, misturando as camadas de ar quente na superfície com as camadas de ar mais fria que se encontram nas partes mais altas da atmosfera; Depois do pôr-do-sol • A superfície começa a resfriar progressivamente e a atmosfera também, alcançando o mínimo no amanhecer; • A medição contínua da temperatura ao longo do dia permite determinar a temperatura média e o horário de ocorrência das temperaturas mínimas e máximas; Medição da temperatura • Termômetro de mercúrio: Indica a temperatura em certo momento em determinado local • Leituras diárias da temperatura: – 09:00 hs - 12:00 UTC – 15:00 hs - 18:00 UTC – 21:00 hs - 24:00 UTC • Termômetros de mínima e máxima; • Geotermômetros (Termômetros de solo) • Termômetro de relva Variação da temperatura • O gradiente de temperatura diário varia em função da “continentalidade” e da “altitude”. • A variação da temperatura no decorrer do ano não é igual em todos os lugares. – Regiões equatoriais: pouca variabilidade do fotoperíodo – pouca variabilidade térmica – Regiões de latitude média e alta: Variação acentuada pelas diferenças sazonais do fotoperíodo Comparação da distribuição da temperatura • É preciso eliminar o efeito da altitude, reduzindo a temperatura ao nível médio do mar: T.N.M = (Altitude/100)*0.64 + Temperatura • São Francisco de Paula: +/- 1000 m • T.N.M = (1000/100)*0.64 + Temperatura • T.N.M = 6.4 + Temperatura Variações da temperatura do ar • Periódicas: Diárias e anuais • Aperiódicas: Causadas por massas de ar • As precipitações também provocam variações da temperatura. • Sensação de conforto térmico • FOTOPERIODO: Duração do dia – sol sobre o horizonte; • INSOLAÇÃO: Horas efetivas com a presença do sol; Insolação em Porto Alegre – Janeiro de 2014 Insolação em Porto Alegre – Julho de 2013 Insolação em Manaus (AM) – Janeiro de 2014 Insolação em Manaus (AM) – Julho de 2013 Temperatura mínima em Porto Alegre (RS) Julho de 2013 e normal 1961-1990 Temperatura máxima em Porto Alegre (RS) Julho de 2013 e normal 1961-1990 Temperatura mínima em Porto Alegre (RS) Janeiro de 2014 e normal 1961-1990 Temperatura máxima em Porto Alegre (RS) Janeiro de 2014 e normal 1961-1990 Temperatura mínima em Manaus (AM) Julho de 2013 e normal 1961-1990 Temperatura máxima em Manaus (AM) Julho de 2013 e normal 1961-1990 Temperatura mínima em Manaus (AM) Janeiro de 2014 e normal 1961-1990 Temperatura máxima em Manaus (AM) Janeiro de 2014 e normal 1961-1990 Variabilidade térmica em Porto Alegre (RS) Janeiro de 2013 Variabilidade térmica em Porto Alegre (RS) Julho de 2013 A variabilidade térmica normalmente é menor no inverno Variabilidade térmica em Manaus (AM) Janeiro de 2013 Variabilidade térmica em Manaus (AM) Julho de 2013 Temperatura em Porto Alegre (RS) as 12:00; 18:00 e 00:00 hs UTC – Julho de 2013 Temperatura em Porto Alegre (RS) as 12:00; 18:00 e 00:00 hs UTC – Janeiro de 2014 Temperatura em Manaus (AM) as 12:00; 18:00 e 00:00 hs UTC – Julho de 2013 Temperatura em Manaus (AM) as 12:00; 18:00 e 00:00 hs UTC – Janeiro de 2014 Alguns aspectos complementares • Regiões de altitude: Tem maior variabilidade diária e sazonal. – ??? – Atmosfera é rarefeita (portanto tem menos gases estufas). • Continentalidade: Quanto mais adentrarmos num continente, maior será a variabilidade diária e sazonal Comparação entre temperaturas com altitudes diferentes: 13 de fevereiro de 2014 Estação: MORRO DA IGREJA (BOM JARDIM DA SERRA) Registro: 19 UTC Temp. Max.: 16.7 ºC Temp. Min.: 15.1 ºC Altitude: 1822 metros Estação: SANTA MARTA (LAGUNA) Registro: 19 UTC Temp. Max.: 28.6 ºC Temp. Min.: 26.5 ºC Altitude: 52 metros A TEMPERATURA DIMINUI 0,64°C PARA CADA 100 METROS DE SUBIDA CONFORTO TÉRMICO Umidade Índice “windchill” (Vento) Leituras Recomendadas • AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. 16.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. 332 p; • CAVALCANTI, Iracema Fonseca de Albuquerque; FERREIRA, Nelson Jesus; SILVA, Maria Gertrudes Alvarez Justi da; DIAS , Maria Assunção Faus da Silva. Tempo e Clima no Brasil. São Paulo : Oficina de Textos, 2009. 463 p. • CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à geografia física. 7.ed. Porto Alegre : Bookman, 2012. 727 p. • MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de textos, 2007. 206 p. • STRAHLER, Arthur N.,; STRAHLER, Alan H. Geografía física. 3.ed. Barcelona, Espanha: Omega, 1989. 550 p. • SILVA, Mário Adelmo Varejão. Meteorologia e Climatologia. Recife: [s.n.], 2005, 516 p
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